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Nossa viagem à Itália: Roma, Veneza, Verona, Tirano, Florença.


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Relato de minha viagem à itália, com a minha esposa Cátia, de 5/3/2015 a 19/3/2015.

 

Clique para ver o roteiro da nossa viagem

 

Dia 1 Sexta: Porto Alegre-Lisboa-Roma: Saímos de Porto Alegre na quinta a noite, 21:40 com destino a Lisboa. Vôo noturno, cansativo, categoria turística da TAP. Chegamos a Lisboa logo depois do meio dia, atraso de uma hora.

 

Como nosso avião à Roma partiria somente as 19:40, aproveitamos para conhecer um pouco de Lisboa. Demoramos um pouco até definir como iríamos, mas assim que descobrimos o Metrô, ao lado do Aeroporto, perto mesmo, não tivemos dúvida. Uma simpática senhora portuguesa nos deu todas as informações que precisávamos sobre a melhor área para conhecermos e qual estação descer, e fomos, carregando uma mala pequena cada um de nós (a mala grande foi despachada e seria entregue apenas em Roma).

 

Fomos no moderno metrô (linha aeroporto é nova) até a estação Alameda e trocamos o trem para a linha que nos levaria até a estação Rossio, que fica na zona histórica da cidade. Almoçamos ali, e caminhamos um tempo. Infelizmente, estávamos com as malas, o que prejudicou um pouco o passeio. Mas, conseguimos comer o famoso e maravilhoso pastel de nata, símbolo da cidade. Atendidos por um brasileiro de Maringá. Em seguida voltamos ao Aeroporto novamente de Metrô. Foi muito pouco tempo, deu vontade de ficar mais... Mas, no final da nossa viagem nós teremos um pouco mais de tempo para conhecermos melhor a cidade.

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Lisboa, Portugal by Daniel A. Donaduzzi, on Flickr

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Pastel de Nata, em Lisboa by Daniel A. Donaduzzi, on Flickr

 

Pegamos nosso avião para Roma no horário, e chegamos no Aeroporto Fiumucino quase meia noite. Neste horário já não há muitas opções de transporte até a cidade, tivemos que pegar um taxi. Na verdade, taxi, não. Um carro particular, uma VAN que se faz passar por taxi. O preço (50 EUR) até que não foi tão alto em comparação com os taxis normais, que (ficamos sabendo depois) é tabelado em 48 EUR. Porém este carro levava além de nós mais dois casais, cada um para um hotel diferente. Ganharam assim 150 EUR em uma viagem. Mas, deu tudo certo, nos deixaram na porta do Hotel.

 

Hotel Nardizzi Americana, na via Firenze 38. Um prédio antigo, com aqueles elevadores que dão medo até de ver, imagina de entrar. Além de ser mínusculo, quase não entramos nós dois mais as malas. Interessante, no prédio havia dois hotéis, o nosso no quarto andar, e outro no terceiro. Mas, fizemos nosso check-in rapidamente e fomos para o quarto descansar.

 

O quarto era muito bonito, limpo, cheiroso. Surpreendente até, pela aparência externa do prédio. Na primeira noite a água do chuveiro não aqueceu muito, mas nos demais dias ficou tudo certo. Só sentimos falta de um frigobar. A localização do hotel é muito boa, próxima da praça (e metrô) da Republica, área de muitas lojas (dica: Blue Sand, a Cátia adorou).

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Dia 2 Sabado: Roma. Coliseu e Foro Romano. Fomos ao metrô. Primeiro passo é entender como ele funciona, ver qual a linha e sentido tomar, ver quais as opções de bilhetes (tem para 1 hora, 12 horas, 24 horas, ...) Compramos dois bilhetes de 48 horas por 6,50 EUR cada. E fomos pegar o trem. Já notamos a diferença em relação ao de Lisboa. Trens muito maiores e mais antigos do que os da capital portuguesa.

 

E aqui a parte chata da viagem. Ao entrarmos no trem, fui roubado. Uma gang de crianças, eles entram junto com a multidão e roubam a carteira dos distraídos (como eu), e saem do trem quando as portas estão fechando. Foram-se aí quase 200 EUR. Menos mal que jogaram a carteira no chão, aos meus pés, com todos os cartões e documentos. Só levaram o dinheiro mesmo... Mas, quase estragou nosso dia...

 

Mesmo assim, seguimos até o Coliseu e Foro Romano. O metrô larga os passageiros bem na frente do Coliseu. Demos uma volta na parte gratuíta do local. Ficamos em dúvida se pagávamos 12 EUR cada um para entrar nas as atrações. Por dois motivos: as longas filas existentes e o fato de ainda estarmos chateados com o ocorrido. Respiramos fundo, tomamos coragem e fomos. Ainda bem. Não nos arrependemos. O Foro Romano é muito bonito. É incrível ver aqueles prédios antiquíssimos, alguns ainda bem conservados, outros em ruínas... estar onde os antigos imperadores e senadores da primeira república da história viveram... Valeu a pena mesmo. Depois fomos ao coliseu, com o mesmo ingresso comprado anteriormente, não paramos mais em fila. É bonito também, mas gostamos mais do Foro.

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Roma by Daniel A. Donaduzzi, on Flickr

 

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Roma by Daniel A. Donaduzzi, on Flickr

Uma coisa que perdemos bastante tempo: desde o início do dia estávamos querendo comprar um chip da Tim para poder ter internet a qualquer momento, consultar mapas falar com nossas filhas. Não conseguimos comprar no Aeroporto devido ao adiantado da hora quando chegamos. Bem, ali perto do Coliseu não tem praticamente comércio, apenas restaurantes e lojinhas de souvenirs. Andamos bastante e não conseguimos encontrar. Acabamos indo até a estação Termini, que é próxima do nosso hotel, e da qual saem todos os trens de Roma. Ali achamos uma loja da Tim, e pedimos pelos pacotes para turistas. Paguei pouco mais de 17 EUR pelo chip com pacote de 1 GB.

 

E alí quase fui roubado de novo. Desta vez pelo atendente da Tim, simpático como todo o italiano, porém safado como alguns poucos. Quis me enganar no troco. Paguei ele com uma nota de 50 EUR, e ele quis me dar o troco para 20 EUR. Se não estou atento, acabo marchando mais uma vez. Saí dali e fui testar o celular. Mas, quem disse que funcionou Facebook e Whatsapp ? Navegar navegava, mas estes dois apps não funcionavam. Voltei na loja e o safado me disse que realmente isto não funcionaria na itália, que whats tinha problema por aqui... !!! Mas, só agora ele me disse isto...

 

Mas, por incrível que possa parecer, no dia seguinte estes aplicativos voltaram a funcionar... Vai entender...

 

A tarde/noite fomos caminhar nas ruas próximas ao hotel. Várias lojas de roupas, mas preços bem carinhos pro nosso bolso...

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Dia 3 Domingo: Roma. Fomos ao Vaticano cedo. Não haveria Missa naquele dia, apenas o Angelus, que é um discurso do Papa,uma oração e uma saudação aos visitantes. Mesmo assim foi emocionante. Como o Angelus acontece ao meio dia em ponto, fomos antes conhecer o interior da Basílica de São Pedro. A Cátia queria subir até a cúpula, de onde, segundo ela havia lido, se tem uma bela visão de Roma. Só que são 320 degraus para subir, em corredores que por vezes temos que andar inclinados para o lado de tão estreitos que são... E isto porque pagamos 7 EUR para subir um trecho de elevador, caso contrário, por 5 EUR seriam 510 degraus !! Mas valeu a pena. Depois, descemos, respiramos pra nos recuperarmos das escadas e fomos visitar o grande salão da Basílica de São Pedro. Belíssimo. Emocionante.

 

Saímos dali pois já estava quase na hora da palavra do Papa. Nos emocionamos mais uma vez.

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Vaticano, Roma by Daniel A. Donaduzzi, on Flickr

 

Em seguida saímos do Vaticano. Queríamos ir à Fontana di Trevi, mas sabíamos que estava em reforma. Então saímos a caminhar pelas ruas da cidade, em direção à Piazza de Spagna. É um lugar da moda, umas grandes escadarias onde todos sentam e aproveitam o dia pra conversar, namorar, fotografar... Rodeado por lojas de grife, como Gucci, Guess, Dolce Gabana, Prada, Armani, Bvlgari, etc... Pra quem gosta, e pode, é um prato cheio...

 

Ali perto tem uma estação do metrô. Pegamos ele para voltar ao Hotel.

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Dia 4 Segunda: Roma - Veneza . Fizemos o checkout no hotel de Roma as 10:30 e fomos para a estação Termini. Como nosso trem só saía as 13:50, ficamos esperando um bom tempo lá. Almoçamos e no horário marcado embarcamos. O trem Frecciargento, da Trenittalia roda suavemente, a uma velocidade que pode chegar a 280 km/h. As 17:30 hs chegamos à Veneza. Saímos da estação de trem e já nos deparamos com o grande canal, as gôndolas e os vaporetos... É um outro mundo. Ficamos encantados com tudo. Fomos a pé até o hotel.

 

Aqui um registro interessante. Chegamos no hotel (Cá Lucrezia), que fica bem próximo da estação ferroviária, e a porta do mesmo estava fechada, com um aviso para tocar a campainha, esperar para ser atendido e falar o seu sobrenome. Estranhei mas segui as instruções. A voz feminina falou comigo em espanhol, dizendo que era para entrar na recepção quando ela abrisse a porta, e pegar o envelope com o meu nome que estaria no balcão. La dentro haveria as chaves do meu quarto e da porta da entrada, para quando saíssemos poder retornar. Segui as instruções e entramos em nosso quarto sem problemas, embora o inusitado de não termos visto nem falado pessoalmente com ninguém do hotel...

 

Só deixamos as coisas no quarto e saímos para conhecer a cidade, uma vez que só ficaríamos um dia em Vezeza. Fizemos algumas fotos do entardecer e à noite. Caminhamos apenas em locais próximos do hotel, mas mesmo assim deu para se apaixonar.

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Veneza by Daniel A. Donaduzzi, on Flickr

 

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Veneza by Daniel A. Donaduzzi, on Flickr

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Dia 5 Terça - Veneza: Tomamos café cedo no hotel, e saímos, fomos caminhando até o outro lado da cidade, em direção à Piazza San Marco, principal ponto turístico da cidade. A cidade é maravilhosa. Tudo antigo, medieval, mas tudo funciona. E é limpa. Eu tinha ouvido dizer que os canais eram fedorentos, mas não são, não. A gente fica imaginando como é viver em uma cidade sem carros. Todos andam a pé ou de barco. Há ruelas e Piazzas por toda a cidade. Você olha pra frente e acha que a rua não tem saída, mas se reparar melhor vê que tem, sim, é só ir até o fundo... Como dizem por aí... A melhor coisa de veneza é se perder em Veneza...

 

A própria cidade é a atração principal da cidade. Não há uma zona moderna. Toda a cidade é antiga (a não ser a parte continental, que nao visitamos). Há inúmeros restaurantes, sorveterias, lojas de roupas, de máscaras (aquelas que aparecem nos filmes), de vidros de murano... E muitos turistas, do mundo todo, muitos japoneses...

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Veneza by Daniel A. Donaduzzi, on Flickr

 

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Veneza by Daniel A. Donaduzzi, on Flickr

Á noite, depois de um jantar em comemoração aos nossos 25 anos de casados, comemorados neste dia, paramos na ponte próxima ao nosso hotel para ouvir a bela voz de tenor de um italiano cantando músicas românticas e vendendo seus CDS a 10EUR . Quer bodas de prata melhor que isto ??? Não acredito que exista... ::love::

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Dia 6 - Quarta - Verona: Nossa intenção era locarmos um carro em Veneza e irmos até Verona. Mas, achei que seria mais econômico irmos de trem. Assim, fomos cedo pra estação, ali pertinho do Hotel, e pegamos um trem até Verona. Tudo muito fácil, compra-se as passagens direto nas máquinas automáticas, paga-se com dinheiro (moedas e notas) ou com cartão. Falo isto porque os outros trens que usamos foram reservados já do Brasil pela agência. Não precisa, pode-se deixar para comprar na hora, assim, pode-se mudar os planos durante a viagem, além de sair mais barato.

 

O problema com Verona é que a nossa agência reservou um hotel muito longe do centro histórico da cidade. O Hotel até que era bom, o Best Western - CTC Verona. Um 4 estrelas confortável, mas feito mais para executivos, do que para turistas. Embora o hotel ofereça traslado gratuito até o centro histórico, temos que nos sujeitar aos poucos horários deles. Ou pagar cerca de 15 EUR por um taxi, o que eu achei muito caro. Quando chegamos ao hotel, perto do meio dia, a Van da manhã ja tinha ido, o próximo horário era apenas as 17 horas. E o retorno seria ou as 19 ou as 23 horas. Como achamos que 2 horas era pouco para conhecer tudo, solicitamos o retorno para o último horário. Porém, quando eram 20 horas já não tinhamos mais para onde ir, enrolamos o que deu no restaurante, caminhamos por todo o centro mais de uma vez, tomamos um drink a mais... e o tempo nao passava... Acabou ficando chato. Por isto, recomendo fortemente: quem for a verona fique em algum hotel no centro histórico ou próximo deste.

 

O centro histórico é muito bonito. Em Verona existe uma Arena, semelhante ao Coliseu de Roma, um pouco menor porém em melhor estado de conservação. Como chegamos tarde, acabamos não conhecendo por dentro, mas por fora é bem legal. Fomos também na casa de Julieta, uma atração feita para turistas que vale pela tradição de tocar o seio de Julieta (estátua) e colocar um bilhetinho de amor na parede...

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Verona - Casa de Julieta by Daniel A. Donaduzzi, on Flickr

 

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Verona by Daniel A. Donaduzzi, on Flickr

 

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Verona by Daniel A. Donaduzzi, on Flickr

Mas as ruas milenares, com seus prédios históricos, os cafés, restaurantes, tudo faz de Verona uma cidade muito legal de se conhecer e passar um dia.

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Acompanhando! Meu próximo destino europeu é Itália! :)

 

Na volta, em Lisboa, se me permite um pitaco (acabei de voltar de lá) há duas opções:

1) ficar por perto do aeroporto mesmo, no Parque das Nações, Oceanário, etc... é um lugar bonito, mas moderno. Recomendo mais a segunda opção que é;

2) o Bairro de Belém. Fica do outro lado da cidade mas o deslocamento é eficiente. Lá vc poderá ver os cartões postais de Lisboa (padrão dos descobrimentos, torre de belém e se tiver tempo, mosteiro dos jerônimos) e ainda comer o pastel de nata "oficial", na rua belém. É sem dúvida o melhor da cidade, vc não vai se arrepender. :)

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Oi Juliana.

Cada dia coloco mais um dia de nossa viagem, pode acompanhar. Editei os posts anteriores para colocar algumas fotos, veja lá, se ainda não viu.

Obrigado pelas dicas sobre Lisboa. Pretendemos conhecer o bairro de Belém, na volta. Teremos a tarde toda, passaremos a noite na cidade. E poderemos camnhar sem as malas, o que já será uma boa vantagem em relação à primeira passagem.

Abraço

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Dia 7 Quinta: Verona-Tirano: Saímos do Hotel depois do café da manhã. Fomos de taxi até a estação de trens, pois lá eu sabia que havia uma locadora de automóveis. Loquei um Lancia Ypsilon, carrinho pequeno mas bem legalzinho de dirigir. Nosso destino é Tirano, onde, amanhã dia 13 iremos fazer o passeio no Bernina Express, um trem panorâmico que sai daquela cidade, na fronteira com a Suíça e sobe os alpes até St.Morrits, Davos e Chur. Nós iremos até St.Moritz, ficaremos umas duas horas lá e retornaremos à tarde com o mesmo trem.

 

A saída de Verona com o GPS do celular foi bem complicada. Não sei se eu errei algum acesso ou se o GPS se confundiu, mas dei uma volta pela auto estrada A4 de graça (ou melhor, custou 1 EUR de pedágio), entrei nela e logo depois saí, retornando próximo ao lugar onde havia passado anteriormente. Agora uma informação importante pra quem vai pra Itália e vai se aventurar na direção: atenção com os pedágios. Diferentes do Brasil, eles cobrarm o valor proporcional ao uso feito da estrada. Quando você entra na autoestrada, não paga nada, só recebe um ticket (emitido pela máquina) que deve ser entregue no ponto em que você sair da mesma. Todas as saídas tem uma cancela de pagamento. Ao inserir o ticket na máquina, ela calculará o valor do trecho percorrido e receberá o dinheiro, em moedas ou notas, tudo de forma automatica, sem intervenção humana...

 

Aprendi isto na marra. Na primeira vez que entrei na auto estrada, parei na cancela e tentei pagar o valor, mas não tinha ninguem para cobrar... E não tinha lugar pra colocar dinheiro na máquina... E a fila atrás de mim aumentando... Até que uma voz falou para eu pegar o ticket que havia na máquina... Peguei ele e a cancela abriu... Daí que eu entendi como funcionava... Coisa de primeiro mundo...

 

Bem, como já falei antes, este meu passeio pela rodovia custou 1 EUR. E o GPS me levou a outra rodovia, ou a outro ponto da mesma, ainda não sei ao certo. Bem, desta vez eu sabia que deveria pegar o ticket, mas no omento de escolher uma cancela para passar, acabei entrando numa de cobrança automática, que não dá ticket... Os carros e caminhões que passam ali tem um chip que abre a cancela automaticamente e debita o valor. Porém, já sabe, né: eu não tinha isto... Como fazer, já que a cancela não abria e um enorme de um caminhão estava parado atrás de mim esperando eu liberar ? Bem, não sei quem foi mas depois de um tempo alguém abriu a cancela e eu consegui passar. Porém, eu estava sem o ticket. Como eu faria para sair da rodovia, mais adiante ?? A preocupação fez com que não conseguíssemos relaxar e curtir o caminho... Será que seríamos presos ? Será que teríamos que pagar propina a um Carabinieri italiano ? Será que receberíamos uma vultuosa multa ?

 

Bem, quando chegou o momento de sair da rodovia, em direção a Brescia Central, resolvi procurar um local para parar antes das cancelas, e procurar alguém para me informar (ou me entregar)... Parei no acostamento a alguns metros das cabines, e fui até uma casinha que tinha ali. Uma moça que estava numa das cabines me viu e veio ao meu encontro. Expliquei o caso, ela perguntou de onde eu tinha vindo, daí ela disse para eu passar na primeira cabine, que seria cobrado o valor correspondente... Ufa... Não devo ter sido o primeiro a passar por isto... Nunca fiquei tão aliviado em pagar um pedágio. Deu 4,20 EUR este trecho...

 

Depois daí a paisagem começou a ficar mais bonita. Logo em seguida começaram a aparecer os túneis. Sem brincadeira, acho que foram uns 15 túneis no total, ou mais, alguns enormes, de quase 3 km de extensão. Mas, ao sair do terceiro ou quarto túnel, a paisagem ficou fantástica... Passamos a trafegar ao lado do lago D' Iseu, muito, mas muito bonito. Uma enorme ilha no centro, e outras menores. Casas de veraneio nas encostas. E montanhas com picos nevados ao fundo. Paisagem fantástica, porém sem pontos para parar e fotografar.

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A caminho de Tirano by Daniel A. Donaduzzi, on Flickr

 

Aos poucos nos afastamos do lago e passamos a subir a montanha. Pequenas cidades surgiam, algumas estações de eski... Notava-se que a neve de fim de inverno ja começava a sumir das partes baixas, mas ainda havia alguma coisa. A estrada passou a ficar cada vez mais estreita, e em alguns trechos dois carros não passavam ao mesmo tempo.A Cátia começou a ficar meio nervosa com isto... Mas, sempre com asfalto, de boa ou razoável qualidade.

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A caminho de Tirano by Daniel A. Donaduzzi, on Flickr

 

Próximos ao nosso destino começamos a descer a montanha, e a estrada começou a apresentar curvas fechadas, algumas beeem fechadas... Mas foi por pouco tempo.

 

Chegamos à Tirano com tranquilidade, achamos nosso hotel (Hotel Bernina). Hotel simples, mas confortavel. A cidade é pequena, não tem muitas coisas, mas tem vários restaurantes e sorveterias (como italiano gosta de sorvete, mesmo no frio !!!) . AO chegar a temperatura estava bem agradável, 12 graus, mas aos poucos com o entardecer foi baixando rapidamente... Fomos dormir cedo, pois amanhã cedo será o passeio no trem panorâmico.

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Dia 8 - Sexta - Tirano - St.Moritz: Acordamos cedo, tomamos café e fomos à estação ferroviária pegar o Bernina Express, o trem panorâmico que cruza a fronteira com a Suiça e vai até St.Moritz, Davos e Chur ( e várias outras localidades no caminho). Nosso destino era St.Moritz, uma das mais famosas estações de esqui da Europa, frequentada por ricos, famosos e turistas metidos como nós, he he.

 

O melhor do passeio é a viagem. O trem passa por pontes, túneis, lagos, vilas alpinas, tudo muito lindo. A paisagem vai ficando branca durante o caminho. Sendo março, final de inverno, já dava pra ver que as áreas mais baixas, antes com neve agora estavam ficando verdes. Mas à medida que subíamos, o branco ainda tomava conta da paisagem.

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Bernina Express by Daniel A. Donaduzzi, on Flickr

 

Chegamos em St Moritz no horário. Pontalidade suíca. Por falar em pontualidade, os relógios suíços não são tradicionais por acaso. Estão por todos os lugares. Num cruzamento no centro da cidade havia um poste com 3 relógios, um para cada lado, mais um num prédio antigo da cidade e outro (digital) num outro prédio... E em vários lugares era isto. Fomos de ônibus da estação de trem até o centro da cidade. Tarifa de 3 EUR cada. Ou Franco Suíço (a suíça nao adota o Euro oficialmente, mas ali eles aceitam normalmente, na proporção de 1 para 1). Paguei em Euro, recebi troco em Francos.

 

Na cidade, muitas lojas de griffe, carros Masseratti, BMW, Mercedes e Rolls Roice... Mas estávamos a procura de neve. Só haviamos visto de longe até agora, e pequenos pontos na cidade, mas nada que pudesse virar um boneco... Fomos caminhando até um parque da cidade (Kulm Park) e ali achamos tudo o que se espera de uma cidade nos alpes... Neve, lago congelado, pista de esqui... Fizemos nossos bonecos... Almoçamos ali mesmo (um pequeno pote de sopa cada um e duas águas minerais, 33 EUR no total!!!! ). Tudo muito caro, como já imaginávamos.

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St.Moritz by Daniel A. Donaduzzi, on Flickr

 

Voltamos de ônibus até a estação e pegamos o trem no horário previsto, que só pra variar, chegou exatament no horário marcado em Tirano...

 

Valeu muito a esticada até os alpes. Principalmente porque não conhecíamos neve de verdade.

 

Amanhã vamos até Milão devolver o carro e seguir de trem até Florença.

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