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4º Dia - 14/07/2025 - Cusco ( 7 Lagunas de Ausangate )

Acordei cedo, por volta das 5h30, quando recebi a ligação da empresa do tour pedindo para que eu descesse a ladeira e encontrasse a van na parte de baixo da rua. Fui o terceiro a embarcar e logo me juntei à Ro, uma professora de inglês que vive na Argentina, muito simpática e engraçada. Ao longo do percurso, o grupo foi crescendo: pessoas dos Estados Unidos, um casal argentino e uma senhora de Israel. O contraste cultural e social entre todos era bem marcante.

Um momento que me marcou muito foi quando a senhora israelense comentou que, em seu país, todos servem no exército por dois anos e que geralmente acabam indo para a guerra. Naquela semana, Israel estava em conflito, e o filho dela havia acabado de se alistar. Com os olhos marejados, ela me disse: “Eu evito o tempo todo pensar sobre isso.”

O passeio em si foi belíssimo, aproximadamente 13 km de caminhada passando por paisagens surreais, montanhas nevadas, alpacas, lhamas e lagunas de diferentes tamanhos e cores. Ao final, tivemos um almoço em buffet liberado e, depois, um merecido relaxamento nas águas termais. 

De volta a Cusco, fui direto encontrar o Reny, que considero o melhor vendedor de tours do Peru. Para o último dia, escolhi o passeio do Vale Sagrado e aproveitei para comprar a passagem de ônibus para La Paz, que sairia na noite do dia seguinte.

Ainda caminhei um pouco pela cidade, apreciei a Plaza de Armas e descobri uma rua escondida cheia de bares e festas, que até me lembrou a Lapa do Rio de Janeiro. No fim do dia, voltei para o hostel e descansei.IMG_6100.thumb.JPG.a0abed552e63b469ad54eefe5e730133.JPG

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Editado por PedroDolfini
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5º Dia - 15/07/2025 - Cusco ( Vale Sagrado ) x La Paz 

Após uma sequência de dias acordando muito cedo, optei por um passeio que começasse um pouco mais tarde e, por volta das 7h, a van passou para me buscar rumo ao Vale Sagrado.

A primeira parada foi em Chinchero (conhecido como “onde nasce o arco-íris”), onde conhecemos um pouco de sua história e arquitetura. Logo depois, tivemos contato com a cultura local no Centro Têxtil Kuska Llankasun, onde as cholitas nos ensinaram como os tecidos são tingidos naturalmente. A experiência terminou de forma calorosa, com canções e danças típicas que elas compartilharam conosco.

Seguimos até as Salinas de Maras, impressionantes com seus mais de 3 mil poços de sal. Na sequência, visitamos as ruínas de Moray, um antigo centro de pesquisa agrícola dos incas, onde eram feitos experimentos com microclimas para o cultivo. Seu formato em terraços concêntricos lembra um grande ventre, e sua história é fascinante.

Depois de mais um trecho de estrada, chegamos a Ollantaytambo, um charmoso vilarejo que guarda uma importante ruína inca e o inacabado Templo do Sol. Fizemos uma pausa para o almoço em um buffet liberado, repleto de pratos típicos, com direito a sobremesa. Na saída do restaurante, conheci uma mãe e sua criança, que vivem da venda de artesanato na porta do local.

Encerramos o passeio em Pisac, onde se encontra o maior cemitério do Império Inca, escavado na montanha. Ele foi saqueado pelos colonizadores, já que os incas eram enterrados em posição fetal, junto de seus bens e até de seus animais de estimação. Por fim, tivemos uma última parada para aprender sobre a produção da prata peruana e como identificar a verdadeira, antes de regressarmos a Cusco.

De volta à cidade, tomei um banho rápido no hostel e segui para a rodoviária. O ônibus partiu às 22h rumo a La Paz, onde cheguei por volta das 13h do dia seguinte.

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Editado por PedroDolfini
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7º Dia - 17/07/2025 - Huyana Potosi

Acordo, tomo café da manhã no hostel e saio em busca dos dois itens que faltavam para a escalada ao Huayna Potosí (6.088m): uma meia e um óculos de sol. Com as compras feitas, sigo para a agência, onde conheço meus dois companheiros de expedição: Luz, de Santa Cruz (Bolívia), e Victor, também boliviano, que tentava alcançar o cume novamente após um insucesso nove anos atrás. Nosso guia seria Eddy, um escalador experiente e respeitado, que praticamente vive nas montanhas da Bolívia.

A primeira luta foi conseguir enfiar todo o equipamento dentro da mochila de 60 litros. Depois de muito esforço, fechamos as mochilas e partimos rumo à montanha. Foram cerca de 2 horas de estrada até chegarmos ao campo base, por volta do meio-dia. Almoçamos ali, fizemos os últimos ajustes e iniciamos a caminhada em direção ao Campo Alto.

O caminho revelava paisagens belíssimas. Após cerca de 3 horas de subida, alcançamos o refúgio, localizado a aproximadamente 5.100m de altitude. Lá já havia outro grupo: um brasileiro, Victor, que se tornou um grande amigo e seguiu comigo pelo resto da viagem, além de dois ingleses. Entre chás, piadas, fotos e boas resenhas, passamos a tarde até a hora do jantar. Em seguida, tivemos uma reunião com os guias — motivadora, engraçada e, ao mesmo tempo, séria, afinal estávamos prestes a enfrentar uma alta montanha.

Nos recolhemos cedo, por volta das 17h, já que o despertador estava marcado para a meia-noite, hora de iniciar o ataque ao cume. Eu me sentia bem até me deitar… mas assim que deitei, o mal-estar começou. Um enjoo insistente, acompanhado de dor de cabeça, que a cada minuto piorava. Não consegui dormir nada. Por volta das 20h, minha cabeça latejava de forma absurda — doía até para virar na cama. O frio aumentava, e precisei levantar pelo menos duas vezes para ir ao banheiro. Cada minuto parecia me deixar mais fraco, e só conseguia pensar que seria impossível subir uma montanha de 6 mil metros. O medo começou a tomar conta.

Depois de horas de agonia, finalmente chegou a hora de despertar. Para meu alívio, percebi que outros também haviam passado mal durante a noite, o que me tranquilizou um pouco. Tomei um chá, arrisquei um pedaço de pão com doce de leite, ainda muito enjoado, e começamos a nos equipar. Pelo menos em pé eu me sentia melhor do que deitado.

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Estive em Maio em La Paz e fiquei no mesmo hostel, o interessante é que ali é quase um hostel israelita, de tanto que eles vão para lá, tem até escrito em hebraico as informações. Conversando com um deles, me disseram que depois dos 2 anos no exército, é comum eles fazerem um ano sabático antes de ir a universidade, e a América do Sul espanhola é um dos destinos mais comuns.

Eu nem consigo imaginar o esforço de subir ao pico monte, eu estava quase morrendo em La Paz só caminhando pela cidade.

 

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