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Postado (editado)

Olá pessoal. Em setembro de 2010 fiz meu primeiro mochilão internacional e fui sozinho! Durante meses e meses pesquisei em dezenas de sites e fóruns daqui e como amo frio e queria muito conhecer a neve, decidi ir à Patagônia. Diversos fóruns me ajudaram a traçar um roteiro bem interessante e decidi compartilhar também a minha experiência, no intuito de auxiliar quem quiser conhecer esta gélida região de nosso continente.

 

Tive um gasto grande com roupas técnicas e com a mochila, mas conheci lugares incríveis e conheci muita gente legal de diversos países. Fui muito bem recebido no Chile e na Argentina. Não tenho do que reclamar quanto à hospitalidade deles. Fiquei poucos dias nas capitais pois minha intenção era conhecer lugares selvagens e muito frios. Não curto muito cidade grande.

DICA IMPORTANTÍSSIMA: COMPREI TODAS AS PASSAGENS DE AVIÃO COM MUUUUUUITA ANTECEDÊNCIA, E ASSIM, ECONOMIZEI MUITO. CLARO QUE TIVE QUE LER MUITO O MOCHILEIROS.COM PARA FAZER UM ROTEIRO BOM E VIÁVEL. LEIAM E RELEIAM OS FÓRUNS. TUDO O QUE VOCÊS PRECISAM ESTÃO NELES!

 

Este é o resumo da viagem:

 

 

ITINERÁRIO (9 partes)

 

1 > 01/09-03/09 : São Paulo/SP (Terminal Tietê) - Santiago/CHI (66 horas de viagem via Crucero del Norte);

 

2 > 03/09-05/09 : Santiago (deu pra conhecer os pontos turísticos principais);

 

3 > 06/09-09/09 : Pucón (Vulcão Villarica, Termas Los Pozones e Parque Huerquehue);

 

4 > 10/09-13/09 : Puerto Montt, Fiordes Chilenos (via Navimag);

 

5 > 13/09-17/09 : Puerto Natales, Torres del Paine;

 

6 > 18/09-19/09 : El Calafate, Glaciar Perito Moreno;

 

7 > 20/09-25/09 : EL CHALTÉN, o ÁPICE da viagem!!!

 

8 > 25/09-28/09 : Ushuaia, Cerro Castor, Canal Beagle, Faro Les Éclaireurs, Museu do Presídio;

 

9 > 28/09-30/09 : Buenos Aires (alguns pontos turísticos) - São Paulo/SP (voo da Gol)

 

 

EQUIPAMENTOS, ROUPAS, ETC (comprei aos poucos, ao longo ao ano, e no cartão, lógico, hahahhaha)

 

- Mochila Equinox Elevation 75/100: foi uma excelente escolha! Recomendo a todos que farão alguma viagem longa. Junto com a capa da Equinox e mais uns cadeados ficou muito seguro!;

- 2 blusas e 2 calças segunda pele da Quechua. Deram conta do recado!;

- Jaqueta Solo Nordic. Muito boa!;

- 1 fleece da Quechua;

- 1 anorak Bionnassay 500 da Quechua. Outra ótima escolha!;

- Meias diversas (quechua, fox river, timberland)

- Capa de chuva para mochila;

- Óculos de sol

- Algumas camisetas de algodão

- Algumas cuecas (do tipo boxer, por causa das intensas caminhadas);

- 1 calça bionassay 700 impermeável Quechua (excelente na neve e na chuva!);

- 1 calça bermuda Curtlo;

- 1 calça normal Quechua (daquelas que secam rápido);

- 2 toucas;

- Protetor solar;

- Mapas e pedaços de guias;

- Bota Quechua com Novadry (não lembro o nome do modelo, mas aguentou o tranco!);

- 1 garrafa para encher de água;

- 1 mochila menor para guardar a filmadora, a câmera, celular, objetos de higiene pessoal, etc.;

- 1 pochete da curtlo (money belt) para guardar o passaporte, documentos, cartões e dindin (recomendo a compra!);

 

- Não levei barraca nem saco de dormir pois fiquei nos refúgios no TDP e fazia as trilhas em El Chaltén em um dia só.

 

 

[Parte 1] 01/09/10 - 03/09/10 : São Paulo/SP (Terminal Tietê) ---> Santiago/CHI (66 horas de viagem via Crucero del Norte)

 

Dia 31 de agosto: Trabalhando muito e se estressando pegando trânsito em Sampa. Dia 1º de setembro de 2010: Relaxando numa poltrona confortável no segundo andar do ônibus da Crucero del Norte rumo à Santiago! Imagine a minha alegria. Estava começando a realizar um sonho que tenho desde pequeno: o de conhecer os Andes e consequentemente, a neve!

 

Sei que nem todos têm paciência para aguentar uma viagem dessas. Mas eu já tinha decidido que ia de ônibus mesmo. Não por medo de avião, mas por que eu tinha que conhecer os Andes de perto! Essa era uma das razões desta viagem. A previsão era de 56 horas, mas na realidade foram 66 horas! Haja bunda! =D

 

O itinerário do ônibus foi esse:

 

[[ SP > Curitiba > Guarapuava > Cascavel > Foz do Iguaçu > Puerto Iguazú > Posadas > Corrientes > Resistencia > Santa Fe > Córdoba > San Luis > Mendoza > Santiago ]]

 

A viagem foi muito tranquila até entrarmos no Paraná. Logo após a divisa, o primeiro problema. A rebimboca da parafuseta do ônibus quebrou e paramos num posto. Sem brincadeira, ficamos ali pelo menos umas 3 horas. Graças a Deus o problema foi resolvido e seguimos adiante. Eu sou muito calmo, mas estava quase ficando sem paciência.

 

Passamos por Guarapuava e Cascavel e perto de meia-noite chegamos em Foz do Iguaçu. Aí tivemos outro problema. Só por Deus, viu... Primeiro ficamos morgando um bom tempo esperando mais passageiros no terminal de ônibus e depois tinha uma argentina sem-noção no ônibus que tava com problemas na documentação. Perdemos uma boa hora e meia na aduana brasileira. Tudo, ok, muito bem. Vamos lá! Uhu! Entrei na Argentina! E perdi mais uma hora na aduana de lá, claro. Os funcionários da aduana argentina foram extremamente secos e objetivos, mas não foram mal educados.

 

Passamos por Puerto Iguazú e daí em diante foi só chuva! Caramba... Que lugar úmido! Choveu tudo o que tinha pra chover e um pouco mais. 300 km depois chegamos em Posadas, e fomos direto pra sede da empresa. Tava chovendo muito e um calor do cão. Lá tinha chuveiro pra quem quisesse tomar banho (eu não fui um deles, =D), banheiros não tão limpos, mas pelo menos nos deram um bom café da manhã!

 

Ah, esqueci de dizer anteriormente: Eles dão todas as refeições dentro do ônibus. Isso mesmo! As 3 refeições diárias. Eu gostei do cardápio. Nada a reclamar. A única refeição fora do ônibus foi esse café caprichado em Posadas.

 

Trocamos de ônibus, e aqui teve mais um problema. Queriam tomar o meu lugar! Comprei o assento único que fica do lado direito e no segundo andar, com vista panorâmica. Aí o motorista veio me avisar que eu teria que sair de lá pois tinha mais um passageiro e que aquele assento era dele. Falha de comunicação ou não, eu não mudei de opinião e mostrei meus comprovantes de compra. Comigo tava tudo certo. O outro rapaz não mostrou nada e ficou na conversa. Subi e voltei pro meu lugar. Pararam de encher o saco. Tá pensando o quê? Essa é boa... Argentinos tentando me enrolar! :evil:

 

Não parou de chover até chegarmos perto de Santa Fé. Em Córdoba não chovia e ao pararmos por alguns minutos no terminal rodoviário, senti pela primeira vez na viagem o frio argentino. Era madrugada e o frio era forte. Perto de 0º, creio eu.

 

Perto de Rio Cuarto e San Luis começou a nevar! Foi emocionante. A primeira vez em que vi a neve. Pena que não iríamos parar ali. Só em Mendoza... Não nevava intensamente, mas foi o bastante para acumular nas ruas e estradas. Muito lindo!

 

Na hora do almoço do dia 03/09 chegamos a Mendoza. Fazia frio, mas era suportável. Logo seguimos em direção aos Andes! A paisagem é incrível. Vejam algumas fotos:

 

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Passamos por Uspallata e eram 16h45min quando chegamos na fronteira com o Chile. A paisagem é deslumbrante! Montanhas altíssimas todas cobertas de neve. Um espetáculo! Descemos do ônibus e a temperatura era negativa! Um gelo! Afinal estávamos a 3175 metros de altitude! Pude então, finalmente, tocar e pegar a neve. Foi um momento especial de minha viagem. E ela só estava começando! Mal sabia eu o quanto de neve ainda estaria por vir... Perdemos um bom tempo na aduana, claro. Aproveitei e liguei pra família só pra avisar que estava vivo. E depois, só alegria descendo os Caracoles! Essa estrada não é recomendada para quem tem medo de altura ou é cardíaco. É de cair o queixo! Curvas extremamente fechadas e filas intermináveis de caminhões.

 

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[Parte 2] 03/09/10 - 05/09/10 : Santiago

 

Já era noite quando cheguei em Santiago. O terminal era um tanto confuso, mas logo me achei e dividi um táxi com um chileno-brasileiro que conheci no busão. Um cara muito simpático. Cheguei no Hostel e desabei na cama por uns instantes... Fiquei hospedado no EcoHostel. Gostei bastante! Só sofri no início para entender como funcionava o chuveiro. rsrs. Os funcionários foram muito simpáticos e o local é acolhedor. Recomendo! ::cool:::'>

 

Como o intuito de minha viagem era principalmente conhecer a Patagônia, só conheci o básico de Santiago. Nada de original aqui. Conheci os cerros, o funicular, as praças, museus, metrô, bairros principais, o mercado central, andei muito, comi muita porcaria pra economizar, hahah. Tive problemas intestinais, inclusive. Foram as empanadas de pino! Certeza!

 

Adorei a cidade, é muito segura e o mais impressionante é que se você chega perto da rua, os motoristas imediatamente param os carros para você atravessar. Fantástico! Mas como a minha praia é outra, segui em frente rumo à Pucón. Peguei o ônibus das 23h45 do dia 05/09, pela viação Turbus no Terminal Alameda. Foram 10 horas de viagem e dormi no busão, economizando com hospedagem.

 

Seguem algumas fotos:

 

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(EcoHostel)

 

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[Parte 3] 06/09/10 - 09/09/10 : Pucón (Vulcão Villarica, Termas Los Pozones e Parque Huerquehue)

 

Cheguei em Pucón e fui pro Hostel Refugio Peninsula, um hostel muito lindo, todo feito de madeira e com diárias baratas. Adorei. Fale com o Alvaro e com o Alexis, um cara muito gente fina, que conhece toda a região. Aqui conheci o Fábio, um brasileiro que também tinha acabado de chegar na cidade. Acabamos fazendo amizade e realizamos alguns passeios juntos.

 

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(Êta vulcão lindo!)

 

Visitamos um lago lindo que não me lembro o nome, rsrs e fomos nas Termas Los Pozones! Um lugar incrível, no meio da floresta e do lado de um rio com várias piscinas naturais, onde cada uma tem uma temperatura específica. Tem umas frias, outras mornas, umas quentes, outras pelando e tem uma, vixi... tem uma que só você entrando pra saber do que estou falando! rsrs. Aguentei ficar 1 minuto apenas. Quente demais!

 

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(Termas Los Pozones)

 

No dia 07 acordamos beeem cedo pra começar a escalada do vulcão Villarica. É necessário acordar tão cedo por que tínhamos que passar em vários outros hostels para pegar outros turistas que também iam escalar com a nossa companhia. E o vulcão estava com muuuuuuuuita neve e a escalada seria num ritmo mais lento, portanto tínhamos que sair nesse horário. Começamos a caminhar às 8 horas. Não vou mentir aqui... Foi muito difícil a subida. Cruel mesmo. Neve até o joelho em alguns pontos e visibilidade zero quando chegamos a uns 2200 metros de altitude. Baixou um nevoeiro e começou a nevar e a ventar muuuuuito. Frio intenso! Então infelizmente tivemos que descer sem ter chegado ao cume. Uma pena, mas foi muito gratificante. Algo que levarei pro resto de minha vida. Este vulcão é muito belo e a vista de lá de cima é simplesmente magnífica! Descemos de ski-bunda, claro. Foi assustador em alguns momentos, mas depois que você se acostuma passa a ser muito divertido! O Villarica foi o local da viagem em que mais tive contato com a neve. Foram cerca de 10 horas andando sobre neve e gelo. Foi muito bom!

 

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(Cadê o céu, cadê o chão?)

 

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Pucón é uma cidade no estilo Campos do Jordão, sendo portanto, cara. Não comi em nenhum restaurante daqui. Comprei macarrões e raviolis no mercado e cozinhei no hostel. Não se preocupe, a cozinha deles é completa! Deu pra economizar bastante.

 

No próximo dia, completamente exaustos, fomos ao Parque Nacional Huerquehue. O parque é lindo demais, com imensos bosques repletos de neve com vários lagos e cachoeiras. Recomendo a visita. Só não aproveitamos muito por que estávamos acabados por causa da escalada e por conta do horário apertado dos ônibus de volta à cidade. Tome cuidado para não perder a hora da sua condução!

 

No dia seguinte peguei o ônibus da Jac para Puerto Montt, onde embarcaria no Ferry da Navimag. Foram 6 horas de viagem. Tanto a Turbus como a Jac são ótimas empresas. Altamente pontuais.

 

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(Preparando a mochila pra mais uma viagem)

 

 

[Parte 4] 10/09-13/09 : Puerto Montt, Fiordes Chilenos (via Navimag)

 

Cheguei em Puerto Montt e a primeira impressão foi: Nossa, aqui só chove. E a cidade é feia, convenhamos. Cidade portuária é assim. Tem partes sujas e feias e umas partes legais também, por que não? Mas só vim aqui com um objetivo: andar de navio pela primeira vez na vida, conhecer o Pacífico e conhecer os Fiordes Chilenos!

 

Como não pretendia ficar muito tempo na cidade escolhi ficar na hospedagem da Dona Adelaida. Ela usa a casa dela como albergue. É super simples. Foi muito legal ficar lá. E foi muito barato também. Fiquei num quarto sozinho, com banheiro, tv a cabo e aquecedor a gás. De madrugada chegou a 0ºC. Tava muito úmido, nublado, ventoso e frio por lá, ou seja, tava normal. =D (Pergunte no terminal de ônibus sobre a Dona Adelaida. A menina que dá informações lá conhece todo mundo!)

 

O navio atrasou vindo de Puerto Natales e só sairia na manhã do dia 11... Então fui conhecer um pouco a cidade. Tava chovendo demais, então esse foi um dia meio que perdido da viagem. Comprei umas revistas e livros para a viagem até Puerto Natales, olhei o Pacífico, andei pra lá e pra cá, comi empanadas, cochilei a assisti friends com legendas em espanhol.

 

Perto de meia-noite fui até o porto para fazer o check-in na Navimag. O frio era forte, mas a noite era agradável. Tinha gente da França, Austrália, Inglaterra, Itália, Suécia, Alemanha e Brasil, claro. =) Ficamos aguardando por horas em uma sala de espera até que finalmente fomos conhecer nossos aposentos.

 

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Não se iluda. Se você quer o conforto de um cruzeiro, este navio não é pra você. Como a Carretera Austral não vai até o extremo sul do Chile, devido aos enormes Campos de Gelo Norte e Sul, esta é uma das únicas rotas de comércio disponíveis na região, logo o ferry carrega, além de passageiros, animais, ônibus, carros, caminhões, mercadorias, etc, etc. Mas você não se sentirá incomodado com isso, pois os aposentos para turistas ficam na parte de cima do navio, longe do barulho e da sujeira. A cozinha é simples, assim como o refeitório. Gostei das refeições. Não sou fresco pra comida, então não tive problemas! Tive a sorte de ficar numa cabine com um casal brasileiro muito legal, e assim, não fiquei muito isolado durante a viagem. Mas também fiz amizades com pessoas de outras nacionalidades (chilenos, franceses, ingleses, franceses, alemães e australianos - a maioria esmagadora dos passageiros é européia). O maior problema da viagem foi que, devido a um atraso na saída de Puerto Montt, não pudemos visitar a geleira Pio XI, pois quando estávamos nesta região já era madrugada. =(

 

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Aconselho ficar o máximo de tempo possível do lado de fora do navio, para não perder nenhuma paisagem (os fiordes são fantásticos) e para admirar a fauna local. É extremamente frio, mas com as roupas certas dá pra aguentar ficar umas boas horas lá fora. Leve binóculos! Ah, e leve dramin! Tomei todos os dias e não tive nenhum problema. O casal brasileiro que estava comigo não tomou e acabaram passando muito mal. Quando entra em alto mar a coisa fica feia! Eu deitava na cama e tirava um cochilo quando o barco balançava demais. Ajuda!

 

Passavam filmes pra quem quisesse assistir, tinha palestras sobre a fauna local. Conheci a cabine do comandante. Foi muito interessante. Mas a maior parte do tempo eu passava observando os pássaros, os leões-marinhos, um ou outro pinguim que aparecia e as montanhas nevadas de ambos os lados. Fiordes e fiordes sem fim e um mar tranquilíssimo. Não dá pra explicar. É um lugar que precisa ser protegido. Preciso voltar lá! Urgentemente!

 

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Houve uma parada em Puerto Edén, uma vila totalmente isolada. No meio do nada, literalmente. Mais passageiros embarcaram. Pessoas muito simples e simpáticas.

 

Estava escuro mas conseguimos observar o navio Cotopaxi, que tentaram naufragar há décadas, mas que acabou ficando encalhado numa rocha do canal!

 

Dia 13 cheguei a Puerto Natales. Totalmente descansado pra encarar Torres del Paine!

 

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(Puerto Natales)

 

 

[Parte 5] 13/09-17/09 : Puerto Natales, Torres del Paine

 

Desembarcamos em Puerto Natales e fomos direto pro Hostel Lili Patagonico's (Calle Arturo Prat, 479), onde o Francisco e a Erica tinham feito reserva (o casal de brasileiros que conheci no ferry). Cheguei lá sem fazer reserva e não tive problema algum em conseguir um quarto. Nessa época do ano a cidade parecia deserta. O hostel era muito agradável e estava vazio também. A diária foi super barata. Só não me lembro do valor. rs.

 

Fui logo pra internet (lá tem wi-fi) pra avisar a namorada e a família que estava vivo, novamente. rsrs. Fiquei incomunicável por dias no navio e a partir do próximo dia ficaria sem falar com eles por um bom tempo mais uma vez.

 

O dono (acho que se chama Ivan) foi muito atencioso e prestativo. Ligou pros amigos dele pra fazer a reserva da van que iria nos levar até o Parque na manhã seguinte. Estávamos morrendo de fome, então saímos os três para desvendar a cidade. Paramos no mercado, claro. Compramos macarrões, frios, garrafas d’água, atum em lata, bolachas (doce e de água e sal), geléias, torradas, chocolate, frutas, etc, etc. Tudo pra alimentar a gente durante os próximos dias lá em TDP. Não foi caro.

 

Preparamos macarrão com atum, lá na cozinha do Hostel. Foi bem gostoso. Conversamos sobre o roteiro que faríamos e logo depois dormimos. Acordamos muito cedo. Cedo mesmo. Frio negativo, creio eu. Gelado demais. Nos empacotamos e saímos.

 

TDP - DIA 1

 

Não fomos para o Pudeto, pois nessa época do ano não havia catamarã para atravessarmos o Lago Pehoé. =( Logo, tivemos que fazer umas mudanças no percurso. Descemos na Sede Administrativa mesmo. Lá obtivemos algumas boas informações dos guias e começamos a caminhar.

 

Bem no começo da trilha, olha o que encontramos:

 

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(Casal de raposas)

 

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Nossa caminhada sempre foi repleta de paradas. Não por cansaço (pelo menos, não a maioria e não no início, rs), mas sim por que o Chico e a Erica são biólogos da USP e levaram inúmeros equipamentos para tirar fotos profissionais e binóculos também. A presença deles foi muito boa para mim. A todo momento eles avistavam algum animal ou planta e o descreviam, tirando fotos incríveis. Foi muito interessante. Se estivesse sozinho eu deixaria passar várias espécimes. Graças aos dois pude conhecer bastante a fauna e flora local. =)

 

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(O Vento)

 

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(Erica e Chico)

 

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(Tempo começando a mudar)

 

Por todo o caminho, desde a sede até o refúgio Paine Grande, o vento não deu trégua, claro. A Erica sofreu mais, pelo fato de ser magrinha. Os ventos literalmente quase a jogavam ao chão. Rajadas intensas, mas nada comparado ao que veríamos nos dias seguintes. Ali o negócio ficou sério!!!

 

 

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(Condor)

 

Levamos umas 6 horas e pouco para completar esta trilha. Não choveu nas primeiras horas e o frio era fraco (cerca de 8ºC). Mas ao chegarmos perto do Lago Pehoé o tempo virou e começou a chover muito forte mesmo. Com ventos terríveis que quase nos jogava barranco abaixo, o final da trilha foi assustador, não nego. E fazia 2ºC segundo meu relógio. Chegamos ao refúgio e desabamos de cansaço, completamente ensopados.

 

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(Perdi as contas de quantos condores vi neste dia!)

 

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O refúgio Paine Grande estava o quê? Vazio, claro... Tão vazio que só a parte de baixo estava com o aquecedor ligado. O salão principal e a cozinha estavam um gelo! Tiramos algumas dúvidas com os funcionários, conversamos sobre várias coisas e preparamos o já tradicional macarrão com atum na cozinha profissional de lá. Ficou muito bom! O sono chegou e fomos descansar para chegar no glaciar Grey no outro dia.

 

TDP - DIA 2

 

O dia começou ensolarado e muito ventoso. Tomei a minha primeira chuva de lago! rs. Os ventos eram tão fortes que levantavam a água do lago e literalmente chovia por alguns instantes. Foi demais!

 

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(Refúgio Paine Grande)

 

Para variar, andamos por uma meia hora e começou a chover e a ventar de maneira absurda. Foi o vento mais forte que pegamos até então. E também foi a parte mais engraçada de todas as trilhas, pois era difícil se equilibrar com o vento nos empurrando pela nossa lateral esquerda. Altos tropeços! rsrs. Ainda bem que nenhum de nós torceu o tornozelo ou algo parecido.

 

Após este começo um tanto quanto atribulado, seguimos tranquilamente a trilha. Com vento forte, mas desta vez ele era frontal. As rajadas diminuiram assim que passamos pela Laguna los Patos. A paisagem é muito bonita e você abre o queixo quando vê o glaciar Grey pela primeira vez. Lindo!

 

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(Glaciar Grey)

 

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(O vento não deixando eu tirar a foto, rs)

 

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Por alguns minutos eu e a Erica nos perdemos do Chico. Foi um pouco angustiante, mas depois de uma meia hora o achamos! Foi num local com vegetação mais fechada. Ele estava atrás de nós e parou para fazer xixi. Ele disse que nos avisou, mas como o vento patagônico é ensurdecedor, não ouvimos. A partir daí ficamos mais atentos.

 

Chegamos ao refúgio Grey e continuamos a caminhada para chegar bem perto do glaciar. Aqui presenciei algo que nem em El Chaltén vi... VENTOS INCRÍVEIS, COM RAJADAS MONSTRUOSAS! ::Cold:: Os ventos de El Chaltén tinham a mesma intensidade, mas estas rajadas esporádicas em frente ao glaciar Grey foram as mais fortes que senti durante toda a viagem. Era muito, mas muito difícil de ficar em pé. E olha que eu tenho 100 kg! Nesta foto abaixo estou me inclinando levemente para trás e o vento me segurava! JURO!!! Depois vou tentar postar o vídeo para vocês verem. Coisa de louco!!! Assustava, mas ao mesmo tempo eu ficava admirado com tudo aquilo. É outro mundo. Muito inóspito.

 

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(Apoiando-se no vento)

 

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Voltamos numa boa, só curtindo o visual. Não foi tão cansativo desta vez.

 

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Passamos mais uma noite no Paine Grande. Esse foi um dia tranquilo.

 

TDP - DIA 3

 

Neste terceiro dia tivemos uma decepção. Devido à nossa lerdeza (tirar fotos, descansar, comer, etc), falta de preparo físico e também por conta do tempo extremamente fechado não daria para conhecermos o Valle del Francés. =( Na hora fiquei muito triste, mas a verdade é que eu estava muito cansado também. Principalmente por conta de alguns machucados na perna que ganhei na caminhada no Vulcão Villarica, em Pucón... Se fossemos acampar, até daria. Ficaríamos no Campamento Italiano. Bem, paciência...

 

Eu, na verdade já até imaginava que as trilhas no TDP seriam mais difíceis para mim, por conta da mochila com 25 kg. Quando eu chegasse em El Chaltén poderia levar somente a mochilinha e faria as trilhas sozinho. Super leve e bem mais ágil! =)

 

Esse dia foi cansativo... Estávamos bem mais lentos do que o habitual. As paisagens são muito bonitas também. Primeiro o esplendor do Glaciar do Francês, depois as lindas montanhas Los Cuernos del Paine. Paredões imensos de duas cores. E do outro lado, o lago Nordenskjold, com suas cores espetaculares e suas chuvas lacustres. rsrs. O vento não perdoou nesse dia.

 

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Nesse dia a temperatura chegou a tórridos 14ºC. rs. Com o monte de roupa que a gente tava, deu pra sentir calor até!

 

O refúgio Los Cuernos é super bem cuidado. Mas eu lembro que era carinho, viu... E lógico, tava vazio. Só a gente e um casal irlândes! Lá tinha um violão! OH GLÓRIA! rsrs. Toquei muito. Que saudade que eu tava dos meus violões e da guitarra! Foi bem legal essa noite. E o frio aumentou. E assim, fomos dormir em paz. =)

 

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TDP - DIA 4

 

Antes de mais nada, eu sabia que não daria para ver as Torres de perto. Soube assim que o navio atrasou lá em Puerto Montt, fazendo com que eu perdesse um dia de viagem. Paciência... Eu já tinha reservado a hospedagem para o dia 18 em El Calafate, e para vários dias em El Chaltén e Ushuaia. Não dava para alterar todo o resto do meu roteiro. Fica pra próxima! Pelo menos em El Chaltén deu pra fazer tudo o que eu queria! ::otemo::

 

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Seguimos em frente para chegar na Hosteria Las Torres e depois ir para a saída do parque na Laguna Amarga. Vimos muitos pássaros neste percurso. A caminhada foi fácil. \o/

 

Tiramos fotos das Torres, claro. Mas de longe. =( I’LL BE BACK! Someday...

 

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Guanacos e Condores:

 

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[Parte 6] 18/09-19/09 : El Calafate, Glaciar Perito Moreno

 

Dia 18 de setembro é o começo de um feriadão no Chile (El Dieciocho). Por isso me programei para sair na manhãzinha deste dia, pois tudo literalmente pára por lá. Então embarquei para El Calafate e voltei para a Argentina. Fui com um ônibus da Cootra. Não me lembro do preço, mas foi barato. Cheguei na hora do almoço. Fiquei no Hostel Buenos Aires, um lugar legal, com preço ótimo! Fica pertinho do terminal de ônibus.

 

Neste dia apenas conheci alguns locais da cidade. Estava bem FRIO! Comi uma pizza, várias empanadas (hummmm), tomei muito vinho, e descansei. Descansei muito. Torres del Paine me desgastou imensamente. Só um dia depois é que senti.

 

Dia 19 fui conhecer o glaciar Perito Moreno, claro. O que dizer? Todos já sabem tudo sobre ele. É realmente fantástico. É só isso o que digo. Vale muito a pena conhecer. Cheguei aqui bem pobre, então não fiz o trekking sob o glaciar. Não me arrependo, não. Achei o preço muito abusivo para uma caminhada tão pequena. Fiz o passeio de barco e gostei muito! Chegamos bem perto da geleira. Coisa linda! O frio era forte, com ventos congelantes e neve fraca esporádica.

 

Fotos abaixo:

 

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(Na aduana, vergonha alheia)

 

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Nesta mesma noite eu fui para El Chaltén com uma van da CalTur. Fechei um pacote de uma semana lá com ida e volta direto para o aeroporto de El Calafate, no dia 25.

 

 

CONTINUA...

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so na expectativa

 

Oi kalissinha. Vou editando aos poucos. Tô buscando na memória os dados, porque não anotei nada! rs. Em breve completarei meu relato. Abraço!

  • Colaboradores
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Cara q relato!!

Eu também fui pra Santiago de busão em 2004 (meu primeiro mochilão, acompanhada dos meus pais ^^).

Senti de novo todas as emoçoes de ver a neve pela primeira vez lendo seu relato!

Mas eu desci do busão louca pra pegar naquela neve suja da beira da estrada, hauhauahuahuahau!

Quero ler o resto!

Abraços!

Luh

  • Membros
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O seu relato está maravilhoso, estou lendo aos poucos mas logo termino. Pretendo ir à Patagônia no fim do ano com uma rota bem parecida com a sua e pretendo ficar também por um mês. Você poderia me informar quanto em média você gastou com essa viagem? Se você já postou isso, pode desconsiderar, rs.

Um abraço.

  • Membros
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Cara q relato!!

Eu também fui pra Santiago de busão em 2004 (meu primeiro mochilão, acompanhada dos meus pais ^^).

Senti de novo todas as emoçoes de ver a neve pela primeira vez lendo seu relato!

Mas eu desci do busão louca pra pegar naquela neve suja da beira da estrada, hauhauahuahuahau!

Quero ler o resto!

Abraços!

Luh

 

Valeu, Luh! Eu não anotei nada, mas penso nessa viagem a todo momento! Não sei por quê demorei tanto para compartilhar aqui com vocês. Um pouco de preguiça, um pouco busy. rs. Gravei os detalhes dela na minha mente. Foi um sonho realizado, realmente. Minha vontade era de não voltar mais pra cá! =D Adoro frio! E que legal que você fez essa viagem de busão também. É animal!!! Desci na fronteira e fui direto pra neve também! rsrs. Parecia uma criança! Tô escrevendo o restante do relato e vou postando aos poucos!

 

Abraço!

  • Membros
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O seu relato está maravilhoso, estou lendo aos poucos mas logo termino. Pretendo ir à Patagônia no fim do ano com uma rota bem parecida com a sua e pretendo ficar também por um mês. Você poderia me informar quanto em média você gastou com essa viagem? Se você já postou isso, pode desconsiderar, rs.

Um abraço.

 

Olá Idylla. Muito obrigado!

 

Eu sabia que a minha viagem não ficaria tão barata por conta da viagem de navio e pelo fato de que eu teria que comprar absolutamente tudo. Bota, mochila, roupas de frio, etc, etc. Então juntei dinheiro por um ano, mais ou menos! Queria ser rico, rsrs. Seria tão mais fácil! =D Se você já tem os equipamentos já alivia bastante nos gastos!

 

Sem contar o gasto com roupas e equipamentos creio que a viagem custou cerca de 3500 a 4000 reais (passagens + hospedagem + passeios + alimentação). Não tenho o valor exato pois já faz 1 ano e meio e eu sou meio desorganizado hahah. Mas é por aí mesmo. Comprei as passagens de navio, ônibus e aviões com muita antecedência, então deu pra economizar bem nessa parte! Ah, e sempre que dava eu cozinhava ou comia coisas bem baratas. =)

 

Qualquer dúvida que tiver, é só perguntar! Espero poder ajudar!

 

Abraço.

  • Membros
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Muito bom o relato, eu também estive no Chile em 2009 e estou lendo e relembrando a minha viagem... só que de Puerto Montt pra frente as fotos não estão aparecendo... será que é só aqui que não estão aparecendo?

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Muito bom o relato, eu também estive no Chile em 2009 e estou lendo e relembrando a minha viagem... só que de Puerto Montt pra frente as fotos não estão aparecendo... será que é só aqui que não estão aparecendo?

 

E aí cara. Blz? Valeu!

 

Então, eu tive o mesmo problema até ontem. Parei de acessar o site pelo internet explorer e firefox e agora tá tudo ok. Tô usando o Google Chrome. Pode demorar um pouco pra carregar por que as fotos são pesadas, mas tá abrindo todas aqui no serviço e lá em casa também!

 

Abraço!

  • Membros
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E aí cara. Blz? Valeu!

 

Então, eu tive o mesmo problema até ontem. Parei de acessar o site pelo internet explorer e firefox e agora tá tudo ok. Tô usando o Google Chrome. Pode demorar um pouco pra carregar por que as fotos são pesadas, mas tá abrindo todas aqui no serviço e lá em casa também!

 

Abraço!

 

Opa, hoje apareceram mais 5 fotos só... mas valeu pela dica, vou instalar o Chrome em casa e tentar visualizar.

 

De qualquer forma parabéns pela viagem, acho que você conheceu todos os lugares mais interessantes desde Santiago até a Patagônia chilena. Interessante também ter feito a viagem de ônibus, muita gente pode achar loucura mas é uma forma de conhecer as paisagens.

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