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Nossa viagem à Itália: Roma, Veneza, Verona, Tirano, Florença.


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Hoje acordamos cedo, tomamos café e saímos de Tirano as 7:30 da manhã. Nosso destino era Milão. Mas, não para conhecer, e sim para entregar o carro e pegar o trem até Firenze (Florença). Vi no Mapa que o caminho até Milão era costeando um outro lago, o Lecco. Talvez ali conseguíssemos fotografar... Que nada... Assim que aparece o lago, começam a aparecer também dezenas de intermináveis túneis... Muitos mesmo. E vejam só, túneis com intersecção dentro, túneis com mais de um acesso (você está vindo e de uma hora pra outra surgem carros entrando no tunel por outro acesso. Nunca tinha visto isto.). E quando você não está dentro de um túnel, guard rails enormes protegem você de cair no lago e o lago de ser fotografado... Deve haver algum lugar para parar e fotografar a paisagem, mas eu não achei...

 

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Bem, chegamos à Milão, cidade grande, movimentada... O GPS do celular nos levou fácil até a garagem da Locadora, que fica ao lado da Estação Central de MIlão (Ferrovia). Porém, eu tinha que entregar o carro com o tanque cheio. Daí procurei um posto ali perto. Encontrei um, mas quem disse que consegui encher o tanque? Ali é tudo self service. Tentei perguntar pra uns italianos que estavam ali abastecendo, mas não ajudaram muito. Parece que encher o tanque é a exceção la, acho que a maioria coloca um valor específico. Para isto, paga-se na máquina e abastece-se. Porém, quando é tanque cheio o processo é diferente. Tive que mudar de bomba, acho que as outras estavam com problema, não serviam para encher o tanque. E depois pagar no escritório... Mais uma pequena epopéia neste nosso passeio...

 

Bem, entregue o carro, esperamos até a hora de nosso trem sair. Aproveitei para fotografar a bela estação de Milão.

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Milano Centrale by Daniel A. Donaduzzi, on Flickr

 

Pegamos desta vez o trem Fresciarossa da Trenitália,um TGV. Em certos pontos ele chega a mais de 300Km/h. Em pouco mais de uma hora e quarenta estávamos na capital da Toscana. Achamos nosso hotel, próximo à estação (Hotel Desiree). Novamente um prédio antiquissimo, elevador daqueles antigos... Mas quarto muito bonito, estilo clássico.

 

Saímos do hotel em direção à Piazza Duomo, um dos principais pontos turísticos da cidade. Ao chegar, uma surpresa, bem na hora um grupo com tambores e bandeiras, vestidos à moda medieval fazia uma apresentação no meio da rua.

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Firenze by Daniel A. Donaduzzi, on Flickr

 

Conhecemos o Duomo (muito bonito por fora, não tão surpreendente por dentro) e saímos a caminhar meio sem destino, com um mapinha de papel (já que a bateria do celular acabou...). A Cátia tinha dito, "Vamos nos perder em Firenze"... Dito e feito, quase não encontramos mais nosso hotel, hehe... Mas, tudo certo. Almoçamos no meio da tarde, num restaurante que faço questão de recomendar, o Barbecue. Além do menu ser em 5 línguas, inclusive Português, ele não se limitava a pizza e meia dúzia de massas, como 90% dos restaurantes da itália. Uma variedade bastante grande, mesmo, e um ótimo atendimento.

 

Amanhã conheceremos melhor a cidade.

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Dia 10 - Domingo - Firenze: Hoje tiramos o dia pra conhecer melhor a cidade. Porém, antes, precisávamos lavar algumas roupas que, devido ao fato de estarmos poucos dias em cada cidade não estávamos coneguindo. Porém, no hotel era muito caro, não tinha como. Uma peça de roupa a 6 EUR !!! Nem pensar, a própria recepcionista do Hotel havia dito que era muito caro (serviço terceirizado). Mas, como tinhamos visto no dia de ontem uma daquelas lavanderias automáticas, próximas ao hotel, resolvi experimentar.

 

Depois do café, fui até lá, e pelos mesmos 6 Euros lavei e sequei várias peças de roupas. DICA: as máquinas aceitam moedas de 1,00 e de 0,50. Se não tiver moedas, na própria lavanderia tem uma máquina que troca notas por moedas. Mas atenção. Além de moedas ela libera fichas para as próprias máquinas de lavar e secar. Elas parecem moedas de 1 EUR, mas não são. Se você não usar ali na lavanderia, não vai conseguir usar fora. Ainda bem que notei isto, mas quase que não noto.

 

Depois voltei ao hotel, deixei as roupas limpas e eu e a Cátia saímos em direção ao rio, onde há várias atrações. Passamos pela Ponte Vecchia, bonita de longe, mas abarrotada de turistas dentro, e cheia de joalherias em todas as laterais da ponte. A paisagem ao redor é bonita, o rio com diversas pontes mais simples, as casas (a grande maioria amarela)... Ruelas estreitas, com muitas motos, vespas e bicicletas estreitando ainda mais a passagem. Tudo como se vê nos filmes rodados na Itália.

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Ponte Vechia, Florença by Daniel A. Donaduzzi, on Flickr

 

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Florença by Daniel A. Donaduzzi, on Flickr

 

Fomos depois até a Piazza de La Signoria. Ali é muito bonito. Tem o prédio da prefeitura (Palazzo Vecchio), tem diversas estátuas em bronze, algumas originais, outras réplicas (antigas) de outras estátuas, como a de Davi, de Michelangelo. A original foi levada ao Museu Dell'Accademmia para ser melhor coservada. Mas mesmo assim é muito legal este lugar.

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Piazza de La Signoria, Florença by Daniel A. Donaduzzi, on Flickr

 

Ali perto também tem a Galeria Uffizzi, o maior museu de arte renascentista da Itália. Não quisemos entrar, pelas filas e pelo preço (16,50 EUR cada). Ao invés disto fomos até o Museo Galileo (9 EUR). Ali estão presentes instrumentos criados ou usados por Galileu Galilei e de outros cientistas da época do Renascimento, cientistas que criaram as bases do conhecimentos científico que temos hoje. Telescópios, microscópios, relógios, pêndulos, motores elétricos, compassos, bússolas, astrolábios, e tantos outros instrumentos nasceram nesta região, naquela época. Para quem gosta de ciência como eu, um prato cheio. Vídeos bem didáticos explicam o funcionamento destes instrumentos.

 

Bem, a cidade é repleta de prédios históricos e construções fantásticas, faltaria espaço para descrever tudo. Vale mesmo a pena gastar uns dois dias pelo menos em Florença.

 

A noite fomos jantar no Mercato Centrale. Já haviamos conhecido ele no dia anterior, desta vez iríamos provar das suas delícias. Diversas bancas vendem temperos e condimentos que não se vê no Brasil, massas frescas, e também servem comidas das mais variadas. Há também uma escola de gastronomia que ensina os truques dos chefs italianos a turistas e moradores. Uma outra banca um chef prepara e ensina o cliente a preparar o prato escolhido.

 

Numa das bancas eu comprei uma garrafa de vinho Chianti. Nos emprestaram duas taças. Peguei duas focaccias noutra banca e a Cátia uma sopa no pão, nos sentamos numa mesinha e fizemos nosso banquete.

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Levei o vinho que sobrou ao hotel.

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Dia 11 - Segunda - Florença: No hotel nos disseram que na segunda feira muita coisa fecha em Florença. Então escolhemos este dia para fazer um passeio até o interior. Infelizmente, amanheceu chovendo. Ontem a noite já tinha chovido, pela primeira vez na nossa viagem. Mesmo assim, excursão paga, fomos de ônibus até a cidade de Greve in Chianti e a duas vínicolas onde tivemos degustação de Vinhos e Azeite de Oliva. A paisagem é muito bonita, mas infelizmente o mau tempo não proporcionou boas imagens.

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Colinas de Chianti, região de Florença by Daniel A. Donaduzzi, on Flickr

 

No ônibus a maioria falava inglês, eram do Canadá e EUA. Porém nos foi dito que a excursão seria em espanhol também. Mas, tivemos que solicitar ao guia que falasse em espanhol, pois ele nao estava muito a fim. Acabou falando um pouco em espanhol, facilitando para nós. Havia também pessoal da espanha e um casal de brasileiros. O Everton e a Karla moram no Paraná, e estão passeando pela Europa faz uns 20 dias já, e na itália fixaram-se em Florença, fazendo passeios bate-e-volta a outros destinos. Conversei bastante com eles no final do passeio, pedi dicas de restaurantes em que pudéssemos comer algo que não fosse massa, pizza, piadina, calzone, focaccia... Embora gostamos bastante disto, comer quase todo dia, no almoço e no jantar... não dá...

 

Eles nos falaram de um restaurante italiano que serve além das massas uma Parmegiana (Carne) bem boa e de um outro japonês, o Wasabi, no qual a comida vêm até as mesas em uma esteira... Já tinha visto isto em filmes, nunca ao vivo. Bem, voltamos ao hotel, descansamos um pouco e decidimos ir no Wasabi. E ao entrarmos, adivinha quem está lá: o Everton e a Karla... Hehe, acho que quando eles me falaram do restaurante acabaram ficando com vontade de voltar lá. Sentamos juntos e conversamos mais um pouco, contando nossas experiências na Europa...

 

Infelizmente a foto minha com eles no ônibus ficou muito ruim, estava já escuro e a moça que tirou parece que tremeu um pouco na hora...

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Dia 12 - Terça - Florença: Último dia na Itália, amanhã vamos a Lisboa, começando a viagem de volta pra casa. O dia começou meio nublado, mas sem chuva. Ficou assim a maior parte do tempo, mas não chover já foi uma grande coisa. Resolvemos fazer um piquenique para nos despedirmos da Itália. Escolhemos o Giardino de Boboli, um grande Jardim na parte de Florença que fica depois do rio Arno. Para comer, resolvemos comprar no caminho queijos e salames. Ainda tínhamos metade da garrafa do vinho comprado no mercado central a dois dias...

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Giardino di Boboli, Florença by Daniel A. Donaduzzi, on Flickr

 

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Giardino di Boboli, Florença by Daniel A. Donaduzzi, on Flickr

 

O Giardino é muito bonito. Fica junto ao Castelo Pitti, com estátuas, árvores, pássaros e fontes... O piquenique foi muito legal, comemos queijos ótimos. Depois os passarinhos vieram comer as migalhas na nossa mão, muito legal mesmo.

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Depois do piquenique voltamos a pé até a zona central da cidade, passando em algumas lojinhas para comprar algumas lembranças e presentes... Descobrimos um shopping com algumas lojas bem em conta, no subterrâneo da praça que fica em frente à estação central de trens. Depois voltamos ao hotel, descansamos um pouco e saímos novamente, fomos agradecer pela boa viagem que fizemos até agora, fomos à Missa na Chiesa Santa Maria Novella, próxima ao Hotel. Como a igreja está em reforma, a Missa foi numa capela lateral, pequena mas acolhedora. Como era dia de semana, não havia muita gente. Não conseguimos entender tudo que era falado em italiano, mas foi interessante ver o que é igual e o que é diferente da Missa rezada no Brasil.

 

Fizemos nossa a última janta em território italiano, comemos um nhoque com gorgonzola e nozes muito bom, ali bem perto da Igreja. Voltamos ao hotel para arrumar nossas malas.

 

Grazzie per tutto Italia !! Arrivederci.

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Dias 13 e 14 - Quarta e Quinta - Lisboa: Na quarta feira começamos nosso retorno. Porém nosso vôo Roma - Porto Alegre teria uma escala em Lisboa, na qual passaríamos a noite. Fomos de Florença direto ao Aeroporto Fiumucino de Roma de trem. O Vôo saia as 11:40, então conseguimos evitar passar a noite em Roma.

 

Chegamos a Lisboa pouco depois das 13:00. Recarregamos para mais 24 horas os nossos cartões do Metrô de Lisboa que haviamos adquirido na nossa primeira passagem pela cidade, e fomos com ele ao Hotel Turim Europa, no centro da cidade. Deixamos as malas e fomos de ônibus (usando o mesmo cartão) até o Bairro de Belém, onde estão o belo Mosteiro do Jerônimos, o monumento Padrão dos Descobrimentos e a Torre de Belém. Além é claro dos famosos Pastéis de Belém. Na cidade existem diversos locais onde eles são vendidos (em alguns lugares chamam de pastéis de nata), mas ali tem o que, segundo eles é a "única fábrica dos pastéis de Belém", desde 1837. É claro que fomos lá, comer uns pastéis e beber um café.

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Mosteiro dos Jerônimos, Lisboa by Daniel A. Donaduzzi, on Flickr

 

Não entramos no mosteiro, só o fotografamos pelo lado de fora. Em seguida fomos até a beira do rio onde fotografamos o "Padrão dos Descobrimentos" e depois fomos caminhando até a Torre de Belém. Ja era finalzinho da tarde, e o pôr do sol nos presenteou com belas imagens.

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Torre de Belém, Lisboa by Daniel A. Donaduzzi, on Flickr

 

Depois de um tempo procuramos um restaurante, queríamos comer um típico bacalhau português. Fomo até a Adega de Belém, ali perto, na mesma rua dos pastéis. Comemos o Bacalhau às Natas, uma delícia.

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Voltamos de ônibus até o hotel. Na manhã seguinte fomos até o aeroporto, de metrô. Passagem rápida no free shop e embarcamos. Depois de quase 12 horas de vôo, estávamos de volta ao Brasil. Uma ótima viagem, mas é bom estar de volta.

 

Fim do Relato -----

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Oi Renata

 

Levamos 1500 EUR em notas. Nossa intenção era lá gastar apenas isto, mais o aluguel do carro (uns 200 EUR) no cartão. Devido ao roubo que tivemos em Roma de cerca de 200 EUR, acabamos precisando ser um pouco mais econômicos. Não queria usar o cartão devido ao IOF e variação cambial. Mesmo assim, no final tivemos que recorrer a ele, na compra do passeio às vinícolas (45 EUR cada um, compramos direto no hotel, há varias opções, aconselho comprar lá mesmo) e em alguns gastos do final da viagem.

 

Os trens eu solicitei à uma agência aqui da cidade, a mesma que fez as reservas de hotel para nós. Mas, depois que vi como é simples de fazê-lo, em máquinas de auto atendimento, me arrependi, pois a agência me cobrou 15 EUR por trecho (45 EUR total). Se quiser comprar antes, tem o site da Trenitalia, em portugues. http://www.tremitalia.com.br/. Um dos passess, de Roma a Verona eu comprei lá. Também tem o passe que permite embarcar em qualquer trem, por um determinado periodo de tempo. Eu não usei isto, mas encontramos uns brasileiros lá que chegaram a usar. Não fiz as contas para ver se teria sido mais econômico, mas, vale a pena ver isto, talvez economize, além de teres mais liberdade para mudar o roteiro.

 

Além destes gastos, tem os hotéis, em média ficou em 60 EUR por noite, todos hotéis simples mas confortáveis, 3 estrelas em sua maioria.

 

Abraço

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