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Então, senhoras e senhores. Chegou a minha vez de tentar ajudar um pouco outros mochileiros. Acompanho o fórum desde 2008 e sempre o utilizei para organizar minhas viagens. Comecei há pouco mais de uma semana uma viagem pela América Latina sem roteiros definidos e tentando viajar quase sempre haciendo dedo. Esse post é pra contar um pouco do que vivi em Torres del Paine, um destino que parece ser bem procurado pela galera daqui. Quem quiser acompanhar a minha viagem, estou relatando os perrengues em uma página do facebook chamada "de barba na estrada" (https://www.facebook.com/debarbanaestrada). Sem mais delongas e agradecendo a todos que me ajudaram com seus relatos a montar a viagem, segue o post.

 

Primeiramente, tralhas que carreguei:

 

Roupas

 

camisa dry fit (2)

anorak

casaco fleece (2)

camisa segunda pele

casaco pluma de pato

calça segunda pele

calça fleece (2)

calça impermeável

meias (6)

cuecas (5)

luvas (2)

gorro

cachecol

chinelo

bota

 

Camping

 

barraca

saco de dormir

liner

isolante térmico

panela e talheres

fogareiro

cartucho de gás

caneca

cobertor de emergência

 

Higiene

 

sabonete

shampoo

hidratante

protetor labial

papel higiênico

lenços umedecidos

remédios

 

Alimentação

 

sanduíches de queijo e salame / geléia (11)

miojo (4)

atum (3)

sopa instantânea (4)

biscoito de chocolate (3)

barra de chocolate

doce de leite

 

Outros

 

câmera digital portátil

go pro com haste

extensão

benjamin

carregadores e cabos

celular

kit costura

silver tape

isqueiro

corda de varal e pregadores

canivete suíço

garrafas dágua 500ml vazias (3)

 

coisas que não levei mas são muito importantes: head lamp e balaclava

 

Dia 01 – 16/04 – Administração x Acampamento Paine Grande (17km)

 

Na sexta-feira, ainda no hostel em Puerto Natales, preparei onze sanduíches - alguns com queijo e salame e outros com geleia. Além disso, a minha dieta consistiria em miojo, atum, doce de leite e biscoitos. O ônibus que me levaria a Torres del Paine sairia no sábado, às 07:30. Deixei a mochila pronta, mais pesada do que eu gostaria e fui dormir. Acordei, comi um sanduíche e fui caminhando até a rodoviária. Ainda estava escuro, fazia frio e nevava ::Cold:: . Entrei no ônibus e por volta das onze horas o ônibus estacionou na primeira parada do parque. É possível acessar as trilhas de três formas. A ideia era fazer o circuito conhecido como “W”, de oeste a leste, que normalmente é feito em cinco dias. Para isso, eu deveria descer na terceira e última parada, a Administração. Após a primeira parada, segui viagem no ônibus e começou a nevar bastante. Enquanto dirigia subindo uma estrada cheia de neve, o motorista improvisava um desembaçador passando uma toalha velha no vidro. Fiquei um pouco tenso pois não imaginava que caminharia logo no primeiro dia com tanta neve. O clima patagônico é extremamente instável e, por sorte, quando desci na sede administrativa, onde começaria o trekking, não nevava mais. O céu estava nublado e assim ficaria até o fim do dia. Saindo do ônibus, conheci a Shera, uma israelense que morava na Califórnia. Ela iria fazer o mesmo trajeto e também estava sozinha, então resolvemos começar a maratona juntos. Ela tinha combinado de começar o trekking com alguns amigos, mas eles não apareceram. Por conta disso, ela não tinha barraca. Expliquei que minha barraca, apesar de pequena, era para duas pessoas. No início, relutei um pouco em oferecer o teto, já que perderia um pouco de conforto. Logo lembrei do Cícero, o caminhoneiro que fez questão de dividir a cabine minúscula comigo para que eu não ficasse na chuva (quando estava pegando uma carona de Uruguaiana a Rosário, nesta mesma trip), e ofereci um lugar na barraca. Prontamente, ela aceitou o convite. Logo depois, juntaram-se a nós um cara muito gente fina da Lituânia, que não consegui entender seu nome, e uma francesa, a Nedjma. Começamos a caminhada em direção ao Camping Paine Grande por volta das treze e cada um foi andando em seu ritmo. São 17km de caminhada, a serem percorridos, segundo o mapa oficial, em cinco horas. Não demorou muito, o lituano e a israelense estavam bem mais a frente. A neve ia e voltava, mas o vento era constante, o que tornava a caminhada bem desgastante. Além disso, a mochila estava bem pesada por conta das tralhas de camping e da comida. Um pouco depois da metade do caminho já estava bem cansado e imaginava que era só o primeiro de longos cinco dias. A paisagem era bonita, e conforme íamos caminhando, mais perto chegávamos do Cerro Paine Grande, uma enorme montanha nevada. Com muita dificuldade continuei caminhando e, finalmente, uma placa indicava que faltavam “apenas” 3 km até o acampamento. Logo depois começa uma subida íngreme e estreita por uma montanha, com ventos assustadoramente fortes, que quase me derrubaram duas vezes :shock: . Os bastões de caminhada ajudam bastante a conseguir equilíbrio (um dos meus bastões quebrou logo no início, e acabei improvisando com um graveto que achei no caminho). Depois dessa parte tensa, cheguei esgotado ao acampamento por volta das 19 horas. O preço do camping é 8.000 pesos chilenos. Fazia um frio absurdo, nevava e ventava muito. Após descansar um pouco, percebi que meu chinelo, que estava no bolso externo da mochila, tinha sumido ::hein: . Provavelmente caiu no meio do caminho. Isso é, as opções doravante seriam andar de bota ou descalço. Montamos a barraca e fui ao banheiro para tomar uma ducha, mas o aquecedor estava com problemas e não havia agua quente. Não pensei duas vezes, impossível entrar naquela água gelada. Dei uma maquiada com os lenços umedecidos, coloquei roupas limpas e fui cozinhar meu miojo com atum. Por volta das 21h entramos na barraca para tentar dormir. O espaço era bem escasso, mas parecia um palácio perto da cabine do caminhão do Cícero. O meu saco de dormir é indicado para temperaturas por volta de cinco graus positivos, mas sem dúvidas, a temperatura estava abaixo de zero (Deuter Orbit +5 [ 9º / 5º / -9º]). Coloquei a segunda pele, fleece, casaco de pluma, duas calças, duas meias, luvas e o gorro e ainda não estava tão agradável ::Cold:: . Fechei todo o saco de dormir e deixei apenas uma pequena brecha para conseguir respirar. Só assim consegui dormir (e bastante preocupado com a possibilidade da temperatura cair ainda mais durante a madrugada). Despertei algumas vezes, já que as rajadas de vento balançavam a barraca, que me dava uma porrada. Nesses momentos, eu escutava sons estranhos que pareciam acontecer dentro da barraca. Lembrei de alguns relatos sobre a presença de ratos selvagens no acampamento, mas desconsiderei, pois finalmente estava bem aquecido. No dia seguinte, ao acordamos, percebemos que durante a noite recebemos hóspedes que não foram convidados...

 

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Dia 02 – 17/04 - Acampamento Paine Grande x Acampamento Italiano (7,5 km)

 

Já no domingo, acordamos às nove horas com a tragédia anunciada. A ideia era acordar mais cedo, mas a noite mal dormida e a demora para nascer o sol impediram que eu levantasse antes. Nossa comida espalhada e merda de rato em alguns cantos da barraca ::vapapu:: . Passando os olhos rapidamente, percebi que o saco com os sanduíches estava rasgado e alguns pães estavam mordidos. O mesmo aconteceu com uma barra de chocolate e uma embalagem de miojo. O frio persistia, levei a bolsa com a comida para a cozinha, imaginando que teria que jogar tudo fora e comecei a olhar com calma. Somente três sanduíches estavam mordidos. Em ocasiões normais, jogaria os sete restantes fora, mas isso significaria voltar para a cidade pois não teria comida para me manter. A israelense perdeu um saco de cereais, pão de banana e algum doce que não me lembro. Ainda bastante nervoso por não ter dormido bem, perdido comida e com buracos na barraca nova, não conseguia pensar direito ::hein: . Cogitei várias vezes pegar o barco que saia do acampamento para uma vila, onde o ônibus que vai a Puerto Natales pega alguns passageiros. Depois de muita dúvida, resolvi jogar fora apenas os sanduíches mordidos (além da barra de chocolate e um miojo), e tentar comer os outros, para poder continuar no trekking. A ideia inicial era ir ao Glaciar Grey sem a mochila (aproximadamente seis horas de ida e volta) e depois ir ao próximo acampamento, o Camping Italiano (duas horas e meia, segundo o mapa). Como já era quase 11 horas, achei que ficaria muito corrido e não conseguiria chegar ao camping com o dia claro. A israelense resolveu ir ao glaciar assim mesmo. Dessa forma, como diziam que o Glaciar Grey era parecido com o Glaciar Perito Moreno, que conheci na semana anterior, resolvi tirá-lo do roteiro e segui ao Camping Italiano. O percurso é muito bonito e colorido. De um lado, o belo Lago Skottsberg, de águas azuladas, e de outro o imponente Cerro Paine Grande. A parte triste é que por conta de um incêndio ocorrido em 2011, causado por um israelense que cozinhou em local proibido, grande parte da vegetação está morta. Mais de 12.000 hectares da vegetação foram afetados, o equivalente a três Florestas da Tijuca. Parei algumas vezes para descansar e tirar algumas fotos e completei o trajeto em três horas e meia. Chegando ao camping, percebi que, no meu ritmo, seria impossível ter ido ao Grey e depois esticar até o camping. A israelense, com seu preparo físico de militar, chegou por volta das 19 horas, com o dia ainda claro. O camping possuía uma estrutura razoável, era grátis e não ventava. O banheiro era uma espécie de latrina e não havia chuveiros. Segundo dia sem banho. Misturei o miojo com sopa em pó e atum, doce de leite de sobremesa e um pouco de água para arrematar. Fiquei conversando um bom tempo com o cara da Lituânia enquanto jantávamos. Coloquei a comida dentro da capa de chuva da mochila e a pendurei em um galho (quase um Bear Grylls ::hahaha:: ). Fui dormir cedo pois o dia seguinte seria longo, já que de acordo com o mapa eu teria que caminhar aproximadamente oito horas..

 

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Dia 03 – 18/04 - Camping Italiano x Valle del Francés x Camping Los Cuernos (13km)

 

A noite de domingo, apesar do frio, foi mais tranquila por ventar pouco e não ter que dividir a barraca, já que a israelense encontrou seus amigos com uma barraca maior. A ideia era acordar às 7:00, mas estava muito escuro ainda e resolvi enrolar um pouco mais. Nessa época, os dias por aqui são mais curtos. O sol nasce por volta das 08:40 e se põe antes das 20:00. Tomei o café da manhã (água com sanduíche, como sempre), desarmei minha barraca e deixei a mochila próxima à recepção do camping. A primeira parte do trekking seria chegar ao Mirador Britânico, aproximadamente três horas de subida e um pouco menos para descer. Peguei a garrafa de água, um pacote de biscoito e as câmeras e comecei a subida. O percurso é feito subindo o Valle del Francés, com uma paisagem deslumbrante. Sem dúvidas o local mais bonito que vi até agora. Um problema é que havia muitas pedras no caminho, e não me refiro à poesia do Drummond. O terreno é pedregoso e irregular, de forma que com o tempo, os pés começam a acusar os golpes. Caminhando às margens do rio e com imensas montanhas em volta, ingresso em uma espécie de bosque pintado em aquarela pelo outono. Mais a frente, a caminhada sobre a neve se torna um pouco perigosa, já que o terreno fica bem escorregadio, mas a paisagem fica ainda mais bela com os tons de branco. Um pouco depois da metade do caminho, encontro o lituano voltando. Conversamos rapidamente e ele explicou que não foi até o topo do mirador pois havia muita neve na trilha, o que tornava a subida muito complicada, mas havia uma área descampada com uma ótima visão. Já com o pé esquerdo um pouco dolorido e com receio de não conseguir chegar ao outro camping com a luz do dia, caminhei mais um pouco e achei a tal área descampada. A paisagem era perfeita, apesar das nuvens, e resolvi ficar um tempo sentado por lá. Fitei por uns dez minutos aquelas pinturas e comecei a descida extremamente feliz por ter estado naquele lugar tão lindo e tão inóspito. Cerca de duas horas depois, cheguei ao camping, parei um pouco para descansar e comer um sanduíche, tomei um analgésico, peguei a mochila e parti em direção ao camping Los Cuernos, onde dormiria. Novamente, o cenário era belo, com os Cuernos del Paine ao lado esquerdo e o Lago Nordernskjold à direita. A trilha era ainda mais pedrosa e o pé esquerdo ainda incomodava bastante. Continuei caminhando devagar e cheguei ao Camping Los Cuernos por volta das 19h. Apesar do camping ser pago, armei e barraca e passou batido. Finalmente consegui tomar uma ducha bem quente, que apesar do limite de três minutos por pessoa, foi revigorante :wink: . Encontrei novamente o lituano e a israelense na cozinha e ficamos conversando um bom tempo. Acabei fazendo dois novos amigos, a Antonia, uma americana que mora em Valparaíso, no Chile, e o Sesbástian, chileno de Santiago, que seriam meus companheiros de trilha no dia seguinte. O sangue esfriou e a dor nos dedos do pé ficou intensa, de uma forma que mal conseguia caminhar sem mancar. No dia seguinte, uma caminhada de mais 17km me aguardava, dentre os quais 7km eram de subida, para chegar ao acampamento Torres. Já na barraca, pensei bastante e achei melhor encurtar o trajeto e pegar a rota de saída, na qual poderia pegar o ônibus de volta à cidade. Não seria possível completar o trajeto da forma que tinha planejado, mas seria loucura tentar caminhar mais dois dias naquele estado. A temperatura estava mais amena e foi a noite em que passei menos frio.

 

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Dia 04 – 19/04 – Camping Los Cuernos x Hotel Las Torres (12km)

 

Terça feira, acordo após uma noite relativamente tranquila e começo a arrumar a mochila ainda no escuro. O pé doía bastante e sabia que, por conta disso, a trilha não seria fácil :x . Como o último sanduíche, empurrando com água, como sempre, tomei um analgésico e começo a caminhar ainda antes do sol nascer. Segundo o mapa, o circuito duraria quatro horas e meia, então imaginei que faria em, no mínimo, cinco horas. O detalhe é que eu deveria chegar até o Refúgio Las Torres até as 14:00, horário do ônibus que deixa em um ponto mais a frente, de onde sai outro transporte até a cidade. Logo no início da trilha encontrei o Sebastian e a Antônia, e fomos conversando durante o caminho. Eles estavam em melhores condições, mas sempre paravam um pouco mais a frente para me esperar. Tomei mais um analgésico, mas a dor era constante. Ao menos a paisagem continuava bela, com o Monte Almirante Nieto à esquerda e o Lago Nordernskjold à direita. Não era tão impressionante como o que vivi no dia anterior, mas continuava belo. Chegamos a uma bifurcação e nos despedimos. Eles iriam seguir ao acampamento Torres, para terminar o W; eu seguiria em direção à vila, para retornar à civilização. Caminhei mais umas duas horas e, esgotado, cheguei à parada de ônibus :( . Apesar de não completar o circuito como havia planejado, a sensação de saber que tinha chegado ao fim, de uma forma ou de outra, foi recompensadora. Saber que poderia deitar em uma cama e tomar um banho sem minutos contados era acalentador. Tomei o ônibus e vimos um enorme rebanho de ovelhas cruzando a estrada. Ao descer do ônibus, mal conseguia pisar. Encontrei novamente a Nedjma, a francesa que conheci no primeiro dia, e combinamos de tomar uma merecida cerveja à noite. Cheguei no hostel, tomei um banho e desmaiei na cama por alguns minutos. Cinco dias depois, agora em Ushuaia, tomando anti-inflamatórios, ainda estou tentando recuperar o inchaço do pé.

 

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Como considerações finais, apesar de todos os problemas, da dor intensa, da alergia que agora toma meus braços, digo que foi uma experiência única. As paisagens que pude ver, (in)felizmente não podem ser reproduzidas em fotos. Tampouco as sensações de estar vivenciando tudo aquilo. Pretendo voltar ao parque algum dia, mais experiente, com menos peso, mais preparado fisicamente e no verão. Não é muito comum fazer esse trekking no outono, pois o frio é cruel. Mesmo assim é possível. E tudo valeu a pena. Afinal, minh’alma não é pequena. ::otemo::

  • Membros
Postado

Obrigado, Quel! É bem possível fazer sim, só preparar um pouco :) Em relação às fotos, não sei te dizer. Pra mim está aparecendo..acho que teremos de esperar outra pessoa para confirmar haha.

 

Abraço!

  • 3 semanas depois...
  • 4 semanas depois...
  • Colaboradores
Postado

Ótimo relato Leo... sua humildade em respeitar seu corpo em diversas situações extremas foi uma lição. Continuo acompanhando tudo.

 

OBS: As fotos não apareceram aqui também.

  • 1 mês depois...
  • Membros
Postado

Parabéns pelo relato!!

 

Pra mim tmb não aparece as fotos.

 

Já vi que os ratos são um problema! Segundo relato que leio que eles invadem a barraca e fazem a festa.

 

Estou querendo ir em janeiro/17 e é bom já está avisado sobre isso!

 

Boa viagem

 

Saudações

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