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  • Membros de Honra
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Um convite e uma informação era tudo que eu sabia. Meu amigo que mora em Santos, o Caue, me convidou pra uma festa que seria num sítio na cidade de Brasópolis. Sem muito questionar eu aceitei, afinal Brasópolis é perto de onde eu moro. Nos falamos na sexta e combinamos que quando eu chegasse em Brasópolis eu ligaria para um amigo dele, o Silvinho.

No sábado por volta do meio dia começou um temporal, liguei pra duas amigas que eu tinha chamado pra ir e elas desistiram, então me indaguei: Ir p/ Brasópolis? De carona? Com chuva e sozinha? Não vai rolar!

Pensei, pensei e cheguei a conclusão de que ficar em casa não seria nada legal e que o fato de não ter companhia p/ mim não seria problema sou espontânea e comunicativa faria amizades fácil e quanto a chuva eu poderia esperar ela passar.

Liguei p/ o Silvinho e disse que chegaria por volta das 16h, ele me explicou onde morava e disse que me aguardaria.

As 15h a chuva parou, eu lingeiramente zapei de casa rumo ao trevo, 15min passados e a minha primeira carona chegou, um médico cirurgião de Itajubá, o João Flávio, que me deixou na entrada de Piranguinho, ali eu fiquei meia hora, o que me deixou preocupada pq não passava carros, decidi que iria o restante de onibus, quando a segunda carona chega, um senhorzinho Marcos muito simpatiquinho que me deixou no meu destino. Ao descer do carro parei numa lanchonete de um posto de gasolina p/ saber como chegar a praça, tinha dois caras que explicaram e quando fui seguir o caminho, eles me interromperam dizendo que me levariam até lá, aceitei feliz da vida pq Brasópolis tem muito morro. Expliquei pros caras quem eu precisava encontrar e eles me deixaram na porta da casa do Silvinhu.

Eu estava uma hora atrasada e p/ o meu desespero não tinha ninguém. Tentei ligar e ninguém atendeu. Me lembrei que quando eu falei com o Caue, ele me disse que na cidade todos o conheciam, então fui a praça tentar obter alguma info.

Num barzinho perguntei p/ uns garotos se conheciam o Caue e se sabiam onde ele estava e os garotos me disseram que o Caue já tinha ido pro tal sítio que ficava a 8 km, pensei e agora? Voltar pra Pouso Alegre, não ia rolar e ficar na cidade também não, eu tinha que chegar no tal sítio.

Voltei a casa do Silvinho e ao lado tinha uma loja fiquei trocando idéia com uma garota que mais parecia uma Fifi Foqueira, ela me contou todas as pessoas que entraram e saíram da casa naquele dia, até que vimos uma garota e Fifi falou essa daí tava aqui hoje, fui até a garota me apresentei e contei pra ela a situação, p/ minha alegria ela tava indo pra praça ver se descolava uma carona pra ir pra festa. Na praça conhecemos garotos de duas bandas que tocariam na festa, uma banda tocava Punk e a outra New metal, foi quando eu soube que o nome da festa era Woodstock, pensei essa festa vai ser mais loka do que pensei e eu nem imaginava o que me aguardava.

Tomamos um vinho com os garotos e resolvemos encarar a pé os 8 km, fomos nos conhecendo, andamos muito, uns 6 km, já estávamos cansados quando uma caminhonete parou p/ dar carona, parecia cena de filme, 20 pessoas mais os instrumentos em cima de uma caminhonete.

Chegamos no sítio e fui encontrar o Caue que estava saindo pra me buscar pq o Silvinho tinha acabado de chegar sozinho, o cara tava dormindo e não ouviu a campanhia nem o telefone, pensou q eu não iria e foi pro sítio. Voltamos pro centro, os garotos foram tomar banho e depois fomos comer, chegamos na festa depois das 21h. Na festa vc pagava R$10 e a bebida era liberada, cinco bandas iriam tocariam. Quando fui pegar uma bebida o carinha me falou: Vinho ou Cogu, fiquei de cara, tavam distribuindo chá pra galera tomar. Eu nunca tinha tomado, mas experimentei, penso q estava fraco (risos), pq não tive nenhuma alucinação. Eu chapei, mas de forma diferente, eu tava feliz, só ria, tive dor na buchecha, ganhei o apelido de "Ser Feliz", estava num estado de graça, consciente pq me lembro de cada detalhe, contemplei por horas as estrelas, o céu estava maravilhoso, não via um céu assim a muito tempo, não é atoa q lá tem um observatório, as estrelas pareciam q estava ao nosso alcance, muito pertinho, mto brilhantes. Fez muito frio, ficamos ouvindo as bandas ao redor de uma fogueira, a energia de algumas pessoas contagiando todo o ambiente num clima de bem estar como se nada de mau pudesse nos acontecer, estava tudo azul, foi realmente show.

As bandas param de tocar e ficamos conversando e fazendo sinais de fumaça ao redor da fogueira até as oito da matina, quando montamos a barraca e fomos dormir, por causa do sol as 10h estávamos de pé, eu tava meio mole ainda com sono, mas sem nenhuma ressaca.

Fomos pro centro, tomar café da manhã: cerveja com salgado, depois ficamos jogando bilhar.

No horário do almoço fomos até um hotel fazenda, muito bonito com muitos bichos, muita natureza. Algumas pessoas almoçaram, outras não. Voltamos a praça tomamos sorvete e viemos embora, o Caue me deixou no trevo de Paraisópolis e seguiu pra São José pra uma bebedeira na casa da Mariana com seus amigos de Santos, o Rafa, o Di e o Luciano e no outro carro a Mariana mais uma amiga dela.

Eu peguei uma caropna com dois carinhas até a outra saída de Paraisópolis, fiquei um tempinhu e peguei uma caroninha até Cachoeira de Minas com um senhor q mal aguentava dirigir. Em Cachoeira o céu começou a fechar, não passavam carros, mas o único carro que veio parou era uma mulher q tava indo pra Sta Rita, caminho oposto a Pouso Alegre, mas resolvi aceitar a carona até a saída de Cachoeira pq seria mais fácil de conseguir carona, a mulher muito simpaticona, curtia acampar e talz, mas tava toda na estica, bem arrumada.

Ela me deixou no trevo e em seguida passou dois caras de moto, e um deles me ofeceu carona e vim com eles.

Cheguei em casa cansada, mas feliz. Tive um find estilosamente insano. Disso tudo, fica uma certeza, sempre temos que nos arriscar, ficar em casa estaganada não é vida e quando vc tiver velhinho vai contar o que pros netos? Arrisquem-se e vivam intesamente, pq a vida é agora.

  • Membros de Honra
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Não cad, a vida não é exatamente agora, ela acabou de passar faz um segundo... sempre.

Seus netos vão ter uma velha de primeira pra escutar, é isso aí!

 

Tenho uma meia duzia de amigos que são de Pouso Alegre e fizeram faculdade aqui em Sao Paulo. acho muito pouco provavel que conheça mas quem sabe essas desventuras do destino não nos reservam uma surpresa... um deles se chama Fabiano Scodeler, vulgo Zoio, e o outro é Nelson Simão.

 

É isso, beijoca

Thiago de Sa

  • Membros de Honra
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Falae Thiago, então no que depender de mim terei mtas estórinhas reais pra contar pros meus fófis.

 

Sobre seus amigos, bem... eu, por nome não os conheço, mas é possível q de vista eu saiba quem são, P.A é uma cidade pequena.

 

Qdo vier visitar seus amigos, me avisa[;)]

 

Bjosslkoss

 

Cláu

  • Membros de Honra
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Maneiro o findi em Claudinha! Sempre digo que a pior parte de qualquer trip é sair de casa. É onde rolam as coisas mais negativas, os amigos furam, os pais se preocupam demais, o trampo atrapalha, etc. Mas depois, quando se está na estrada, parece que tudo se transforma. Não importa se tá viajando sem grana, de carona, passando por perrengues... na estrada, tudo vira curtição e adrenalina!

On the road, sempre!

 

Bjus!

  • Membros
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É isso ai Craudinha, sobrevivemos a mais um find insano como vc fala, acho que agente tem bastante historia pra contar pra netos, filhos e bisnetos!

Beijão pra minha grande companheira de trip!

  • 3 anos depois...

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