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Machu Picchu de Moto em 17 dias - Arg-Chile-Bolivia-Peru-Brasil


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Dia 15 - Vilhena/RO a Cuiaba/MT- 766km

 

Saída de Vilhena, + alguns quilômetros rodados já entramos no estado mo Mato Grosso. Aqui o panorama não mudou: paisagens sempre iguais, retas e MUITO CALOR! Próximo da hora do meio dia fiquei com medo de apagar sobre a moto, tamanho o desconforto com o calor. Já estava meio tonto, nunca tinha passado por isso. Com as motos em movimento, não sabia se era melhor andar com a viseira aberta ou fechada... o bafo quente do vento era terrível! As paradas, alem para abastecer, eram pra tomar muita água e praticamente um banho embaixo de alguma torneira. Mesmo assim, no próximo posto, já estávamos secos novamente.

 

Felizmente, a estrada e muito boa, não observei nenhum buraco na estrada! Faltando 100km para Cuiabá, encostamos no posto e como eu e o Marcelo havíamos ultrapassado uma fila de caminhões, perdemos o contato visual com o Márcio. Abastecemos, esperamos mais um pouco e o Marcelo retornou para ver o que aconteceu. Fiquei no posto e depois de uns 40min chegaran os 2. Havia se rompido um dos cabos da bateria e a moto morreu. O remendo foi ali mesmo na estrada e estava tudo certo... esse remendo nos acompanhou até em casa, sem novos problemas.

 

A idéia, era seguir um pouco mais além de Cuiabá, mas anoiteceu e a estrada se transformou em um inferno... Muitos caminhões e a estrada sucateada. Encostamos no primeiro beira de estrada e dormimos... no dia seguinte, a ideia era acordar cedo e rodar + de 900km.

 

Dia de muita estrada, calor e nenhuma diversão!

 

Resumo:

766 km

 

Média Consumo: 16,3 km/L

Média R$/Litro: R$ 2,94

 

Única foto que tirei:

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Dia 16 - Cuiabá/MT a Dourados/MS - 925km

 

Se alguém reclama de estrada ruim, é porque nunca passou por esse trecho de Cuiabá a Rondonópolis... Tudo bem, desviar de buracos já estamos acostumados, mas por uma coisa dessas eu nunca tinha passado. Essa estrada é um atentado contra as pessoas que precisam se deslocar, seja por qualquer motivo...

 

Não bastasse o trânsito intenso dos Bi-Trem, a estrada é um inferno... pior que qualquer estrada de chão. Trecho de pista simples, muito movimentado, quente e asfalto muito ondulado e deformado! mas MUITO mesmo... Calculo que tenha um ressaltos com + de 30cm de altura. Cheio daquelas ondinhas, que quando voce entra com a moto dentro, ela não obedece + voce e segue o trilho... TERRIVEL!

 

São quase 300km TENSOS, onde qualquer erro nos transformaria em uma massa de bife informe. Todo cuidado é pouco...

 

Passado isso, abastecemos já perto do MS e ao me olhar no espelho, parecia que ei tinha passado por baixo de um caminhão. Andei um pouco com a viseira aberta devido ao calor e tomei um banho de fuligem. Postinho legal, um pastel da hora e um KABULOSO misturado com coca-cola pra turbinar a máquina. Tinha uma graminha esperta do lado e os banheiros do posto mais limpos que os de casa. Se soubéssemos tínhamos acampado ali hhee...

 

Mas seguimos estrada e logo entramos no Mato Grosso do Sul. Aqui, a história muda. Foi o estado brasileiro com as melhores estradas pelas quais passamos. Não passamos por nenhum buraco! muito bom!

 

O calor seguiu, e logo a frente avistamos uma nuvem preta! oba, uma chuvinha pra refrescar... só que desta vez foi forteeee! Começou um vento muito forte, estilo Patagônia! o Marcelo foi parar na pista contrária, tamanha a força lateral do vento... Todos com as motos inclinadas pra se manter em linha reta na pista, fiquei com medo da moto escorregar. Felizmente, em menos de 5 minutos já passou e já estávamos sob forte sol novamente.

 

A R6 do Marcelo começou, inexplicavelmente, a afrouxar a corrente. A cada 250 km, a gente tensionava de novo, e logo depois já estava solta... o barulho era horrível, mas seguimos mesmo assim. A moto dele estava com 32mil km e a relação era original...

 

Paramos em uma barraquinha tomar caldo de cana e coco gelado. Curiosamente o dono era gaúcho, tinha se aposentado e tava lá reforçando o orçamento. Chegamos com o sol se pondo em Campo Grande mas decidimos seguir. Seriam + 200km até Dourados. Felizmente a estrada continuava excelente, foi tranquilo apesar das muitas "luz altas" que levávamos dos outros carros... ninguém compensou a pré-carga da suspensão devido ao peso das bagagens e deu nisso... mas chegamos bem. + 900 e poucos quilometros chegaríamos em casa! Agora era tentar dormir e acordar cedo dia seguinte.

 

Resumo:

925 km

 

Média Consumo: 18,8 km/L

Média R$/Litro: R$ 3,01

 

essa estradinha... vou te contar, nunca mais

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MS, só estrada boa

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tempestade no MS

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parada pro coco

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A perfeição nunca e demais...

Uma folga básica de 15cm, já tava na hora!

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Dia 17 - Dourados/MS a Erechim/RS - 894km

 

Último dia é último dia, hora de chegar em casa. Cuidado com a atenção, é aí que ocorrem os acidentes. Saimos cedo e a primeira meta era chegar em Toledo/PR, almoçar na pizzaria do irmão do Máricio/Marcelo...

As estradas continuaram boas, e mantemos boa velocidade...

 

Fomos muito bem recebidos pelo Juliano que assou uma big pizza especialmente para nós, muito bo apor sinal. Fica a dica em Toledo/PR

 

FUNITCHIELLO RESTAURANTE E PIZZARIA

(045) 3378-1407

Rua Dom Pedro II, 3108 - Lago Municipal

 

Depois do sacrifício, as nuvens começaram a ficar feias e colocamos as roupas de chuva. Mais uma tensionada na corrente da R6 e seguimos... A chuva durou pouco, até Cascavel já tinha parado. Uma viatura passou perto e olhou feio pra moto do Márcio (que tem os retrovisores virados p baixo)... já estava louco pra dar o fora dali, nunca gostei da polícia rodoviária daqui.

 

Depois de Cascavel, recomeçou o sofrimento das estradas... aqui o negócio é Big Trail, estradas péssimas, um verdadeiro lixo. So melhorou quando chegamos em Santa Catarina. Em São Miguel do Oeste, começou a escurecer. Abastecemos e nos despedimo do Marcelo, que seguiria em outra rota até Carazinho.

 

Foram mais 3h rodando de noite até chegar em casa, alguns buracos inesperados mas tudo certo...

 

Resumo:

894 km

 

Média Consumo: 16,9 km/L

Média R$/Litro: R$ 2,88

 

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Aquela sensação de missão cumprida... uns tapinhas na moto, guerreira que seguiu sempre forte. Sensação difícil de explicar... foram muitas aventuras e historias, um trajeto para repetir sempre que possível.

até os problemas se tornam uma parte boa da viagem, os aprendizados são muitos... olhando assim, faria tudo novamente, não mudaria muita coisa.

 

Não desprezo esse grande trecho no Brasil, apesar de sofrido, o balanço foi positivo. Numa próxima viagem, estudaria levar minha moto até Rio Branco/AC, e de lá retornar pra casa pelo Peru, Chile... quem sabe numa próxima?

 

Então é isso galera, espero que os que leram, tenham gostado ou no minimo tirado algo positivo do meu relato! Até a próxima!

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  • Colaboradores

Resumo da Ópera:

 

Distância percorrida (Painel da moto): 9460km

Litros de Gasolina: 528L

Gasto com Gasolina: R$ 1586

 

Média Gasolina (L): R$ 3,00

Média Consumo (km/L): 17,9

Média Km diária: 556km

 

Gasto total da viagem: R$ 3400

Média diária: R$ 200

 

Roteiro:

Dia 1 - 986km - Carazinho/RS a Pampa del Infierno/ARG

Dia 2 - 671km - Pampa del Infierno/ARG a Yala/ARG

Dia 3 - 471km - Yala/ARG a San Pedro de Atacama/CHI

Dia 4 - 493km - San Pedro de Atacama/CHI a Iquique/CHI

Dia 5 - 478km - Iquique/CHI a Tambo Quemado/BOL

Dia 6 - 417km - Tambo Quemado/BOL a Copacabana/BOL

Dia 7 - 0km - Copacabana/BOL

Dia 8 - 529km - Copacabana/BOL a Cusco/PER

Dia 9 - 0km - Cusco

Dia 10 - 0km - Machu Picchu

Dia 11 - 443km - Cusco/PER a Puerto Maldonado/PER

Dia 12 - 561km - Puerto Maldonado/PER a Rio Branco/AC

Dia 13 - 505km - Rio Branco/AC a Porto Velho/RO

Dia 14 - 700km - Porto Velho/RO a Vilhena/RO

Dia 15 - 766km - Vilhena/RO a Cuiabá/MT

Dia 16 - 925km - Cuiabá/MT a Dourados/MS

Dia 17 - 894km - Dourados/MS a Erechim/RS

 

Aos interessados - PLANEJAMENTO DA VIAGEM!!

 

PLANILHA DE VIAGEM

 

PLANILHA CUSTOS

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  • Colaboradores

Algumas considerações finais sobre a viagem, são meus comentários particulares, e somente a respeito do trecho que percorremos em cada país, época do ano, etc..., não podendo ser generalizado...

 

Clima

Argentina - Muito calor, principalmente no Chaco. Agradável de dia na cordilheira, mas frio à noite

Chile - frio nas cordilheiras, calor ameno no litoral. Seco

Bolívia - temperatura amenda o tempo inteiro, andamos só no altiplano. Seco

Peru - idem à Bolívia, mas a partir da Amazônia começou a esquentar, chegando a ficar insuportável.

Brasil - Muito calor do Acre ao Rio Grande do Sul, chuva ligeiras no norte

 

Câmbio/Dinheiro

Argentina - O Câmbio esta muito bom, praticamente 3 pesos por 1 real. A gasolina ainda é a mais barata mas já está próxima do nosso preço. Hotel e Comida mais barato que no Brasil. O cambio foi de 1 real = 2,94 pesos

Chile - O país mais caro pra se viajar, gasolina e hotel muito caros. Comida empata com Brasil. O cambio foi de 1 real = 250 pesos

Bolívia - O país mais barato de todos. Exceto a gasolina, que regula em torno de 3 reais. Hotel e comida muito baratos, artesanato também. 1 real = 2,5 bolivianos

Peru - Quase tão barato quanto a Bolívia, mas o preço vai subindo conforme se chega perto das cidades turísticas. 1 real - 1,15 soles

Brasil - Preço da gasolina de 3,20 no Norte, vai baixando até 2,80 mais pro sul.

 

Segurança

Em nenhum momento nos sentimos ameaçados nesse sentido. Em Copacabana, o Miguel deixou a moto na rua com as bagagens e tudo e ninguem encostou na moto.

 

Estradas

Argentina - Trechos ruins no Chaco, com imperfeições e alguns buracos. Trecho da Cordilheira perfeito, com 1 pequeno desvio pela terra para conserto da estrada. Pedágio só pra carros

Chile - Perfeito, não se encontram buracos. Sinalização excelente. No meio do nada, gente trabalhando, instalando placas, pintando a estrada... muito bom! Não lembrode pedágios

Bolívia - Empata com o Brasil, trechos muito bons e trechos mal conservados (perto de La Paz). Pedágio só pra carros.

Peru - Quase empata com o Chile, estradas novas, de cinema. O trecho da interoceânica é a estrada dos sonhos, sinalizada em todos os detalhes. Porém, o pessoal lá gosta de quebra-molas. Muito pedágios, mas quase todos fechados. Moto nao paga.

Brasil - Ruim no Acre, trechos bons e ruims em Rondônia e Mato Grosso. Ótimo no Mato Grosso do Sul. Um lixo no Paraná... Alguns buracos no SC e RS, no mais é bom... Nenhum pedágio, nem pra carro.

 

Polícia

Argentina - Polícia corrupta incomoda em Corrientes, trocam multa inventada por propina

Chile - Não existe propina, polícia muito séria

Bolívia - Não fomos parados na estrada nenhuma vez

Peru - Não fomos parados na estrada nenhuma vez

Brasil - Não fomos parados na estrada nenhuma vez

 

Aduanas

Argentina - Muito rápida

Chile - rápida, mas eles revistam as malas em busca de alimentos e coisas do tipo.

Bolívia - Demorado, vários formulários, assinaturas, guiches. Reserve 3h

Peru - Migração é rápida, entrada da moto MUITO demorada. Pedem ajuda na caixinha. Reserve 3h

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  • 1 mês depois...
  • 2 semanas depois...
  • Colaboradores
matias, vc sabe quanto o teu amigo que foi de carro gastou?

nao sei ao certo, imagino que em torno de 6mil reais (casal)

 

matiasp9

 

 

Este relato esta postado aqui desde novembro e eu não tinha visto ainda.

Parabéns meninos pela viagem.

 

Adorei o estilo do relato, muito Bom!!

 

obrigado saulo, gostei muito do teu relato ao ushuaia tambem

abraço!

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