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Mochilão pela Bolívia, Chile e Peru. Abril de 2014. Menos de 1300 dolares (Segue planilha em dollar))


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Olá,

Varias fotos muito legal.

Estou planejando os detalhes e lugares de minha viagem Bolívia e Peru, agora em junho - 15 dias.

Poderia me enviar sua planilha de roteiro e despesas.

antonio_ssousa@hotmail.com

 

Muito obrigado

 

 

já foi ;)

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26/04/2014 - La Paz

 

O plano inicial seria de retornar ao Brasil no dia 29/04. Devido a confusão e a frustração ocorridos em Cusco acabei antecipando a viagem de volta aproveitando a tarifa flex. Aqui outra dica: acho que vale a pena pagar pela tarifa flex para a volta, pois imprevistos podem acontecer durante o mochilão. No entanto acabei me arrependendo um pouco, pois La Paz merecia mais tempo para conhecê-la melhor. Então eu teria de estar em Santa Cruz de La Sierra dia 27/04 para pegar o voo de volta. Eu já estava com as passagens compradas pela Trans Copacabana lembram? Levantamos e fomos para o pub do hostal, no segundo pavimento, para o desayuno. Saímos pelas ruas da cidade. Minha prioridade era comprar alguma pomada a base de diclofenaco para aliviar a dor na coxa devido ao tombo de bicicleta. Depois era comprar alguns presentes. Em Arequipa eu também comprei algumas coisas. As blusas feitas com lã de alpacas são baratas então reserve parte do orçamento para encher as malas. Já àquelas, tipo hand made, custarão mais, mas as de fábrica são baratinhas. Pois bem! Deixamos o hostal e fomos para a rua. Passei pela Calle Sagarnaga e lá comprei uma touca parecida com a do Chaves. Fui à Av. Llampu onde há várias lojinhas de eletrônicos, mas não comprei nada. Nos arredores da Calle Murillo havia uma feira e aproveitei para degustar um cacho de uvas. Na Bolívia eu não vi grandes lojas ou supermercados. A maioria do comércio é ambulante, ou em lojinhas. Não tive coragem de chegar perto dos queijos expostos na calçada, mas acho que comi muito daquilo nos sanduíches. No entanto, depois de um mês na estrada creio já ter criado anticorpos suficientes para encarar a pouco higiene da cozinha boliviana. Na calle Socabaya fizemos uma pausa para o almoço. Era um prato enorme de arroz com vários agregados e por cima um grande bife não sei de que animal, bem fino, que mais parecia um omelete com mais agregados por cima. Refrigerante para acompanhar. Não consegui comer tudo.

 

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Voltamos ao hostal na hora do checkout. Pegamos as mochilas e fomos caminhando para o Terminal para ajudar na digestão. Lá ficamos esperando o horário do bus que era por volta das 14 horas. Compramos o passe de utilização do terminal: 2 bols, água, biscoitos e fomos para o embarque. O bus atrasou pelo menos meia hora e já estávamos preocupados. Finalmente apareceu. Era um double bus com leito e semi-leito. O bus me surpreendeu pois parecia bom. Subimos e sentamos nas poltronas que constavam nos bilhetes. Daí apareceu um cara dizendo que aquele lugar era dele. Como assim? Ele tinha as passagens e nós também. Ele desceu e voltou com o trocador que confirmou que o lugar era do cara e que o nosso bus era outro. Outro? Sim da mesma empresa e que já estaria chegando. Então descemos e esperamos mais 10 minutos. Apareceu outro, mas completamente diferente do primeiro. Bus velho e sujo, mas também era Trans Copacabana. Me senti um idiota. Mas estava lá tudo que foi prometido: bus leito com poltronas velhas e encardidas - banheiro também tinha, mas fedia e não funcionava a descarga. Não havia tempo para reclamações, ou era aquilo ou corria o risco de não chegar a tempo de pegar o voo.

Adeus La Paz!

 

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Foi uma viagem dura. Dura literalmente, pois alguma mola solta me incomodava o tempo todo. Pior foi que a poltrona da frente reclinava toda e a minha nenhum centímetro, mas dei tanta pancada nela que uma hora foi com tudo pra trás. Só que não voltou mais. Havia poltronas vagas mais atrás. Mas ficar perto do banheiro fedido não era opção. Lembro-me de uma parada pela manhã para o desayuno. Não tive vontade de comer nada, mas desci para esticar as pernas. Sem nenhuma cerimônia uma senhora boliviana desceu do bus e foi até a margem da estrada. Ela usava aqueles trajes típicos e fez da saia uma cabana para se aliviar ali mesmo. Preferi não fazer nenhum julgamento, aja vista que no Brasil muita gente faz o mesmo nas ruas. Finalmente estávamos próximos de Santa Cruz. Quando comprei as passagens no terminal a moça disse que havia a opção de ficar no aeroporto, então avisei ao motorista. Avistei o aeroporto da estrada, daí o bus parou e avisaram para descermos. Espera ai, descer aqui a dois quilômetros de distância? Isso mesmo. Não tivemos escolha a não ser caminhar embaixo do sol de meio dia. Na metade do caminho apareceu um táxi. O preço? Acho que ficaria mais barato se tivesse vindo de La Paz de taxi ::lol4:: Mas o cansaço nos empurrou para dentro. Finalmente o saguão do aeroporto. Deu vontade de fazer que nem o papa e beijar o chão. No aeroporto é última chance de fazer câmbio pegando os reais de volta, embora o câmbio nunca seja favorável, é melhor que voltar com o "morales" para o Brasil. Finalmente alguma coisa decente para beber, comer e um banheiro limpo para usar. O banheiro foi em vão - o intestino não funcionava a dias.Chegamos em São Paulo, foi preciso esperar e embarcamos para o Rio. Chegamos lá por volta das 22:00h. Não havia mais ônibus depois daquele horário para minha cidade. Então ficamos que nem zumbis no aeroporto até amanhecer. Já sabia que seria explorado no táxi para a rodoviária mas fazer o quê? Custou 29 Dilmas se não me engano, mas quando chegamos o cara puxou uma tabela e queria cobrar mais alguns trocados pelo excesso de bagagem. Acima de 24 quilos tinha de pagar. Deu vontade de pedir uma balança pois eu tinha certeza que as duas mochilas não chegavam naquilo, mas meu amigo foi logo sacando a grana e pagou. Compramos passagem para minha cidade, mais 4h de estrada e a saída seria às 8:00h. Em Três Rios uma carreta tombou na estrada e parou o transito. 2 horas de espera. Chegamos em Juiz de Fora e o motorista fez a pausa para o almoço. Almoçamos (comida de verdade finalmente, mesmo sendo da rodoviária) e voltamos para o ônibus. De carro seria menos de uma hora, mas de ônibus mais 2 horas até chegar em casa. Foram 50 horas de viagem no total. Em casa atirei a mochila num canto e corri para o banheiro.

Valeu a pena? Claro que sim. Meu próximo mochilão é voltar a Cusco e esticar para a Colômbia e México. Planos para 2016. Alguém quer ir junto?

Abaixo mais algumas fotos da viagem

 

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QUEM QUISER VER MAIS FOTOS > Estão em meu álbum no face: https://www.facebook.com/willian.c3sar

Editado por Visitante
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Olá,

 

Eu e minha amiga estamos pensando em fazer um roteiro de viagem muito parecido com o seu...

 

Estamos com muitas dúvidas, mas adoramos o seu relato!

 

Gostariamos de saber se teria como você nos enviar o seu roteiro junto com a planilha de gastos.

 

Se puder, enviar para : carol_barros_@hotmail.com eu agradeço.

 

 

::otemo::::otemo::

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Pessoal, me esqueci de citar algumas coisas importantes. O seguro viagem e o certificado de vacinação internacional emitido pela Anvisa.

Seguro viagem: fiz o plano América Latina da Sul América Seguros. Custou uns 250 reais e vc encontra mais informações aqui: http://www.seguroviagem.com. Não viagem sem o seguro. Não vale a pena correr este risco.

Certificado de vacinação internacional: no site da Anvisa você encontra uma lista dos locais e laboratórios credenciados para solicitar o certificado. Nos escritórios da Anvisa basta apresentar o cartão de vacinação nacional. Nos laboratórios credenciados você precisa tomar a vacina e eles emitem o certificado. Neste casa haverá custos com a vacinação. Então vá a um posto de saúde, se vacine e depois procure a Anvisa, pois o certificado é gratuito. Você encontrará também a lista de países que exigem este certificado e contra quais doenças deverá ter sido imunizado. http://portal.anvisa.gov.br

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