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BOLÍVIA E CHILE - 18 dias - dez/14 e jan/15 - a Bolívia é demais!!!


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Hola, que tal?

 

Como os relatos do mochileiros ajudaram muito no nosso mochilão, volto aqui depois de uma trip incrível para tentar contribuir um pouco.

 

Nosso mochilão durou 18 dias. De 26/12/14 a 12/01/15. Fomos eu e meu namorado, saindo de Brasília e passando por Bolívia e Chile. Já adianto que não planejamos praticamente nada (só compramos as passagens aéreas e reservamos o hostel do réveillon) e acho que a falta de planejamento fez a viagem ser ainda mais incrível.

 

Sempre quis muito fazer um mochilão. Acho um jeito incrível de viajar, não só pela economia, mas porque mochileiros são muito mais abertos e receptivos a gente nova, lugares novos, experiências novas, ainda que isso as vezes nos meta nas maiores furadas. Nada contra quem se hospeda em hotel 5 estrelas, resorts all inclusive, só acho que eles estão perdendo toda a diversão. ::bruuu::

 

Quando começamos a programar nossas férias de dezembro, eu queria ir para Bolívia e Peru (roots) e Igor para Chile e Argentina (coxinha – brincadeira, amor). ::kiss::

Eu queria passar perrengue e ele queria visitar vinícolas. Ai fiquei morrendo de medo de dizer que queria fazer essa viagem no estilo mochilão e ele mandar um ‘NÃO, NEM A PAU! na minha cara e destruir todos os meus sonhos. Mas para minha sorte quando lancei a ideia de mochilar ele topou na hora! ::hahaha::

 

No final da viagem, quando conversávamos sobre toda a experiência vivida nesses 18 dias, Igor disse algo que vou lembrar pra sempre: eu escolhi mochilar por dois motivos, primeiro pela liberdade de fazer o que quiser, quando quiser, poder mudar tudo, ir pra um lugar não programado só pq conheceu pessoas legais que estão indo pra lá, poder simplesmente passar o dia no bar do hostel jogando conversa fora. E o segundo motivo são as amizades. Impressionante como quem está mochilando é totalmente aberto para conhecer gente. Sem nenhum esforço a conversa começa e vcs já estão dividindo a cerveja e combinando o que fazer no dia seguinte. Em todo lugar que vc vai é assim. Vc acaba de conhecer a pessoa e vcs já estão negociando um preço menor com a agência, ou a hospedagem no hostel pq são um grupo grande. Agora temos lugar pra ficar no Piaui, Espirito Santo, Maringa, Araxá (estou contando com isso heim) e muitos outros lugares por ai, e tb esperamos todo mundo aqui em Brasólia do céu mais bonito do Brasil. Quero mochilar pra sempre!

 

Se vocês forem procurar nos Roteiros de Viagem postados aqui no mochileiros, vão ver que em julho do ano passado postamos um roteiro que incluía o Peru, com direito a réveillon em Cusco (inclusive combinei de encontrar minha prima para passarmos meu niver e o reveillon juntas). Esse roteiro mudou tanto, foram tantos imprevistos antes e durante a viagem, que acabamos desistindo de ir ao Peru dessa vez (não nos arrependemos, aproveitamos muito mais a Bolívia e vamos fazer um mochilão só para o Peru depois). Nesse tipo de viagem é preciso desapegar.

 

No fim das contas nosso roteiro ficou assim:

26/12/2014 – Brasília – SP (Guarulhos)

27/12/2014 – SP – Assunção – Sta Cruz de La Sierra – La Paz

28/12/2014 – La Paz – Copacabana – Isla del Sol

29/12/2014 – Isla Del Sol – Copacabana – La Paz

30/12/2014 – Downhill na estrada da morte

31/12/2014 – Chacaltaya

01/01/2015 – Dia livre (não por opção)

02/01/2015 – Dia livre - La Paz – Uyuni (madrugada)

03/01/2015 – Salar de Uyuni

04/01/2015 - Salar de Uyuni

05/01/2015 - Salar de Uyuni – San Pedro de Atacama (SPA)

06/01/2015 – Geiseres del Tatio e Sandboard

07/01/2015 – Vale da la Luna

08/01/2015 – SPA – Calama – Santiago

09/01/2015 – Free walking tour

10/01/2015 - Vinícola Indômita – Vina Del Mar e Val Paraíso

11/01/2015 - Dia livre

12/01/2015 – Santiago – SP – Brasília

 

Nosso roteiro inicial (com o Peru) era muito apertado. Tudo muito corrido e contado, se desse uma merda, como deu, derrubava todo o roteiro.

 

Várias pessoas nos alertaram isso aqui no mochileiros e não demos ouvidos, até que a TAM mudou nossas passagens e perdemos um dia da viagem (antes chegaríamos em La Paz dia 27 cedo e no final acabamos perdendo todo o dia 27 com conexões como a de Assunção que não estava nas passagens compradas inicialmente). ::putz::

 

Depois de muito chorar e reclamar com a TAM, não teve jeito, ou aceitávamos reembolso integral e desistíamos da viagem ou cortávamos o Peru :o e faziamos a viagem para bolivia e chile. Ficamos com a segunda opção.

 

Muita gente pergunta pq desistimos do Peru e não do Chile. Simples! Pq quando compramos nossas passagens travamos toda nossa viagem.

 

PASSAGENS: todo mochileiro sabe que nossas viagens dependem totalmente de conseguir um bom preço nas passagens.

 

Começamos a pesquisar passagens em abril. Na mesma época começamos a ler relatos aqui no mochileiros. Decidimos que iriamos para Bolívia, Peru e Chile, e terminaríamos a viagem em Santiago para vermos as tais vinícolas e comprar coisas baratas.

 

Na época pensamos que iria ser mto difícil comprar ida e volta para Sta Cruz, que é a opção mais barata, pq teríamos que descer até Santiago e voltar para Sta Cruz. Mega volta.

 

Acabamos comprando passagens pela TAM/LAN que considero que foi muito muito barata. Cada um pagou R$ 1100,00 (já com taxas) em 3 trechos:

 

26-27/12 – Brasília – Sta Cruz (conexão em SP e Assunção)

08/01 – Calama – Santiago

12/01 – Santiago – Brasília (conexão em SP)

Dica para quem quer comprar trechos diferentes (ida para um lugar e volta por outro) é incluir um terceiro trecho. Ficou bem mais barato quando fizemos isso. Também ficou bem barato pq compramos em junho qdo o dólar estava 2,23 se não me engano.

 

Hoje eu compraria ida e volta por Sta Cruz e deixaria Santiago para outra viagem! Mas vivendo, mochilando e aprendendo.

 

MOEDA: levamos tudo em dólar e recomendo que façam assim. Mesmo com o dólar em alta, se fizer as contas, compensa.

Compramos uma parte do dólar em outubro e outra em dezembro na véspera da viagem. Burrice né, claro! Mas nunca iriamos imaginar que o Brasil iria reeleger a presidenta e por ai vai...

Juro por Deus que quando acabou o primeiro turno e o dólar subiu novamente, pensei: vou esperar o seguindo turno, que ai ela perde e o dólar abaixa. Como todos sabem, não aconteceu. ::toma::

 

Cada um comprou R$ 4.000,00 reais de dólar. Deu uns 1.400,00 dólares pra cada. Cada um voltou com 100 dolares. Não levamos real. Não fizemos VTM. Só desbloqueamos um cartão de crédito para emergências e compras em Santiago.

 

Levamos tudo na moneybelt o tempo todo. Talvez na próxima separemos mais a grana entre mochila, tênis, etc. mas não tivemos nenhum problema. Moneybelt é demais, acho q vou usar até aqui no Brasil.

 

Concluindo, recomendo levar dólar porque a cotação é estável. Onde vc chega sempre tem um bom preço. Real varia bastante e teve casa de Cambio em SPA por exemplo que nos disse que não estava cambiando real.

 

OUTRAS COMPRASS: antes de viajar, como era nosso primeiro mochilão, tb compramos mochila cargueira, fleece, anorak, luva, moneybelt, bota, segunda pele, meias de trekking. É uma grana boa que vc gasta aqui. Compramos bem no inicio, quando compramos as passagens, que ai deu pra pagar ambos (passagens e itens) antes da viagem começar.

 

Destaco aqui a compra da mochila. É um item caro se vc quer comprar um bom. Comprei uma Deuter Pilgrim 35 + 10 Feminina. Ela foi projetada especialmente para o biótipo feminino do Brasil e de todas que experimentei foi a melhor. Tem as alças mais estreias, o que machuca menos e se ajusta melhor nas costas. Especialmente para quem é bem pequena como eu. Custou uns R$ 500,00 com muito choro.

 

Não se esqueçam do seguro saúde para viagem. Pagamos 100,00 cada um na Mondial. Os lugares que tentei ser atendida em Santiago não atendiam pelo seguro. não me serviu de nada. Ah, tem também o cartão de vacina internacional (tem que tomar vacina de febre amarela).

 

ARRUMANDO A MOCHILA: mulher quer levar o guarda-roupa na mochila, afinal, precisamos ter opções de escolha. Mas aqui realmente temos que desapegar. Vc vai passar a maior parte da viagme de calça, bota e um mesmo casaco impermeável. Aceite! ::ahhhh::

O que varia são os gorros e cachecóis e isso nao vale a pena levar, vc compra tudo lá. Só usei outras coisa tipo vestido, short, saia no bar do hostel, em SPA e Santiago (lugares mais quentes).

 

Meu mochilão pesou 10kg. Levei:

 

2 calças jeans (uma fui vestida)

1 calça legging

1 bota impermeavel (yellow boot marrom com creme) – fui calçada

1 chinelo havaiana

1 all star

1 anorak

1 fleece

1 moleton

1 casaco couro sintético

1 blusa de lã

1 calça e 1 blusa segunda pele

2 shorts

2 Saias

1 vestido

Alguma blusas (muitas)

1 luva segunda pele (lá na bolívia comprei luva de neve)

1 moneybelt

1 lanterna

2 meias de trekking e 4 meias normais

Calcinha, sutiã e cinto

1 capa de chuva

3 necessaires pequenas com remédios, produtos de higiene pessoal, cabos e eletrônicos (ipod, gopro, carregadores, cartões de memória, etc)

1 secador portátil - ME JULGUEM ::lol3::

(todas as mulheres que conheci na viagem me pediram emprestado, até as que me viam por acaso com o secador, sem nunca terem falado cmg me pediam ele emprestado - ninguém merece cabelo molhado nesse frio)

 

Parece muita coisa mas no dia que subi o Chacaltaya, por exemplo, fui com uma camiseta, a blusa de lã, a blusa segunda pele, o moletom, a fleece e a anorak. A calça segunda pele, a calça jeans, a bota, a luva, o gorro e o cachecol. Praticamente vesti tudo q tinha na mochila. ::Cold::

 

No caminho tb comprei blusas de alpaca que esquentam demais, gorros, cachecois, presentes. Acabamos comprando uma mochila extra (mochila tipica de lá, artesanal), para carregar essas coisas.

 

Bom, acho que falei todo o básico para começar a organizar a viagem. Se ficar alguma dúvida é só perguntar.

 

Vamos agora aos relatos (já deu pra ver que falo muito né - cadê o poder de síntese? foi mal)

 

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1º e 2º dia – 26-27/12/2014: Brasília – São Paulo – Assunção – Sta Cruz – La Paz (só na ponte aérea)

 

Como disse antes, começamos a pesquisar em abril, compramos as passagens, mochila, e outras coisas em junho e ai paramos tudo. Depois da chateação da mudança das passagens pela TAM e de ter que desistir do Peru, demos uma desanimada. Só quando chegou dezembro que compramos as últimas coisas (dólar, seguro-saúde) e decidimos ir sem muitos planos mesmo, meio no “chegando lá a gente vê o que dá”. Não fizemos planilha nem nada.

 

A semana que antecedeu a viagem foi uma loucura completa. Igor já estava de férias e foi passar a semana do Natal em MG com a família dele. Já eu fui pra SP por causa do trabalho na segunda-feira, ia voltar no mesmo dia mas a chuva fez com que o voo fosse cancelado. Horas no aeroporto até a TAM reemitir a passagem para o dia seguinte e mandar todo mundo para o hotel. Fui dormir umas 3h da manhã, acordei 4h30 e voltei para o aeroporto para pegar o voo de volta para Brasília.

 

Chegando em Brasília na terça fui trabalhar e de lá voltei para o aeroporto, peguei um voo para BH para passar Natal com meus pais. Mas meus pais moram no interior, então ainda arrumei uma carona e fui pra Corinto. Natal de quarta para quinta-feira. Na quinta o Igor veio da cidade dos pais dele de carro, me pegou na cidade dos meus pais e foram mais 8 horas de viagem até Brasília. Sexta fui trabalhar e de lá fomos para o aeroporto iniciar nosso tão sonhado mochilão pela Bolívia e Chile. Foi uma semana kamikaze, mas no final deu tudo certo! ::essa::

 

Gente, como o aeroporto de Brasília ficou lindo depois da reforma. Passei por ele várias vezes nessa semana, mas não me canso de admirar. Venham conhecer!!! ::otemo::

 

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No dia 26/12 só fizemos o trecho Brasília-São Paulo (Guarulhos). Despachamos as mochilas e fomos comer algo antes da hora do embarque. Chegamos em SP por volta das 21h30, pegamos as mochilas e fomos para aquele hotel que fica dentro do aeroporto tentar dormir um pouco. Estava lotado! ::putz:: Mas foi bom que economizamos, pq ele é bem caro!

 

Como era muito cedo, não podíamos despachar as mochilas e entrar para a área de embarque. Não lembro direito, mas acho que só 5 horas antes do vôo inicia o despacho de mala e nosso vôo era só no dia seguinte pela manhã.

 

Sentamos no Pizza Hut e lá ficamos um bom tempo! Depois sentamos numas cadeiras lá na área internacional, carregamos nossos eletrônicos e tiramos um cochilo abraçados nas mochilas. ::hein:

 

Quando deu a hora, pagamos R$ 40,00 para embalar cada uma das mochilas e despachamos elas direto para nosso destino final (Sta Cruz De la Sierra), entramos na área de embarque e passamos mais um bom tempo olhando as coisas no Duty Free. Como era meio da madrugada, quase tudo estava fechado. Pensamos, compramos as coisas na volta (claro que deu tudo errado e ficamos sem comprar nada). ::grr::

 

Fomos para frente do nosso portão de embarque e lá passamos o resto da noite tentando dormir todos tortos naquelas cadeiras. Nessa hora senti inveja de umas meninas que tinham saco de dormir! Peguei no sono ouvindo musica no Ipod e como as musicas estão todas misturadas, quando começava a cochilar ao som de Bob ou Jason Mraz, explodia um eletrônico no meu cérebro. Pra piorar, o que tinha de muriçoca me pegando! Tava ruim! Tava bão não! Mas no inicio da viagem tudo tá ótimo!

 

Perto da hora do nosso vôo subimos para tomar um café bem mais ou menos, acho que foi no Viena e em seguida embarcamos rumo a Assunção no Paraguai. Nesse vôo fiquei muito mal de alergia, espirrando sem parar, tomei uns remédios e apaguei. Tam, minha querida, vamos limpar melhor esses aviões.

 

Em Assunção mal desembarcamos num portão, 20 minutos depois já estávamos embarcando pelo mesmo lugar. Deu tempo apenas de entrar numa lojinha que fica do lado do portão e olhar uns óculos de sol. Foi o lugar mais barato que vimos ray-ban. Legal que lá no aeroporto tinha um músico tocando e cantando música típica de lá.

 

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Desembarcamos em Sta Cruz de la Sierra e passamos pela pior imigração de todas da viagem. Enquanto estávamos na fila os policiais ficavam rondando, perguntando pessoas aleatórias o que iriam fazer no país. Já estávamos com os papeis preenchidos (nos deram para preencher dentro do avião). Carimbamos o passaporte e fomos para o raio x.

 

Lá você aperta um botão para ver se será selecionado para abrir a mochila ou não. Dizem que é na sorte, então quando estava lá todas as pessoas tiveram azar, pq todo mundo teve que abrir. Nessa hora tentei ser agradável, sorrir e ter paciência, mas tava foda.

 

A mulher me fez cortar todo aquele plástico que tinha pagado para embalar a mochila. Depois de muito tempo consegui tirar todo o plástico, ela abriu minha mochila e começou a tirar as coisas lá de dentro. Minha mochila é de saco, com acesso na parte de cima e de baixo apenas. Ela enfiava a mão bem fundo e puxava as roupas para cima. Quem já organizou as coisas num mochilão de 35 litros sabe como ele é pequeno e vc leva horas para fazer caber tudo. Mas, mais uma vez, tá valendo, faz parte! Empurrei tudo para dentro, tentei fechar mais ou menos a mochila e saímos. :evil:

 

Tínhamos umas 3 horinhas até nosso vôo de Sta Cruz para La Paz. Compramos essa passagem pela internet aqui no Brasil ainda, pela Boa, empresa de lá. Custou uns 90 dólares, se não me engano. Despachamos as mochilas e fomos cambiar e almoçar.

 

O cambio no aeroporto de Sta Cruz estava razoável, melhor que o do aeroporto de La Paz, mas pior que o da cidade. Cambiamos 200 dólares, deu 1370 boliviamos. 1 dólar = 6,85 bolivianos

 

Ao longo do relato vocês vão ver que anotamos o preço da maioria das coisas, mas muitas vezes não anotamos o nome dos lugares e coisas! Burricos! Foi mal! ::putz::

 

Sentamos num restaurante no térreo mesmo e pedimos um prato para dividirmos que custou 67 bols e veio com a coca (cola) :D . Era um negócio de pollo (frango) e papas fritas. Basicamente é o que você vai comer durante toda sua estadia na Bolívia. Conforme-se! Mas posso dizer, estava delicioso! Muito bom mesmo! É o COMBO 4.

 

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As pessoas tinham feito um terrorismo sobre passar fome na Bolívia pq a comida não era boa. Quando comemos isso, pensamos, se for tudo como esse prato aqui estamos bem! Claro que não era! Comemos muitas papas fritas ruins pelo caminho, mas nada tão ruim como as pessoas dizem.

 

Na verdade posso dizer que pelos relatos que li aqui, as histórias que escutei, nada é tão ruim quanto as pessoas dizem. O Salar de Uyuni não é tão frio, a comida não é tão ruim, os banheiros não são tão horríveis assim. Ou então o meu nível de tolerância ao perrengue é muito alto, porque achei todo muito de boa. Juro! ::bruuu::

 

Subimos para o segunda andar o aeroporto, comemos um Tiramisu (22 bols) e compramos uma água (12 bols) e fui tirar um cochilo nos bancos do aeroporto. Perto da hora do embargue entramos para a área de embarque e ficamos por lá esperando! Esperando! Esperando! Nosso vôo atrasou umas 2 horas! Sim, essa parte é verdade! Tudo na Bolívia costuma atrasar! Nada muito diferente do Brasil aqui nesse ponto, né?

 

Uma das coisas mais curiosas que vimos na viagem, nesse aeroporto tem tipo um quiosque que vende carne! Sério, quem compra carne crua no aeroporto? (PENA QUE NÃO TIREI FOTO)

Só compara com isso o fato de no shopping em La Paz ter um quiosque que vende leite. Leite que você compra no supermercado, de caixinha, leite em pó, etc.

A Bolívia é demais, sempre nos surpreendendo!

 

Outra coisa que reparamos nesse ponto da viagem foi que a mesma galera que saiu de SP com a gente, foi pra Assunção, Sta Cruz e agora ia para La Paz tb no mesmo vôo.

 

Depois em La Paz, quando estávamos no bar do hostel e todo mundo começou a se encontrar e comentar que tinha vindo no vôo dos meninos das botinhas amarelas. Sim, tinha um grupo de uns 6 ou mais, e todos eles estavam com o mesmo sapato, uma botinha amarela bem novinha, comprada especialmente para a viagem! As meninas de MG/SP que conhecemos apelidaram eles de centopeias.

Botinhas amarelas, se vcs estiverem por aqui lendo esse relato, não fiquem ofendidos, ok? Vejam pelo lado bom, vcs ficaram famosos! ::lol4::

 

Depois de horas de espera, embarcamos no vôo mais legal de todos rumo a La Paz!

Ah, vc espertinho que entra na fila dos que embarcam primeiro, aqui não! Eles chamam da poltrona x em diante primeiro, se vc não estiver nesse grupo e tentar embarcar, eles vão te barrar. Ah, e em nenhum lugar eles conferem se vc é mesmo vc! Não pedem documento para embarcar. Ou seja, se quiser fingir que foi para um lugar, sei lá, se tiver fugindo da polícia, é só comprar uma passagem em seu nome e pedir alguém para embarcar no seu lugar! :evil:

 

O avião era meio velhinho, modelo antigo, mas super limpo e bem conservado. Os comissários de bordo deram um show a parte! Deram as instruções do vôo e depois fizeram um quiz para testar se prestamos atenção. Juro! Um lado do avião contra o outro! Também fizeram varias piadas sobre turbulência, mal tempo e coisas do tipo. Eu ri muito, mas duvido que quem tem medo de avião achou graça. Foi realmente demais essa informalidade, bom humor e simpatia deles! Nunca vi isso em voos no Brasil! Ainda ganhamos um biscoito bonitinho de feliz Natal! Obrigada, Boa! ::love::

 

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Chegamos em La Paz e de cara já senti a diferença de altitude. Caminhar poucos metros deixava a gente ofegante. Tive muita sorte com isso porque não sofri o tal mal da altitude. No máximo uma falta de ar depois de simplesmente amarrar o cadarço da bota sentada na cama do hostel! Sinistro! Mas conheci muita gente que vomitou vários dias, ficou ruim da barriga! Tive sorte!

 

No aeroporto de La Paz cambiamos mais 100 dolares, deu 681,10. A cotação estava um pouco melhor, mas tivemos que pagar uma taxa para cambiar aqui. O que fez a cotação ficar péssima.Trocamos tanto dinheiro porque pensamos que talvez teríamos que pagar parte do hostel já na entrada, mas só pagamos na hora de ir embora.

 

Na fila para cambiar saímos perguntando se mais alguém estava indo para o Loki para dividirmos taxi. Nessa hora conhecemos as meninas de MG/SP e o José do Piaui. Dividimos o Taxi com o José e ficou 40 bols do aeroporto até o Loki (não lembro se esse foi o valor total ou só a parte minha e de Igor).

 

No caminho fomos apreciando a vista da cidade de La Paz. Não se deixem impressionar pela bagunça do trânsito, engarrafamento, buzinas, casas sem reboco. La Paz é demais, aproveitem o que ela tem de bom!

 

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Reservamos o Loki do dia 27/12 a 01/01. Quarto duplo com banheiro privado por 160 bols a diária. Ou seja, 80 bols para cada.

 

Reservamos com bastante antecedência, por causa da época (réveillon). Quando reservamos, tentamos o Wild Rover e já estava lotado. Tentamos quarto com cama de casal no Loki e não tinha mais. Ai pegamos esse com duas camas de solteiro mesmo.

 

O hostel é excelente. Muito bem localizado! Íamos para todos os lugares a pé, rodoviária, Plaza San Francisco, Mercado das Bruxas, restaurantes, cambio, agências. Sem contar a vista que vc tem lá do bar, Cordilheira dos Andes!

 

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O quarto é ótimo, não tive alergia e esse é o meu melhor termômetro (sou muito alérgica). Colchão bom, roupa de cama limpinha, chuveiro quente até demais (aproveitem, isso é difícil de achar nessa viagem). O bar também é bem bacana, comida boa, staff muito gte fina (maioria mochileiros como nós), um evento diferente todo dia!

 

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Acho que o hostel legal foi um grande diferencial para nossa experiência em La Paz ter sido tão boa! Vale pagar um pouquinho mais para ficar num desses hostels-bar mais famosinhos!

 

Chegamos no hostel, subimos para guardar as coisas, tomar um banho, e depois fomos para o bar do hostel comer, beber e bater papo. Lá encontramos as meninas de MG/SP e o José do Piauí e o Ney que conhecia do grupo do whatsapp que criamos para a galera que ia passar o réveillon em La Paz (mais para frente falo mais de como o grupo vale a pena)!

 

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Comemos quesadilhas deliciosas (20 bols) e papas fritas (12 bols) e tomamos 2 heinekens pequenas (20 bols cada) e a famosa Pacena (19 bols a grande). É uma cerveja de lá mesmo, e até que seria boa se os bolivianos gelassem suas bebidas.

 

Sério, eu amo a Bolívia, mas eles precisam aprender a ligar o freezer. Eles guardam as bebidas no refrigerador, mas ele fica desligado e eles tomam tudo temperatura ambiente. Até coca-cola!!

 

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Depois de umas cervejas e mta conversa, combinamos com o José e o Ney que iriamos na manhã seguinte para Copacabana para pegarmos o barco para a Isla del Sol.

 

Para isso precisávamos pegar o ônibus que saia do terminal de buses 8h da manhã, para dar tempo de chegar em Copa e pegar o barco de 13h30 para a Ilha. Tirei até foto do panfleto para não esquecer! Claro que eu e o Igor perdemos a hora, o ônibus, e tudo mais, mas o que importa é que demos um jeito e chegamos em Copacabana. ::dãã2::ãã2::'> Mas isso eu conto na próxima postagem...

 

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CAMBIO

 

Aeroporto Sta Cruz: 1 dolar = 6,85 bols

Aeroporto La Paz: 1 dolar = 6,81 bols (por causa da taxa a cotação ficou pior que Sta Cruz)

 

GASTOS:

 

obs.1: Não anotamos os gastos que tivemos no Brasil, quando ainda estávamos comendo com Vale-Refeição e pagando as coisas com o resto de reais que tínhamos na carteira. Desculpem-nos!

obs.2: Tudo é gasto para o casal, não apenas para 1 pessoa.

obs.3: as diárias do Loki e coisas que consumimos no bar do hostel só foram pagas no último dia, mesmo assim vou tentar colocar por dia, ok?

 

26/12:

taxi para o aeroporto de Brasília: ?

lanche no aeroporto de Brasília (MCDolnald): ?

Lanche no aeroporto de SP (Pizza hut): ?

Embalar nossos mochilões em plastico no aeroporto: R$ 80,00

 

27/12:

Café da manhã no aeroporto de SP: ?

2 alfajores havanna e uma água no aeroporto de Assunção: 6 dólares

Almoço e coca-cola no aeroporto de Sta Cruz: 67 bols

Tiramissu e água aeroporto de Sta Cruz: 22 bols + 12 bols

Táxi aeroporto para Loki La Paz: 40 bols.

Quesadilhas no bar do Loki: 20 bols

Papas Fritas no bar do Loki: 12 bols

1 Cerveja grande Pacena: 19 bols

2 heineckens pequenas: 40 bols

2 águas: 12 bols

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Muito legal o relato, Renata.

 

Uma dica: liste um resumo dos gastos ao final de cada post. Assim quando a galera quiser pesquisar algum gasto específico, já acha tudo juntinho.

 

Valeu! :) Estou no aguardo da continuação.

 

 

Obrigada pela dica, Rodrigo! Já inclui no post anterior. Vou fazer assim agora.

 

Vou tentar postar mais uma parte hoje a noite! ::otemo::

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3º Dia – 28/12/2014 – Copacabana e Isla Del Sol

 

Depois de muitas conexões e algumas cervejas no bar do Loki, fomos dormir um pouco tarde e muito cansados. Botamos o celular para despertar no dia seguinte de 10 em 10 minutos, mas nem isso foi o suficiente.

Levantei umas 7h40 e não ia dar tempo de pegar o ônibus turístico que saia do terminal de buses de La Paz para Copacabana às 8h. ::putz::

 

Liguei o chuveiro e quando entrei para o banho dei um grito. Pqp, água muito muito quente. Queimando o couro! Bom que com isso eu acordei Igor só de preocupação que ele ficou qdo gritei. ::lol3::

 

Arrumamos, subimos para o bar do Loki para tomar café da manhã. Já tínhamos perdido o bus de 8h mesmo! Lá encontramos as meninas de MG/SP, mas não encontramos o Ney e o José que iam para Copa tb, imaginamos que eles devem ter conseguido pegar o bus de 8h. Comemos omeletes deliciosos (você escolhe os 4 ingredientes do recheio), ele é bem grande e custa 20 bols. Bebemos chá de coca que é liberado no hostel (grátis) e tentamos usar o wifi que é bem sofrido. Só funciona na recepção e no bar e bem mal. No quarto não funcionada de jeito nenhum! Loki, melhore meu filho! Wifi hj é tão essencial quanto a cama, ou mais!

 

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Nessa hora aconteceu algo bem engraçado, para Igor, claro. Eu não tomo café, nunca tomei, não sei nem o gosto e tb não tomo chá, a não ser por questão de necessidade.

 

Quem é mineiro, e foi criado no interior como eu, sabe que chá é remédio, e se é remédio, é ruim. Minha mãe tinha chá para tudo, chá de alho com limão pra gripe, chá de romã pra garganta, e eu sempre odiei todos e tomava porque era obrigada. ::quilpish:: Bom, chá de coca era questão de necessidade e por isso abri uma exceção.

 

Enquanto eu estava na mesa esperando nossos omeletes Igor foi no balcão preparar chá de coca pra mim. Só que como era nosso primeiro dia no hostel, não sabíamos que o chá de coca era no sachezinho bonitinho com os outros chás. Ele viu um pote com um pó e achou que era pra fazer o chá de coca (mas era pó de café). Ele preparou e me deu. Como não conheço o gosto de café e odeio chá, bebi o negócio achando que era chá e xingando todas as gerações de quem inventou esse tal de chá que era ruim demais. Até que em um determinado momento Igor se tocou que aquilo era café e ficou rindo da minha cara. Agora sei que gosto café tem, e posso dizer que é bem ruim! Não perdi nada todos esses anos sem café. ::vapapu::

 

Café tomando, descemos para a recepção do hostel para pegar informação. Era 9h da manhã e queríamos perguntar se fossemos para o terminal de buses teria algum outro ônibus para Copacabana. Eles nos informaram, como se fosse a coisa mais obvia do mundo, que pra ir pra Copacabana não precisava ir para o terminal, pq saiam ônibus toda hora da frente do cemitério. Eu já havia lido sobre isso aqui no mochileiros mas nada é capaz de descrever a experiência que vc vive lá.

 

A passagem de La Paz para Copacabana pelo ônibus turístico do terminal era 30 bols por pessoa, indo pelos ônibus do Cemitério pagamos 20 bols cada, mas tb pagamos 20 bols de taxi até o cemitério, então, no fim das contas deu 30 bols pra cada de qualquer forma.

 

Chegando na porta do cemitério tem milhares de micro-ônibus, vans, ônibus grandes indo para Copacabana. Entramos em um ônibus grande (pq pensamos que deve ser mais seguro) e pq o cara garantiu que só faltava a gente para completar e o ônibus já ia sair.

 

Aprendam uma coisa (anotem isso): bolivianos mentem, o tempo todo, sobre tudo. Eles falam o que você quer ouvir e não a verdade. ::essa::

 

Claro que o ônibus não estava cheio e demorou um bocado para sair. Enquanto não completava o ônibus ele ficava rodando em La Paz, com a porta aberta e um cara pendurado na porta gritando “Copacabana, Copacabana, Copacabana”. Fiz um vídeo que retrata com perfeição esse momento (estou apanhando muito pra fazer uma montagem dos vídeos, mas um dia consigo, ai posto aqui para vocês verem). ::putz::

 

Como eu e Igor queríamos sentar juntos e não tinha mais cadeiras vagas uma do lado da outra, o motorista nos botou lá na frente, do lado dele. Serio, a vista foi a mais perfeita de todas, mas era incomodo, apertado, e ainda tinha uma chola bem atras da gente fedendo muito a cebola. Sério, tava ruim demais aquele lugar! O motorista passava tirando fino nos outros carros, buzinando, xingando, a chola com esse cheiro, a gente apertado. ::putz::::putz::

Mas a vista de camarote do lago titicaca fez tudo valor a pena. (já perceberam que sou um pouco condescendente com os problemas da Bolívia, né? é que amei muito esse lugar ::love:: )

 

Depois que o ônibus encheu, ou o motorista desistiu de completar todas as cadeiras, saímos rumo a Copa. Nossa, que engarrafamento era esse. Tudo travado. Não andava nada. E tudo era van, micro-ônibus e ônibus, e muitos de modelo bem antigo, bem coloridos. O trânsito em La Paz é o caos. Eles andam muito colados, tirando fino, buzinam o tempo todo, xingam, é uma loucura completa. ::prestessao::

 

Seguindo viajem, tem um determinado lugar que o onibus para, você desce e o onibus atravessa o lago numa balsa e as pessoas vão e um barquinho. Nessa parada paguei 2 bols para usar o banheiro, que ninguem me dizia onde ficava pq não entendia o que é banheiro (eles chamam o lugar do vaso sanitário de bano, e o lugar de tomar banho de ducha, são coisas distintas). Igor comprou um biscoito de 9 bols pq estavamos famintos, e pagamos 2 bols cada pela travessia.

 

Mais uma hora até Copacabana. Chegamos lá já era 13h30 e o último barco para a Isla Del Sol saia exatamente 13h30. Fala sério, não acertamos uma! ::putz::::putz::::putz:: (o smilie mais usado nos relatos de todos os mochileiros - a gente só faz merda)

 

Descemos do ônibus na praça, acho que é o lugar principal de Copacabana. Conhecemos uma colombiana super gte boa, que nos deu algumas explicações e dicas e fomos numa agência ver se realmente não teria mais nenhum barco pra a Isla naquele dia. A mulher da agência confirmou que não! :cry:

 

Nessa hora fiquei muito chateada pq tinha combinado de encontrar minha prima e o namorado dela e eu cismei que eles estavam na Isla e não em Copa e se eu não conseguisse chegar na Isla naquele dia, não ia ver eles. ::hein:

 

Eu e Igor compramos passagens para esse mochilão em junho, encontramos minha prima Lu e o namorado em julho lá em Minas e botamos a maior pilha para eles irem com a gente. Eles animaram, mas como iam antes do Natal, nossos roteiros eram diferentes, mas combinados de nos encontrar em Cuzco para meu aniverário e reveillon (30 e 31/12). Como já contei, acabamos tendo que desistir de ir ao Peru e isso acabou com as chances de nos encontrarmos. Ficamos muito chateadas.

 

Quando surgiu a hipotese de nos vermos em Copacabana/isla del sol, fiquei feliz demais. Ela me mandou mensagem no dia 27 dizendo que estava em Copa. Eu sai correndo de La Paz para Copa logo no dia seguinte após nossa chegada só pela esperança de vê-la.

 

Como ela estava em Copa no dia 27 presumi que isso queria dizer que no dia seguinte ela iria para a ilha. Mas não, ela ficou em copa mesmo, e eu, bom, eu fui pra ilha atras dela e acabamos não nos encontrando. Que raiva disso! Não me perdoo até hoje por ter dado errado esse encontro. ::Ksimno::

 

Voltando, como já era 14h, não daria mais para pegar o barco para a Isla naquele dia. Saimos rodando pela cidade, vendo os artesanatos, as construções meio diferentes (tem uma que parece um cocozão de cachorro, servido tipo sorvete do mcdonald). Acabamos resolvendo descer até a beira do lago e tentar achar um barco para a Isla. Vai que...

 

Chegamos lá e vi um pessoal que reconheci do aeroporto de La Paz, lembrava de ter perguntando se estavam indo para o Loki para dividirmos taxi, era o pessoal do Espirito Santo, nossos companheiros de viagem por dois dias. Perguntei se eles estavam indo pra Isla, eles disseram que sim, para a parte Sul da Isla e que o barco de 13h30 estava atrasado. Fala sério, que sorte!! ::hahaha::

 

Perguntaram para qual lado da Isla a gente ia e eu respondi que tb íamos para o Sul mas a verdade era que eu não sabia muito bem sobre a parte norte e sul, muito menos para onde era melhor ir. Pensei, se eles estão indo para o Sul, lá deve ser melhor, vou pra lá tb. Programação nota mil! Estamos de parabéns! ::tchann::

 

Perguntamos pra eles se dava pra ir com eles e eles foram super gente boa com a gente, botaram pilha boa, pra gente correr atras da doninha que vendia as passagens. Eles messmos encontraram ela e a convenceram a levar a gente. Valeu gente!!! ::otemo:: Pagamos 20 bols cada um pela passagem e ela não nos deu recibo. Burros, não pedimos!Ela saiu pra lá, lotou o barco e disse que iriamos num outro barco. Vimos a galera do ES indo embora e a gente ficando para trás. Sério, como essas coisas acontecem com a gente, né?! É muita zica!

 

A doninha da passagem mandou a gente seguir um senhor, eu, Igor e uns coreanos fomos, né! Chegando nesse outro barco, nos pediram as passagens e nós não tinhamos! Tivemos que correr atrás da mulher para provar que tinhamos pago para ela. Subimos no barco, que parecia mais ser o barco que transporta carga, pq estava cheio de fardos de coca-cola, água, etc.

 

Os coreanos foram lá embaixo, mas achamos lá dentro muito quente, resolvemos ir na parte de cima, só nós dois, tipo Jack and Rose, mas sem a parte que o barco naufraga.

Tinha lido relatos dizendo que la na parte de cima era muito muito frio. Pensei, tá um puta calor, solzão, vai ser tranquilo. Não se engane, deve ser mais de 1h nesse barco até a Isla, o vento é cortante, principalmente se está só vc lá na parte de cima. Começamos a vestir todas as roupas e gorros, luvas que tínhamos na mochila, nos abraçamos, mas não adiantava. Era muito frio! Mas não importa, vá lá na parte de cima, a vista é linda. Vale muito a pena!

 

 

 

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Chegando na Isla você paga 5 bols para entrar. Acho justo cobrar esse valor, isso é uns R$ 2,50 e o lugar é lindo demais, parece encantado! E acostume-se, na Bolívia eles tentam ganhar dinheiro de turista o tempo todo. Vai tentar tirar uma foto com uma lhama, de repente vai surgir um boliviano te cobrando 3 bols, 5 bols, etc.

 

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Assim que você chega um monte de crianças ficam no seu pé para te levar para algum hostel. Fugimos de todos e ficamos esperando o pessoal do ES desembarcar. Nessa hora fomos na cara de pau perguntar se eles já tinham hostel, eles disseram que não, mas nos convidaram para procurar com eles. Gente, viu como é muito fácil fazer amigos nessa trip!

 

E assim começou a saga de subir a escadaria da Isla, que é dureza. Alguns dos meninos do ES estavam com mala de rodinha e não com mochila, e uma das meninas estavam passando mal por causa da altitude, e isso tornou a subida bem lenta. Mas foi de boa pq iamos parando, rindo, conhecendo outras pessoas como as meninas de Maringa, que também viaram companheiras de viagem nesses 2 dias. Ah, também encontramos o José do Piaui lá na Isla.

 

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Tem hostels na parte de baixo, são bem novos. Mas resolvemos nos hospedar lá na parte de cima onde ficam os restarantes, e também por causa da vista maravilhosa.

Depois de olhar alguns hostels, escolhemos um que não tem nome, e cobrava 30 bols por pessoa para quarto duplo (com 1 cama de casal ou 2 camas de solteiro). O banheiro era coletivo, a descarga era no baldinho de água e o chuveiro deveria ser quente, mas era frio e nem tentei tomar banho. Ficamos no lencinho humidecido!Nessa hora entendi o que as pessoas tanto reclamam dos banheiros da Bolívia. As pessoas forma fazendo xixi lá o dia todo, e apesar de ter um balde gigante com água não tinha o balde pequeno para pegar a água e jogar no vaso. Resultado: litros de xixi acumulado e fedendo muito! ::hein:

 

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Numa primeira olhada o hostel parecia bem bom, mas foi o lugar que mais tive alergia, e dormi muito mal, pior que dormiria no Salar de Uyuni uns dias depois. Sem contar a cara ruim da dona! Super mal humorada.

 

Com uma vista maravilhosa da Isla, sentamos nas mesinhas da varanda do hostel, tomamos umas Pacenas e comemos sanduíche (50 bols para 2). O sanduíche era gelado e não muito bom, bastava esquentar que ficaria ótimo. Começou a chuviscar e resolvemos entrar para o restaurante do hostel. Continuamos bebendo e batendo papo e quando resolvemos jantar a mulher disse que tinha acabado a comida, com aquela cara ruim dela, super má-vontade.

 

Como eu e Igor estávamos sem almoço por causa da correria em Copacabana, saímos em busca de restaurantes. A maioria estava fechado e era bem cedo ainda. Encontramos uma vendinha que tinha de tudo, biscoitos, água, refri, roupas de frio de alpaca, etc. Lá um senhor muito educado nos informou que o restaurante ali do lado estava aberto. Subimos a rua, entramos no tal restaurante e lá passamos nossos melhores momentos na Isla.

 

A dona do restaurante, a chola Madalena, é um amor de pessoal, sorrindo o tempo todo, tentando falar português com a gente, fez de tudo, tudo mesmo para nos agradar. Ela disse que conhecia o Brasil e, inclusive, a filhinha mais nova dela tinha nascido no Brasil, por isso ela falava um pouco de português.

 

Ela nos preparou uma trucha do lago titicaca com papas fritas e ensalada, e estava tudo muito delicioso. Para se ter uma ideia da boa-vontade da Madalena, ela botou uma coca-cola no congelador enquanto preparava nossa comida só para nos agradar, porque reclamamos que na Bolívia eles bebiam tudo quente (temperatura ambiente).

 

O lugar era demais, com uma pequena biblioteca, e a música ambiente variava entre jazz e Bob Marley – inacreditável, encontrei meu lugar preferido na Isla.

 

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O pessoal do ES e de Maringá subiu para o restaurante mais tarde, e como queríamos beber, Madalena fez o marido dela (dono da vendinha que falei antes), ir buscar cerveja pra gente em outro lugar porque ela não tinha. Foi sensacional esse dia, ouvir a história dos meninos do ES que são biólogos (geralmente nossos papos com os amigos são sempre jurídicos), falar um pouquinho de MG, de Brasília, do ES, de Maringa! Madalena toda sorridente, uma comida deliciosa, música boa, boa companhia! A Isla é realmente um lugar encantado! Parece mágico!

 

Nossa parte na conta no restaurante da Madalena deu 95 bols – 2 truchas, coca e cerveja (valor para o casal). Pagamos, passamos na venda do marido da Madalena para comprar água, biscoitos e frutas (30 bols para 2) e fomos para o hostel dormir. Lá na vendinha conhecemos as filhas da Madalena e elas, com o nariz catarrento, grudaram nas pernas da gente e não queriam soltar! A brasileirinha então, era a mais folgada! Foi muito engraçado! ::lol4::

 

Como disse, passei frio e alergia a noite toda nas Isla. Dormi muito mal, mas faz parte, né!

 

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4º Dia - 29/12/2015 – Isla del Sol / Copacabana / La Paz

 

Acordamos no outro dia e estava uma nevoa muito grande! Se quiser tirar boas fotos, tire na parte da tarde. Pela manhã vai ser bem difícil tirar boas fotos.

 

Arrumamos as coisas e fomos todos tomar café no restaurante do hostel e devolver as chaves. Comemos cada um um sanduíche, tomei um chá de coca e ficou 17 bols tudo.

 

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Nossa estadia na Isla tinha chegado ao fim, pagamos 20 bols cada na passagem do barco de volta para Copacabana. Fomos na parte de cima do barco e como estava lotado la na parte de cima, dessa vez não sentimos frio. Nosso tempo na Isla foi rapidinho mas foi ótimo, principalmente pelas boas companhias! A verdade é que os melhores momentos do mochilão estão muito mais relacionados às pessoas bacanas que conhecemos do que os lugares que visitamos. Claro que uma bela vista não faz mal a ninguém!

 

Pessoal do ES (Larissa, Lorena, Jardel, Tiago e Janaina), de Maringa (Mari, Raquel, Paola e Mariana), José do Piaui, adoramos conhecer vocês. A Isla foi demais graças a vocês! Esperamos todos em Brasólia, nossa casa está de portas abertas! E esperamos convite para conhecer a cidade de vocês! ::hahaha::

 

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Em Copacabana compramos nossa passagem de volta para La Paz (30 bols por pessoa), e o resto da turma comprou passagem para Cusco. Almoçamos todos juntos num restaurante de massas delicioso para nos despedirmos. O lugar é bem bonitinho e tem wifi. ::ahhhh:: Comemos macarrão a bolonhesa e tomamos coca-cola (45 bols por pessoa).

 

Na volta para La Paz, quando descemos do ônibus para fazer a travessia da balsa conhecemos dois irmãos de BH, Fabrício e Taís, com que fomos batendo papo pelo resto da viagem de volta. Gente boa demais eles, como todos os mineiros costumam ser! ::tchann:: Passamos boa parte da viagem na cia deles, até chegarmos em San Pedor de Atacama.

 

O ônibus nos deixou no centrinho de La Paz, no meio da confusão de mercados, engarrafamento, gente pra todo lado! Fomos a pé para o hostel e nessa hora vimos que ele é super bem localizado. Fabrício e Taís tentaram vaga no Loki mas não tinha (reveillon tem que reservar antes, não tem jeito).

 

De volta ao Loki La Paz marcamos de encontrar a galera do grupo do whatsapp na recepção do hostel para sairmos a procura de agência para fazermos o Downhill na estrada da morte no dia seguinte. Tinha gente de tudo que é lugar do Brasil, RS, PR, SP, RJ, MG, RO. Entramos em algumas agências e acabamos fechando uma van só pra gente com a Altitude. Não sei se era a mais barata, mas com certeza era a mais top. Pagamos 490 bols cada um com direito a bicileta KONA (eu acho que era esse o nome), alguns lanches, almoço num hotel com piscina, camiseta e CD com fotos.

 

Como a galera era muito grande, era difícil ordenar as ideias e chegar a um consenso sobre qualquer coisa, estava uma bagunça completa. Depois da peleja para fecharmos o Downhill foram mais algum tempo andando feito baratas tontas nas ruas de La Paz para decidirmos o que fazer. Uns queriam cambiar, outros fazer comprar, outros comer.

 

Cambiamos, compramos e então decidimos comer num restaurante italiano muito bom (como disse, anotei os gastos mas não os nomes dos lugares e coisas – se alguém que estava com a gente lembrar, depois completo aqui). Lá comemos o menu do dia, com entrada de sopa e salada a vontade, prato principal de macarrão a bolonhesa muito bem servido e delicioso, e bebemos coca-cola com gelo, uma raridade (tudo ficou 40 bols por pessoa)!

 

Depois da confusão para contratar o downhill e escolher onde comer pensei, que merda, não conheço ninguem aqui, tá tudo uma zona. Vai ser dureza o dia seguinte no downhill. Estava enganada, conhecer a galera no grupo do whatsapp e fechar a van só pra gente foi a melhor coisa que fizemos! O Downhill foi sensacional! Mas isso conto depois...

 

GASTOS:

lembrando que é o valor par ao casal e não apenas para uma pessoa

 

28/12/14

2 omeletes no Loki: 40 bols

Taxi Loki-Cemitério: 20 bols

Passagem ônibus La Paz - Copacabana: 40 bols

Banheiro na travessia e balsa: 2 bols (só eu fui)

Biscoito: 9 bols

Travessia de balsa: 4 bols

Passagem barco Copacabana-Isla del sol: 40 bols

Entrada na Isla: 10 bols

Hospedagem: 60 bols

Lanche e cerveja no bar do hostel: 50 bols

Jantar e cervejas no restaurante da Madalena: 95 bols

Compras na vendinha do marido da Madalena: 30 bols

 

29/12/2014

Café da manhã no hostel: 17 bols

Passagem de barco Isla-Copacabana: 40 bols

Almoço em Copacabana: 90 bols

Passagem de Ônibus Copacabana-La Paz: 60 bols

Travessia de balsa: 4 bols

Downhill na estrada a morte para o dia seguinte: 980 bols

Jantar restaurante Italiano: 80 bols

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