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Bolivia - Chile - Peru: 28 Dias - 10.000 Km - R$ 3.100,00 (Dez/12 e Jan/13)


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legal, sempre ouvi relatos(antigos) que a estrada era horrível e tals será que consigo comprar na hora? (penso em ir final do ano)

 

Cara, conseguir vc consegue, mas as melhores empresas acabam antes. Se você não estiver sozinho, enquanto um fica na fila da imigração o outro vai até a "rodoviária" (terminal de buses) comprar. Pra isso vc vai precisar do nome completo e nº do documento (Rg ou Passaporte) de todos que irão viajar. Assim vc tem mais chances de um bom lugar em uma boa empresa.

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Tá top demais seu relato Leo! estou aqui obtendo várias informações preciosas, em Julho aproveitando o recesso escolar "também trabalho com educação" quero fazer um mochilão curto pela Bolívia de 10 dias, então tudo sobre a Bolívia me interessa muito agora! abraços!

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11º Dia – San Pedro de Atacama

 

O Hostel é bom. Tem internet, cozinha equipada, área arborizada pra descanso, churrasqueira e mais um monte de comodidades, mas tem tantas regras que mais parece um quartel do que um hostel. Banho só até as 22h, na madrugada não há água nas torneiras, não se pode usar computador ou a cozinha entre 23h e 6h, não tem café da manhã, nem a possibilidade de comprar um suco ou uma água no hostel. A única coisa boa era que a recepcionista é brasileira e facilitava muito a comunicação, mas o preço não compensava essa “vantagem”.

Nós estávamos tão cansados que acordamos perto das 9 da manhã neste dia. A Taia e a Lú foram comprar alguma coisa pra gente comer enquanto eu e o Roger arrumávamos as malas, num dado momento nós nos perguntávamos se isso não deveria ser ao contrário, mulheres arrumando malas e nós procurando rango...rsrs.

Quando elas chegaram, aproveitamos a ótima cozinha pra fazer um autentico breakfast. Ovos, bacon, mini salsichas ao molho, pão, suco e café. Não sei o valor de cada coisa, mas as meninas pagaram em tudo P$ 2450,00 na conveniência da esquina, na mesma esquina do Delicias Del Carmen do dia anterior.

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Durante o café alguém perguntou pra mim: “E ai? O que tem pra fazer hoje?”, foi nessa hora que eu me liguei o quanto fomos burros. Levados pelo cansaço da viagem e um pouco de mau humor coletivo em função deste cansaço, a gente foi dormir super cedo no dia anterior e esquecemos de passar nas agencias pra ver os passeios do dia de hoje. Nós tínhamos combinado durante a janta, que iríamos comprar passagens para Aríca na TurBus, andar pelas agencias pra ver os preços e fechar os passeios que a maioria decidisse pro dia seguinte, mas depois de descobrir que não tinha mais passagem pra segunda e que teríamos que ficar apenas um dia em SPA e não dois como queríamos, a gente viajou na maionese...esquecemos das agências e como conseqüência perdemos os passeios que sairiam pela manhã como Geisers Del Tatio, Lagunas Altiplanicas (esse eu queria muito) e Salar de Tara.

Quando me dei conta da burrice, puxei meu planejamento pra ver qual passeio sairia depois das 10 da manhã e dei uma relaxada porque haviam possibilidades para o período da tarde.

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Então acabamos o café, papeamos um tempinho nas espreguiçadeiras do hostel e encerramos a conta. O hostel não aceitou guardar nossas mochilas até a hora do bus e nessa hora eu realmente vi que não compensava esse lugar. Então galera, apesar da limpeza e qualidade das instalações, fique longe do Corvatsch se pensa em economizar e não se sentir explorado. Na tarde deste dia descobrimos duas opções com valores em torno dos P$ 6000 em quarto compartilhado, nos arredores do campinho.

Saímos com as mochilas para conhecer a cidade e uma senhora nos deu a dica de que o boteco da “rodoviária” era também um guarda volumes, nem pensamos duas vezes. Mochila grande é P$ 1500/dia e média P$ 800.

Quando saimos do boteco havia um comboio de cabras passando na rua como se fossem turistas e dividindo o espaço entre os carros.

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Sem o peso nas costas deu uma animada boa na mulherada que queria ver (e comprar) tudo que via pela frente. Toda vez que comprávamos um imã de geladeira, uma camiseta, uma lembrancinha qualquer e eu fazia a conversão pra Real e doía no peito.

A gente andava e tirava uma foto, andava e outra foto. Praticamente todas as construções em San Pedro são feitas de adobe, ou pau-a-pique como é conhecido por aqui, na pratica é barro mesmo, ou seja, choveu fudeu! Tudo começa a derreter, mas chuva por lá é raridade, em média 5 dias/anos e muito fraca, afinal é o deserto mais árido do mundo. Apesar disso, cada casa é diferente uma da outra e você sempre acha que a que vê agora é mais bonita que a anterior. SPA é assim, tudo igual, mas tudo diferente. O ar de faroeste tá em todas as ruas, a poeira, a tranqüilidade, o clima de festa dá uma sensação boa, tipo quando você percebe que enfim seu corpo está de férias junto com sua mente.

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Em cada agencia que entravamos ia dando mais e mais decepção sobre os passeios. Não achamos passeios em que garantissem que não iríamos perder o bus as 20:30h e ficamos putos com isso. Por outro lado motivou uma promessa coletiva de voltarmos a San Pedro em breve e nos dedicarmos exclusivamente a ela.

Então resolvemos conhecer a cidade até enjoar, a gente andou (e gastou) bastante nas lojas de artesanato e fomos à igrejinha da praça bem na hora do fim da missa. O padre (Felipe) era amigo do Cristiano e falamos que tínhamos feito o Salar com ele, mostramos fotos e recebemos uma benção em português com som de passarinhos dentro da igreja, paz total.

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Pra quebrar o clima zen o Roger propôs que o acompanhássemos em uma breja enquanto ele gravava em DVD as fotos do salar, em uma lan house na esquina da praça. Não somos de recusar companhia aos amigos! Tomamos 4 cervejas (cada) depois levantamos e fomos no museo Gustavo Le Paige, legal como todo museu, conta a história da colonização da região atacamenha pela civilização Tiwanaku. Chamou atenção uma urna funerária e vários instrumentos para consumo de alucinóginos, que aparentemente faziam parte da cultura.

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Fomos andar pela galeria que liga a praça ao campinho e encontramos uma barraca de camisetas escondida no final da Calle Licancabur com ótima malha e super baratas (P$5.000). No campinho também estão as refeições mais baratas da cidade. Comemos por lá. Os pratos de menu turístico variam entre P$ 2800~P$ 3500 e são bem servidos, além de uma delícia. Este campinho é o único lugar verdinho de SPA, mas não se engane porque é tudo grama sintética.

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Já eram quase 4 da tarde e não tínhamos mais o que fazer sem correr o risco de perder o busão, então colocamos em votação: beber umas no buteco da esquina ou ficar moscando pela cidade. Advinha o que ganhou por 4 votos a 0?

Pois é, passamos o resto do dia no buteco. Esse bar é um dos mais legais de Atacama, se bem que não conheci muitos, mas o clima de buteco ao ar livre na praça central é bem acolhedor.

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O clima ajudava.... sol forte, mas bem fresco na sombra.

Nesse bar há muitas opções de cervejas e nós decidimos experimentar uma de cada, o curioso é que uma lata de cerveja custa em média P$ 2.500 e vem só 350 ml. Tem umas bem mais caras, de até 8 mil pesos e a mais barata custava P$ 1.900, mas depois de várias cervejas, descobrimos que o que eles chamam de cristal nesse bar é a marca de um chopp delicioso e muuuuito mais barato que a cerveja. Tem de 300ml e de 500ml, o maior custava P$ 1.500 e emendamos em alguns destes. Nessa de pedir um chopp atrás do outro a gente começou a achar que o garçom tava querendo zuar a gente, porque cada vez mais o bar estava vazio e cada vez mais o chopp demorava pra vir. Depois de um bom tempo com o copo vazio eu injuriei, e embalado pelo álcool fui falar com o gerente da bagaça. Cara, devia ter feito isso antes, ele pediu desculpas e disse que enviaria um por conta da casa. Ai deu uma animada!

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Quando chega o chopp que o cara mandou a gente não acreditava, parecia um balde e não uma caneca. Dois litros de chopp em uma única taça. Gravem bem esse nome: Pitcher! Eu não sei porque, mas esse povo chileno é meio lesado, com todo respeito, mas chopp se chama chopp em qualquer lugar do mundo menos em SPA, lá se chama cristal, pitcher, ou qualquer outra coisa, mas a palavra chopp tu não vai encontrar no cardápio. Mas agora vem o melhor...sabe quanto custa o tal do Pitcher? P$ 2.000 pesos, isso mesmo, dois mil!!! E a gente pagando 2,5 mil em uma latinha de 350 ml...affff!

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Resumo da ópera: urubu virou “meu lôro”, o álcool virou o “gelol” da alma e se a cachaça fosse livro todo mundo tinha virado doutor nesse bar. Sei que a gente bebeu tanto, mas tanto que devia ter saído de lá com uma camiseta escrita no peito: Inflamável! A conta foi uma paulada: P$ 148.000 e deu uma tristeza danada na hora de pagar. Bem que o Roger lembrou a gente que nós bebemos pra esquecer! Pra lembrar a gente tira uma foto!

Depois de pagar foi uma correria até o ponto de bus e se a gente não tivesse guardado as mochilas no bar da “rodoviária” a gente tava fudido. Primeiro porque eu queria ver quem ia ser o He-man de carregar uma cargueira de quase 40 quilos se mal conseguíamos ficar em pé, segundo que não ia dar tempo e terceiro que assim que parasse de andar eu não embalava de novo não. Ainda bem que parei na porta do bus. Entrei, sentei e nem vi SPA ficando pra trás. Teve uma hora no meio da viagem que uma francesa sentada na minha frente me cutucou pra parar de roncar...kkkk.

A viagem foi tranqüila e apesar de bêbados, ninguém deu vexame no bus, fora o ronco, o cheiro de cachaça e a bagunça pra guardar as malas.

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