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Mudei de emprego e fui caminhar - Travessia Guaporé-Muçum


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Na verdade o título seria “Perdi o emprego e fui caminhar”, mas como demorei mais de mês pra fazer a trilha, arrumei outro trampo antes de fazer o roteiro.

Ainda assim a história é a mesma. 13 anos depois de ter entrado naquele trabalho, o laço se rompeu, e eu achei que era necessário um tempo para pensar na vida, e nada como uma boa trip para pensar, refletir, orar. O roteiro já estava nas pretensões, e a oportunidade veio a calhar.

Senti que seria um dia perfeito quando o busão que subia a serra emergiu na névoa que cobria os vales, acima de Dois Lajeados. Já passava das 8:30 da manhã e o sol brilha forte, luminosidade majorada pelo branco do nevoeiro abaixo de nós.

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Eu saíra de casa duas horas e meia antes, tendo dirigido até Muçum. Deixei o carro num posto, ao lado de um viaduto férreo, onde seria o fim da jornada, e peguei o ônibus da empresa Bento, as 07:50, com destino a Guaporé. Singrando pelos interiores e pela rodovia, passamos Vespasiano Corrêa e Dois Lajeados. Finalmente, Guaporé, onde saltei no trevo e cruzei a rodovia, já vendo um pequeno viaduto.

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Passando atrás de uma revenda de carros, se adentra na área da estação por volta do km 61 da Ferrovia do Trigo. Tomei o sul por rumo e desci acompanhando os trilhos. Passei a abandonada estação, com suas sinalizações em bom estado, surpreendentemente. Os trilhos vão rasgando a serra, ora no nível de sua crista, ora abaixo dele, onde a terra foi escavada, rasgada. Pedras dinamitadas, gerando paredões de, não raro, mais de dez metros de altura.

Aos poucos uma suave curva para a direita me afasta da rodovia e do barulho, e apenas o onipresente farfalhar do rachão britado sob o solado as botas enche os ouvidos. Pensando e apreciando a árida paisagem, vou mantendo um bom ritmo de 4 km por hora, verificável pela sinalização (de cem em cem metros!). Após uma hora, mais ou menos, surge o primeiro túnel, o de número 24, com cerca de 380 metros de extensão.

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Saco a lanterna e vou. É incrível a escuridão do interior de um túnel! Minha Nigh Ray brilhava em potência máxima e a luz era simplesmente engolida pelo breu. Porém, ao se afastar da abertura do túnel, as pupilas acostumam e a coisa fica mais tranqüila. Aí a nova surpresa: os túneis não são completamente concretados! De um determinado ponto até a outra ponta, há apenas rocha escavada, com um ou outro reforço. Lacas sobre os trilhos e conseqüentes manchas claras no enegrecido teto avisam que desprendimentos, se não são comuns, existem, e fazem com que túneis não sejam um lugar aprazível ou seguro para cruzar com “o dono da casa”. Felizmente não tive esta experiência.

Mais um túnel, uma pequena ponte, e sigo. Encontro um bando de garotos, casa dos 12 anos, querendo ir até o “Mula Preta”, e pedem para me acompanhar. Meu primeiro questionamento foi: “Os pais de vocês sabem que estão aqui?”. A pilha de sua lanterna acabara e nao era compatível com as que eu tinha. Recomendei que buscassem auxílio em uma propriedade próxima e voltassem para suas casas. Eu até poderia levá-los ao famoso viaduto metálico, mas como voltariam, sendo que até lá eu não sabia dos obstáculos? Desolados, tomaram o rumo de casa.

Pouco depois, novo túnel, e mais um. Surge então a placa: Viaduto 17. O Mula Preta. Sobre o vale-quase-canion do arroio Mula Preta, o Exército ergueu um viaduto de estimados 110 metros de altura. Como é em curva, não é estruturado em concreto (como o “13”, um dos maiores da América Latina), mas apenas em treliças metálicas sobre as quais repousam os dormentes.

20090831235316.JPG (foto roubada do Marcos pq a que fiz não ficou boa)

Sem um trem pra botar pressão, fui tranqüilo, dormente por dormente, parando, contemplando. Depois dele, um túnel e outro viaduto metálico. Após este, o maior dos túneis. Cerca de dois quilômetros de escuridão, onde seu medo não tem coragem de entrar. No meio do túnel, uma clarabóia escavada na rocha auxilia na renovação do oxigênio, pois eu já imaginava que o ar ficasse irrespirável com a passagem de um trem, como depois o Marcos A. Costa confirmou.

Deixei de contar pontes e túneis em função das placas sempre existentes. Grande erro! Quando se passa a sair da “civilização”, ao contrário do que se pode esperar, surge o vandalismo! Raras placas, muita destruição. O estado da antiga estação Dois Lajeados, que não tem acesso fácil por estrada alguma, dá o tom:

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Os visuais que se descortinam na seqüência de viadutos, pontes e túneis são muito bacanas. O vale do Rio Guaporé formando uma ferradura, encostas de mata, cachoeiras, estradinhas, trilhas que cruzam os trilhos, propriedades rurais.

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Em um dos túneis tive um probleminha. Numa passada, o pé de trás escorregou do dormente e eu estiquei a perna. A musculatura da panturrilha estirou. Senti a queimação na hora. Como estava “quente”, segui meio manco, mas segui. Sobrecarregando a perna direita, o piso abrasivo e instável cobrou seu preço: por volta do km 40, a sola da bota (Snake Trilogia) soltou. Remendo de Silvertape e vamos adiante. Já se fazia hora e minha meta para acampamento era além do km 30, o que seria tranqüilo. Saindo de um túnel, pelo Km 35, avistei um morro a frente (sinal de túnel), e o famoso “13” após ele.

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Eram cerca de 17:30 quando entrei no túnel, pelo km 31, o que foi ótimo para a meta do dia, de caminhar até as 18:00 hs e ter luz para montar acampamento. O túnel em questão é famosos por suas janelas, que naquele final de tarde renderam boas fotos.

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Encontrei um grupo andando em sentido contrário, que iria dois túneis adiante, só para curtir e ver uma obra. Me disseram que saindo do túnel eu iria ver uma estrada, à direita, e o vale, onde poderia acampar. Nas escarpas é complicado! Passei a estrada e subi no “13”, olhei lá pra baixo... Voltei para a estrada e desci. São 150 metros de desnível! Começava a escurecer quando duas motos passaram por mim, também descendo. Passei uma ponte e achei um quiosque. Os motociclistas estavam ali, mas não vi direito. Perguntei pra dona se podia acampar, ela assentiu. Pedi para usar o banheiro, ela mostrou onde. Mas como tava com sede, pedi uma gelada. Quando vou pegar a cerveja, olho pro cara e digo “Ei, tu é de Venâncio Aires” (cidade onde eu morava). Batemos um papo, e nisso tirei a bota. As bolhas (com a bota detonada e a panturrilha queimando não dei a devida atenção aos pés, não troquei as meias!) assustaram eles, não a mim. Mas com a musculatura esfriando começou a dor. A bota deteriorada (o rachão já cortara todo o silvertape), pensei... Faltam 18 km, que não vão fugir. Com dor no coração, abortei a trip.

Desisti de acampar e continuar no dia seguinte. Peguei uma carona até a cidade, catei meu carro e fui pra casa, cuidar de mim.

 

O caminho é muito bonito, um desafio acessível. Caminhar sozinho é muito bom, pra refletir, pra contemplar, pra fazer da sua maneira. Mas trilhar com boas companhias também tem o comentário, o riso, tem seu lado bom.

Mas os planos pra voltar já estão em curso. Passam por doses de voltarem, cuidado com os pés, uma bota nova.... Aliás, voltar pra lá e fazer tantas outras trilhas! Boas trips!

 

Tech Info:

A Ferrovia do Trigo é uma obra do regime militar, década de 70. Rasga o Estado de Noroeste à Sudeste, de Passo Fundo à Porto Alegre, planalto à planície. No meio do caminho, desce pelos contrafortes da serra, revelando sua beleza e prepotência. Beleza pelas paisagens e belo roteiro de trekking. Prepotente porque é uma afronta ao meio ambiente. Ok, é de outra época, mas algumas passagens, pequenos vales fora divididos ao meio por aterros de pedras. Muralhas de 20, 30 metros de altura atravessaram vértices de vales, dividindo-os. Morros rasgados, córregos desviados.

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Nos túneis a vida é rara. Baratas, ratos (vi dois, um morto, partido ao meio por um trem, um vivo) e pequenos musgos, estes apenas onde goteja água. Fora deles, pássaros cantam, mamíferos correm. Pegadas de graxaim sobre os trilhos indicam um ecossistema mais complexo, com carnívoros de bom porte, possivelmente no topo da cadeia alimentar, se bem que não duvido que alguns felinos não se escondem por aquelas escarpas. Não me impressionaria saber de jaguatiricas ou mesmo de um baio (puma).

A melhor direção para fazer a trip é Guaporé-Muçum, a descer. Como é linha férrea vc quase não nota o desnível, mas são 400 metros divididos em 50 km. Issoqer dizer que é O TEMPO TODO subindo, se vc vier de Muçum para Guaporé.

Se vc quiser ir de ônibus, a linha que peguei sai de Estrela, passa por Lajeado, Arroio do Meio, Anta Gorda, Encantado, Muçum, Vespasiano Correia e Guaporé. Se vier de carro, uma boa pedida é deixá-lo no posto que tem ao lado do viaduto, na entrada de Muçum, e dali pegar o ônibus, cuja parada é ao lado do posto, para Guaporé. Ele passa ali 7:50, e em uma hora vc desce no trevo de Guaporé. A viagem é bonita!

Sou neurótico com água, saí com quase 4 litros, mas não sendo estação seca, há muita água vertendo das paredes. Um Clorin resolve qualquer parada. Há também algumas mangueiras margeando ou atravessando os trilhos. Ache uma conexão, abra, sirva-se e VOLTE A CONECTÁ-LA! Há sempre um ruído de água. Um córrego, uma cachoeira... O legal é ouvir o rugido deles sobre um viaduto. Vc mal vê o brilho d’água e ouve ele.

Várias trilhas cruzam o trilho. Nem todas vão pra algum lugar “civilizado”, pois são usadas por jipeiros e motociclistas da região. Mas vc não passa mais de uma hora sem ver ou ouvir sinal de gente. Uma casa, um galpão, ruído de galinhas. Podem ser pontos de apoio em eventual perrengue. Um bom ponto intermediário para resgate é o Viaduto 13, no km 30 da travessia, pois tem acesso fácil partindo de Muçum.

O caminho não apresenta desníveis, então bastões são desnecessários, salvo se vc tem a manha de usá-los no plano. O piso é xarope. Rachão britado, pedras grades que não dão firmeza no passo. Sempre o chão se altera quando vc põe peso, de maneira que seus músculos trabalham mais. O fato de não ter desnível usa sempre o mesmo grupo de músculos. Andar sobre os dormentes é mais confortável, mas como eles são, em regra, muito próximos entre si, quebra vc igual ou até pior.

No verão dá pra sair cedinho de Guaporé, tipo 5 da manhã, no clarão do dia, e pegar o por do sol em Muçum, desde que vc leve só água e um lanche. Eu não sei ser light, então com carga de água completa minha mochila beirou os 11 quilos.

Resumindo: quero voltar logo! As fotos vem assim que pegar a cam com Dona Onça.

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  • Membros de Honra

Cacius!

 

Muito bom o relato, parabéns. Pena que não concluiu o trajeto. Ótima decisão a sua em voltar para casa. Aliás, iria ser loucura querer continuar mais 18km com a perna baleada. Se serve de consolo, a melhor parte da trip é justamente até o viaduto 13. Dele até Muçum, não tem muita coisa interessante.

 

Saudades daquela região, fiz de Muçum a Guaporé em março desse ano e foi fantástico. No Mula Preta encontramos um trem e tivemos que ficar no guarda-vidas, foi uma sensação de outro mundo, inexplicável.

Água achou fácil no trecho?

 

Quem sabe numa próxima vamos juntos!

 

Ps. "Dona Onça?" ::lol4::

 

Abraço

Edy

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  • Membros

Ótimo relato, Cacius!

Muito boa descrição!

 

Um pena mesmo não ter completado o teu programa, mas, como disse o Edy, as "atrações principais" estão entre Guaporé e o 13.

Só acho uma trip arriscada de ser feita sozinho, poderia ter resultado em um perrengue maior. ::toma::

Da próxima vez, me convide. ::hahaha::

 

Um abração e boas aventuras! ::otemo::

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  • Membros de Honra
Quem sabe numa próxima vamos juntos!

Edy, em ti eu não acredito! ::lol4:: Tô até agora esperando o retorno de um certo morador da cidade da longevidade me responder sobre a ida ao PP... ah, vai chover, né? ::hahaha::

Cara, mesmo que a parte mais bacana eu tenha feito, quero completar. Porque sim. heheheh

Tinha muita água. Catei a que corria das paredes nos pontos mais isolados e meti Clorin, sem medo nem consequencias.

Dona Onça é apelido carinhoso. Como diz o pessoal do CTC, que o LeoRJ conhece bem, quando morarmos juntos ela será promovida à "Dona da Pensão". ::tchann::

 

acho uma trip arriscada de ser feita sozinho

Marcos, convidar eu convido mesmo. Só não pode enrolar como certos parceiros aí...

::xiu::

Mas não vejo grandes perigos em fazer solo. Cair de um viaduto? Bem, daí acho que mesmo que vc esteja acompanhado de uma equipe médica, possivelmente não terá muito que fazer... :roll:

No mais, o risco do ambiente é mais de lesões leves. Não tem ribanceira para rolar no caminho... e para quem olha uma foto que tenho na borda do Fortaleza, a beira de uma queda de 700 metros, sempre digo: Quantas pessoas tu ouviu falar que caíram de um canion, que se phoderam numa trilha? Uma? Duas? Isso representa um percentual de quanto? E quantos tu conhece que morreram em acidente de trânsito? Qual o percentual que represenata? Comparando estes percentuais, te digo que o risco de uma trilha é ínfimo perto da aproximação dela, de carro ou bus.... ::tchann::

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  • Membros de Honra

Blz Cacius.

 

Eu tava olhando essa travessia no google earth e ela tem cada viadutos enormes hein.

As fotos dos tuneis que eu vi lá dão a impressão deles ser bem estreitos né.

Eu vi que são muitos tuneis. Chegou a passar por dentro em todos eles?

Aquele viaduto 13 é do c...hein.

 

Boa decisão de abortar a travessia.

Nunca se sabe qdo vc pode precisar das pernas e nessa hora elas não te ajudarem. ::otemo::::otemo::::otemo::

 

Só ficou faltando vc acrescentar mais fotos.

Vc não tirou nenhuma dos viadutos por onde passou?

Eu fui lendo o seu relato e olhando para as imagens do google earth até p/ entender por onde vc passava.

 

 

Outra coisa: Pelo Rio Guaporé, que vai descendo quase em zigue-zague, é possivel descer por ele de canoa?

Ou ele possui muitas quedas?

 

 

 

 

 

Abcs

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  • Membros de Honra
As fotos dos tuneis que eu vi lá dão a impressão deles ser bem estreitos né.

Eu vi que são muitos tuneis. Chegou a passar por dentro em todos eles?

Aquele viaduto 13 é do c...hein.

 

Boa decisão de abortar a travessia.

Nunca se sabe qdo vc pode precisar das pernas e nessa hora elas não te ajudarem. ::otemo::::otemo::::otemo::

 

Só ficou faltando vc acrescentar mais fotos.

Vc não tirou nenhuma dos viadutos por onde passou?

Eu fui lendo o seu relato e olhando para as imagens do google earth até p/ entender por onde vc passava.

 

Outra coisa: Pelo Rio Guaporé, que vai descendo quase em zigue-zague, é possivel descer por ele de canoa?

Ou ele possui muitas quedas?

 

Augusto, passei por dentro de todos os túneis, sim. Pelo menos até o "13". Dali em diante eu não fui. Aliás, passar por cima deles dá muito trabalho! 8) Teria que subir acima deles, varar mato ... e creio que em alguns seria realmente exposto, como por exemplo, o viaduto das janelas, onde o morro sobe tranquilamente 50 metros acima de seu teto.

Mas ao contrário do que as fotos que falou podem fazer crer, eles são bem amplos. Acho que a impressão de acanhamento é por causa do breu total dentro deles. Mas é bem sem stress.

Não me arrependo de ter abortado, mas quero muito voltar lá pra completar a travessia.

Tenho mais fotos, vou postar hj a noite. Mas um dos problemas de trilhar solo é que vc acaba tirando poucas fotos... ::putz::

Tchê, acho que quedas o Guaporé não tem. Corredeiras te garanto que sim, pois vc ouve elas mesmo estando a mais de quilômetros dele... :shock:

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  • Membros de Honra
em breve pretendo fazer uma tambem!

Obrigado, Cris! É uma caminhada bem peculiar, viu? Não há degraus, mas o fato do piso não ser firme judia bastante da musculatura. Mas dá pra curtir muito. Em regra, linhas de trens passam po lugares fantásticos! 8)

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  • Membros de Honra
E a sua mochila Cacius?

O que levou?

 

Numa das fotos, deu p/ perceber que tava bem grande hein.

Pois é, light backpacking não é comigo! hehee.. Saco de dormir, barraca (Bivak 1 da T&R), roupas (num saco de compressão), panela (2,5 litros, acho), comida dentro da panela, água (2,5 litros dentro da mochila), um pacote de massa fora da panela, silvertape, lanterna, um pote de nesacau (20 gramas) que é suporte de panela, e dentro dele a espiriteira, álcool (garrafa de 500 ml pela metade) e algumas futas. Digamos que não deu os 60 litros, mas bateu perto. Honestamente achei que deveria ocupar bem menos espaço... ::hein:

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