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  • 7 meses depois...
  • Membros de Honra
Postado (editado)

Olá Pessoal!

 

 

Já li e reli durante meses vários reviews sobre diversos modelos de facões (estrangeiros) pensando justamente na substituição do meu fiel velho-de-guerra facão "Bússola", já combalido pelos mais de 20 anos de "honrosos" serviços prestados.

 

Sempre me chamou atenção o Gerber Gator Machete, tanto em sua versão 'full', de 18 polegadas de lâmina quanto seu 'irmão caçula' o Jr., (lâmina de 10.75 polegadas), tanto pela generosa porção serrilhada de seu dorso - uma baita ferramenta para situações variadas no mato, como pela sua empunhadura, aparentemente muito firme e confortável.

 

Como se trata de uma "marca-lenda" no mundo da cutelaria internacional imaginei desde logo que se trataria de uma lâmina com espigão 'full tang', cuja porção oculta pelo cabo se prolongasse até o final da empunhadura mas logo nos primeiros reviews já tomei um "balde de água fria" ao descobrir que o Gator Machete não é 'full tang', tendo inclusive recebido diversas críticas justamente por esse fato. Desanimei dele e segui adiante na minha busca ::grr:: Isso talvez explique o desânimo do Gasparello, que iniciou este tópico.

 

Fato é que mesmo virando a internet e lojas depois de algum tempo não encontrei nenhum substituto comercial interessante e com bom nível de qualidade para substituir o meu facão antigo. Cogitei por um tempo os Machetes da Cold Steel, mas na época não encontrei nenhum a venda no Brasil e não consegui convencer ninguém a me trazer um das longínquas terras da gringolândia. Fiquei até mesmo tentado a encomendar a algum bom cuteleiro custom nacional a confecção de um facão específico mas aí o problema era o custo, bem proibitivo e o tempo entre encomenda e entrega. Engavetei a idéia um tempo e comprei um Tramontina para quebrar o galho... Ruim de cabo (desprendeu uma das talas no segundo uso, sem falar na absorção zero de impactos), o Tramontina ainda funciona.

 

Há uns 4 meses atrás, visitando o sítio de um velho amigo aqui em nossa Serra do Mar, eis que me deparo com um Gerber Gator Machete Jr. dependurado atrás de uma porta e, de imediato me apropriei dele para um pequeno teste de campo... Fiquei surpreso com a qualidade da lâmina e, especialmente, com o conforto proporcinado pela sua empunhadura. Como este meu amigo já o possuía há mais de 1 ano, segundo ele com uso bem intenso e não notei na peça qualquer sinal de deterioração, prestando especial atenção à região da empunhadura onde ocorre a fixação da lâmina (2 parafusos) resolvi encarar o machete da Gerber, só que na versão Gator 18" ( o grandalhão). Logo encontrei um à venda na internet e fechei negócio, na mesma semana.

 

Uma vez recebida a peça, usada algumas vezes em casa para corte de algum galho de árvore, faltava-me ainda um teste de campo sério para atestar as suas qualidades. Eis que a oportunidade veio neste último feriado quando resolvi enfrentar uma travessia pela Serra do Ibitiraquire, num trecho conhecido pela densidade das quiçassas existentes na trilha. Quem conhece a região sabe o nível dos bambuzais, caraguatás e cipós ali existentes. Ali, em vários momentos o facão da Gerber cantou e cantou alto, cantou bem. ::ahhhh::

 

Uma verdadeira máquina de corte. Longo, peso bem balanceado e ótima empunhadura, absorvendo muito bem todos os impactos dos golpes mais pesados sem machucar as mãos ou estressar o braço do usuário. Corta a bambuzada como se fosse manteiga. Uma verdadeira ferramenta de romper mato. 100% APROVADO.

 

Ainda é cedo para me pronunciar sobre sua durabilidade, mas depois de 2 dias de uso intenso, muita porrada mesmo, nem sequer ficaram sinais na junção da lâmina com a empunhadura de que algo poderá se soltar ali. Tudo firme. Sem falar que a lâmina pega muito bem o fio e o mantém por muito tempo. Espero que daqui há mais alguns anos eu possa voltar aqui e atestar que ele ainda está firme e forte.

 

Fica uma imagem do brinquedinho:

 

gerber-gator-machete-3-large.jpg.12f5aa8449edb05eedda66c3d3a352fc.jpg

 

Abraço!

Editado por Visitante
  • Membros de Honra
Postado

Gostei do review por dois motivos, Getúlio: um é que eu também li a rejeição do pessoal por causa de não ser full-tang e achei que não era motivo para nem avaliar o produto. O outro é que essa história do cabo dos facões tramontinas que de lenda está virando regra: tem que cair, senão é falso :) Eu tenho uma machete de canavial com cabo de madeira faz mais de dez anos e o cabo nem frouxo ficou. Da "nova geração" tenho dois facões, um curto e um longo, cujos cabos de plástico preto não tem incomodado, mas eu só uso o cabo pra segura-los e não como martelo e essas coisas. Este ano eu comprei um facão curto de aço 440c com cabo de pakkawood da Elk Ridge, uma maravilha, não riscava nem oxidava, alta retenção de fio, etc, mas que quebrou em dois quando fui golpear uma torinha de mato pra racha-la. Uma pena. Agora uso uma aberração cuteleira feita no Paquistão como facão curto, é pesada, corta bem e não quebra porque é daquelas misturas de aço que nós chamamos de damasco, mas enferruja mais fácil que os tramontina e assemelhados :/

  • Membros de Honra
Postado

Olá Trauco!

 

 

Então, decidi encarar o Gerber, primeiro por ter gostado dele, na verdade desde o princípio, segundo por esse excesso de "pré-conceito" sobre o fato de seu espigão não ser full tang...

 

Outra coisa é esse detalhe do cabo do Gerber Gator Machete ser de um composto emborrachado - pode ser problema para alguém que costume usar o cabo para golpear como martelo, situação que não recomendo e também não uso. Para mim, a estabilidade e conforto na empunhadura são mais importantes e determinantes para este tipo de ferramenta, até porque nas minhas experiências de uso costumo usar o facão horas a fio - abrindo ou limpando trilhas.

 

O balanço e distribuição de peso dele me agradou muito, evita esforços desnecessários. A empunhadura é muito confortável e permite um ótimo controle do facão mesmo com as mãos molhadas de chuva e/ou suor. Dois dias de uso e apesar de empunhá-lo por períodos de mais de 4 horas, praticamente direto, nem sequer cogitou me machucar as mãos batendo na quiçassa, coisa que não acontecia com meus facões anteriores com cabos de madeira. Sua lâmina apresenta ótima retenção de fio e excepcional flexibilidade. Creio que dificilmente a consiga quebrar.

 

Ferrugem? Há que se cuidar dele, especialmente da porção de fio não tratada (há um acabamento preto acetinado à óxido na maior parte da lâmina), pois notei uma tendência de fácil corrosão no seu aço carbono (alto teor), apesar de que as condições em que o usei neste último "teste" foram de chuva e muita umidade. Como o fabricante se refere a alto teor de cromo na composição do aço da lâmina, esperava, mesmo assim, uma resistência à oxidação um pouco maior.

 

Um detalhe que havia esquecido de mencionar é que a bainha dele (toda em nylon reforçada com plaśtico na região do dorso e rebites na região do fio) poderia ser melhor, especialmente quanto à pasadeira de fixação no cinto. A fita de nylon que lhe serve de presilha/passadeira para cinto é bem fraca para um uso sério. No meu eu já havia detectado esse problema e fiz uma adaptação, inclusive com um sistema (patenteado, meu) de fixação rápida com velcro. Melhorou bastante, mas como ainda usa como base a presilha de nylon, creio que esta não suporte o esforço por muito tempo, o que exigirá nova intervenção ali com reforço nas costuras e troca da fita. Mais tarde posto fotos desta peça.

 

Abraço!

  • 4 semanas depois...
  • Membros
Postado

Gvogetta, o pessoal não entende, esse facão é muito mais resistente do que um full tang, se você analisar bem, ele não quebra, desmonta em duas partes, (lamina, e cabo), a única coisa que poderia acontecer é de a empunhadura falhar, mas essa empunhadura é boa hein!

  • Membros de Honra
Postado

Olá Boca,

 

 

Essa é justamente a questão. Entende-se, em cutelaria, que sendo full tang haveria muito menor risco de problemas com quebra (facas costumam quebrar justamente na porção da espiga que entra no cabo). Este gerber Gator, ainda que não seja full tang, pela utilização e empunhadura creio que não tenha tanto este risco. O risco maior seria soltar na junção onde existem os parafusos, mas por enquanto nem sinal de que isso acontecerá um dia. E já rodou bastantinho... Com o tempo vamos atestando (ou não) isso...

 

Abraço!

  • Membros de Honra
Postado
Exatamente ::otemo::

 

Porém dependendo da empunhadura, é melhor ser espiga cheia mesmo, mas com essa daí, nem se preocupe :D

 

Sim, esqueci de comentar, a empunhadura do Gerber Gator é inigualável... Realmente o grande diferencial deste facão.

 

Abs!

  • 1 ano depois...
  • Membros
Postado

Não trocaria jamais um Corneta ou Tramontina por um desses, primeiro que não é full tang, segundo os melhores fabricantes de facões estão na America central e sul.

  • 4 meses depois...

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