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10º dia - 12/12/07 - Comodoro Rivadávia - AR/Caleta Olivia - AR

 

Acordamos cedo, fizemos um ótimo café da manhã (foi caro, mas teve suas vantagens), e fiz a gafe da viagem.....hehehehehehe

 

Não, eu não derrubei copos, nem pratos, nem talheres.

 

Simplesmente fui perguntar à recepcionista, onde ficava a Rua Calle.....

 

OK ? Ok ? Vc não entendeu.....heheheeh

 

Pois é para quem sabe castelhano, já sabe que Calle é rua, mas é assim mesmo......heheheheheehheehehhee

 

O endereço que eu estava procurando era de uma Concessionária Yamaha, que pretendia trocar os fluídos da moto, na verdade, dar uma geral e trocar o óleo, antes de ir, consultei o site da Yamaha e vi que essa era uma boa localização, já que daria mais ou menos os 5.000 km constante do manual para troca de óleo.

 

Fica na CALLE VELLEZ SARSFIELD.......hehehehehehehe

 

Bom a atendente, ficou repetindo comigo Calle ?, si, isso mesmo Calle. Ela, ok ? Calle ???? e eu respondi, si, queremos ir ai....hehehehehe

 

Até que entendi que era para dar o resto do endereço....hehehehehe

 

Depois dessa cena..... hehehehehe... Pegamos a nossa bagagem completa e fui buscar a moto.

 

Cara, que vento, parecia não ter mudado nada, na verdade acho que estava até pior.....hehehehehe

 

Busquei a moto, carregamos a bagagem e fomos lá.

 

Infelizmente o rapaz falou que não poderia nos atender, pois estava só com um funcionário, que teria que retornar às 15h30, aí argumentei que era só para trocar o óleo, não precisava mais nada.

 

Ele reforçou não dá para atendê-lo só à tarde, putz estávamos pensando em andar bastante hj e acabou que não rolou.

 

Fomos conhecer a cidade, mas como conhecer naquele vento ?

 

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Praia e porto de Comodoro Rivadávia.

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Essa foto, tirei preocupado com a moto, estava mesmo era segurando ela, pois ela estava balançando bastante.

 

Fomos até os informes turísticos, que fica dentro do terminal rodoviário, como a patroa ficou com a câmera fotográfica e a filmadora, não registrei.

 

Então vou explicar como estava ventando.

 

Os carros que estavam parados ao lado do terminal rodoviário, estavam subindo a traseira, o curso completo da suspensão, com a força do vento.

 

Teve uma senhora que parou o carro e desceu a bagagem, kickando entre os carros.

 

Quando foi descer as crianças dela, que eram pequenas, as crianças com a força do vento, foram kickando nos carros.

 

IMPRESSIONANTE, a moto, balançava sem parar, eu em cima dela, a almofada de gel saiu do lugar com a força do vento, indo parar um pouco longe da moto, desci e segurando a moto, alcancei a almofada de gel.

 

Os carros, paravam em fila dupla, tripla e o que desse para conseguir descer o que precisava, em frente ao lugar que precisava, evitando andar no vento.

 

INFELIZMENTE, não havia ninguém de saia ou qualquer roupa desse tipo, viu FGR.....heheheheehheehehehehe

 

Depois disso, pensamos em ir no Parque Eólico que o Spidi, havia sugerido, mas a moça falou para a patroa, com esse vento, não sei se é uma boa.....hehehehehe

 

Desistimos, demos uma volta na cidade para procurar uma internet, fazer o câmbio de dinheiro e aproveitamos para fazer umas ligações.

 

Depois disso, fomos almoçar, parei numa avenida que parecia protegida do vento, como sempre paro, moto bem inclinada sob o pezinho, tentando deixar espaço para um carro estacionar, sem ficar muito próximo da traseira do carro da frente.

 

Feito isso entramos num restaurante, a patroa não gostou muito do tratamento dado pelo garçom que não fez muito gosto de atender-nos.

 

Estavamos esperando o almoço, quando um grupo de rapazes argentinos, que estavam sentados numa mesa ao lado, nos perguntam se a moto era, nossa. Soltei um sorriso e falei que sim, eles falaram, su moto tombou.

 

Eu olhei (já estava meio que de olho, mas foi naquela fração de 30 segundos....heheh), cara a moto tinha sumido.

 

Pensei alguém tentou parar a moto e ela caiu.

 

Saí correndo, a moto tinha tombado e marcado o carro da frente com o espelho (ficou aquela mancha preta, facilmente tirada com uma polida), mas tive dificuldades para erguê-la já que ficou meio prensada no carro, junto com a bagagem (alforjes, mala tanque e bauleto).

 

Os rapazes saíram e me ajudaram, aí falei, putz e o dono do carro, eles olharam para mim, sorriram e falaram, no, no, no tiene problema, tranquilo, coloca la moto acá e no te preocupas.....hehehehehe

 

Cara, mesmo sabendo que ali era normal (todos os carros tinham marcas), ainda fiquei chateado, só fui melhor em Ushuaia e depois em Buenos Aires, aguardem os relatos....heheheheh

 

Almoçamos rápido, morrendo de medo da moto cair de novo e quebrar um manicoto, queria ficar ao lado dela, esperando o dono do carro, para conversar, pensei em tantas maneiras de deixar um recado para o dono do carro, para tentar ressarci-lo.

 

Mas, não tinha como, não moravamos lá, nossos telefones celulares não funcionavam para receber chamada, não tinhamos parentes preparados para lidar com uma pessoa falando castelhano, o dono do restaurante, não estava preocupado, não apareceu viva alma para nos questionar, nada.

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Pensei em deixar um recado no vidro do carro, dando uma previsão do dia que estaria de volta, mas não sabia que dia seria esse.

 

Cara, muito chato, vc tenta encontrar uma saída e não encontrar.....

 

Pegamos a moto, a patroa não deu gorjeta para o garçom, depois de tê-la atendido mal.

 

Fomos até a concessionária, como era previsto, eles estavam em horário de almoço, lá o turno começa às 9h30, para às 12h30 e recomeço às 15h30 indo até ás 20h30.

 

Ficamos conversando em frente a loja, a patroa muito apavorada com a situação toda, tivemos aquele vento horrível no dia anterior, o dia de hoje tinha dado esses problemas, o desânimo dela era enorme.

 

Tentei argumentar, falando que iríamos mais devagar, assim o vento não atrapalharia tanto, não precisaríamos andar tanto tempo e tão deitados, que ela poderia ir de ônibus até a próxima cidade, etc.

 

Coitada chegou até a chorar, falou que não devia ter ido, que estava me atrapalhando, etc.

 

Achei que íamos voltar dali, ou seja, desistir de ir até Ushuaia.

 

O dono da oficina depois de um tempo abriu para nós entrarmos era 14h30, trocou o óleo e pedi para lavar a moto, ficamos conversando com o Enrique (nome do dono da oficina), nos comentou o preço em dólar da Fazer e da XT (5.800 dólares e 12.000, respectivamente), falou que lá não tinha motos, por causa do vento.

 

Perguntamos se era sempre assim, se não tinha dias sem vento, ele falou claro, tem POUCOS dias sem vento, durante o ano.....heheheheheehhehe

 

Nisso ele perguntou das jaquetas, falei do site, e aproveite para mostrá-lo o livro do Rauen, pois é achei que ele sabia, mas não, ele não sabia.

 

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No livro do Rauen, existe uma citação da oficina dele, bem como uma foto da moto dele na oficina.

 

Ele bateu o olho e pensou um pouquinho, depois lembrou do Rauen e da moto dele, falou bastante, feliz da vida, não sabia das fotos, nem da citação no livro, pediu para gente o site e e-mail do Rauen, ia comprar um livro.

 

Desatou a conversar conosco, falou que fez o teste no Brasil da Fazer, perguntou muitos dados dela, ficou surpreso com a velocidade final da Fazer, com a economia de combustível.

 

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Estavamos nos preparando para irmos embora, quando chegaram o Renato e o Luís, estavam procurando uma relação nova para a moto do Luís, a dele deu problema no pinhão e pensava em trocar todo o conjunto.

 

Cara, eles apareceram na hora certa, estavamos preocupados com o que tinha pela frente.

 

O Renato(era a quarta vez que ia para Ushuaia) e o Luís(era a segunda vez que ia para Ushuaia), falaram, não se preocupem o vento é só até Rio Gallegos, depois disso não tem vento forte, o pior já tinhamos passado.

 

Eles pegaram o resto do vento que pegamos e tiveram que abastecer a moto com o Bidon, já que acabou o combustível da XT660 do Renato (que vinha na frente), perguntou onde íamos dormir, para irmos juntos.

 

Cara, falaram muito com a patroa, para ela não desistir, para se for o caso ir de ônibus, estavamos muito perto de chegar em Ushuaia.

 

Ela se animou, falei então vc não prefere ir de ônibus ? Ela falou firme, não, vamos juntos.

 

Cara, foi aí que tive certeza que íamos chegar em Ushuaia.

 

Eles saíram, pois não conseguiram trocar a relação lá, já que o Enrique só tinha um funcionário disponível e ele estava trabalhando em um Quadri e numa R1.

 

Fomos até um teléfono público e ligamos para um Hotel que vimos em Caleta Olívia, também estava no livro do Rauen, assim, podíamos imaginar que não era um lugar ruim.

 

Antes de pegarmos a Ruta 3, fomos abastecer a moto, uma porcaria, chegamos num posto BR, o atendente, depois de ouvir para encher o tanque, respondeu assim.

 

Pq não deixa de tentar falar em castelhano(cara foi o único na viagem toda que achou ruim), assim poderia tentar me entender.

 

Falei para ele por favor, completa para mim, novamente não entendeu.

 

Quase arrisquei um sporingdutsch, carascoivichsk (não faço nem idéia do significado, mais ia apontar o tanque e fazer o movimento com a mão de completo....heheheh)

 

Mas usei do inglês, please, full(não arrisquei uma frase mais elaborada, corria o risco de ter que falar em japonês, coisa que evidentemente não sabia fazer).

 

Resolveu entender assim, aí resolveu puxar papo, quando viu que eramos brasileiros, já veio com aquela famosa frase, (que só ouvimos da boca dele).

 

Quem é melhor o Maradona ou Pelé. Respondi diplomaticamente, que para eles seria o Maradona e para nós o Pelé, como vi ele derrubando combustível (até agora na minha cabeça de propósito) no tanque da moto.

 

Respondi pero, Pelé, jogava con las duas pernas, tanto com la direita, como la esquerda, Maradona, solamente con una perna.

 

Pelé, fazia gols de cabeça, de bicicleta e de perna, o Maradona, solamente de pe esquerdo e para finalizar ou com gol roubado de mão.....hehehehehe

 

Um frentista falou que queria conhecer Florianópolis, falei que lá era mais caliente que Comodoro Rivadávia, bicho o primeiro frentista ficou bravo, acho que ele pensou que estava reclamando, tentei apenas falar o óbvio, como não aceitou, taquei logo, que em Floripa não ventava tanto quanto lá e pensei (mais não falei, faltou um pouco), as pessoas são mais educadas e tem mais mulher bonita (gente não sou de falar essas coisas não, mas p... o cara derramou um tantão de gasolina no tanque da Fazer, vai ser grosso assim lá longe, pô).....hehehehehehehehe

 

Enfim, depois disso fomos atrás da Ruta 3 e depois de nos perdermos um pouco, chegamos nela, fomos em direção a Caleta Olivia meio cambaleando na estrada.

 

E aí fomos parados pela primeira vez pela Polícia na estrada, pediram o nosso passaporte e o documento da moto.

 

Perguntaram nosso destino e anotaram tudo num livro.

 

Seguimos viagem, esse lugar é o mais bonito de toda a Ruta 3, na nossa opinião, a Ruta 3 aqui fica ao lado do mar, azul como naquelas fotos de P. Pirámides.

 

Infelizmente como estava ventando um pouco, resolvemos não parar e deixar para fotografar na volta.

 

Mas, assim o lugar é lindo e ao mesmo tempo perigoso, andamos em áreas protegidas e logo em seguida em descampados, onde o vento açoita a moto com força, a Ruta 3 fica a poucos metros de barrancos de 15/20 metros até o nível do mar.

 

Lindo e perigoso, dependendo do vento.

 

Chegamos em Caleta Olivia, nos hospedamos no hotel e ficamos esperando o Renato e o Luís que combinaram de jantar conosco, fomos até o Banco e tentei novamente sacar dindin, deu certo, estranhei muito, fizemos as ligações para avisar onde iamos ficar e a minha mãe, falou que alguém do BB ligou na casa dela perguntando seu eu estava na Argentina, pois estavam aparecendo tentativas de movimentação lá.

 

A minha mãe respondeu que sim, ela falou, ah, então vou autorizar, ou seja, não adianta vc seguir o procedimento do caixa eletrônico, no final alguém tem que autorizar.

 

Depois disso lá pelas 21h30 vimos o Renato e o Luis passarem de moto, infelizmente eles não nos viram e acabamos esperando no hotel mais 30 minutos, como não chegaram, fomos procurar um lugar para comer e voltamos para o hotel para dormir.

 

Infelizmente nesse dia tiramos poucas fotos, desculpem-nos, diante do dia terrível que tivemos, preferi não insistir em fotos ou algo do tipo....heheheheheh

 

Comodoro Rivadávia, é uma cidade petroleira e portuária, mas não é muito convidativa, é do tipo faça o que tem que fazer e siga sua viagem, isso na nossa opinião, a Ruta 3 cruza ela por dentro.

 

Gastos:

 

Combustível:

 

Posto BR - Comodoro Rivadávia/AR - 23,00 pesos = 15,86 reais

 

Hospedagem:

 

Hotel Roberts - Caleta Olivia/AR - 151,00 pesos = 104,14 reais

 

Alimentação:

 

Restaurante - Comodoro Rivadávia/AR - 66 pesos = 45,52 reais

Lanchonete - Posto BR - Caleta Olivia/AR - 48 pesos = 33,10 reais

 

Outros:

 

Troca de óleo (azeite) e lavagem da Fazer - Comodoro Rivadávia/ AR

50 pesos = 34,48 reais

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11º dia - 13/12/07 - Caleta Olivia - AR/Rio Gallegos - AR

 

O acordo fechado ainda na concessionária em Comodoro Rivadávia era o seguinte, vamos ver como é o vento até a próxima cidade e se ficar muito ruim, voltamos e vamos até Bariloche.

 

Tomamos o nosso café e partimos para a viagem.

 

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Alguém usou a Fazer a noite.....hehehehehe

 

Pensávamos em chegar em Puerto San Julian naquele dia, a patroa super preocupada com a situação, não comentei no outro relato(dia anterior), mas tínhamos lido que um amigo do Fórum XT 600 havia se acidentado por causa do vento nessa região.

 

Pegamos a moto e andamos a 80 km/h, na estrada, tudo ok, depois de 30 min, aumentei para 90 km/h, tudo ok, não precisamos inclinar nada, uma leve brisa soprava frontalmente com a moto, serra de Caleta Olivia (linda também) ficava para trás, Fitz Roy, passava ao lado, uma cidade maior (3 ruas e 1 posto YPF)......hehehehehe

 

Depois de um tempo conversando com a patroa, falei vamos em frente ? Ela, ok ! Aumentei para 100 km/h, durante 15 minutos, tudo ok.

 

Os carros e caminhões são poucos nessa região, vemos um a cada 15/20 minutos.

 

Aumentei a 110 km/h, a Fazer sem esforço nenhum, seguimos assim até 3 Cerros, paramos num posto YPF, tomamos um refrigerante, comemos um sanduba de ramón e quezo (presunto e queijo), seguimos viagem, nem quis abastecer a Fazer tinha 3 barrinhas no painel (marcação de combustível no tanque).

 

Fomos acelerando em direção a Puerto San Julian, a Ruta 3, aqui apresenta remendos, poucos é verdade, nos trechos que estão assim, está bem sinalizado, e mais, estavam refazendo longos trechos de asfalto.

 

Tivemos que desviar para uma pista de rípio e muuuuuitooo cascalho, ao lado do que restou da Ruta 3, estavam refazendo ela desde o chão, então só tinha o cascalho sob a terra.

 

Foram 10 km assim, conversamos bastante pelo intercomunicador, a patroa foi tranqüilizando, assim como o vento.

 

Chegamos em Puerto San Julian, por volta das 14h30, enchi o tanque, tomamos um gatorade e comemos um chocolate, a patroa tomou um café solo....hehehehehehe

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De novo o nosso amiguinho amistoso

 

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O pneu da Fazer avisando que não ia conseguir chegar em SP inteiro....hehehehehe

 

Saímos em 15 minutos, decidimos ir até Piedra Buena, no Livro do Rauen (a patroa ficou lendo ele nessa noite), falava de que 2 Harleyros (que eles conheceram na viagem deles)desistiram pra frente dessa cidade, devido ao frio e a chuva, o Rauen, passou pelo mesmo apuro que nós, a patroa(a Mikka) dele, ficou tensa com a notícia de que os harleyros não tinham conseguido seguir adiante e retornaram para Piedra Buena.

 

Depois de 150 km, estávamos em Piedra Buena, o frio realmente tinha aumentado muito desde que saímos de Rivadávia, mas o vento não deu sinais, paramos no posto YPF que tinha ali, encontramos uma XT600 (igual a da Irene), placas do RIO DE JANEIRO, paramos ao lado, fomos conversar com o casal.

 

Foi bem bacana, eles estavam subindo a 3, depois de terem descido a 40, estavam vindo de Rio Gallegos, falaram que estava quente lá e que a cidade estava lotada, era aniversário e talvez tivéssemos problemas de arrumar hospedagem.

 

Nos falaram para procurar um hotel barato na Av. Roca (aqui aquela Av. que não é a San Martin é a Roca....heheheh).

 

Enquanto conversávamos chegou um outro grupo grande, composto por 3 Landers (uma delas Motard com pneus de Fazer) e 2 Tornado, foi uma farra, brasileiros se encontrando é isso amigo, deixa todo mundo assustado, muita conversa, muitos sorrisos, etc.

 

Ganhamos um regalo de nossos amigos, um "pin" com o nome do motogrupo e com a cidade Candiota - RS, rapaz tinham saído 5 h da manhã de Rio Grande e queriam chegar em Puerto San Julian, tinham feito a 40 e a Carretera Austral, quando encontraram os americanos da Tornado que vieram acompanhando eles, os americanos por sua vez estavam admirando a BMW.... ops, a Fazer.....hehehehehehehe

 

Cara, incrível perguntei para o rapaz como foi andar com uma Lander MOSTARDA na 40 e Carretera Austral, ele falou tranqüilo, estava acostumado, falou que dava para ir tranqüilo.

 

A reserva da moto dele, era duas garrafas pet, aliás, de todos eles, os americanos meio deslocados, estavam lá ainda olhando a BMW, ops quero dizer a Fazer....heheheheheehheeh

 

O casal de cariocas, animados com a chegada dos novos amigos, falaram que iam para a mesma cidade, antes de ir perguntei sobre o rípio para o casal da XT 600.

 

Ele me falou que pra frente de Rio Grande tinha 130 km de rípio, ótimo, só isso, ele falou é, fiquei tranqüilo (só depois vi que estava errado...heheheh).

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Reunião de Brasileiros no YPF de Piedra Buena, incrível, foi ótimo, poder falar e rir em bom português.

 

Saimos de Piedra Buena, tínhamos 230 km até Rio Gallegos, o casal de XT, nos alertou que gasolina só lá em Rio Gallegos, uma cidade (na verdade 1 posto de gasolina/pousada) chamado Le Marchan, que ficava a 100 km não tinha combustível e eles ficaram sem combustível em vários pontos (El Calafate, 40, etc.) estavam carregando um tanque reserva de quase 20 l, avisei a eles que pra cima, na 3, não tivemos problema de falta de combustível, ele ficou aliviado, chega de carregar peso.

 

Paramos no Le Marchan, esticamos a perna, usamos o banheiro (o dono não ficou muito feliz), saímos apressadamente, normalmente nessas paradas (só para usar o banheiro) compramos um chocolate, tomamos um refrigerante, algo do tipo, mas queríamos aproveitar a luz na estrada e a ausência de vento.

 

Chegando próximo a Rio Gallegos, o vento começou a aparecer, mas agora já era tarde, tínhamos vencido quase 700 km, faltando apenas 30 km até Rio Gallegos.

 

Passamos pelo entroncamento de um lado Rio Gallegos do outro El Calafate, avisamos que na volta iríamos para o outro lado.

 

Vento forte no rosto, sorriso enorme dentro do capacete, paramos somente num posto policial, ali “no” tem conversa, estávamos entrando na última província, os guardas, nos pediram os passaportes e o documento da moto, novamente nem sinal de pedir a Carta Seguro Verde, nem a Habilitação Internacional.

 

Ao menos ali, não nos pediram o destino, já sabiam, USHUAIA.....hehehehe

 

Mais 15 km, fomos a 80 km/h, nem foi por causa do vento, apesar de estar entrando lateral, foi pq o carro da polícia, com o chefe da divisão estava logo atrás e o limite era 80 km/h, não vamos pisar na bola justo no final, né ???.....hehehehehe

 

Fomos direto para a Av. Roca, algumas ruas estavam interditadas, a Fazer na reserva, sem problemas, tudo estava ok.

 

Paramos em frente a um hotel bem diferente, embaixo dele, uma loja que vendia CDs tocando música alta, a patroa entrou, perguntou o preço, olhou o quarto e vimos que tinha cochera nos fundos do hotel.

 

Seria uma noite só, estávamos cansados, seria ali mesmo.

 

Descarregamos as coisas, arrumamos no quarto e fomos conhecer Rio Gallegos, cidade de comércio, bem grande, maior que Puerto Madryn e Viedma, assim me pareceu.....hehehehehe

 

Comemos numa cantina/parrilada, fiz a besteira de pedir um prato diferente Sorrentino (não pude comer muito, acabei atacando o Talharin da patroa), gente tinha queijo na massa, e como bom descendente de japonês, não posso com lactose ou queijo, passo mal, de precisar ir para a Emergência, com forte enxaqueca, por isso também não bebo, não posso fumar.....heheheheheeheh

 

Como nunca fumei e raramente bebi, só sinto falta de poder tomar um bom copo de leite com Toddy, ou até puro, pois na minha infância podia, a doença só apareceu na minha adolescência, tive tempo de ter o bigode de leite (da Parmalat).

 

Gente poucas fotos, poucas histórias, muitos km's, foi o dia que mais andamos em toda a viagem, de longe o que começou com cara de problemas e terminou ótimo (exceto pelo Sorrentino....heheh).

 

Não encontramos mais os amigos de XTs, acho que já chegaram em Cerro Sombrero.

 

Gastos:

 

Combustível:

 

Posto BR (Petrobrás) Caleta Olivia - AR 15 pesos e Posto YPF - Puerto San Julian - AR - 35 pesos, total 40 pesos = 25,81 o combustível nessa região fica mais em conta, saímos com o tanque cheio de Caleta Olivia.

 

Hospedagem:

 

Hotel Paris - Rio Gallegos - AR - 115 pesos = 74,19 reais

 

Alimentação:

 

Posto YPF - 3 Cerros - 18 pesos = 11,61 reais

Cantina/Parrilada - Rio Gallegos - AR - 40 pesos - 25,81 reais

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Gente, sorry, o relato desse dia é curtim mesmo.... heheheeheheheheheheheheheheheheheh

 

Dá até vontade de colocar o próximo dia, que é tão bonito e tão esperado.... a chegada a Tierra del Fuego, a travessia do Estreito de Magalhães, os Guanácos, o rípio.....

 

mas, acho que vou deixar para amanhã.

 

Grande abraço e boa leitura.

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12º - 14/12/07 Rio Gallegos - AR/Rio Grande - AR

 

Acordamos cedo, descemos tomamos o nosso desayuno (2 medias lunas) e para a patroa café solo, para mim, jugo de naranja.

 

Subimos, o quarto que conseguimos ficar no Hotel Paris era composto por 1 cama de casal, 1 cama de solteiro e mais um quarto (na entrada) com mais uma cama.

 

Nossas coisas ficaram beeeemmm espalhadas no quarto....hehehehe

 

Demoramos um tantinho mais para arrumar tudo e sairmos.

 

Aqui faz muito frio, pelo noticiário, faz mais frio que Ushuaia, pois lá é mais protegido do vento, nesse dia 5ºC de mínima na previsão.

 

Mas, dentro do hotel, e nas lojas, tudo quentinho, realmente a calefação aqui é ótima, nem parece que estamos tão pertim do FIN DEL MUNDO....hehehehehe

 

O Hotel é um capítulo aparte, se vc chegar a Rio Gallegos, deveria ser sua última opção, tudo enferrujado, até a pia de cerâmica ficou enferrujada, os encanamentos expostos, pintura caindo, etc.

 

Mas, era o que tinha e com o cansaço de ontem, não queríamos ficar zanzando na cidade atrás de um hotel, ainda mais com o frio que faz aqui.

 

Enfim, fomos até o posto YPF da ACA e abastecemos a Fazer, surpreendeu o preço 1,599 pesos argentinos na Super, foi o mais barato de toda viagem.

 

Compramos um refrigerante e uns nutris e fomos embora.

 

Na estrada muuuuuitttoooo vento, pois é a gente achou que ia acabar isso de ter vento, mas que nada, muuuuiiittooo vento, como era cedo (9h30) para os padrões argentinos, poucas pessoas e carros na rua, para falar a verdade uma S10 nos acompanhou um bom trecho, mesmo nós andando de lado e com velocidade reduzida.

 

Seguimos em direção a aduana, vimos uma raposinha correndo na estrada e entrando num pasto, muitos cordeiros e vimos uma placa que dizia que ali era uma reserva natural.

 

Chegamos à Aduana Argentina, nova burocracia, o vento açoitava a moto e eu escaldado não quis deixar a moto sozinha, pedi para a Raquel ir lá dentro, enquanto aguardava na fila de carros que se formou.

 

A patroa entrou e eu vendo o vento forte balançar a Fazer, fiz o natural, peguei ela, tirei da fila e parei do lado de um carro para protegê-la do vento.

 

Melhorou até que o dono apareceu e tirou o carro.

 

Nos finalmentes, vendo que ia demorar um tantinho, resolvi pegar a moto e empurrá-la até uma parede externa da Aduana.

 

De repente duas XTs apareceram lá na ponta da Ruta 3.

 

Fiquei pensando, será que são os nossos amigos curitibanos.

 

Dito e feito, Luis e Renato aparecendo do nada, já pensávamos que estavam em Ushuaia.

 

Rapaz, eles resolveram também parar em Rio Gallegos para cambiar algum peso chileno, já que eles iam ir para lá também.

 

Como a casa de câmbio só abria às 10hs. tiveram que esperar e foi aí que chegaram aquela hora.

 

Entramos todos e encontrei a patroa finalizando a papelada, nem precisei ir, só com o meu passaporte e o documento da Fazer ela resolveu tudo.

 

Enquanto o Renato e o Luis iam resolver a papelada deles, ficamos conversando com um caminhoneiro de Uruguaiana que estava lá.

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  • Membros de Honra

Algumas informações bacanas que ele nos passou:

 

- O vento afeta muito os caminhões, chegam a ter que andar em cima de uma roda (um lado do caminhão), como se fossem motos;

 

- O consumo aumenta muito, alguns caminhões que chegam a fazer 2 km/l, com vento, fazem 0,8, 0,7 e até 0,5 km/l;

 

- A polícia de Entre Rios e Corrientes, estava batendo com vontade nos Brasileiros, principalmente depois que saiu a reportagem sobre a cobrança de propina no Jornal Zero Hora, pior ainda é para os brasileiros como nós que falam um castelhano bem básico, aí os valores são maiores;

 

- Um guarda tentou de certa forma me intimidar, coitado, não sabe com quem estava falando, perguntou se estávamos num grupo grande e porque estávamos ali, conversando em voz alta, falei, primeiramente, hola, no, no estamos en un grupo grande, solamente yo e mi esposa, los outros dois motoqueiros, encontramos no caminho, o guarda fez uma cara de que ia continuar a "perguntar", aí o caminhoneiro respondeu em bom castelhano para ele tudo o que dissemos e ainda falou pq ele queria saber aquilo.

 

Rapaz o guarda pegou a viola dele e foi embora, nem deu graça, achei que ia tentar "me amedrontar" mais.

 

Nossos amigos resolveram as suas transações na aduana e resolvemos seguir viagem, desejei sorte ao amigo caminhoneiro e fomos embora.

 

Dica: na Aduana Argentina tem banheiro, na Chilena fica bem escondido.

 

Os amigos foram na frente, nós para variar ficamos para trás, mais logo ali, mais ali mesmo (não é o logo ali de mineiro não, hein ?) fica a aduana Chilena.

 

Tudo muito confuso, muitos papéis e 3 guichês para passar, não tem nem computador, uma confusão danada, contrasta bastante com a organização da Aduana Argentina.

 

Papeis preenchidos fomos ao primeiro guichê, carimbos feitos, fomos até o segundo guichê liberar a moto, perguntaram 3 x, são dois em uma moto ? É isso ? Tem certeza ??? hehehehehehe

 

Guichê 3, declarar se tem dólares, aparelhos eletrônicos, alimento, MEL (importante MEL tem que ficar, não pode seguir viagem, quem precisar levar, esqueça, lemos um relato de uma moça que teve que deixar embora tivesse que utilizá-lo por causa de doença respiratória), etc.

 

Declaramos tudo NO e fomos para as motos, estacionadas dentro da porteira da Aduana (é coberta), um guarda olhou para nós (nem revistaram a moto, só perguntaram se tinha algum alimento fresco, falamos NO), nos desejou sorte e seguimos nosso rumo.

 

Enfim CHILE, mesmo que fossem só alguns km’s, já era o terceiro pais que a Fazer visitava.

 

Garoando um pouco, seguimos os poucos km’s que separam esse pedaço de terra do Estrecho de Magallanes.

 

Chegamos à fila do Ferry e lá estavam os amigos Curitibanos, de repente começa um pé d'água, a patroa foi conversar com o Luís e o Renato, e ouve do Luís p.... da vida que o Renato queria esperar a chuva passar.... hehehehehehehehehe

 

Desistiram de ir naquele Ferry, e nós que ficamos na dúvida resolvemos seguir o mesmo caminho.....hehehehehe

 

Ficamos na lanchonete/restaurante que fica ao lado do Ferry, a sra. que nos atendeu, foi super hiper ultra antipática, tudo bem o Renato já estava falando que tudo era muito caro.....hehehehehehehehehe

 

No final comemos una hamburguesa cada e mais una gaseosa, o Luís p.... da vida, reclamando que o Ferry poderia parar por causa da chuva e o Renato falando, pô vc nem comprou aquele refrigerante para gente dividir.....heheheheheheheheh

 

De repente o Luís percebe que outro Ferry atracou no porto, saímos correndo a patroa entrou no barco andando, com a mala tanque e eu fui com a moto, o Luis rindo, pô vai largar a patroa.....hehehehehehe

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