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Oi pessoal!

Janeiro, verão, férias (para os professores rs) e isso pede uma viagem gostosa depois de um ano árduo rs. Vou escrever o relato da viagem que fiz pelos estados da Bahia e Sergipe, já que há poucos dados deles no fórum pós-pandemia.

Dessa vez, optei por realizar uma viagem para o Nordeste, região que eu não visitava há 19 anos. Assim, decidi fazer um roteiro que incluísse Bahia e Sergipe, dois estados com atrações que eu tinha muita vontade de conhecer. A Bahia eu já havia conhecido na adolescência (fiz o litoral sul de carro com meus pais), mas ainda não conhecia a capital, Salvador. Desta forma, montei um itinerário que contemplasse Salvador e Aracaju, capital de Sergipe, além dos arredores. 

Essa viagem me surpreendeu de maneira muito positiva. Ouvi muitos comentários negativos sobre Salvador antes de ir e viajei com um pé atrás, pois foi realmente uma enxurrada de críticas de várias pessoas, principalmente em relação à segurança e ao assédio dos vendedores ambulantes. No fim das contas, Salvador sofre dos males das cidades grandes, mas segue a premissa básica de toda capital: não dar bandeira para o perigo. Mais adiante comento sobre isso.

Aracaju também me deixou bem surpreso. É uma capital extremamente agradável, limpa, bonita, segura e receptiva. Voltei de viagem completamente encantado pelo estado do Sergipe, deixando um gostinho de quero mais. Os atrativos naturais do Sergipe são pouco divulgados e o estado ainda é um destino turístico em ascensão. O cenário da foz do Rio São Francisco é paradísiaco!

Ao longo do relato, vou tentar colocar os valores do que eu lembrar (entrada de passeios, restaurantes, etc), mas ressalto que fui acompanhado de uma amiga e muitos itens foram divididos, o que barateou a viagem. Em relação à hospedagem, como eu não estava sozinho, optamos por hoteis da rede Ibis, que já conheciamos o padrão. Talvez se eu fosse só, tivesse ficado em hostel, mas compensou ficar em um hotel mais confortável considerando os gastos divididos.

Gostaria de ressaltar também que gosto de viagem com uma pegada cultural + natureza, então mesmo que as cidades tivessem praias, não fiquei torrando nelas rs. Fui às praias, deu um mergulho, mas não passei o dia todo com pé da areia. Priorizei os museus e os atrativos naturais/culturais. Não foi uma viagem corrida, pois conseguimos aproveitar bem os museus, os atrativos e as cidades. Em Aracaju, principalmente, os atrativos são próximos e é possível fazer 90% deles a pé. O passeio aos Cânions do Xingó merece ressalvas que vou deixar quando escrever a parte dele.

O roteiro ficou assim:

05/01 - SP - Salvador

06/01 - Pelourinho (Largo do Pelourinho, Igreja Nossa Senhora dos Pretos, Catedral Basílica, Casa do Carnaval, Elevador Lacerda, Mercado Modelo, Feirinha do Largo Terreiro de Jesus).

07/01 - Barra (Farol da Barra, Museu Náutico, Praia do Farol da Barra, Espaço de Fotografia Pierre Verguer, Espaço Carybé de Artes, Barravento).

08/01 - Pelourinho (Museu Afro-Brasileiro, Casa de Jorge Amado, Convento e Igreja de São Francisco), Igreja do Bonfim e Rio Vermelho.

09/01 - Deslocamento de Salvador a Aracaju. Orla de Atalaia depois do almoço (Arcos de Atalaia, praia).

10/01 - Aracaju - Mercados Municipais (são vários), Museu da Gente Sergipana, Largo da Gente Sergipana, Oceanário, Praia de Atalaia.

11/01 - Cânios do Xingó (sim, fiz essa loucura, e explico mais para frente falando os prós e contras).

12/01 - Foz do Rio São Francisco (pertinho de Aracaju, vale muito a pena passar o dia lá).

13/01 - Aracaju - Praia pela manhã. Retorno a SP no final da tarde.

Hospedagens:

Salvador - Ibis Rio Vermelho - ótima localização. Bairro gastrônomico, com muitas opções de restaurantes e bares. 

Aracaju - Ibis Atalaia - bem localizado também, em frente a orla de Atalaia.

Deslocamentos:

SP para Salvador e Aracaju para SP - R$ 898,00 (Latam e Gol)

Salvador para Aracaju - Viação Águia Branca - $ 89,00

Dentro das cidades, utilizamos Uber para os deslocamentos e foi bom. Os ubers em Salvador e Aracaju tem uma política de conceder descontos para viagens cujos destinos sejam pontos turísticos. Ou seja, sempre havia descontos nas corridas. Compensou pois estavámos em duas pessoas. Talvez sozinho eu utilizasse transporte público mesmo (tenho habilitação, mas não dirijo. Pretendo desbloquear este medo em 2024 rs).

Passeios:

Só fiz dois passeios com agência, que foi a Farol Tur em Aracaju. Muito boa, com vans novas e climatizadas, guias atenciosos e com conhecimento local, pontuais. 

Cânions do Xingó - R$ 150,00 do translado + R$ 135,00 do catamarã

Foz do Rio São Francisco - R$ 180,00, com tudo incluso.

Agora sim, vamos ao relato! (vou escrever um pouco por dia, mas já deixo algumas fotos rs).

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Editado por luizh91
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@luizh91 Tive casa em Sergipe e te pergunto antes do relato:Como está o transporte de ônibus em Aracaju?Eu sempre considerei o pior do país e conheço o Brasil todo, menos Macapá. Ônibus lá era chamado de amaldiçoado. Havia verdadeiramente carroças em circulação, velhas e sujas,quando não quebravam pelo caminho. Já tem uma novidade para mim que você andou de Águia Branca.O monopólio lá era da Bomfim,tanto nos da cidade,como nos de estrada.Mas isso há anos, pois não vou a Sergipe desde 2012.

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9 minutos atrás, D FABIANO disse:

@luizh91 Tive casa em Sergipe e te pergunto antes do relato:Como está o transporte de ônibus em Aracaju?Eu sempre considerei o pior do país e conheço o Brasil todo, menos Macapá. Ônibus lá era chamado de amaldiçoado. Havia verdadeiramente carroças em circulação, velhas e sujas,quando não quebravam pelo caminho. Já tem uma novidade para mim que você andou de Águia Branca.O monopólio lá era da Bomfim,tanto nos da cidade,como nos de estrada.Mas isso há anos, pois não vou a Sergipe desde 2012.

Fabiano, considerei o transporte de ônibus em Aracaju bom. Os veículos estavam em bom estado e melhor que de Salvador. Pelo que me disseram, a situação do transporte melhorou muito depois que foi criada a ponte entre Aracaju e Barra dos Coqueiros.

Barra dos Coqueiros virou uma cidade repleta de condomínios fechados em que muita gente trabalha em Aracaju, mas mora lá. Isso fez com que o transporte também se desenvolvesse e melhorasse.

A Águia Branca hoje é uma das principais empresas que faz os deslocamentos entre Bahia e Sergipe. Há outras, mas essa é a que tem mais horários.

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@luizh91 É bom saber que os amaldiçoados caindo os pedaços e essa tal Bomfim agora tem concorrência. Para Alagoas tinha,a Real Alagoas, que era mil vezes melhor. 

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BAHIA

05/01/2024 - SP - Salvador

No dia 05, partimos cedo de Santos - SP para a capital, com destino ao aeroporto de Congonhas. Nosso voo estava marcado para as 13:05 e partiu no horário, chegando em Salvador por volta das 15:20. O voo foi tranquilo, sem grandes problemas. Eu não costumo comprar comida em aeroportos porque sei dos preços exorbitantes, mas estava morrendo de fome e resolvi comprar uma esfiha de carne (sem perguntar o preço) + café expresso. Os dois itens deu R$ 32,00, já levei um susto kkkkkkkkk só a esfiha custava R$ 19,00. Os aeroportos não tem dó mesmo de enfiar a faca nos produtos, mas faz parte.

O aeroporto de Salvador fica bem longe da cidade em si. Para sair de lá, dá para usar o metrô e realizar baldeação com ônibus urbano ou utilizar uber/taxi. Como estavamos em duas pessoas, acabamos optando pelo Uber. Uma corrida do aeroporto até o bairro de Rio Vermelho ficou de R$ 57,00. Pode parecer caro, mas os taxistas estavam cobrando acima de R$ 100,00. O metrô era uma opção para nós, mas dado o cansaço e as malas, preferimos o Uber mesmo. O trajeto até o Ibis Rio Vermelho demorou cerca de 40 minutos, com trânsito bom.

Fizemos check-in, acomodamos nossas coisas e tomamos um banho para relaxar. Próximo ao hotel, tinham várias opções de restaurantes, para todos os gostos. Neste dia, jantamos no restaurante Porto Caymmi, que serve pratos individuais ou porções, além de drinks e bebidas a bons preços. Pedimos um prato de camarão empanado com fritas + arroz, que estava muito gostoso. Aliás, comemos camarão praticamente em todos os dias nesta viagem rs no Nordeste os pratos com camarão compensam, pois são fartos e a preços ótimos. Como estavámos cansados da viagem, fomos dormir cedo para aproveitar o próximo dia.

06/01/2024 - PELOURINHO (Largo do Pelourinho, Igreja Nossa Senhora dos Pretos, Catedral Basílica, Casa do Carnaval, Elevador Lacerda, Mercado Modelo, Feirinha do Largo Terreiro de Jesus)

Chegou o primeiro dia de realmente aproveitar a Bahia e, claro, fomos ao cartão postal de Salvador: O Pelourinho. Como comentei anteriormente, fomos fortemente alertados em relação à segurança e assédio dos vendedores em Salvador, sobretudo no Pelourinho. Conhecidos e amigos disseram que ficaram incomodados com o abuso dos vendedores e se sentiram inseguros na cidade. Eu, ao contrário disso, tive uma experiência bem positiva em Salvador. Não tive nenhum problema com relação à segurança e os vendedores não foram insistentes conforme alertado anteriormente. Quando eles vinham oferecer algum produto/costume, bastava negar enfaticamente e agradecer que eles seguiam seu rumo. Além disso, toda a região do Pelourinho estava altamente policiada, com viaturas em todos os lugares. Não sei se isso ocorre durante todo o ano ou apenas durante a temporada, mas havia um policiamento ostensivo em todo bairro. Mas, é claro, que não devemos marcar bobeira também, pois Salvador é uma das maiores cidades do país: evitavamos usar o celular se não estavamos tirando fotos, bolsas bem agarradas ao corpo, enfim, procedimentos básicos de segurança (nós que somos de SP sabemos bem rs). 

Pedimos um Uber do hotel até o Pelourinho, que custou por volta de R$ 12,00. Os principais bairros de Salvador da zona turística são distantes um dos outros, ou seja, obrigatoriamente você vai ter que usar algum meio para deslocamento. Do hotel até o Pelourinho levamos cerca de 25 minutos, com o motorista sempre dando alertas em relação à segurança. Desembarcamos no Largo do Terreiro de Jesus e, de cara, um moço já veio oferecer seus serviços como guia de turismo, alegando que com um local seria mais seguro transitar pelo Pelourinho. Negamos, pois no horário o Pelourinho já estava lotado. 

O primeiro ponto de parada foi o Largo do Pelourinho, ponto da tradicional fotografia do local. Ali, sempre ocorre apresentações de bandas e do Olodum, além de haver diversas lojas, igrejas e museus para visitar. Há também a casa em que o Michael Jackson utilizou para gravar o clipe de "They Don't Care About Us", quando esteve no Brasil. É um lugar mágico, pois você realmente se sente conectado com a cultura e a história afro-brasileira. Nossa próxima visita foi na Igreja Nossa Senhora do Rosário dos Pretos, que ficava ali no largo mesmo. A entrada custa R$ 5,00. Essa igreja foi construída no período colonial para atender a comunidade preta de Salvador, composta principalmente por escravizados. Nela, o padre da igreja nos contou um pouco da sua história, lendas e mitos. É uma igreja pequena, mas que vale a visita por seu valor histórico. 

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Daqui, caminhamos um pouco pelo bairro e chegamos até Santo Antonio Além do Carmo, que é uma área do Pelourinho com outras igrejas, como a do Carmo mesmo. Ali também é ponto para observação do por-do-sol. Como chegamos um pouco cedo, as igrejas ainda estavam fechadas (abriam meio-dia), e decidimos voltar ao Largo do Terreiro de Jesus para visitar a Catedral Basílica de Salvador. A catedral basílica é a maior igreja de Salvador e a entrada custa R$ 10,00. Ela foi construída no século XVII e possuí altares folhados em ouro e prata. É belíssima! Aliás, a arte sacra de Salvador é uma das mais lindas do país. É uma igreja bem grande e vale a visita. Missas também são celebradas em alguns dias da semana, então vale se informar para quem gosta de assistir. 

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Saindo da Catedral, logo ao lado existe um museu inaugurado recentemente chamado Casa do Carnaval. Como todos sabem, o carnaval de Salvador é o mais famoso do país e existe muita história por trás da festa. Assim, em 2017, foi inaugurada esta casa, que apresenta um panorama bem completo das festividades. Eu gosto de carnaval, mas gosto ainda mais de axé. E o museu mostra muito sobre a história do axé, além de ser interativo. É uma imersão total no carnaval baiano e no axé! A visita mais básica dura duas horas, mas há um roteiro para três horas. Ou seja, venha com tempo, pois tudo merece ser visto com muita calma! Este museu foi um dos que mais gostei em Salvador, tanto pelo conteúdo quanto pela estrutura. A entrada custou R$ 20,00.

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Depois da Casa do Carnaval, por volta de 14hrs, resolvemos almoçar. Já tinhamos recebido recomendação de restaurante e paramos no Axego Bar, um restaurante que oferece comidas tradicionais baianas. Pedimos um prato chamado "arroz de hauçá", em que se utiliza leite de coco, camarão e carne de sol misturado ao arroz. Sério, se forem para Salvador, não deixem de comer este prato! É maravilhosoooooooooo! De longe um dos melhores que já comi. Saboroso, um prato dá e sobra para duas ou três pessoas. É bom demais!

Já almoçados e com a fome sanada, nos dirigimos para o Elevador Lacerda, passando pelo meio da feirinha do Largo do Terreiro de Jesus. Pra quem gosta de imãs ou chaveiros, aqui tem vários baratinhos. Chegando ao elevador, paramos na sorveteria A Cubana para tomar nossa sobremesa enquanto observavamos toda a beleza da Baía de Todos os Santos. Lindo demais! O elevador é um ponto turístico tradicional e está sempre cheio. Fizemos nossas fotos, tomamos nosso sorvete e nos dirigimos ao elevador, pagando o valor de R$ 0,15 para usa-lo e descer para a parte baixa da cidade. Lá embaixo, a saída do elevador está de frente para o Mercado Modelo. O mercado modelo é o melhor lugar para comprar lembrancinhas e bibelôs em Salvador. Lá tem de tudo de um pouco, além de comidas típicas locais. Os preços são muito bons e mais baratos do que nos pontos turísticos tradicionais. Eu não sabia disso e acabei comprando várias lembrancinhas no Largo do Pelourinho. Então, fiquem avisados: lembrancinhas é no Mercado Modelo. Depois de deixar meu salário lá (hipérbole rs), subimos o Elevador Lacerda novamente para observar nosso primeiro por do sol na Bahia. Eu amo por do sol! E Salvador é a única capital do Nordeste totalmente voltada para oeste, ou seja, você sempre vai conseguir observar um por do sol diferente dependendo do local da cidade. 

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Ficamos ali no Elevador até por volta das 18:05, quando o sol se pôs. Voltamos para o hotel e, após um banho, fomos jantar na pizzaria Premiatta, que ficava próxima ao Ibis. A pizza deles me surpreendeu, pois era feita com massa folhada que desmanchava na boca. Uma delícia, nunca tinha comido uma com essa massa em SP. Aprovadíssima.

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07/01/2024 - BARRA (Farol da Barra, Museu Náutico, Praia do Farol da Barra, Espaço de Fotografia Pierre Verguer, Espaço Carybé de Artes, Barravento)

No dia seguinte, acordamos cedo, tomamos café e partimos para o bairro da Barra. A Barra é um dos points de Salvador, principalmente quando se fala de praia. É uma das mais tradicionais da cidade e, como era um domingo, estava lotada. Pedimos um Uber para descer diretamente no Farol da Barra, outro cartão postal de Salvador. Dentro do forte, existe um museu muito interessante chamado Museu Nautico, cuja entrada custa R$ 15,00, mas vale cada centavo. O museu conta com exposições e possui diversos instrumentos, maquetes e réplicas relacionadas à navegação, cartografia e oceanografia, além de possibilitar uma visita ao topo do farol, que conta com uma paisagem belíssima. Por fora parece pequeno, mas dentro há um bom acervo histórico-geográfico. Recomendo a visita. 

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Ao contrário da maioria das pessoas que estavam na Barra, nós estavamos ali para visitar os museus e centros culturais da orla rs. O Museu Nautico foi o primeiro e de lá fomos caminhando, a beira mar, até o Forte de Santa Maria, que abriga o Espaço Pierre Verger de Fotografia Baiana. Nem todo mundo conhece, mas Pierre Verger foi um fotógrafo francês que se mudou para Salvador e fez sua vida na capital. Ele fotografou o cotidiano da vida baiana ao longo de décadas e tinha fortes vinculos com as religiões de matriz africana, sendo um dos seus objetos de fotografia. No espaço, há exposições com as fotos tiradas por Pierre, um pouco de sua história e painéis interativos para observar os álbuns com fotografias tiradas por Pierre separados por tema. É muito interessante para quem curte fotografia, sobretudo da cultura afro. A entrada para o espaço custa R$ 20,00, mas aqui vale um adendo: o ingresso para tanto para este museu quanto o Espaço Carybé de Artes, localizado no Forte de São Diogo, um pouco mais a frente. O Espaço Carybé de Artes leva o nome de um dos artistas mais importantes da Bahia: Carybé. Ele era um argentino radicado no Brasil que fazia um pouco de tudo: pintor, desenhista, ilustrador, ceramicista, muralista, gravador. Dentro deste espaço, podemos ter contato com as obras de Carybé e um pouco da sua história, além de entender a importância do artista para Salvador e seus contatos com o candomblé. Há obras de Carybé espalhadas por diversas partes de Salvador, desde pinturas até esculturas. Tudo belíssimo e pura arte. 

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Depois de visitar os museus e centros culturais, por volta das 15hrs fomos almoçar no restaurante Solar do Porto. Comida barata, honesta e saborosa. Neste dia pedimos camarão novamente, com pirão, arroz, salada e fritas. Muito bom! De lá, aproveitando que o sol estava mais baixo, fomos para a faixa de areia da Praia do Forte da Barra para mergulhar e ficar um pouco ali curtindo o momento. Á água estava uma delícia. O melhor do Nordeste é que, apesar do calor, sempre há uma brisa que deixa a sensação térmica agradável. 

Por volta das 17hrs, caminhamos em direção ao bar Barravento e, atrás dele, há um morrote de onde se observa o por do sol de toda a orla da Barra. Foi o melhor por do sol que vi em Salvador. O céu ganhou tonalidades alaranjadas e iluminou a água e os prédios da orla. Já falei que amo por do sol, né? kkkkkkkkk Por volta das 19hrs, voltamos para o hotel, tomamos banho e fomos jantar na Cantina Bottino, um restaurante de massas no Rio Vermelho. Preços bons e comida boa, comi um talharim a bolonhesa bem servido. Recomendo.

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08/01/2024 - PELOURINHO  (Museu Afro-Brasileiro, Casa de Jorge Amado, Convento e Igreja de São Francisco), IGREJA DO BONFIM E RIO VERMELHO

No nosso quarto dia em Salvador, acordamos cedo novamente, tomamos café e nos dirigimos novamente ao Pelourinho. Ressalto que é complicado visitar todas as atrações do Pelourinho em um único dia. Há muito o que se ver por lá e, a menos que você faça de forma corrida, tem lugares que vão ficar de fora. Por isso, reservamos um segundo dia ao Pelourinho para visitar os museus e igrejas que não conseguimos visitar no primeiro. 

Deste modo, pegamos um uber direto para o Museu Afro-Brasileiro, que fica no Largo do Terreiro de Jesus, próximo à Catedral Basílica. O museu é administrado pela UFBA e, assim, só funciona de segunda a sexta. Nele, há um acervo riquissimo de itens relacionados à cultura afrobrasileira, ressaltando as etnias africanas que vieram escravizados para o Brasil. Há objetos originais que representam as religiões, festividades e costumes africanos que sobrevivem até hoje em alguns locais do continente e até mesmo na própria Bahia por meio dos descendentes destes povos. É um museu extremamente rico e bem cuidado. A entrada custa R$ 10,00, mas como sou professor da rede pública, não paguei nada. Basta que você leve o crachá ou holerite que comprove seu vínculo público. O museu demanda de 1:30 a 2 horas de visita, por isso, vá com tempo também.

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Saindo do museu, nos dirigimos ao Convento e Igreja de São Francisco, que fica próximo. A entrada do convento custa R$ 10,00, mas o lugar é imeeeeeeeeeenso. Há todo o espaço do convento para se visitar e a igreja que, para mim, foi a mais linda que já vi. Ela também foi construída no período colonial e é toda feita em ouro, desde o altar até os tetos. É tanto ouro que chega a dar dor nos olhos! A visita aqui também é longa, levando mais de uma hora. O convento há diversas salas com itens sacros para se ver, além de elementos da história do Brasil, como selos postais e todas as moedas que já utilizamos desde a colônia. É muuuuito legal! Parada obrigatória no Pelourinho.

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Saindo da igreja, por volta das 13:30hrs, fomos ao restaurante do Senac, que fica no largo do Pelourinho, para almoçar. A comida lá é servida em formato de buffet e por kg, ou seja, só paga o que for consumido na hora de pesar. Valeu a pena pois não estavamos com muita fome e só comemos o necessário. Depois de almoçados, já perto dali, fomos para a Casa de Jorge Amado, aquele famoso edíficio azul que está no coração do centro histórico. A entrada do museu custa R$ 10,00 e ele conta com três pavimentos, que conta toda a trajetória do escritor e de Zélia Gattai, uma de suas esposas. Lá dentro, é possível ver as obras escritas por Jorge e as adaptações que existiram para a TV, como Gabriela e Tieta. Há também um "mini-cinema" que fica exibindo narrações das obras de Jorge Amado. É tudo muito interessante e bem feito. Do museu, há também um mirante com vista panorâmica para o Pelourinho. Eu adoro Jorge Amado e ele me acompanha desde a adolescência, quando eu lia seus livros na escola e via suas obras adaptadas para a TV. É outra parada obrigatória no Pelourinho.

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Finalizado ao Pelourinho, pegamos um Uber para a Igreja do Bonfim, já no meio da tarde. Lá, estava havendo uma missa e os preparativos para a lavagem do Bonfim, que ocorreria no dia 11/01. Como parte da tradição, deve-se pegar uma fitinha do bonfim, fazer um pedido e prender a fita nas grades em frente à igreja. Não sou a pessoa mais religiosa do mundo, mas tenho minha fé e gosto deste tipo de costume. Fiz a minha parte e, repito, a energia de Salvador é maravilhosa! Assistimos um pouco da missa e logo depois nos dirigimos para o bairro do nosso hotel, Rio Vermelho, onde paramos perto do horário do por do sol para comer um acarajé no quiosque de Acarajé da Dinha, um dos mais tradicionais de Salvador. Confesso que nunca tinha comido acarajé, estranhei na primeira mordida, mas comi até o fim. Aprovado rs 

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Ali por perto sentamos na praia do Rio Vermelho para observar o último por do sol na Bahia e voltar para o hotel para organizar as malas para partir para o Sergipe no dia seguinte. Na janta, novamente fomos na pizzaria Premiatta, pois aquela massa me ganhou rs ainda encontro uma parecida em SP!

09/01/2024 - DESLOCAMENTO SALVADOR - ARACAJU (fica pra parte de Sergipe do relato).

IMPRESSÕES DE SALVADOR - BA: Salvador, como já falei e repeti, sofre dos males de cidade grande. Apesar de todos os alertas que recebi, as medidas de segurança que deve-se tomar lá é a mesma de qualquer cidade deste porte ou maior, como RJ ou SP. Claro que há violência, mas o que vi foi uma cidade bem policiada e preparada para receber o turista. Os preços são convidativos, o povo é receptivo e há atrações para todos os gostos. Se dependesse das opiniões alheias, eu não teria visitado Salvador nunca, pois só ouvi críticas negativas. Por isso, recomendo que vá e tire suas próprias conclusões. O que senti foi uma cidade que respira cultura e história, com uma energia única no Brasil, e um povo que se orgulha muito de onde vive. Paisagens belíssimas, comida de qualidade e museus bem cuidados. 

Editado por luizh91
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Tem museu em Salvador que não havia no tempo em que eu fazia política lá. Esses citados, para mim,são novidade em sua maioria. É isso, não dando mole,ninguém te ataca.É como o Rio, tem ladrões.É concentrado em lugares longe como Sussuarana,Feria de São Joaquim e Massaranduba,por ex,não conheceu e não queira. Saudades do começo da década de 2010.Gostou do metro de lá?

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15 minutos atrás, D FABIANO disse:

Tem museu em Salvador que não havia no tempo em que eu fazia política lá. Esses citados, para mim,são novidade em sua maioria. É isso, não dando mole,ninguém te ataca.É como o Rio, tem ladrões.É concentrado em lugares longe como Sussuarana,Feria de São Joaquim e Massaranduba,por ex,não conheceu e não queira. Saudades do começo da década de 2010.Gostou do metro de lá?

Achei que a rede de transportes de Salvador serve bem as regiões turísticas, mas peca nas periféricas. Vi uns ônibus bem ruins por lá no sentido centro-periferia. O moderno é o BRT, que inclusive está em obras para ampliação.

O metrô só andei uma vez, mas achei bom. 

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SERGIPE:

09/01/2024 - DESLOCAMENTO SALVADOR - ARACAJU.  (Orla de Atalaia depois do almoço (Arcos de Atalaia, praia)).

E chegou do dia de se despedir da Bahia e partir para o Sergipe! Fizemos check-out no hotel após o café da manhã e pegamos um Uber para a rodoviária de Salvador. Embarcamos no ônibus da Viação Água Branca com destino a Aracaju do horário das 09hrs. O ônibus foi lotado e ele faz uma parada no meio do caminho para almoçar/banheiro, mas a viagem ao todo durou cerca de 4:30. Desembarcamos na rodoviária de Aracaju por volta das 13:30hrs da tarde.

Chegamos em um horário bom e pegamos um Uber para o hotel, que se localizava na orla de Atalaia, a mais famosa da cidade. A orla de Atalaia é o melhor ponto para se hospedar em Aracaju, pois fica a beira mar e próximo de vários pontos turísticos. Só usei Uber uma vez em Aracaju (ao contrário de Salvador, que usei todas). Aracaju ainda guarda seus ares de interior mesmo sendo uma capital. A cidade transmite sossego, segurança e conforto. Foi amor a primeira vista. Curiosamente, ela recebe poucos turistas de outros estados. Notei que Aracaju recebe mais turistas do próprio estado de Sergipe (interior), mas é pouco visitada pelos brasileiros como um todo. 

Após o checkin no hotel, como chegamos cedo, fomos dar uma volta pela orla de Atalaia. O calçadão é amplo, com diversos quiosques, lojas e restaurantes. Há parques para as crianças, ciclovia, pista de skate, enfim, é uma cidade bem estruturada. Paramos nos Arcos de Atalaia onde há uma estrutura para fotos com o letreiro escrito "ARACAJU". Os arcos representam a reforma da orla da cidade, realizada nos anos 90.

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Um ponto curioso sobre Aracaju é que a faixa de areia das praias são bem largas e longe do calçadão, sendo acessíveis apenas e somente por passarelas, ou seja, não é possível acessar a praia de qualquer ponto do calçadão. Essas passarelas passam por uma vasta área de vegetação de restinga, o que garante a preservação destes locais. Achei o máximo! No centro-sul é muito dificil de se encontrar áreas com vegetação de restinga preservadas. Ficamos até o por do sol na praia e já emendamos com o jantar, pois estávamos cansados da viagem de ônibus rs. Jantamos no restaurante Moqueca Sergipana, sendo um prato individual de camarão salteado com arroz e fritas. Estava bem gostoso.

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Após o jantar, voltamos para o hotel e descansamos para nos prepararmos para explorar Aracaju no dia seguinte. 

10/01/2024 - ARACAJU (Mercados Municipais, Museu da Gente Sergipana, Largo da Gente Sergipana, Oceanário, Praia de Atalaia.)

Neste dia, acordamos bem cedo para explorar Aracaju sem correria. Tomamos café e por volta das 08hrs já partimos em direção ao Mercado Municipal. Aqui é importante frisar que Aracaju possui três mercados municipais, e os três merecem ser visitados, pois são diferentes um do outro. Além disso, Os três se separam apenas por uma praça, ou seja, é tudo feito caminhando. O primeiro mercado vende itens do cotidiano (sapatos, panelas, celulares, etc), o segundo vende apenas comidas (lembra muito o mercadão em SP, mas achei maior) e o terceiro é dedicado apenas a artesanato e lembrancinhas. Os três são aproveitáveis para os turistas, pois há coisas que só se vendem em Aracaju e outras que são muito baratas em Aracaju. O melhor exemplo é a castanha de caju, que o kg custa por volta de R$ 120,00 em SP. Em Aracaju, comprei o mesmo 1 kg por R$ 40,00. Vale muuuuuuito a pena. Além disso, há uma enorme oferta de doces, azeites, frutas, etc. Enfim, só vendo para crer kkkkkkkk O mercado dedicado a artesanato e lembrancinhas também é maravilhoso. Itens de cerâmica vendidos a bons preços, assim como as lembranças. Roupas de linho, vestidos, cangas e outros também com bons preços. Passamos quase a manhã inteira só nos mercados kkkkk é muito bom! 

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Com as compras feitas, fomos caminhando pela orla do Rio Sergipe até o Largo da Gente Sergipana, que se tratam se imensas estátuas em cima do Rio Sergipe que representam figuras famosas do folclore sergipano. Ao lado de cada escultura, há um escrito que explica do que se trata aquela lenda e onde ela é festejada. É muito interessante! As estátuas estão bem cuidadas e são lindas. Logo em frente ao Largo, já está o Museu da Gente Sergipana que, pra mim, foi o melhor museu da viagem.

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O Museu da Gente Sergipana é um centro cultural criado em 2011 para valorizar a memória e a cultura do estado do Sergipe. Ele é mantido pelo BANESE (Banco do Sergipe) e pelo governo estadual, não cobrando nenhuma taxa de visitação. É gratuito. Esse museu ganhou meu coração por ser extremamente organizado, com conteúdo de muita qualidade e educadores em cada sala que te davam uma verdadeira aula sobre o Sergipe. Além disso, ele é recheado de espaços interativos (como um túnel móvel em que você passa por todos os biomas e ecossistemas do Sergipe, vendo animais e plantas se moverem, um labirinto contendo elementos da cultura e a história sergipana, entre outros). Vale muito a pena visitar. Este museu também leva uma visita longa, então reserve ao menos 2 horas para faze-lo com calma. Eu amei demais!

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Depois do Museu, perto das 13:30hrs, voltamos para a Orla de Atalaia e fomos almoçar no restaurante Pitu com Pirão da Eliane, que é referência na capital. Provavelmente foi o prato mais caro da viagem, mas comemos um camarão a parmegiana divino! Compensa muito pagar um pouco mais em uma viagem dessas para experimentar algo pouco corriqueiro na sua rotina. Depois de almoçados, seguimos nossa rota em direção ao Oceanário do Projeto Tamar.

O oceanário do Projeto Tamar possui visita aberta ao público e custa R$ 20,00. O litoral do Sergipe é um dos locais da costa brasileira em que há a desova das tartarugas marinhas e, deste modo, foi instalada uma base do Projeto Tamar na região para acompanhar e pesquisar os animais, além de garantir sua preservação e cuidado. O oceanário possui em exibição algumas espécies de tartarugas que foram retiradas do mar para pesquisa, além de tubarão-lixa e diversos aquários com inúmeras espécies de peixes, moluscos e crustáceos. É um passeio rápido, mas que compensa para conhecer como funciona o trabalho do Projeto Tamar. Gostei muito.

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Perto das 16hrs, saímos do oceanário e fomos para a praia de Atalaia para tomar um banho de bar e aproveitar as últimas horas de sol. A água do mar em Aracaju é uma delícia! Não dá vontade de sair. E o melhor: a praia estava vazia em plena alta temporada de verão. Possivelmente é a única capital nordestina banhada pelo mar a conseguir este feito rs é uma pena que Aracaju ainda não esteja na rota dos turistas brasileiros, a cidade é muito acolhedora e segura.

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Por volta das 18:30hrs, voltamos para o hotel para tomar banho e, como não estávamos com muita fome, fomos na Praiia Pastelaria, que oferece pastéis em forma de cone. Estavam sequinhos e gostosos, curti muito.

11/01/2024 - CÂNIONS DO XINGÓ

Pois bem, chegamos ao momento do roteiro em que eu gostaria de fazer diversas ressalvas. O passeio dos Caniôns do Xingó é o cartão postal de Sergipe e o mais famoso do estado, no qual é feita uma navegação entre os paredões de rochas que ficaram evidentes após a construção da hidroelétrica de Xingó, nos anos 1980. Este passeio, no entanto, se localiza no sertão sergipano, quase na divisa com o estado de Alagoas, a cerca de 215 km de Aracaju. Praticamente todas as agências de Aracaju oferecem este passeio, que realmente é magnífico e único, se não fosse um porém: a distância.

Este passeio não estava no meu roteiro inicial e eu resisti para faze-lo até o último minuto, pois não sou adepto de bate-voltas tão longos, pois acho que perde-se muito tempo na estrada e pouco se aproveita o local. O tempo de Aracaju até Canindé de São Francisco (cidade-base para o passeio) é de nada menos que 4 horas e 30 minutos. É muito longe! A distância parece ainda maior quando se leva em consideração que a estrada que leva ao sertão é de mão dupla e atravessa o perímetro urbano de diversas cidades pequenas, o que faz os veículos reduzirem a velocidade. Enfim, é um passeio em que os prós e contras devem ser levados em consideração quando ele é feito a partir de Aracaju. Porém, como eu não estava viajando sozinho e minha amiga cogitava fazer o passeio (pois não sabe quando voltaria ao Sergipe), acabei topando faze-lo também. Eu já tinha o contato da agência Farol Tur, pois havia contratado o passeio da Foz do São Francisco, e então pedi para incluirem o passeio de Xingó.

As vans passam muito cedo nos hoteis em Aracaju, começando às 06:30 da manhã. Partindo de Aracaju às 07:00, nós atravessamos todo o estado do Sergipe, passando pelo agreste até o sertão (a mudança de paisagem é incrível e nítida), e chegamos em Canindé do São Francisco às 11:30. A van faz uma parada no meio do caminho para café e banheiro. Chegando em Canindé, a van nos dirige até o restaurante Karrancas, que é o principal local da região de onde partem os catamarãs para os cânions.

Por volta do meio-dia, nosso catamarã partiu e começou a navegar pelo Rio São Francisco. A paisagem é belíssima e uma das mais lindas que meus olhos já viram. Os paredões dos cânions se misturam com a vegetação de caatinga, sendo possível observar animais da flora local (aves, iguanas, lagartos, etc). Depois de uma hora de navegação, o catamarã estaciona em uma área para banho e, neste local, é oferecido um passeio de canoa (R$ 20,00) que te leva até a Gruta do Talhado, a parte mais estreita dos cânions. É perfeito! Na volta ao catamarã, entrei no Rio São Francisco e fiquei em suas águas até dar a hora de voltar. Uma delícia! O passeio dura em média 3 horas, sendo 1 para ir, 1 de banho e 1 para a volta. O catamarã comporta muita gente e vai cheio, por isso, é um passeio um pouco gourmetizado. Na volta ao restaurante Karrancas, há um buffet em que você paga R$ 60,00 e come a vontade.

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Vou deixar minha consideração pessoais sobre este passeio: Valeu a pena? Sim, as paisagens compensaram a distância e o desconforto da estrada. Porém, é um bate-volta que não faria novamente e só recomendaria em último caso. O ideal mesmo é ir até Canindé ou Piranhas, se hospedar por lá uns 2 dias e fazer os passeios por conta, contratando barqueiros locais e fazendo algo menos glamourizado. O excesso de pessoas no catamarã me incomodou um pouco, me lembrou aqueles passeios lotados de Arraial do Cabo rs 

Eu já sabia que o passeio seria penoso devido à distância, então nem reclamei e apenas curti. Só estou deixando aqui um toque para quem for para aquelas bandas.

PRÓS: Os Cânions do Xingó em si e o contato com a caatinga. É lindo demais! O acesso ao catamarã também é bem organizado. Eles cumprem os horários certinho.

CONTRAS: A distância, é bem cansativo. O catamarã mais vazio também seria interessante.

Mas é aquela coisa, passeio com agência normalmente tem um formato engessado. Então, partindo de Aracaju, quase sempre vai ser dessa forma, pois as agências estão vendendo o peixe deles e acostumadas com esse trajeto. O negócio é ir para Piranhas e fazer tudo por conta lá. Voltando ao relato, por volta das 16:30 iniciamos nosso retorno, chegando por volta das 21:00hrs em Aracaju. É bem puxado. Nem jantei esse dia, só tomei banho e dormi.

12/01/2024 - FOZ DO RIO SÃO FRANCISCO

Passado o cansaço do dia anterior, chegou o dia do meu passeio favorito da viagem: conhecer a foz do Rio São Francisco. Também fechei este passeio com a Farol Tur e ele é 1000000 vezes mais suave que os Canions do Xingó. Explico o motivo: a foz do São Francisco fica a apenas 1:30 de Aracaju e, recentemente, toda a extensão da SE-100, rodovia que vai margeando o litoral, foi asfaltado. Assim, o caminho entre Aracaju e a foz ficou mais rápido e ainda atravessa toda a beleza do litoral norte sergipano. Assim, basta sair de Aracaju, pegar a ponte para Barra dos Coqueiros e seguir adiante pela rodovia. Partimos às 07:30.

Ao longo do trajeto, atravessamos o inexplorado litoral norte sergipano, repleto de dunas e a região de Pacatuba, conhecida como "pantanal sergipano", é lindissimo, além de passar por diversos povoados. Por volta das 09:00 chegamos em Brejo Grande, a última cidade sergipana antes da Foz do Rio São Francisco. Lá, paramos no restaurante Marinas e já deixamos nosso pedido para o almoço, para que quando chegassemos na volta já estivesse pronto. É dele também que partem os barqueiros para a foz. É tudo muito rústico e simples, pouco explorado pelo turismo, ao contrário do passeio dos Cânions.

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Nos barcos para a foz nessa região, nos acompanham guias de Piaçabuçu, cidade do lado alagoano, que vão compartilhando todo o seu conhecimento sobre o Velho Chico ao longo do trajeto. Navegar pelo rio é mágico! São áreas com biodiversidade conservada e ecossistemas pouco modificados, como poucas vezes vi no Brasil. No entanto, as obras de transposição e a usina de Xingó deixaram suas marcas por aqui: diminuiram a vazão do rio e, deste modo, a água do mar começou a avançar sobre o São Francisco e tornou sua água salobra. Várias espécies de peixes de água doce já não existem mais ali naquela região.

No entanto, ainda é uma região belíssima e, felizmente, pouco explorada. O fluxo de turistas é infinitamente menor que em Xingó. Após uma hora de navegação, chegamos à Foz! Aqui, é possível ver o encontro das águas e o avanço do Atlântico sobre o Velho Chico. Depois de correr por mais de 3000 km, acaba o São Francisco. Lindo demais! O nosso barco ancorou em uma praia próxima à Foz, geograficamente já no estado de Alagoas, onde ficamos por cerca de 3 horas. Por ali, há dunas, lagoas, espécies nativas, enfim, foi meu passeio favorito. É a definição de lugar paradísiaco. No local, também havia artesanatos vendidos pela comunidade ribeirinha que habita a região. Mergulhei nas águas finais do Velho Chico e fiquei contemplando e pensando no privilégio de poder estar em um lugar daqueles. 

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Por volta das 13:00, iniciamos o nosso retorno para o restaurante Marinas, onde chegamos às 14hrs. Cheios de fome, logo foi servido nosso prato para finalizar a viagem com chave de ouro: uma moqueca sergipana. Cheia de camarão, uma deliciaaaaaaaa! Iniciamos nosso retorno para Aracaju por volta das 15:30, e chegamos às 17:30. 

No hotel, começamos a preparar nossas malas para ir embora e, como estavamos satisfeitos da moqueca, acabamos comendo esfihas de jantar. E foi isso mesmo kkkkkkk 

13/01/2024 - RETORNO A SÃO PAULO

Este dia foi totalmente dedicado ao retorno à SP. Nosso voo era somente às 14:30, então fizemos checkou por volta do meio-dia e ficamos no aeroporto de Aracaju esperando dar nosso horário. O voo de volta foi meio turbulento, com gente passando mal, mas no final deu tudo certo. Chegamos bem.

IMPRESSÕES DE ARACAJU - SE: Cidade maravilhosa e que pretendo voltar algum dia. Gostei muito da vibe de Aracaju, é sossegada, calma, segura e acolhedora. Os preços são convidativos e a cidade ainda não sofreu com o turismo predatório como outras capitais (Maceió, por exemplo). O mar não tem água da cor de Caribe como outras cidades nordestinas, mas garanto que foi um dos melhores banhos de mar que já tomei (e rio também). Enfim, recomendo Aracaju de olhos fechados, voltei apaixonado por Sergipe! 

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