Membros Este é um post popular. Rafael W Ferreira Postado Fevereiro 13, 2019 Membros Este é um post popular. Postado Fevereiro 13, 2019 Há tempos queria relatar a viagem na qual eu e mais três amigas e um amigo fizemos em comemoração do fim da nossa graduação e, com as férias merecidas do trabalho, pude narrar detalhadamente a nossa formatura. A maioria da minha turma de sala optaram por uma formatura tradicional (baile, becas, bebidas...), mas eu capricorniano todo não iria gastar quase 5 mil reais em apenas uma noite, logo tive a ideia de chamar as pessoas mais intimas minhas para fazermos uma viagem de formatura, pensamos em diversos roteiros, inclusive fora do país, mas com a demissão de duas amigas pouco tempo depois de ter escolhido Fernando de Noronha, tivemos que rever nosso roteiro. Sempre tivemos um desejo em comum enorme de conhecer o Parque Nacional do Vale do Catimbau, como moramos em Pernambuco e como gostamos de natureza, optamos por essa viagem, inicialmente iríamos fazer em três dias no mês de agosto, mas o feriado do dia 12 de outubro (numa quinta) com outro feriado na segunda dia 15 de outubro, logo teríamos uma feriadão em que poderíamos esticar, e foi isso que fizemos, acrescentamos cidades que margeiam o Rio São Francisco. Foram 4 dias, 4 estados, 5 recém formados em engenharia civil e um carro. Então bora lá 12 de outubro de 2018 - Piranhas (AL), Canindé de São Francisco (SE) e Delmiro Gouveia (AL) Saímos de Recife muito cedo, umas 06:00. Fomos no carro de uma amiga, ela buscou cada um em suas casas. De Recife para Piranhas são, mais ou menos, 435 km de distância em 6 horas e meia de viagem, mas esse tempo foi um pouco aumentado porque tivemos que entrar na cidade de Vitória de Santo Antão para pegarmos uma amiga que reside lá. Com o carro completo, fomos para aquela que seria uma viagem fantástica. A viagem foi longa mas mal vimos o tempo passar pois o interior de Pernambuco nos mostra cenários de tirar o fôlego. Chegamos em Piranhas por volta de 13 horas, o google maps nos mostrava o centro da cidade totalmente diferente da que vimos quando pesquisamos sobre ela, foi aí que percebemos que estávamos perdidos, mas como o "se perder é uma ótima oportunidade de se achar", achamos uma espécie de museu da CHESF (Companhia Hidrelétrica do São Francisco) da Usina Hidrelétrica de Xingó, com entrada gratuita pudemos conhecer a história da usina de Xingó, vê a maquete da hidrelétrica, sem contar na visão, mesmo que distanciada, da hidrelétrica. UH de Xingó ao fundo e o Francisco escondido entre os galhos do sertão Quando saímos de lá fomos em direção a outra parte de Piranhas na qual percebemos que mais uma vez não estávamos no centro da cidade, mas como é ótimo se perder, de novo, chegamos bem próximos do Rio São Francisco, rodeado de montanhas e com uma visão esplêndida. O velho chicão Com a ânsia de chegarmos no centro de Piranhas, pegamos o caminho inverso e fomos perguntando, e assim chegamos no alto do morro do Mirante Secular às 14:30; Tenho que ser sincero com vocês, eu não estava acreditando no que os meus olhos estavam recebendo, o lugar é surreal; Sabe um quadro que você fica horas admirando de tão belo? Pronto! Tive essa sensação. Vou deixar vocês com as fotos que sozinhas conseguem passar o que eu não estou conseguindo escrever. Um quadro vivo Vista do Mirante secular do centro de Piranhas Descemos o Mirante Secular e fomos em direção a praça central da cidadezinha, no dia em que fomos ela não estava tão movimentada e pudemos arranjar uma mesa em um bar defronte ao São Francisco, não me lembro o nome do bar em que ficamos, pois faria uma propaganda completamente negativa aqui, foi o pior caldinho de peixe que tomei em toda minha trajetória, além de um péssimo serviço de atendimento e falta de higiene em copos e talheres, não nos demoramos muito e fomos andar pela faixa de areia que beira o rio. Em pouco tempo fomos abordados por um guia chamado Thiago, muito gente fina, perguntou se queríamos fazer a rota do cangaço ou ir até o Alto Xingó no Canindé de São Francisco (SE), preferimos ir ao Alto Xingó de barco, pois a rota do cangaço demandaria tempo e ainda tínhamos que pegar a estrada para Delmiro. Fizemos um passeio inenarrável pelas águas do francisco, durou mais ou menos três horas e custou R$ 250 reais , saindo R$ 50,00 para cada, Thiago, o guia, nos contou várias curiosidades sobre o rio, nos levou pelos cânions e a pedido de engenheiros recém formados, ele nos levou para bem próximo da usina de Xingó, que tivemos a honra de ter visto uma das comportas abertas e a imensidão de metros cúbicos de água fazendo correntezas fortes, na volta passamos por onde houve a fatalidade com o ator Domingos Montagner, vimos vários e incontáveis redemoinhos e percebemos o quão perigoso e maravilhoso é o Chico. E ainda fomos contemplados com um pôr do sol de cinema. Usina Hidrelétrica de Xingó com uma comporta aberta, a correnteza, o perigo, 15 metros de profundidade e realizados E no final somos presenteados por um pôr do sol maravilhoso. Voltamos para Piranhas, Thiago nos deixou no mesmo lugar, já estava escurecendo quando resolvemos andar pela cidade. Infelizmente o Museu do Sertão já estava fechado quando retornamos. Mas mesmo assim tiramos essa singela foto. A gente na antiga estação de Piranhas. PS: com todas as câmeras boas descarregadas, só restava um celular que não deu conta de tirar uma foto descente à noite, mas o que vale é a lembrança. Depois, resolvemos voltar para o Mirante Secular, tínhamos incontáveis degraus para subir, pois estacionamos o carro no alto do morro. A cidade é linda toda iluminada, do Mirante é mais lindo mas tudo descarregou, estávamos exausto e com o anseio apenas de chegar no hotel para descansarmos. Encerramos Piranhas com uma gratidão enorme e com uma certeza de voltarmos em breve para fazermos a rota do cangaço. NOTAS: Cada um gastou em média 75 reais nesse primeiro dia, nós optamos por almoçar na estrada, bem antes de chegar em Piranhas. De Recife para Piranhas cada um deu R$ 40,00 reais para a gasolina (Fizemos o cálculo levando em consideração a distância em que iriamos percorrer X a quantidade de litros gastos de gasolina por KM que o carro fazia). Resumindo os gastos, foi R$ 115,00 nesse dia. Por volta de 18:00 horas saímos de Piranhas em direção a Delmiro Gouveia, menos de uma hora depois estávamos na Pousada Posto Aldo, basicamente ela é bem simples mas bem aconchegante, fizemos uma reserva antecipada para dois quartos com duas diárias, que saiu tudo por R$ 450,00 que foi divisível para nós cinco. Chegamos e fomos direto para o banho, comemos algumas coisas e fomos dormir. 13 de outubro de 2018 - Paulo Afonso (BA), Glória (BA) Acordamos umas 7:00 horas e fomos tomar café da manhã na pousada, lá encontramos outras pessoas que estavam hospedadas, uma família muito simpática da Bahia nos falou sobre a cidade de Glória, quando falamos sobre Paulo Afonso e já que eram cidades próximas e instigado pelos baianos, decidimos conhecer Glória depois de Paulo Afonso. De Delmiro para Paulo é menos de uma hora, resolvemos abastecer o carro antes de irmos, e o que encontramos foi diversos postos com gasolina a mais de R$ 5,00 reais, encontramos um por R$ 5,45 o litro e resolvemos abastecer nele. Uma facada e tanta. Antes de chegarmos a Paulo Afonso, passamos pela Ponte Dom Pedro II, é uma parada obrigatória, além da visão ser impressionante, a adrenalina que seu corpo libera quando você está em cima da ponte e um caminhão passa fazendo ela literalmente balançar é fantástico. A visão da CHESF da ponte Dom Pedro II Chegando em Paulo Afonso fomos direto para agência de turismo da cidade, lá você pode contratar um guia para te mostrar a parte interna da Companhia Hidrelétrica do São Francisco. Como chegamos muito cedo, por volta de 09:00 horas, a moça da agência nos disse que poderia chegar um guia de 11:00 horas e ir conosco mas que para isso acontecer seria necessário esperar na agência pois a procura estava grande. Como eu não estava com paciência para esperar, resolvi conhecer alguns pontos da cidade, e uma amiga resolveu ir comigo, conhecemos a Praça das Mangueiras (extremamente linda mas achei um pouco deserta) e a Igreja São Francisco de Assis (Possui uma arquitetura linda), eu e minha amiga não nos demos conta do passar das horas e quando fui olhar a hora no celular percebi que estava cheio de ligações perdidas de nossos amigos que ficaram na agência e voltamos o mais rápido possível. Na agência eles já estavam assinando o contrato com o guia, chegamos bem na hora! UFA! A agência cobrou R$ 150 reais por veículo, logo esse valor foi dividido para nós cinco. O guia foi em um outro carro com outro grupo de turistas e ele nos disse para seguir o carro. A primeira parada foi no Monumento O Touro e a Sucuri, na qual tivemos uma aula sobre Paulo Afonso, uma cidade jovem, projetada e dependente 100 porcento do Rio São Francisco. Eu e Saionara em frente ao Monumento O Touro e a Sucuri. O touro representa o Rio São Francisco e a Sucuri representa o homem e a ciência tentando dominar o Chico. Foi desse poema de Castro Alves que inspirou a obra do Monumento O Touro e a Sucuri Após essa aula sobre Paulo Afonso seguimos em direção a GRP (Gerência de Operações de Paulo Afonso) da CHESF. A entrada é gratuita mas é necessário ter um guia credenciado para entrar. Lá fomos introduzidos a história da criação das hidrelétricas, refizemos os passos de Dom Pedro II, vimos a ponte em que foi filmada o suicídio de Nazaré na novela A Senhora do destino, pudemos entrar em baixo da hidrelétrica e vermos seus geradores funcionando, fomos no mirante, vimos várias fotos, peças antigas, equipamentos de comunicação antigos, fotos de trabalhadores na construção do complexo, enfim, foi um tour completo com informações demasiadas importantes e vistas de tirar o fôlego. A única parte ruim foi que o bondezinho que te leva do mirante até o lado sergipano estava parado a mais de quarto anos, mas nada que tirou nosso brilho por aquele lugar. Engenheiros adoram obras e para nós essa visita foi enriquecedora. Entrada da GRP da CHESF em Paulo Afonso Placa cravada em um rocha retirada do complexo Embaixo da Hidrelétrica de Paulo Afonso; As circunferências azuis são as turbinas. A primeira hidrelétrica, a hidrelétrica de Angiquinho. A visita durou quase quatro horas e como eu disse, foi extremamente gratificante para nós, cenários lindos, um guia completamente experiente, um lugar para voltar com toda certeza. Depois de sairmos do complexo, saímos de Paulo Afonso e fomos em direção a Glória, em Glória é muito bonito mas para aqueles que não gostam de praia, que é o meu caso, não vi algo fantástico, foi criada uma orla que é "escondida" por vários restaurantes, algumas amigas foram para o "rio-praia" e eu resolvi almoçar em um dos restaurante com o pessoa que não foi; Caríssimo, muita gente, pouco funcionários mas uma delícia de almoço. Passamos o resto do dia em Glória e voltamos para Delmiro antes de anoitecer. Uma placa na faixa de areia em Glória (BA) Voltamos para Delmiro, onde estávamos hospedados, e percebemos que tinha uma festa na cidade. Chegamos, tomamos banho, nos arrumamos e fomos aproveitar a cidade, tinha um parque de diversões improvisado na praça central de Delmiro onde decidimos comer algo em um restaurante por ali mesmo. Sabe aquele gostinho de festa de interior que só quem já foi sabe? Pronto, a nossa noite foi ali, bebemos, comemos e encerramos a noite com altas gargalhadas na pousada com receio de sermos expulsos por algazarra. NOTAS: Cada um gastou em média R$ 60 reais nesse dia. Contando o guia, o almoço em Glória, o restaurante em Delmiro e a gasolina. 14 de outubro de 2018 - Parque Nacional Vale do Catimbau (PE) De todos os sentimentos que obtive nos últimos dois dias, nenhum chegou perto dos que eu tive ao conhecer o Parque Nacional Vale do Catimbau. Acordamos cedo na Pousada Posto Aldo, demos check out, antes disso tive que correr por Delmiro para achar um lugar que vendesse barbeador, tudo fechado, quase sete da manhã e um sol de rachar, conseguir achar uma farmácia depois de andar um monte, voltei correndo para pousada, todo mundo me apressando, eu perdi o café da manhã por causa desse bendito barbeador, somente para raspar a parte de baixo do pescoço, e acabei ficando estressado de tanto me apressarem. Como eu ainda estava com sono, depois de ter dado o check out, entrei no carro, coloquei umas músicas para relaxar e acabei pegando no sono, ciente que meus amigos saberiam o caminho, enganado estava. Depois de ter ouvido um leve bate boca dentro do carro, acordei, olhei pela janela e imediatamente vi uma placa em que dizia "Garanhuns a tantos KM", tirei o fone de ouvido e ouvi que a discussão se tratava de por onde ir. Eu abri a boca e disse: "Vocês pegaram o caminho errado!" Um silêncio pairou sobre o carro e todos tiveram a vontade de me deixar no meio do nada. Bate boca vai, bate boca vem, eu decidi assumir a navegação do celular pelo GPS e tivemos que ir até Águas Belas(PE) para pegar a PE 270 (que vou deixar aqui claro que foi a pior estrada que pegamos na viagem inteira, uma vergonha, nos atrasou em meia hora); Uma viagem que deviria ter sido feita em três horas, demoramos aproximadamente quatro horas, todos estavam estressados e com fome, mas assim que saímos da PE 270 e entramos na estrada do Catimbau, magicamente fomos inundados por uma euforia crescente. A estrada do Catimbau é nova, a pavimentação foi feita a pouco mais de 02 anos e o acesso até o vale ficou muito mais rápido, é menos de 20 minutos o tempo que se gasta da entrada da estrada até a vila do catimbau. Durante o trajeto somos presenteados por paredões enormes, de belezas incomparáveis e vegetação típica do sertão nordestino. A entrada da vila é muito básica, uma estrada seguindo e uma estrada voltando. Entrada da Vila do Catimbau Contratamos o guia Márcio com antecedência, e o esperamos do lado da associação de guias do vale, comemos várias coxinhas num mini mercado no centro da cidade. A vila não tem estrutura para comportar vários turistas, há apenas uma pousada, que é essa que mostra na foto, chegamos pouco mais de 13:00 horas, tentamos almoçar nessa pousada mas nos foi informado que não tinha almoço porque não tinha hospede (Particularmente quando vimos o preço para uma diária nessa pousada, cerca de R$ 600 reais, resolvemos que seria melhor ficarmos em outra cidade). Depois de devorarmos todas as coxinhas do mini mercado (creio que comemos mais de 20 coxinhas, sério!), Márcio veio ao nosso encontro, combinamos com ele o passeio que queríamos fazer, antes já tínhamos fechado o preço por R$ 110 reais e seguimos em direção ao parque. Pegamos a estrada de barro por quase meia hora. E chegamos no primeiro ponto. Antes de mais nada digo: É COMPLETAMENTE IMPOSSÍVEL CONHECER O PARQUE SEM UM GUIA. No primeiro momento que saí do carro e mergulhei naquele cenário, fiquei sem palavras, o silêncio é gritante, a paz é imensa, passei uns dez minutos calado só olhando e sendo inundado por uma tranquilidade sem igual. (Todos e principalmente aqueles que praticam meditação e Yoga precisam conhecer). Márcio, o guia, nos contou sobre várias curiosidades e principalmente a de um jumento que zurra toda vez que passa uma hora, chegamos alguns minutos antes das 14:00 horas, quando deu 14:00 horas ele começou a zurrar. Primeira parada Resolvemos fazer a trilha dos principais pontos, incluindo a que possui artes rupestres. Esse tipo de areia presente por toda a trilha é sinal de anos da ação dos ventos nas rochas. Pintura rupestre Homens sem cabeça, datada em mais de 5000 mil anos Esse ponto da pintura é fantástico pois podemos imaginar várias situações por esse desenho ter sido criado. Podemos pensar em guerra entre duas tribos, algo mistico, alguma história fictícia... São incontáveis formas de imaginação. Foi uma parada muito legal, muito avaliativa também. Um tempo praticando meditação no canyon O guia foi bastante solicito e como bom praticante de yoga que sou, pedi dez minutos a ele para meditar nesse lugar inenarrável e uma das minhas amigas tirou essa foto fantástica. Saí dessa meditação com a alma limpa, leve e transbordando gratidão. Vista do canyon de um ponto mais alto Continuamos a trilha e subimos cada vez mais. Não é uma trilha difícil mas também não é fácil. Assim que chegamos nesse trecho, eu pensei que não teria uma visão mais linda que essa. Me enganei! Vista do segundo ponto mais alto do parque Continuamos a subir e entramos na vegetação típica, quando estávamos chegando nessa visão minhas palavras foram: "Eu não estou acreditando no que estou vendo!" Parece tão perto do chão mas Márcio dizia que aqueles pontos verdes lá em baixo são árvores de mais de 10 metros de altura. Sem palavras! Esse cenário foi utilizado para a gravação do longa metragem "Entre Irmãs", filme brasileiro que vale muito a pena. O ponto mais alto do parque, a quase 500 metros de altitude E não poderia de deixar de fazer a vrksasana (posição da árvore) e assim me despedir desse lugar que com toda a certeza irei voltar em breve. Saímos do parque maravilhados e com uma paz enorme. Todos reunidos com o guia Márcio Fomos em direção a Arcoverde, cidade próxima de menos de uma hora de distância do parque, lá reservamos um quarto por uma diária de R$185 (que diferença da pousada do catimbau, né!?), e para nossa surpresa tinha uma piscina, mesmo sendo quase 20:00 da noite fomos encarar e nos arrependemos de tão gelada que água estava. 15 de outubro de 2018 - Arcoverde (PE), Recife (PE) Acordamos tarde nesse dia, perdemos o café da manhã então decidimos comer em um restaurante do lado do hotel, voltamos para o hotel, arrumamos a mala e fizemos o check out e fomos em direção a Vitória e depois Recife. VALORES POR PESSOA DA VIAGEM Gasolina = 85,00 reais de cada ( Foram quase 1200 km percorridos. O carro fazia 12 km por litro) Passeio pelo Alto Xingó = 50 reais cada Pousada Posto Aldo (Delmiro Gouveia - 2 diárias) = 90 reais cada Passeio pela CHESF = 30 reais para cada Guia Vale do Catimbau = 22 reais para cada Hotel Arcoverde Palace (Arcoverde - 1 diária) = 37 reais cada Comida (jantar, almoço, besteiras) = 80 reais (valor pessoal) Lembranças = 50 reais (Valor pessoal) Total que eu gastei = R$ 444 reais Um valor relativamente barato para o quanto de lugares que vimos e principalmente chegamos esse valor porque fizemos planejamentos, cálculos para cada item e roteiros pré definidos e roteiro não definido, então uma dica: sempre planejem antes de tudo. Coloquem no papel cada item, cada valor, descreva tudo no mínimo detalhe e assim a diferença poderá ser muito pouca caso ultrapasse o orçamento. Planejávamos e levamos R$ 500 reais cada para a viagem e ainda conseguimos voltar com dinheiro para casa. NOTAS SOBRE O SERTÃO NORDESTINO: - É muito quente - É seco - Beba bastante água - Use roupas leves - Passe BASTANTE protetor solar, exagere mesmo. (Fiquei quase uma semana com o rosto ardendo) - De noite é frio - Leve pelo menos uma jaqueta - Em hipótese alguma invente de tomar banho no Rio São Francisco sem ser em um local adequado. - Em hipótese nenhuma saia mexendo nas plantinhas (principalmente os cactus), você pode se dar muito mal. NOTA FINAL: Essa viagem foi extremamente importante e marcante para mim, além de ser uma comemoração de um ciclo encerrado na minha vida acadêmica, trouxe elos com os envolvidos que nos juntou mais ainda. Só tenho a agradecer a todas as forças positivas que me cercam e cuidam de mim. E permitam-se se perder, é um aprendizado dessa viagem que levarei para sempre na minha vida. Namastê 4 1 Citar
Colaboradores LF Brasilia Postado Fevereiro 13, 2019 Colaboradores Postado Fevereiro 13, 2019 Que legal, @Rafael W Ferreira ! Não temos muitos relatos sobre o Semi-árido por aqui, e pelo visto a viagem foi ótima! Você acha que teria ficado muito complicado fazê-la de transporte público? As cidades são bem conectadas por linhas de ônibus, ou só aqueles pinga-pinga que passam de vez em nunca? Espero que suas amigas tenham conseguido/consigam logo outra colocação. Demitidas logo depois da formatura? Aff... 😡 1 Citar
Membros FlavioToc Postado Fevereiro 13, 2019 Membros Postado Fevereiro 13, 2019 Muito legal e contribui muito para divulgar este pedaço do Brasil, do qual faltam mais informações e relatos. 1 Citar
Membros Rafael W Ferreira Postado Fevereiro 13, 2019 Autor Membros Postado Fevereiro 13, 2019 6 horas atrás, LF Brasilia disse: Que legal, @Rafael W Ferreira ! Não temos muitos relatos sobre o Semi-árido por aqui, e pelo visto a viagem foi ótima! Você acha que teria ficado muito complicado fazê-la de transporte público? As cidades são bem conectadas por linhas de ônibus, ou só aqueles pinga-pinga que passam de vez em nunca? Espero que suas amigas tenham conseguido/consigam logo outra colocação. Demitidas logo depois da formatura? Aff... 😡 A viagem foi fantástica, @LF Brasilia! De ônibus seria meio complicado chegar em Piranhas, seria um pinga pinga arretado e não chegaria totalmente em Piranhas, ficaria até Delmiro e de lá ter que pegar alguma condução até a cidade. De Delmiro para Paulo Afonso não tem transporte coletivo e para o Catimbau também não tem. É muito complicado fazer esse roteiro de ônibus, para o Catimbau é pior ainda, porque além de ter que ficar em uma cidade próxima, teria que ter outros modos para chega até a vila e da vila para o parque, mas existem lotações que saem de Buíque e Arcoverde para a vila e se quiser ir andando para o parque tem essa opção também, mas o guia cobra um pouco mais e são trilhas mais próximas, mesmo assim eu creio que valha muito a pena. E minhas amigas ainda não voltaram para o mercado de trabalho 1 Citar
Membros Cecília Medeiros Postado Maio 2, 2019 Membros Postado Maio 2, 2019 Em 13/02/2019 em 03:01, Rafael W Ferreira disse: Há tempos queria relatar a viagem na qual eu e mais três amigas e um amigo fizemos em comemoração do fim da nossa graduação e, com as férias merecidas do trabalho, pude narrar detalhadamente a nossa formatura. A maioria da minha turma de sala optaram por uma formatura tradicional (baile, becas, bebidas...), mas eu capricorniano todo não iria gastar quase 5 mil reais em apenas uma noite, logo tive a ideia de chamar as pessoas mais intimas minhas para fazermos uma viagem de formatura, pensamos em diversos roteiros, inclusive fora do país, mas com a demissão de duas amigas pouco tempo depois de ter escolhido Fernando de Noronha, tivemos que rever nosso roteiro. Sempre tivemos um desejo em comum enorme de conhecer o Parque Nacional do Vale do Catimbau, como moramos em Pernambuco e como gostamos de natureza, optamos por essa viagem, inicialmente iríamos fazer em três dias no mês de agosto, mas o feriado do dia 12 de outubro (numa quinta) com outro feriado na segunda dia 15 de outubro, logo teríamos uma feriadão em que poderíamos esticar, e foi isso que fizemos, acrescentamos cidades que margeiam o Rio São Francisco. Foram 4 dias, 4 estados, 5 recém formados em engenharia civil e um carro. Então bora lá 12 de outubro de 2018 - Piranhas (AL), Canindé de São Francisco (SE) e Delmiro Gouveia (AL) Saímos de Recife muito cedo, umas 06:00. Fomos no carro de uma amiga, ela buscou cada um em suas casas. De Recife para Piranhas são, mais ou menos, 435 km de distância em 6 horas e meia de viagem, mas esse tempo foi um pouco aumentado porque tivemos que entrar na cidade de Vitória de Santo Antão para pegarmos uma amiga que reside lá. Com o carro completo, fomos para aquela que seria uma viagem fantástica. A viagem foi longa mas mal vimos o tempo passar pois o interior de Pernambuco nos mostra cenários de tirar o fôlego. Chegamos em Piranhas por volta de 13 horas, o google maps nos mostrava o centro da cidade totalmente diferente da que vimos quando pesquisamos sobre ela, foi aí que percebemos que estávamos perdidos, mas como o "se perder é uma ótima oportunidade de se achar", achamos uma espécie de museu da CHESF (Companhia Hidrelétrica do São Francisco) da Usina Hidrelétrica de Xingó, com entrada gratuita pudemos conhecer a história da usina de Xingó, vê a maquete da hidrelétrica, sem contar na visão, mesmo que distanciada, da hidrelétrica. UH de Xingó ao fundo e o Francisco escondido entre os galhos do sertão Quando saímos de lá fomos em direção a outra parte de Piranhas na qual percebemos que mais uma vez não estávamos no centro da cidade, mas como é ótimo se perder, de novo, chegamos bem próximos do Rio São Francisco, rodeado de montanhas e com uma visão esplêndida. O velho chicão Com a ânsia de chegarmos no centro de Piranhas, pegamos o caminho inverso e fomos perguntando, e assim chegamos no alto do morro do Mirante Secular às 14:30; Tenho que ser sincero com vocês, eu não estava acreditando no que os meus olhos estavam recebendo, o lugar é surreal; Sabe um quadro que você fica horas admirando de tão belo? Pronto! Tive essa sensação. Vou deixar vocês com as fotos que sozinhas conseguem passar o que eu não estou conseguindo escrever. Um quadro vivo Vista do Mirante secular do centro de Piranhas Descemos o Mirante Secular e fomos em direção a praça central da cidadezinha, no dia em que fomos ela não estava tão movimentada e pudemos arranjar uma mesa em um bar defronte ao São Francisco, não me lembro o nome do bar em que ficamos, pois faria uma propaganda completamente negativa aqui, foi o pior caldinho de peixe que tomei em toda minha trajetória, além de um péssimo serviço de atendimento e falta de higiene em copos e talheres, não nos demoramos muito e fomos andar pela faixa de areia que beira o rio. Em pouco tempo fomos abordados por um guia chamado Thiago, muito gente fina, perguntou se queríamos fazer a rota do cangaço ou ir até o Alto Xingó no Canindé de São Francisco (SE), preferimos ir ao Alto Xingó de barco, pois a rota do cangaço demandaria tempo e ainda tínhamos que pegar a estrada para Delmiro. Fizemos um passeio inenarrável pelas águas do francisco, durou mais ou menos três horas e custou R$ 250 reais , saindo R$ 50,00 para cada, Thiago, o guia, nos contou várias curiosidades sobre o rio, nos levou pelos cânions e a pedido de engenheiros recém formados, ele nos levou para bem próximo da usina de Xingó, que tivemos a honra de ter visto uma das comportas abertas e a imensidão de metros cúbicos de água fazendo correntezas fortes, na volta passamos por onde houve a fatalidade com o ator Domingos Montagner, vimos vários e incontáveis redemoinhos e percebemos o quão perigoso e maravilhoso é o Chico. E ainda fomos contemplados com um pôr do sol de cinema. Usina Hidrelétrica de Xingó com uma comporta aberta, a correnteza, o perigo, 15 metros de profundidade e realizados E no final somos presenteados por um pôr do sol maravilhoso. Voltamos para Piranhas, Thiago nos deixou no mesmo lugar, já estava escurecendo quando resolvemos andar pela cidade. Infelizmente o Museu do Sertão já estava fechado quando retornamos. Mas mesmo assim tiramos essa singela foto. A gente na antiga estação de Piranhas. PS: com todas as câmeras boas descarregadas, só restava um celular que não deu conta de tirar uma foto descente à noite, mas o que vale é a lembrança. Depois, resolvemos voltar para o Mirante Secular, tínhamos incontáveis degraus para subir, pois estacionamos o carro no alto do morro. A cidade é linda toda iluminada, do Mirante é mais lindo mas tudo descarregou, estávamos exausto e com o anseio apenas de chegar no hotel para descansarmos. Encerramos Piranhas com uma gratidão enorme e com uma certeza de voltarmos em breve para fazermos a rota do cangaço. NOTAS: Cada um gastou em média 75 reais nesse primeiro dia, nós optamos por almoçar na estrada, bem antes de chegar em Piranhas. De Recife para Piranhas cada um deu R$ 40,00 reais para a gasolina (Fizemos o cálculo levando em consideração a distância em que iriamos percorrer X a quantidade de litros gastos de gasolina por KM que o carro fazia). Resumindo os gastos, foi R$ 115,00 nesse dia. Por volta de 18:00 horas saímos de Piranhas em direção a Delmiro Gouveia, menos de uma hora depois estávamos na Pousada Posto Aldo, basicamente ela é bem simples mas bem aconchegante, fizemos uma reserva antecipada para dois quartos com duas diárias, que saiu tudo por R$ 450,00 que foi divisível para nós cinco. Chegamos e fomos direto para o banho, comemos algumas coisas e fomos dormir. 13 de outubro de 2018 - Paulo Afonso (BA), Glória (BA) Acordamos umas 7:00 horas e fomos tomar café da manhã na pousada, lá encontramos outras pessoas que estavam hospedadas, uma família muito simpática da Bahia nos falou sobre a cidade de Glória, quando falamos sobre Paulo Afonso e já que eram cidades próximas e instigado pelos baianos, decidimos conhecer Glória depois de Paulo Afonso. De Delmiro para Paulo é menos de uma hora, resolvemos abastecer o carro antes de irmos, e o que encontramos foi diversos postos com gasolina a mais de R$ 5,00 reais, encontramos um por R$ 5,45 o litro e resolvemos abastecer nele. Uma facada e tanta. Antes de chegarmos a Paulo Afonso, passamos pela Ponte Dom Pedro II, é uma parada obrigatória, além da visão ser impressionante, a adrenalina que seu corpo libera quando você está em cima da ponte e um caminhão passa fazendo ela literalmente balançar é fantástico. A visão da CHESF da ponte Dom Pedro II Chegando em Paulo Afonso fomos direto para agência de turismo da cidade, lá você pode contratar um guia para te mostrar a parte interna da Companhia Hidrelétrica do São Francisco. Como chegamos muito cedo, por volta de 09:00 horas, a moça da agência nos disse que poderia chegar um guia de 11:00 horas e ir conosco mas que para isso acontecer seria necessário esperar na agência pois a procura estava grande. Como eu não estava com paciência para esperar, resolvi conhecer alguns pontos da cidade, e uma amiga resolveu ir comigo, conhecemos a Praça das Mangueiras (extremamente linda mas achei um pouco deserta) e a Igreja São Francisco de Assis (Possui uma arquitetura linda), eu e minha amiga não nos demos conta do passar das horas e quando fui olhar a hora no celular percebi que estava cheio de ligações perdidas de nossos amigos que ficaram na agência e voltamos o mais rápido possível. Na agência eles já estavam assinando o contrato com o guia, chegamos bem na hora! UFA! A agência cobrou R$ 150 reais por veículo, logo esse valor foi dividido para nós cinco. O guia foi em um outro carro com outro grupo de turistas e ele nos disse para seguir o carro. A primeira parada foi no Monumento O Touro e a Sucuri, na qual tivemos uma aula sobre Paulo Afonso, uma cidade jovem, projetada e dependente 100 porcento do Rio São Francisco. Eu e Saionara em frente ao Monumento O Touro e a Sucuri. O touro representa o Rio São Francisco e a Sucuri representa o homem e a ciência tentando dominar o Chico. Foi desse poema de Castro Alves que inspirou a obra do Monumento O Touro e a Sucuri Após essa aula sobre Paulo Afonso seguimos em direção a GRP (Gerência de Operações de Paulo Afonso) da CHESF. A entrada é gratuita mas é necessário ter um guia credenciado para entrar. Lá fomos introduzidos a história da criação das hidrelétricas, refizemos os passos de Dom Pedro II, vimos a ponte em que foi filmada o suicídio de Nazaré na novela A Senhora do destino, pudemos entrar em baixo da hidrelétrica e vermos seus geradores funcionando, fomos no mirante, vimos várias fotos, peças antigas, equipamentos de comunicação antigos, fotos de trabalhadores na construção do complexo, enfim, foi um tour completo com informações demasiadas importantes e vistas de tirar o fôlego. A única parte ruim foi que o bondezinho que te leva do mirante até o lado sergipano estava parado a mais de quarto anos, mas nada que tirou nosso brilho por aquele lugar. Engenheiros adoram obras e para nós essa visita foi enriquecedora. Entrada da GRP da CHESF em Paulo Afonso Placa cravada em um rocha retirada do complexo Embaixo da Hidrelétrica de Paulo Afonso; As circunferências azuis são as turbinas. A primeira hidrelétrica, a hidrelétrica de Angiquinho. A visita durou quase quatro horas e como eu disse, foi extremamente gratificante para nós, cenários lindos, um guia completamente experiente, um lugar para voltar com toda certeza. Depois de sairmos do complexo, saímos de Paulo Afonso e fomos em direção a Glória, em Glória é muito bonito mas para aqueles que não gostam de praia, que é o meu caso, não vi algo fantástico, foi criada uma orla que é "escondida" por vários restaurantes, algumas amigas foram para o "rio-praia" e eu resolvi almoçar em um dos restaurante com o pessoa que não foi; Caríssimo, muita gente, pouco funcionários mas uma delícia de almoço. Passamos o resto do dia em Glória e voltamos para Delmiro antes de anoitecer. Uma placa na faixa de areia em Glória (BA) Voltamos para Delmiro, onde estávamos hospedados, e percebemos que tinha uma festa na cidade. Chegamos, tomamos banho, nos arrumamos e fomos aproveitar a cidade, tinha um parque de diversões improvisado na praça central de Delmiro onde decidimos comer algo em um restaurante por ali mesmo. Sabe aquele gostinho de festa de interior que só quem já foi sabe? Pronto, a nossa noite foi ali, bebemos, comemos e encerramos a noite com altas gargalhadas na pousada com receio de sermos expulsos por algazarra. NOTAS: Cada um gastou em média R$ 60 reais nesse dia. Contando o guia, o almoço em Glória, o restaurante em Delmiro e a gasolina. 14 de outubro de 2018 - Parque Nacional Vale do Catimbau (PE) De todos os sentimentos que obtive nos últimos dois dias, nenhum chegou perto dos que eu tive ao conhecer o Parque Nacional Vale do Catimbau. Acordamos cedo na Pousada Posto Aldo, demos check out, antes disso tive que correr por Delmiro para achar um lugar que vendesse barbeador, tudo fechado, quase sete da manhã e um sol de rachar, conseguir achar uma farmácia depois de andar um monte, voltei correndo para pousada, todo mundo me apressando, eu perdi o café da manhã por causa desse bendito barbeador, somente para raspar a parte de baixo do pescoço, e acabei ficando estressado de tanto me apressarem. Como eu ainda estava com sono, depois de ter dado o check out, entrei no carro, coloquei umas músicas para relaxar e acabei pegando no sono, ciente que meus amigos saberiam o caminho, enganado estava. Depois de ter ouvido um leve bate boca dentro do carro, acordei, olhei pela janela e imediatamente vi uma placa em que dizia "Garanhuns a tantos KM", tirei o fone de ouvido e ouvi que a discussão se tratava de por onde ir. Eu abri a boca e disse: "Vocês pegaram o caminho errado!" Um silêncio pairou sobre o carro e todos tiveram a vontade de me deixar no meio do nada. Bate boca vai, bate boca vem, eu decidi assumir a navegação do celular pelo GPS e tivemos que ir até Águas Belas(PE) para pegar a PE 270 (que vou deixar aqui claro que foi a pior estrada que pegamos na viagem inteira, uma vergonha, nos atrasou em meia hora); Uma viagem que deviria ter sido feita em três horas, demoramos aproximadamente quatro horas, todos estavam estressados e com fome, mas assim que saímos da PE 270 e entramos na estrada do Catimbau, magicamente fomos inundados por uma euforia crescente. A estrada do Catimbau é nova, a pavimentação foi feita a pouco mais de 02 anos e o acesso até o vale ficou muito mais rápido, é menos de 20 minutos o tempo que se gasta da entrada da estrada até a vila do catimbau. Durante o trajeto somos presenteados por paredões enormes, de belezas incomparáveis e vegetação típica do sertão nordestino. A entrada da vila é muito básica, uma estrada seguindo e uma estrada voltando. Entrada da Vila do Catimbau Contratamos o guia Márcio com antecedência, e o esperamos do lado da associação de guias do vale, comemos várias coxinhas num mini mercado no centro da cidade. A vila não tem estrutura para comportar vários turistas, há apenas uma pousada, que é essa que mostra na foto, chegamos pouco mais de 13:00 horas, tentamos almoçar nessa pousada mas nos foi informado que não tinha almoço porque não tinha hospede (Particularmente quando vimos o preço para uma diária nessa pousada, cerca de R$ 600 reais, resolvemos que seria melhor ficarmos em outra cidade). Depois de devorarmos todas as coxinhas do mini mercado (creio que comemos mais de 20 coxinhas, sério!), Márcio veio ao nosso encontro, combinamos com ele o passeio que queríamos fazer, antes já tínhamos fechado o preço por R$ 110 reais e seguimos em direção ao parque. Pegamos a estrada de barro por quase meia hora. E chegamos no primeiro ponto. Antes de mais nada digo: É COMPLETAMENTE IMPOSSÍVEL CONHECER O PARQUE SEM UM GUIA. No primeiro momento que saí do carro e mergulhei naquele cenário, fiquei sem palavras, o silêncio é gritante, a paz é imensa, passei uns dez minutos calado só olhando e sendo inundado por uma tranquilidade sem igual. (Todos e principalmente aqueles que praticam meditação e Yoga precisam conhecer). Márcio, o guia, nos contou sobre várias curiosidades e principalmente a de um jumento que zurra toda vez que passa uma hora, chegamos alguns minutos antes das 14:00 horas, quando deu 14:00 horas ele começou a zurrar. Primeira parada Resolvemos fazer a trilha dos principais pontos, incluindo a que possui artes rupestres. Esse tipo de areia presente por toda a trilha é sinal de anos da ação dos ventos nas rochas. Pintura rupestre Homens sem cabeça, datada em mais de 5000 mil anos Esse ponto da pintura é fantástico pois podemos imaginar várias situações por esse desenho ter sido criado. Podemos pensar em guerra entre duas tribos, algo mistico, alguma história fictícia... São incontáveis formas de imaginação. Foi uma parada muito legal, muito avaliativa também. Um tempo praticando meditação no canyon O guia foi bastante solicito e como bom praticante de yoga que sou, pedi dez minutos a ele para meditar nesse lugar inenarrável e uma das minhas amigas tirou essa foto fantástica. Saí dessa meditação com a alma limpa, leve e transbordando gratidão. Vista do canyon de um ponto mais alto Continuamos a trilha e subimos cada vez mais. Não é uma trilha difícil mas também não é fácil. Assim que chegamos nesse trecho, eu pensei que não teria uma visão mais linda que essa. Me enganei! Vista do segundo ponto mais alto do parque Continuamos a subir e entramos na vegetação típica, quando estávamos chegando nessa visão minhas palavras foram: "Eu não estou acreditando no que estou vendo!" Parece tão perto do chão mas Márcio dizia que aqueles pontos verdes lá em baixo são árvores de mais de 10 metros de altura. Sem palavras! Esse cenário foi utilizado para a gravação do longa metragem "Entre Irmãs", filme brasileiro que vale muito a pena. O ponto mais alto do parque, a quase 500 metros de altitude E não poderia de deixar de fazer a vrksasana (posição da árvore) e assim me despedir desse lugar que com toda a certeza irei voltar em breve. Saímos do parque maravilhados e com uma paz enorme. Todos reunidos com o guia Márcio Fomos em direção a Arcoverde, cidade próxima de menos de uma hora de distância do parque, lá reservamos um quarto por uma diária de R$185 (que diferença da pousada do catimbau, né!?), e para nossa surpresa tinha uma piscina, mesmo sendo quase 20:00 da noite fomos encarar e nos arrependemos de tão gelada que água estava. 15 de outubro de 2018 - Arcoverde (PE), Recife (PE) Acordamos tarde nesse dia, perdemos o café da manhã então decidimos comer em um restaurante do lado do hotel, voltamos para o hotel, arrumamos a mala e fizemos o check out e fomos em direção a Vitória e depois Recife. VALORES POR PESSOA DA VIAGEM Gasolina = 85,00 reais de cada ( Foram quase 1200 km percorridos. O carro fazia 12 km por litro) Passeio pelo Alto Xingó = 50 reais cada Pousada Posto Aldo (Delmiro Gouveia - 2 diárias) = 90 reais cada Passeio pela CHESF = 30 reais para cada Guia Vale do Catimbau = 22 reais para cada Hotel Arcoverde Palace (Arcoverde - 1 diária) = 37 reais cada Comida (jantar, almoço, besteiras) = 80 reais (valor pessoal) Lembranças = 50 reais (Valor pessoal) Total que eu gastei = R$ 444 reais Um valor relativamente barato para o quanto de lugares que vimos e principalmente chegamos esse valor porque fizemos planejamentos, cálculos para cada item e roteiros pré definidos e roteiro não definido, então uma dica: sempre planejem antes de tudo. Coloquem no papel cada item, cada valor, descreva tudo no mínimo detalhe e assim a diferença poderá ser muito pouca caso ultrapasse o orçamento. Planejávamos e levamos R$ 500 reais cada para a viagem e ainda conseguimos voltar com dinheiro para casa. NOTAS SOBRE O SERTÃO NORDESTINO: - É muito quente - É seco - Beba bastante água - Use roupas leves - Passe BASTANTE protetor solar, exagere mesmo. (Fiquei quase uma semana com o rosto ardendo) - De noite é frio - Leve pelo menos uma jaqueta - Em hipótese alguma invente de tomar banho no Rio São Francisco sem ser em um local adequado. - Em hipótese nenhuma saia mexendo nas plantinhas (principalmente os cactus), você pode se dar muito mal. NOTA FINAL: Essa viagem foi extremamente importante e marcante para mim, além de ser uma comemoração de um ciclo encerrado na minha vida acadêmica, trouxe elos com os envolvidos que nos juntou mais ainda. Só tenho a agradecer a todas as forças positivas que me cercam e cuidam de mim. E permitam-se se perder, é um aprendizado dessa viagem que levarei para sempre na minha vida. Namastê Amei seu post. Queria saber em que ano foi feito este passeio. 1 Citar
Membros Rafael W Ferreira Postado Maio 2, 2019 Autor Membros Postado Maio 2, 2019 Olá, @Cecília Medeiros foi em outubro de 2018. Citar
Membros MarcoPaiva_PA Postado Maio 13, 2019 Membros Postado Maio 13, 2019 Adorei o relato, viagem boa é a que deixamos acontecer sem muitas amarras. Coloquei o vale do Catimbaú na minha lista de lugares para conhecer. 1 Citar
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