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http://jorgebeer.multiply.com/photos/album/228/Estrada_do_Sepa

 

A ESTRADA DO SEPA

Com o nome oriundo de um antigo clube de campo q já não existe mais, a “Estrada do Sepa” seria mais uma das muitas estradinhas de chão q derivam da SP-098 (Mogi-Bertioga) através do planalto mogiano, pouco antes de sua abrupta descida sentido litoral. Seria, pois um breve e superficial reconhecimento da mesma revelou uma opção sussa e repleta de atrativos naturebas no decorrer de seu sinuoso caminho q finda no distrito de Biritiba-Mirim, quase 25km à nordeste. As poucas chácaras e sítios q lá existem dividem espaço com fundos e verdejantes vales, vegetação secundária e mega-reflorestamentos, com direito até uma enorme represa no caminho. É o visual recorrente desta bucólica via q certamente deixa garantias de futuras investidas na direção de seus vales transversais, alguns com acesso à “trindade de picos” pouco conhecidos ao sul: Pedra da Esplanada, Sapo e Garrafão.

 

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A dica da “Estrada do Sepa” já me havia sido soprada pelo Seu Geraldo, o velho matuto q considero o “Indiana Jones de Mogi”, mas a idéia de visitação ganhou mais consistência mesmo qdo o Clayton comentou q já circulara pela região de moto (na cia do sem-noção do Eric) e visto coisas interessantes por lá. Bem, e td convergiu até ontem, feriado de finados: como queria pernar nalgum canto q juntasse os quesitos “novidade mas sem mto desgaste ou ralação de mato”, essa foi a deixa pra encarar essa pouco conhecida estradinha rural mogiana. Afinal, precisava me poupar pro iminente mega-perrengue no fds sgte, sem necessariamente ser obrigado a ficar em casa e sem caminhar.

Assim, saltamos do coletivo as 10hrs no asfalto do Km72 da Mogi-Bertioga, horário até relativametne tardio pros padrões da região mas suficiente tendo em vista o programa sussa proposto. Em tempo, pra descer na “Estrada do Sepa” deve-se começar a prestar atenção já logo após o busão passar pelo bairro de Biritiba-Ussu (esquerda) e a entrada pro bairro São Lázaro (direita), pois a placa indicando a tal estrada surge repentinamente após uma sequencia de curvas pela rodovia e o risco de passar batido é gde. Não era o caso, pois já havia prestado atenção e decorado o trajeto na ocasião de trips anteriores. Ah, sim. A única q topou (e deu certeza) de cia nesta pernada light foi a sumida Juliana, q quase voou no meu pescoço por chegar bem atrasado no pto de encontro, na Estação da Luz.

 

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Pois bem, uma vez no asfalto nos dirigimos imediatamente a uma pequena quitandinha recém abrindo, ao lado da simpática Capelina Sta Cruz. Lá tive algumas infos interessantes do prestativo tiozinho no balcão, seja da historia da estrada, das bifurcações importantes e da relação de tempo-distancia q teria pela frente. Ah, sim, e comprei algum mantimento q servisse de lanche durante o percurso.

A pernada inicia como outra qq, ou seja, tranqüila e descompromissada em meio a pequenos sítios, antigas fazendas e chácaras sendo contruidas naquele trecho inicial. A manhã estava agradavel e ensolarada, porem ligeiramente fria. Mas os agasalhos logo foram desnecessários assim q o sangue esquentou no decorrer da pernada. Assim fomos avançando em meio áquela agradavel estrada, apreciando a paisagem rural q se descortinava a nossa frente, ao mesmo tempo em q colocávamos a fofoca e outos assuntos em dia, principalmente as peripécias das andanças amazônicas da Jú.

Neste comecinho a estrada de terra batida tende pra oeste mas não demora a virar pra direção norte, onde basta se manter sempre na principal, embora nalgumas bifurcações q surgem geram duvidas qto a via-mor, pois não existe sinalização alguma nas encruzilhadas. E é aqui q vem a calhar a boa e infalível dupla bússola-carta, uma vez q a estrada é facilmente identificável no mapa. Uma vez tendo isto em mente, basta tomar a via q vá na direção desejada. Pronto, resolvido.

 

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A pernada segue seu ritmo e logo a estrada torna-se precária, enlameada nalguns trechos e com direito até a alguns córregos cruzando a dita cuja, onde pequenas toras de madeira servem de “pontes” improvisadas. A paisagem ao redor de sítios vai rareando dando lugar a descampados alagadiços, trechos desmatados pra cultivo, focos de reflorestamentos de eucaliptos, além de algumas ruínas de antigas fazendas desativadas.

Por volta das 10:45hrs e algo de 4km percorridos intereceptamos uma via em “T” q pelas infos do tiozinho seguindo reto dá numas quebradas de reflorestamentos e pra à esquerda desemboca em Biritiba-Ussu. Tomo então o ramo da direita, bem mais batido, q segue pra leste e aparenta descer suavemente. Estando no alto de um morrote, a paisagem permite avistar um domo rochoso de aspecto peculiar ao longe, mais precisamente à sudeste, q imediatamente identifico como a Pedra do Sapo, pico já visitado noutras ocasiões.

Mas me surpreendo qdo num piscar de olhos os horizontes se ampliam ao dar na margem do enorme espelho dágua da represa (q não consta na carta) formada pelo Rio Biritiba-Mirim, q reflete os tons azulados de um céu desprovido de nuvens e é divisa natural com o Municipio de Mogi. A estrada começa a bordejar a represa por um lado e do outro passa por plantações de alguma coisa q não consegui identificar. A vista é bem bonita e a iluminação do horário favorece belas pics do açude temporário, pois percebe-se a estiagem pelo nível baixo das águas. Ainda assim há alguns tiozinhos aproveitando o dia pra pescar e se não corresse algum evnto certamente eu daria um mergulho pra me refrescar. Me aproximo de um senhor apenas pra prosear e me informa q ali é possível pescar cará, tilápia e jacondá, mas q aquela manhã não tem sido produtiva pra ele. É engraçado como nestas estradinhas cada um conhece por um nome diferente, pois aqui o mesmo senhor chama de “Estrada da Shibata”.

 

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Dou as costas à represa e prosseguimos minha marcha, agora serpenteando morrotes sucessivos em meio a uma vegetação mais fechada q lembra muito à da “Estrada do Taquarussu”, em Paranapiacaba, com direito a mtos terrenos alagadiços. Uma bem-vinda e oportuna babaneira à beira do caminho providencia seu fruto como lanche provisório, assim como o visu eventualmente permite observar vales adjascentes, com alguns morros respeitáveis. Neste trecho tropeçamos, as 11;30hrs, com nova e interessante bifurcação derivando da principal, indicando a direção ao Pico do Garrafão, pro sul. De fato, aqui a placa aponta prim vale q se afunila em meio a morros bem florestados q provavelmente devem dar no pico supracitado, já visitado noutra ocasião atraves da “Estrada da Adutora”, via Bairro Manuel Ferreira. No entanto, esta nova dica de acesso é interessante pois deixa a possibilidade de um circuito diferenciado de bate-volta. Dica anotada.

Mas como a idéia é conhecer a principio td a “Estrada do Sepa” ignoro esta via e me mantenho na principal, agora desviando sentido nordeste. O terreno antes quase plano agora alterna sucessivos sobes-e-desces q percorrem sinuosamente uma sucessão de morros, agora no q parece ser um mega-reflorestamento de pinnus e eucaliptos. A semelhança com a “Estrada do Taquarussu” é reforçada ao encontrar um quarteto de bikers percorrendo os emaranhados de estradas q bifurcam no meio daquele reflorestamento. Realmente, vir pra estas bandas é bem mais aconselhável a quem curte uma magrela pois contei numa mão só os veículos com q cruzei aqui. Neste trecho tb existem algumas picadas q partem pra varias direções, o q pode gerar futuras explorações, e por isso utilizei as vezes picadas q visivelmente serviam de atalho pra estrada principal dentro do mega-reflorestamento.

 

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Mas por volta das 12:30hrs após andar um tantão é q novamente ressurgem sinais de sítios e chácaras, mesmo q separados por gdes espaços vazios ou de mata. Frestas na vegetação permitem alguns flashes das montanhas ao sul, cobertas de eucaliptos, provavelmente pertencentes à Suzano Celulose.

Após as 13hrs e com sol a pino, uma placa indica me encontrar num tal de bairro Sertãozinho, mas logo mais adiante dou noutra bifurcação importante, agora na Chácara Carcará. Seguindo reto por quase 26km daria em Mogi, mas ao invés disso tomo a direita, pra oeste, q pelas indicações desembocaria em Biritiba-Mirim em longos e intermináveis 7km. A partir daqui já td vira caminho da roça novamente e as belezas naturais da Sepa são deixadas finalmente pra trás.

Daqui o q vem a seguir é uma poeirenta e interminável estrada de terra sem viv´alma, apesar de cercada de sítios. As 14hrs o chão dá lugar ao asfalto no q é o pior e mais entediante trecho da pernada. So não foi pior pois incrivelmente encontrei uma nota de R$20 no acostamento, q já fez valer o sacrificio. Carona q é bom, nada, claro.

Enfim, as 14:50hrs alcançamos a perifa da pequena Biritiba-Mirim, q foi rapidamente cruzada de cabo a rabo em direção á sua rodoviária. Antes, porém, uma rápida passada numa padoca pra bebemorar a caminhadinha rural sussa e descompromissada. Biritiba, assim como boa parte dos bairros magianos, tem forte presença nipônica e isso se traduz no comércio, pois boa tarde possui aquelas denominações dignas do seriado Jaspion. O supermercado Shibata, inclusive, preparava-se pra um show animado com um cover japa do Elvis(!?). Fora isso, o pequeno bairro estava agitado por conta das movimentações em seu minúsculo cemitério, e por conta disso os ônibus não tavam indo pra rodoviária pra não ter de entrar na cidade, fato q soubemos meio q tarde. Por conta disso havia q seguir pro asfalto escaldante da SP-88 e la aguardar o coletivo. O resto nem é preciso descrever pois é aquela via-crucis e entediante de volta pra Pauliceia Desvairada.

 

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E assim foram os mais de 23km de pernada pela “Estrada do Sepa”, caminhada sussa e sem nada de mega-extraordinário q pode ser melhor aproveitada com o auxilio de uma magrela, podendo ser emendada com qq outro programa da região. No entanto, como já foi dito, o bate-volta sussa era mesmo de reconhecimento e pra avaliar o potencial de pernadas vindouras. As várias bifurcações e trilhas a vales adjascentes sugerem q ainda existe muita coisa a fazer por ali, como por exemplo retornar á bifurcação q vai no Pico do Garrafão, e assim realizar um circuitão com direito a cume. Dica dada a quem for la se aventurar por essas bandas. Ou quem sabe, um super circuito contemplando a trinca de picos da região? É, pensar alto não custa nada. Mesmo em se tratando de supostas e aparentes estradinhas-rurais-sem-graça q resultam em gdes achados com potencial outdoor.

  • Membros de Honra
Postado

Olá Jorge!

 

Só "esquadrinhando" a região de Mogi hein?! Bacana o passeio.

 

 

... Afinal, precisava me poupar pro iminente mega-perrengue no fds sgte, sem necessariamente ser obrigado a ficar em casa e sem caminhar.

 

...

 

 

::ahhhh:: Imaginem o que vem pela frente... ::quilpish::

 

Abraço!

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