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BOLÍVIA – CHILE – PERU EM 23 DIAS (ABRIL/2016) POR $ 1.300,00 DÓLARES NA VIAGEM


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  • Membros
Ah, sim.... começando:

 

Vi várias vezes vc falando sobre a carteira internacional de estudante. Tem que ser estudante mesmo ou é tipo a nacional, que até em shopping a gente consegue fazer uma?

 

Prepare-se para me ver aqui frequentemente. Vou até colocar uma foto no perfil! kkk

 

 

Oiii Dani! Existe o site https://www.carteiradoestudante.com.br/ onde você pode pedir sua carteirinha.

 

Então, tem gente que consegue dar o biruleibe e fazer a carteirinha mesmo não sendo estudante. Pros passeios como Machu Pichu é muito importante que seja ISIC, mas os da Bolívia conseguimos usar nassas carteirinhas normais de "shopping". #vergonha hahahahaa

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  • Colaboradores

Mary,

ta ficando sensacional, eu to me perguntando aqui como você lembra de tudo isso sem ter feito diário da viagem cara kkkkkkkkkk, Acompanhando e morrendo de saudade dessa viagem e de vocês duas. Cara quem estiver planejando o mochilão acompanhe até o final porque vem muita historia boa por aqui ....... claro que a sopa entra nisso ::lol4::::lol4::::lol4::::lol4::::lol4::

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  • Membros
Só vai dar eu aqui, meu Deus! :lol:

 

Então... eu li um papo de que só aceitam a ISIC da galera até 25 anos de idade. Procede? Porque se for... já elvis, pq já passei dos 25 há séculos! ahahaha =D

 

 

AHAHAHAHA Imagina Dani! Pergunta tudo mesmo!

 

Então, alguns passeios no Atacama por exemplo, aceitam carteirinhas normais de estudantes, mas no Machu Picchu, por exemplo, só te dão desconto com a ISIC.

O melhor desconto da ISIC é no Machu Picchu, porque você paga metade do valor. Em outros passeios você ganha pequenos descontos, sem ser metade do valor.

 

ATENÇÃO: Se você tem a ISIC e está acima da graduação, pode esquecer seu mega desconto no Machu Picchu. Eles só aceitam carteirinhas de graduação.

 

Se você tem a ISIC, mas é maior de 25 anos eles podem implicar (mas nunca se sabe quando). A Patrícia usou a dela em vários lugares de boa no Atacama, mas no Valle Sagrado em Cusco, implicaram!

 

Na hora da compra do ingresso pra Machu Picchu não implicaram com a idade dela, já que ela tinha a carteirinha da graduação. Já o Vagner que tem 25 anos não conseguiu o desconto de estudante no ingresso do Machu Picchu porque tinha carteirinha de Pós-graduação, mas conseguiu desconto de meia no boleto turístico de Cusco, onde a Patrícia não conseguiu porque tinha 27 anos. Olha que confusão! hahahaha

 

Então, a Pate tem 27 e tava na graduação e conseguiu desconto na boa (só implicaram no boleto turístico geral do Valle Sagrado em Cusco), já o Vagner tem 25 e tava na pós-graduação conseguiu desconto em tudo tbm (só teve problema no Machu Picchu pq interpretaram que se ele tava na pós já tinha emprego e podia pagar inteira).

 

É bem a la caralh* o critério! hahahahaha ::lol4::

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  • Membros

CAP. 3: VIVOS EM UYUNI – TRÊS DIAS INCRÍVEIS

03/4/2016

 

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[Você pode ler esse relato ao som de Here comes de Sun (

)]

 

1º DIA NO UYUNI

 

A viagem não foi das melhores, mas conseguimos descansar um pouquinho. O bom de fazer viagem noturna em ônibus com deslocamento entre cidades é que você economiza um bom dinheiro de hospedagem e ganha um tempo precioso no roteiro, já que dorme em uma cidade e acorda na outra. Se você não tem problema com longas viagens de ônibus, vale a pena planejar seus roteiros dessa forma.

 

Sempre que viajo, faço uma pesquisa entre valores x distância x tempo pra ver se vale mais a pena ir de ônibus ou avião. Na América Latina acho que quase sempre compensará mais o ônibus (apesar da gente ter optado pegar avião de La Paz pra Santa Cruz). Já na Europa vale a pena você fazer os cálculos sim, porque existem companhias low cost que aplicam preços bastante atrativos e, às vezes, mesmo pegando avião e pagando hospedagem ainda sai mais vantajoso que o ônibus. Anyway, não era o caso desse mochilão, mas vale a dica!

 

Como eu disse, nosso ônibus tinha banheiro com janela panorâmica (rsrs), então fomos tranquilos quanto a isso, mas a galera da 6 de Octubre precisou fazer as necessidades no mato, então já separa seu papel higiênico na mochila de ataque (pros dois casos rsrsrsrs). A maioria dos ônibus e vans da Bolívia não tem banheiro (a situação melhora no Peru), então se prepare pras adversidades da vida (tipo fazer xixi atrás da roda da van com uma galera dentro dela e um vento frio batendo na sua bunda – sim! Eu fiz isso e me sinto orgulhosa de não ter deixado minha bexiga explodir).

 

Como falei antes, fechei o passeio do Uyuni com antecedência pela Esmeralda Tour (esmeraldaivan@hotmail.com), mandei email e a Yaneth foi SUPER atenciosa comigo. Ela nos deu desconto e ainda se ofereceu pra nos buscar de madrugada na “rodoviária”. A gente tava mais tranquilo em relação a isso, porque segundo relatos o ônibus te desova no meio do nada e tu fica vagando por aí.

 

No começo, antes da gente conhecer os outros brasileiros, eu sabia que esse seria um dos dias de medinho porque seríamos só eu e Elisa no meio do nada às 4:20 da manhã (eu achava que era às 4:20), então, só de saber que alguém nos buscaria na “rodoviária” deu um certo alívio. Assim que compramos as passagens lá em Sucre, eu enviei um email pra Yaneth avisando que pegaríamos o ônibus às 20:00 e que chegaríamos por volta das 4:20 da manhã. A idiota aqui só esqueceu de avisar que íamos pela 11 de Julho e não pela 6 de Octubre como a maioria dos mochileiros faz... Coitadaaaaa da moça cara! Vai lendo pra ver a merda que eu fiz!

 

Tudo conforme o planejado com exceção de um detalhe: CHEGAMOS 1 HORA ANTES DO HORÁRIO QUE EU TINHA AVISADO!

 

O ônibus de fato nos desovou no meio de lugar nenhum, tudo escuro, gente estranha, um frio do cacet** e nós parados sem saber o que fazer. Seguiríamos pra algum lugar pra nos abrigarmos do frio? Esperaríamos a mulher?

 

Tínhamos lido no relato do Rodrigo que uma senhora sempre costuma aparecer dentre a neblina pra salvar mochileiros perdidos. Estávamos até na espera dela, já que não conseguimos avisar à Yaneth que já tínhamos chegado. Massss cara, a senhorinha é ninja! A gente tava esperando ela chegar, mas ela brotou do chão DO NADA. Eram 6 pessoas na espreita pra ver da onde ela chegaria e a mulher brotou do bueiro cara, só pode! Era o único lugar que a gente não tava olhando rs!

 

A senhora disse que tinha um café e nos convidou pra ir pra lá, quando ela falou o nome do café (Snack Nonis), na hora já comentei que era a mesma senhorinha que tinha salvado o Rodrigo. Ficamos um pouco mais tranquilos (vai que era golpe, né? Mochileiro tem que desconfiar até da própria sombra, né?) e seguimos com ela mesmo, mas eu ainda tava preocupada com a Yaneth coitada. Eis que tive a ideia de mandar email pra ela lá do café da senhorinha.

 

Fomos os primeiros a chegar lá! A galera que tava apertada pra ir num banheiro decente se deliciou com um banheiro sem água e sem papel higiênico (NUCA ESPERE ENCONTRAR PAPEL HIGIÊNICO NOS BANHEIROS DESSE MOCHILÃO. Se você for ao banheiro, já leva teu próprio rolo porque de certeza que vai usar. De vez em quando você até vê, mas é tão raro que é melhor se certificar de que tenha sempre um rolo na tua mochila de ataque), onde você mesmo pegava o baldinho dentro de um barril de água e dava “descarga”. Ah! A água do barril também era a água que você lavava suas mãos (por isso aconselho levar um tubinho de álcool em gel).

 

Carregamos os celulares (uhullll) e já começamos a tentar viçar na internet, mas tu acredita que a senhorinha é malandra e só liga a internet às 5:30 da manhã??? PQP! Fudeu com meu plano de enviar email pra Yaneth!

 

Começamos a nos esquentar por lá, nos acomodar - afinal seriam 4 horas esperando a Esmeralda Tour abrir – e já preparar os mochilões e as mochilas de ataque para o primeiro dia no Uyuni, isso porque seu mochilão vai o tempo inteiro no teto do carro e tudo que você pode pegar são as coisas da mochila de ataque.

 

A senhorinha nos deu o cardápio e nos disse que a agência dela abriria às 7:00 pra gente ir lá fechar o passeio com ela. Dissemos que tudo bem, só pra não parecermos rudes, mas nem estávamos interessados não! Rs Escolhemos um desayuno de 15,00 bolivianos (pão, manteiga, geleia, café e chá de coca – ótimo pra quem já começou a sofrer o mal da altitude como a Elisa que tava só o pó coitada! Tava passando bem mal, toda enjoada e não queria comer nada, sendo que a última refeição dela tinha sido às 18:50 em Sucre, então falei pra ela tomar um chá de coca pra, pelo menos, meter alguma coisa no estômago).

 

Quando deu 5:30 da manhã eles ligaram a internet e foi a alegria de geral, confere Facebook, Instagram, avisa a família e correee pra mandar email pra Yaneth dizendo que já estávamos em um café e que em vez de duas pessoas seriam seis pro passeio. Quando deu umas 6h e pouquinha decidimos sair do café e ir procurar a Esmeralda Tour, até porque tavam chegando mais mochileiros e a gente lá, achando que já era de casa!

 

Pra nossa surpresa a agência era quase na esquina do outro lado da rua, o que nos tomou 5 minutos pra achá-la. Ficamos fazendo hora no banquinho da praça em frente à agência, conversando e contando um pouco mais da vida um do outro, afinal seríamos parceiros de viagem por um bom tempo! É sempre bom saber se não tem nenhum serial killer ou psicopata no mesmo quarto que você, né? rsrsrsrs

 

Eis que surge uma senhora gritando MARYANA – ELISA... Na hora já pensei: Putz é a Yaneth e ela vai me dar um tiro de tanta raiva por ficar me procurando! Aí eu falei: somos nós, com um sorriso meio amarelo de tão sem graça que eu tava! Aí (olha issso cara) a senhora diz: Eu sou a Maria, amiga da Yaneth! Poxa to gritando vocês desde às 4:20 lá no ponto da 6 de Octubre. CARACAAAAAA minha cara rachou no chão de tão sem graça que eu fiquei! Geral olhou pra mim já me condenando, né?

 

Aí depois de pegar todos os pedaços da minha cara no chão e me reconstituir eu disse: Poxaaa vida! Maria, mil desculpas! Nós viemos pela 11 de Julho e chegamos bem antes do esperado. Nós chegamos às 3:20 e tava muito frio e uma outra senhorinha levou a gente pra um café! Nossaaaa mil desculpas mesmo! Genteeee eu só queria abraçá-la de tão sem graça que eu tava. Aí ela SUPER FOFA: Ahhh! Tudo bem, fiquei preocupada de vocês ficarem no frio.

 

Desculpas aceitas e eu já emendei no assunto: Agora somos seis em vez de duas, será que tem como todo mundo ficar no mesmo carro? Aí ela disse: A Yaneth chega às 7:30, mas tenho certeza que dá sim!

 

Pronto, relaxamos de novo e esperamos a Yaneth chegar. Com o tempo, foram juntando mais mochileiros em frente à agência e quando abriu, nós seis corremos lá pra dentro pra sermos os primeiros a serem atendidos! Yaneth explicou tudo bem explicadinho em inglês e espanhol e no final eu disse que seríamos seis em vez de duas e perguntei se rolava de deixar todo mundo no mesmo carro e ela disse que tudo bem. O valor inicial que ela tinha me cobrado era de 850,00 bolivianos, mas aí na barganha do email eu consegui por 800,00 bolivianos!

 

Na hora de pagar que foi engraçado. Eu achei que já tivesse fechado com ela pelo email o transfer até o Atacama de graça, mas pra minha surpresa não tinha, ou seja, o que eu não queria fazer desde o início aconteceu: barganhar desconto na frente de um monte de mochileiros!

 

Falei que já tinha fechado com ela 800,00 bolivianos pelo email e que fomos muito bem recomendados por amigos para fazer com ela e que nem sequer cogitamos procurar em outras agências (de fato não procuramos mesmo não, porque muita gente falou bem dessa e queríamos ter uma experiência maravilhosa, livres de stress em pleno deserto), que achei que tivesse fechado já com transfer pro Atacama e que tínhamos um amigo que tinha feito o passeio com ela e pagou 800,00 já com transfer, fora que agora em vez de duas pessoas ela ia ter um carro já fechado com seis porque fomos nós que persuadimos eles (kind of rsrsrsrs). Aí ela cedeu e disse que tudo bem por 800,00 já com transfer pro Atacama incluso!!!! \o/

 

Coitadaaaa! Os outros mochileiros que por acaso também tinham lido o relato do Rodrigo, usaram as mesmas desculpas e conseguiram o mesmo desconto. Desconfio até que tinham mochileiros aleatórios (sem ter nada a ver com a gente ou com o relato do Rodrigo) que se apropriaram do desconto! Mas ta valendo! Sei que a mulher teve que dar desconto pra umas 20 cabeças! Hahahahaha Tadinhaaaaa!

 

OBS: É bom frisar que a Esmeralda Tour é muito bem recomendada, com ótimo atendimento, preço relativamente dentro dá média e é uma das poucas agências que oferece a parada no meio do Salar de Uyuni para ver o pôr do sol. Caraaaaa é uma experiência única! Imagina você no meio de um deserto de sal ver um pôr do sol incrível e olhar ao redor e não ver nada além das cores maravilhosas do céu e do branco do chão! Sem palavras pra esse momento!

 

No meu planejamento, sairíamos às 10:30, mas como já estávamos com o carro fechado perguntamos se não poderíamos sair antes. Yaneth disse que sim e os outros mochileiros pediram a mesma coisa! Hahahahaha Então, 3 ou 4 carros da Esmeralda tour saíram às 10:00. A Yaneth vai te dar um papelzinho que deve ser muito bem guardado junto com seu passaporte, porque será usado na fronteira da Bolívia com Chile no dia da imigração.

 

Eram mais ou menos 8:00 quando pagamos tudo. Deixamos os mochilões na agência e saímos só com a mochila de ataque para fazer as compras pros três dias do deserto: galão de água de 5L (dividimos entre eu e Elisa), biscoitos, frutas, papel higiênico, toca quentinha típica da Bolívia... Aproveitamos para trocar mais um pouco do dinheiro do Vitor, passear pelo mercado de rua que estava sendo armado naquela hora, ir ao banheiro, nos maquiar, trocar de roupa (banho de gato com pano umedecido rsrsrs) e tirar fotos em frente ao monumento de Dakar Bolívar.

 

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Gastamos 46,50 bolivianos cada (eu e Elisa dividimos o valor total) para pagar nossos snacks e nosso galão de 5 litros de água. No mercado de rua, gastei mais 2,00 bolivianos pra ter um rolo de papel higiênico extra no mochilão (nunca se sabe, né?). Depois de comprarmos tudo, fomos tomar nosso banho de gato com pano umedecido e pagamos 2,00 bolivianos pra usar o banheiro. Estávamos revezando: enquanto dois iam no banheiro os outros quatro iam fazendo as últimas arrumações no mochilão e separando tudo que ficaria na mochila de ataque pra aquele dia. Tudo muito bem arrumado, todos de “banho” tomado, fomos numa vendinha rapidamente comprar nossas tocas de alpaca e pagamos 20,00 bolivianos nas forradas (bem quentinhas) sem ser dupla face.

 

Geral tinindo e pronto pros 3 dias e 2 noites no Salar de Uyuni quando fomos lá conhecer nosso guia – Emílio - Ahhhhhh para cara!!! Até o guia era igual ao do Rodrigo! Hahahahaha De fato ele não era muito brincalhão, mas era super parceiro, parava onde a gente quisesse pra tirar foto, mas óbvio que se atentava ao cronograma pra dar tempo da gente fazer tudo!

 

Colocamos os mochilões no alto do 4X4 e começamos a aventura. Quer dizer, demos uma paradinha pra Elisa comprar bala de coca porque ela ainda tava bem mal.

 

Algumas dicas para o passeio do Salar:

- Deixe reservado 30,00 bolivianos para o ingresso à Isla Del Pescado (opcional) e 150,00 bolivianos para a entrada da Reserva Nacional Eduardo Avaroa (obrigatóio);

 

- Leve bastante água dentro do carro (eu e Elisa dividimos um galão de 5 litros e deu tranquilamente, mas certifique-se de que você terá água suficiente para os 3 dias), se seu galão for na parte de cima do carro, só será retirado à noite no fim do passeio;

 

- Leve snacks como biscoitos e frutas para beliscar durante os passeios, pois o café da manhã, o almoço e a janta estão inclusos no pacote da agência;

 

- Leve óculos escuros (o branco do Salar é tenso pros olhos);

 

- Use BASTANTE protetor solar no rosto TODO se não quiser ficar bicolores que nem eu, que passei o protetor que nem a minha cara e no final do dia fiquei com uma marca bizarra dos óculos e da faixa que eu tava usando na testa. Ficou ridículo e fiquei com aquela marca por uns 5 dias. De todos os itens, esse é o mais importante, sério!

 

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- Use protetor labial ou vaselina para proteger a boca do sol e do frio;

 

- Prepare-se para muito sol MESMO, muito vento e MUITO frio;

 

Agora simmmm começou a aventura!

 

#PRIMEIRAPARADA

 

A primeira parada é bem perto, cerca de 5 a 10 minutos da cidade. É o famoso Cemitério de Trens, que basicamente tem um monte de vagões enferrujados num cenário lindo! Rs

 

Chegamos junto com os outros carros da Esmeralda Tour e fomos lá tirar umas fotos. Essa atração não tem nada demais, são, basicamente, 20 minutinhos pra galera tirar foto, mas vou te falar que curti! O cenário tava lindo, o céu tava azulzinho e o contraste com aquela cor de ferrugem dos trens tava bem legal!

 

Subimos nos vagões e tiramos várias fotos. Nego meio que se separava em grupos pelos vagões, mas quando chegamos não tava muito cheio, então deu pra brincar legal! MUITO CUIDADO se você for subir no alto dos vagões, a parada é bem alta mesmo e é velha cara, se tu se cortar lá naquelas ferrugens, vai dar trabalho e ainda vai ter que tomar antitetânica de emergência. Resumindo vai fuder com a viagem dos amiguinhos! Ahhh! Cuidado com seu celular e equipamentos fotográficos lá no alto, Vitor se descuidou e o celular novo dele foi direto pro chão e adivinhem: a tela quebrou em mil pedaços no segundo dia de viagem. Tava até funcionando, mas já começou ganhando um prejuízo!

 

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#SEGUNDAPARADA

 

A segunda parada foi na feirinha de Colchani, cheia de artesanatos lindos (mais carinhos rs) e que também abriga o museu de sal. Essa parada foi bem forçada, porque ninguém dentro do carro queria comprar nada e íamos perder 20 minutos lá! Descemos do carro, demos uma olhada e 10 minutos depois começamos a catar o Emílio que tinha sumido. Achamos ele e pedimos pra seguir viagem porque já tínhamos visto tudo. Fomos para a última parada antes do almoço!

 

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#TERCEIRAPARADA

 

O Vitor perguntou ao Emílio se tinha chovido naquela semana, porque gostaríamos de ver o Salar alagado, nem que fossem algumas poçinhas rs! Aí o Emílio disse que sim e que iria nos levar lá! CARAAAAA meu coração bateu forte na hora! Que sorteeee! Ver o Salar seco e alagado na mesma viagem! Uhulllll

 

Seguimos mais uns 20 ou 30 minutos até chegar na parte alagada do Salar. Chegando lá só tinha mais um ou dois carros da Esmeralda Tour totalizando 18 turistas se acabando em fotos! Tive meu primeiro imprevisto: mergulhar meu pé nas poças do salar com aquela água bizarramente salgada com meu único tênis pra viagem inteira (a inteligente, né?).

 

Quem tá na chuva é pra se molhar e quem tá fazendo mochilão é pra curtir. Então, parei com o mimimi dos 5 primeiros minutos, tentando pular nos espacinhos que eu via que tavam meio sequinhos e comecei a caminhar normalmente pelas poças. Tiramos altas fotos, apesar de achar que a luz do sol na posição que tava não estava favorecendo nossas fotos espelhadas, mas deu pra brincar legal e se divertir! Fora que ver o Salar alagado foi incrível!!!!!

 

Depois de ter molhado o tênis inteiro e parte da legging com os pulinhos nas poças, seguimos mais uns 30/40 minutos para a parada do almoço.

 

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#QUARTAPARADA

 

Emílio nos deixou tirando as fotos em perspectiva (achamos um dinossaurosinho no carro dele e nos acabamos rsrsrsrsrs), enquanto ele ia preparar nosso almoço. Tiramos várias fotos, mas nenhuma ficou 100% perfeita. Essa parada de perspectiva não é tão simples quanto nego acha não! Difícil pra CARALH* e tem que ter MUITA paciência! Mas tudo bem, ficamos lá tentando várias poses e depois que cansamos, fomos tirar a foto no monumento oficial do Dakar Bolívar e depois seguimos pro monumento das bandeiras de vários países.

 

Cansados de tanto sol e fotos (mentiraaaa eu nunca me canso de foto. NUNCA!) nós entramos na tenda e fomos almoçar. A comida tava bem boa. Era carne de vaca, salada, arroz de quinoa e banana de sobremesa. Tinha também uma coca-cola quente, mas preferimos nossas águas. Comemos tranquilos e saímos para tirar mais fotos (óbvio, né?) enquanto o Emílio guardava tudo pra partimos pra próxima parada!

 

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#QUINTAPARADA

 

Sabeeee aquela fadiga e aquela moleza que bate depois do almoço? Aquele soninho... Então, demos uma cochiladinha básica e depois de uns 45 minutos Emílio diz: chegamos. Olhamos meio que: chegamos aonde? E ele disse que aquela era a parte principal do Salar seco, onde dava pra ver as rugosidades do solo, tipo deserto normal, mas branco! Lindoooo!

 

Tratamos logo de acordar, pegar as máquinas e os celulares e sair andando! Vitor queria fazer xixi e Elisa queria tirar uma foto sem blusa e eu queria curtir a imensidão daquele branco e tirar mais fotos. Ficamos lá nos acabando com mais poses, pontes, acro-yoga mal feita, perspectivas... Depois de uns 20/30 minutos de pura diversão e encantamento partimos pra próxima parada.

 

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#SEXTAPARADA

 

Emílio disse que a próxima parada ia demorar uns 30/40 minutos... #partiusoneca! A gente tá nesse mood bipolar: entrava no carro e cochilava e saia do carro como se nem tivesse cochilado! Era tanta disposição que a gente achava graça!

 

Começamos a avistar de longe a Isla Del Pescado, lindíssima!!! Essa ilha é famosa por seus cactos gigantes. Saímos do carro já saltitando de euforia! Pagamos os 30,00 bolivianos da entrada, que é opcional. Quem não quiser conhecer pode ficar lá embaixo esperando 1 horinha. A alegria acabou depois que subimos a primeira escada (lá vem o mal da altitude de novooo! #sacoisso). Caraaaaa a gente se cansou na primeira escada e ainda faltavam algumas pelo caminho até o topo.

 

Força na peruca e fomos subindo, quase parando, mas fomos! Muita falta de ar e cansaço, mas depois de uns 30 minutos chegamossssss! \o/ Tiramos altas fotos e paramos pra contemplar a beleza que era aquele lugar rodeado por aquele deserto branco maravilhoso!

 

Uma curiosidade sobre esses cactos é que eles crescem 1cm a cada ano. Alguns deles chegam a 12/14 metros de altura! ::sos::

 

Descemos numa velocidade um pouco mais rápida que a subida e fomos pro carro partir pra última parada antes do hostel!

 

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#SÉTIMAPARADA

 

Seguimos viagem para o momento mais esperado do dia: o pôr do sol!

 

Depois de uns 40 minutos chegamos ao lugar ideal: a imensidão do Salar com algumas montanhas no horizonte formavam o cenário perfeito para um pôr do sol inesquecível. Nesse lugar só tínhamos nós e mais um carro da Esmeralda Tour com a galera que acabou virando nossos amigos já que a gente se encontrava com frequência!

 

Caminhamos um pouco mais para o lado pra vermos o sol na sua totalidade, quando íamos seguindo mais para direita conseguíamos ver a metade de um arco-íris ou uma parada bem louca muito colorida perto do sol (uma pena a máquina não ter conseguido registrar esse fenômeno)!

 

O céu estava maravilhosamente lindo, cheio de cores e o pôr do sol estava magnífico. Nós começamos a tirar algumas fotos e já começamos a perceber que o sol estava se pondo bem rápido. Ao mesmo tempo em que é sensacional é também muito rápido. Então, não deem bobeira e contemplem essa experiência única! Uma paz te invade o coração e quando você dá um giro 360º e vê a sua pequenez frente àquela imensidão branca só te dá vontade de ser grato por tudo aquilo. Sério! Muita gratidão por ter tido oportunidade de vivenciar esse momento! As fotos não representam nem metade da beleza que foi ver aquele pôr do sol ao vivo.

 

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#OITAVA PARADA E ÚLTIMA

 

Emílio disse que levaria mais uns 45 minutos até o hotel de sal, então já começamos a ligar o modo soneca, mas antes disso, nós presenciamos uma estrada super ruim que teríamos que percorrer por alguns quilômetros num friozinho do mal. Sério! Era muito buraco e essa estrada era de terra, então a gente sacolejava muito dentro do carro!

 

Finalmente, chegamos ao hotel de sal e Emílio já foi logo mostrando pra gente nossas acomodações. Eram quartos de dois, então nos dividimos pela primeira vez em dois dias de viagem! Hahahaha

 

OBS: Tire, pelo menos, 5 minutos para apreciar o céu estrelado. Que coisa maravilhosa!

 

O hotel era bem confortável e, de fato, de sal (demos uma lambida rápida na parede só pra ter certeza... sim! Que nojooo! Mas não conseguimos resistir). Como sabíamos que tinha chance de acabar a água quente eu e Elisa já corremos pra tentar tomar banho logo, mas aí a senhorinha que fazia o jantar cortou nossos planos e disse que o jantar já tava saindo. Não quisemos ser rudes, então deixamos as coisas no quarto e ficamos esperando a comida na mesa. O jantar foi bem bom: De entrada tivemos sopa e de prato principal tivemos carne com bata-frita e de sobremesa tivemos pêssego.

 

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Chegou a hora do banho e quando fomos ver, só tinha um banheiro pra galera TODA tomar banho e tinha nego deixando de comer pra ficar na fila. Aí me deu um negócio e fui lá organizar (tenho problemas com organização, se eu vejo algo bagunçado me dá nervosinho e quero logo arrumar), criei uma lista de espera onde a galera colocava o nome na ordem que ia chegando. Então, basicamente, se você fosse o 7º da fila não tinha necessidade de ficar lá em pé se era o 2º que tava tomando banho ainda.

 

Definimos que quem tinha que esperar na fila era só a pessoa seguinte e aí a pessoa que saísse do banho, via a lista e chamava o próximo pra esperar (fez sentido?). Aí geral curtiu a ideia e foi show de bola de fato. Nego comeu em paz sem se preocupar com a fila. A senhorinha depois veio avisar que o banho custava 10,00 bolivianos, mas todos já estavam cientes disso e alguns pagaram durante a noite e outros pagaram pela manhã. Lemos em algum relato que a água quente acabava, mas acredito que todos tomaram banho quente durante a noite (Arthur era o 9º e tomou banho quente), mas pela manhã quem arriscou tomar banho, tomou frio mesmo.

 

OBS: A segunda noite no Salar é sem banho, então, faça questão de tomar banho no primeiro dia, porque no segundo não tivemos nem a opção de banho quente ou frio. Teve que ser banho de gato com paninho umedecido mesmo! ::otemo::

 

Enquanto jantávamos tinha um mar de adaptadores em cima de uma mesa com, pelo menos, uns 20 eletrônicos, dentre eles: celulares, gopro, baterias, carregadores de pilha... Eu deixei o meu lá até acabar de tomar banho, mas quando fui dormir levei comigo (nunca se sabe).

 

Banho tomado, celular carregado, comida no estômago e muita animação pro dia seguinte, foi assim que acabamos nosso primeiro dia no Salar de Uyuni!

 

SALDO DO DIA:

- Bs. 15,00 – Café da manhã

- Bs. 800,00 – Tour de 3 dias e 2 noites pelo Uyuni

- Bs. 2,00 – Papel higiênico

- Bs. 46,50 – Biscoitos+ frutas + água

- Bs. 2,00 – Banheiro

- Bs. 20,00 – Toca de Alpaca

- Bs. 30,00 – Isla Del Pescado

- Bs. 10,00 – Banho no hotel de sal

 

TOTAL: Bs. 925,50

 

PRÓXIMO CAPÍTULO: (Cap. 4) Lagunas Altiplânicas, desertos, muitas fotos e o mal da altitude

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Maryy (a íntima, gente!),

 

tô adorando o seu relato, amando as fotos, anotando tudo e ficando ansiosa (mais).

 

Caguei de rir (quaase) quando você me respondeu o lance das carteirinhas, falando que o critério é a la car#@%!

 

Aahahahah... não posso lembrar que fico rindo sozinha!

 

Posta maaaisss! Escreve maaais!!!! Beijoss!

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Maryy (a íntima, gente!),

 

tô adorando o seu relato, amando as fotos, anotando tudo e ficando ansiosa (mais).

 

Caguei de rir (quaase) quando você me respondeu o lance das carteirinhas, falando que o critério é a la car#@%!

 

Aahahahah... não posso lembrar que fico rindo sozinha!

 

Posta maaaisss! Escreve maaais!!!! Beijoss!

 

 

 

Hahahahahahaha ::lol4::::lol4::

 

Então, começa a fuxicar meu blog que tu se caga de vez. Amanhã (se Deus quiser!) vou postar um mico bizarro que eu paguei em Veneza!

 

Sério! tu vai se cagar.... hahahahahahaha

 

Pode me chamar de Mary!

 

Se quiser me manda inbox no Instagram (@vidamochileira) que te passo meu whatsapp! bjs

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CAP.4: LAGUNAS ALTIPLÂNICAS, DESERTOS, MUITAS FOTOS E O MAL DA ALTITUDE

 

04/4/2016

 

[Você pode ler esse relato ao som de Hey Soul Sister] (

)

 

 

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2º DIA NO UYUNI

 

Acordamos às 6:00 da manhã (alguns de nós acordaram às 6:30 rsrsrsrs) pra arrumar os mochilões e as mochilas de ataque e, é claro, nos arrumar pra mais um dia incrível no Uyuni. Nosso café da manhã seria servido às 7:00 e a nossa saída do hotel de sal estava prevista para às 8:00. Fizemos tudo com calma, deu tempo de tirar mais fotos e dar uma lambidinha na parede do hotel só pra conferir se era de sal mesmo (hahahaha nojento, mas na viagem vale tudo. Sim! Era sal de verdade. rs).

 

O segundo dia prometia, porque iríamos ver paisagens sensacionais, flamingos, desertos, vulcões e muitas lagunas MARAVILHOSAS! Tomamos nosso desayuno: pão redondo duro, manteiga, geleia, chá e café (esse cardápio é super típico, mas de vez em quando rola uns ovinhos mexidos show de bola).

 

Colocamos os mochilões no alto do 4X4 de novo e seguimos viagem só com as mochilas de ataque e os galões de água acessíveis ao longo do caminho. As pessoas que não tinham pago o banho durante à noite, pagaram antes da gente sair e partimos!

 

Eu que tava com a cara dividida em três cores diferentes por causa do sol do primeiro dia e da minha imbecilidade na hora de passar protetor solar e protetor labial, senti o peso do arrependimento logo pela manhã, quando minha boca parecia que ia estourar de tão inchada que tava e quando vi que minhas fotos ficariam ridículas por causa do arco-íris na minha cara (é muita idiotice pra uma pessoa só). Sei que geral me olhava com cara: Nossa! Coitada dessa menina! E eu assentia com a cabeça do tipo: Eu já sei que to ridícula, pode parar de olhar! Rs ::lol4::::lol4::

 

Às 8:05 saímos do hotel e a #primeiraparada foi numa pequena mercearia pra comprar folhas de coca, porque nesse dia nós chegaríamos a 4.278 metros de altitude na Laguna Colorada. Pagamos 8,00 bolivianos num pacotinho grandinho que nos acompanharia até La Paz (rendeu que foi uma beleza! Rsrsrsrs). Passamos muita adrenalina com essas folhas de coca durante a viagem, mas isso eu conto nos próximos capítulos!

 

OBS: A folha de coca você mastiga, mastiga, mastiga, MAS NÃO ENGOLE! Ela é boa pra várias dores e males do corpo. Bom mesmo pra passar o mal estar é você fazer chá de folha de coca, esperar 5 minutos e tomar puro, sem açúcar, sem nadica!

 

Folhas de coca compradas e partiu #segundaparada do dia: Vista para o Volcán Ollague (algumas pessoas falam que é o Volcán Irruputuncu, mas acho que é o Ollague mesmo. Tô na dúvida porque não consigo lembrar ao certo, foi mal aí!). O que importa é que essa parada foi sensacional, porque tinha um trilho de trem que ligava (do verbo não sei se ainda tá ativo, acho que não) a Bolívia ao Chile. Tiramos fotos lindas com o vulcão de fundo e, é claro, fizemos mensagens com as pedras que tinham por lá! Mensagem pro namorado que não foi não podia faltar, né?! ::love::

 

Seguimos pra #terceiraparada num mirante pra ver o vulcão mais de “pertinho” (o adjetivo no diminutivo retrata que ele estava longe pra caralh*, mas tava um pouco mais perto que antes rsrsrsrs). Nessa parada, nos cansamos após dar 5 passos, então nos ligamos que era preciso ir com muita calma mesmo, porque a altitude já tava começando a incomodar. ::hein:

 

 

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Tiramos várias fotos e seguimos viagem para a #quartaparada: Lagunas Altiplânicas! São diversas lagunas que fazem parte do conjunto altiplânico, que são os lugares preferidos dos flamingos! O cenário de cada uma delas é indescritível! Paisagens deslumbrantes e completamente diferentes de tudo que eu já vi em mais de 23 países de mochilão. Sério mesmo! Já vi muito lugar lindo, mas essa viagem superou MUITO minhas expectativas. ::otemo::

 

Seguimos nessa ordem (até então, o relato do Rodrigo tava sendo seguido à risca): Laguna Cañapa, depois Laguna Hedionda que exala um cheiro forte de enxofre (parada pro almoço delícia rs) e Laguna Honda/Ramadita.

 

Nosso almoço foi bonzinho: macarrão, franguinho alaranjado (devia ser algum tempero), salada, batatinha assada, banana assada e maçã de sobremesa. Ah! Tinha coca-cola quente de novo! Arthur foi o único que se arriscou a comer a banana (o desenrolo dessa banana, vem logo a seguir rs). ::xiu::

 

Antes de seguirmos viagem, fomos ao banheiro (5,00 bolivianos), porque durante o percurso você, geralmente, não tem muitos locais pra fazer suas necessidades. Fomos num banheiro ecológico (buracos separados pro coco e pro xixi e você mesmo enterra seu coco com uma areiazinha que tem do lado.... moderno, né? rs). Já estávamos há 2 dias sem qualquer contato com nossas famílias, foi quando Vagner viu uma plaquinha de wi-fi. Caraaaaa o coração bateu mais forte, a mão começou a tremer e aquele sorrisinho já começava a brotar no rosto, quando fui perguntar quanto era o wi-fi e o cara disse: 30,00 bolivianos para usar 30 min. WTF!!! 30,00 bolivianos por um wi-fi que a gente nem sabia se ia conectar direito? Ahhh! Deixa pra falar com a família depois, né? Notícia ruim chega rápido e se não tinha chegado nada pra eles ainda era porque a gente tava bem! Rsrsrsrs ::lol4::::lol4::

 

 

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Terminamos o almoço e partimos pra #quintaparada a Laguna Honda, que fica a uns 20 minutos de distância da onde almoçamos (paramos rapidinho pra algumas fotos e seguimos). Essas paradas nas Lagunas são super rapidinhas, você fica uns 20/30 minutinhos tirando foto e explorando o lugar e já parte pra próxima laguna.

 

Seguimos para a #sextaparada o Deserto de Sioli. É um dos desertos mais áridos do mundo, conhecido por suas curiosas formações rochosas resultantes dos processos de erosão. Dentre essas formações, a mais famosa é a Árbol de Pierda. No caminho até o Sioli, paramos rapidamente para umas fotos em cima do 4X4, porque né? Somos desses: cada parada um flash! Rsrsrsrsrs Arthur começou a sentir, literalmente, as dores do arrependimento de ter comido a banana assada do almoço que desencadeou uma dor de barriga fuderosa que derrubou ele. Já Elisa, só vinha piorando, muito enjoo, ânsia de vômito e taquicardia.

 

Todo mundo já tava meio mal a essa altura do campeonato (só eu que tava me sentindo bem e é por isso que você não pode brincar com a altitude, cada um tem uma reação diferente no corpo. O Vitor, por exemplo, tava com uma puta dor de cabeça e um pouco enjoado, mas depois que tomou remédio melhorou).

 

 

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Seguimos para a #sétimaparada e última: Laguna Colorada! Para entrar nessa laguna é preciso pagar, obrigatoriamente, 150,00 bolivianos na entrada da Reserva Nacional da Fauna Andina Eduardo Avaroa.

 

O processo foi simples: saímos do carro e esperamos numa fila, preenchemos nossos dados numa lista, mostramos nossos passaportes, pagamos e recebemos um ticket da entrada da Reserva. GUARDE BEM ESSE TICKET, porque vão te pedir na saída da Reserva e não sei o que acontece quando você perde. Obviamente tem que desembolsar uma graninha, mas não sei quanto. ENTÃO, NÃO PERCA!

 

Entramos novamente no carro e Emílio nos deixou no hostel que passaríamos a noite. Ele nos mostrou nosso quarto (cada quarto tem 6 camas) e disse que a partir daquele momento o tempo era livre e que podíamos explorar a região do jeito que quiséssemos, mas pra termos cuidado e voltarmos antes do anoitecer, porque além da temperatura baixar demais, a região fica muito escura mesmo.

 

Entramos no quarto, cada um escolheu sua cama e lá fomos nós explorar a região (leve um casaquinho extra, porque você sai quentinho e na volta a temperatura baixa muitooooo)! QUE LAGUNA MARAVILHOSA! Que cores perfeitas! Com certeza a laguna mais bonita de todas!

 

Saímos em direção ao mirante, mas só fomos até a metade do caminho. A caminhada já era sensacional por si própria e a paisagem nos deixava de boca aberta. O mal da altitude era real, Elisa começou a ficar bem preocupada com a taquicardia e pensamos até em dar oxigênio pra ela (vimos um galão na hora que pagamos o ticket), Arthur também não estava na sua melhor forma, a temperatura tava caindo depressa e sabíamos que não teríamos tempo hábil pra chegar no mirante e voltar antes de escurecer, então ficamos preocupados e voltamos direto pro hostel já com o sol se pondo. Elisa já tinha parado no meio do caminho e se sentou porque não aguentava mais andar. Afinal, se já tava ruim antes, imagina a 4.278 metros de altitude. Andei mais um pouco pra tirar umas fotos dos flamingos e logo voltei correndo (lê-se andando rápido) pra levar ela de volta pro hostel. Quando olhamos pra trás, vimos os outros 4 voltando também. rs

 

Chegamos praticamente “congelados” e fomos direto falar com Emílio porque Elisa tava piorando cada vez mais. Perguntamos a ele se não seria bom darmos o oxigênio pra ela e ele disse que não, que seria a pior coisa a fazer. Aí você percebe que não entende merda nenhuma de altitude, né? Ele disse que se a gente desse oxigênio pra Elisa, ela teria uma melhora súbita, mas que depois de 20 minutos se sentira pior ainda do que antes.

 

Emílio disse pra ela se sentar que ia trazer o lanchinho da tarde (#fofonildo) e que ela ia melhorar tomando a Soroche Pills (ou também Sorojchi Pills) e o chá de folha de coca. Sentamos na mesa e tinha uns biscoitinhos e chá (camomila, coca, entre outros). Emílio deu dois comprimidos da Soroche Pills que ele tinha pra Elisa e mandou ela tomar um e depois tomar o chá de folha de coca puro (folhas de coca com água quente, espera 5 minutos e bebe). Todos tomaram o chá, porque né? Melhor prevenir do que remediar.

 

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Depois do lanchinho, a gente não tava muito certo se teria o jantar propriamente dito ou não, então nos enchemos de biscoito (just in case). Seguimos para o quarto pra arrumar as mochilas de ataque e os mochilões, porque tava rolando um boato de que a luz ia acabar à noite e que de manhã era tudo na base da lanterna do celular. Ficamos preocupados e já deixamos tudo esquematizado pro dia seguinte e, inclusive, algumas pessoas já dormiram prontinhas.

 

Isso porque esse hostel é bem simples e não tem chuveiro pra banho. O banheiro é de uso coletivo (lê-se misto) com apenas duas cabines funcionando. Não existe tomada nesse hostel e tivemos que pedir ao Emílio pra desenrolar com a moça da casa ao lado e ver se ela deixava a gente carregar as baterias da câmera e os celulares lá de graça (ela queria cobrar).

 

Emílio desenrolou e deixamos todos os eletrônicos na casa da mulher carregando de graça (nessas situações é muito bom ter aqueles carregadores portáteis, sabe? Porque você não fica refém da boa vontade dos outros. Eu tava com dois, mais decidi guardar pra alguma emergência) e partimos direto pro banho de gato com paninho umedecido.

 

Mochilas prontas, “banho” tomado e quando menos esperávamos, o Emílio veio colocar a mesa do jantar regadooooo às 19:30! Tivemos sopa de entrada (sempre rola entrada) e um macarrão com salsicha delícia de prato principal. Rolou até um vinhozinho que os meninos curtiram pra espantar o frio.

 

Ficamos conversando com o outro grupo que vinha nos seguindo direto nas paradas (óbvio né? Eles também eram da Esmeralda Tour) sobre o roteiro de cada um, ideias e coisas que estávamos animados pra ver. Depois disso, rolou uma pausa super fofa para foto com um menininho de 3 anos que tava encantado com a tecnologia touch do celular e tava se acabando gravando vários vídeos dele.

 

Fomos dormir cedo, porque no dia seguinte teríamos que acordar às 4:00 da madrugada. Às 21:00 geral já tava embalado no sono. Eu demorei um pouco pra dormir, porque tenho alergia à poeira e ela tava atacando sério. Fora que odeio aqueles cobertores de mendigo, sabe? Tava me irritando aquilo lá e acabei tirando, apesar do frio do mal. Essa noite foi bem tensa, um porque o travesseiro era alto pra caraca e tava me dando uma dor bizarra no pescoço, dois que a cada viradinha de um lado pro outro que a gente dava dormindo nosso coração batia MUITO rápido, muito rápido mesmo (todos tiveram esse problema), então todos estávamos dormindo, mas nos sentido ofegantes como se tivéssemos corrido uma maratona (bizarro o que a altitude não faz).

 

Quando deu 23:00 Arthur acordou a Elisa pra pedir remédio pra dor de barriga (os efeitos da banana assada do almoço ainda estavam surtindo efeito), que me acordou, que acabei acordando o quarto inteiro na mobilização de um remédio pro Arthur. Eu sei que a gente acordou no susto, porque só tínhamos dormido duas horas, mas o sono tava tão profundo que deu a sensação que já estávamos dormindo a 8 horas. Geral rindo pra caraca porque estávamos com a mesma sensação de sono infinito e estávamos acordados procurando remédio pro Arthur, que no final, coitado, tomou uma bomba de remédios variados na esperança de melhorar (cada um deu um remédio diferente).

 

Voltamos a dormir e acordamos às 4:00 da madrugada prontos pra mais um dia sensacional no Uyuni!

 

SALDO DO DIA:

- Bs. 8,00 – Folhas de coca

- Bs. 5,00 – Banheiro na Laguna Hedionda

- Bs. 150,00 – Reserva Nacional de Fauna Andina Eduardo Avaroa

 

TOTAL: Bs. 163,00

 

PRÓXIMO CAPÍTULO: (CAP.5) A madrugada congelante dos Geisers (-8ºC) e a despedida confusa do Uyuni

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