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[COSTA RICA] Eu, minha esposa e um bebê - PURA VIDA, Nov12.


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Fala galera, beleza?

 

Demorou mas saiu. Segue relato de uma breve viagem que fiz para a Costa Rica em novembro/2012, com minha esposa e meu filho de cinco meses. Como já faz alguns meses, não vou conseguir lembrar de tudo, principalmente sobre os valores, mas posso afirmar que foi uma viagem sensacional com momentos marcantes, como o primeiro contato do meu filho com o mar.

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AÉREO

Viajar para a Costa Rica não é barato, pelo menos na breve pesquisa que fiz. Passagens pela LAN para 02 adultos e um bebê (05 meses) com o trajeto: Brasília – Bogotá – San José – Bogotá – Brasília ficou na média de R$4.500,00 (c/ taxas). No nosso caso, ganhamos as passagens numa promoção que participamos de um restaurante texmex-latino daqui de Brasília. Portanto, não fiz uma pesquisa de preço e pouco posso falar sobre isso.

 

ROTEIRO

Como o tempo foi curto e o deslocamento via terrestre não é muito ágil (característico da américa latina) e visando aproveitar o máximo de dias no litoral, além de ser a nossa primeira viagem com nosso filho recém-nascido, concentramos nossa visita na região de Guanacaste, litoral norte do lado Pacífico. Oceano qual nunca tivemos a oportunidade de mergulhar.

 

O motivo da escolha é que nesta região estão localizadas as melhores praias do país, com os melhores pontos de mergulho/surfe e a possibilidade de mudar de ares deslocando alguns quilômetros/minutos de carro.

 

O que pesou também foi a viagem com um bebê e como nós já temos a preferência por litoral, nos abdicamos do turismo de aventura: vulcões, tirolesas, arvorismo, rafting, etc. Que é mais característico da região central do país.

 

Outro detalhe interessante e que gostaria de compartilhar é que saímos do Brasil somente com as reservas para os primeiros quatro dias em Playas del Coco. O resto da viagem definimos de acordo com o que deu na telha na hora. E apesar de estarmos com um bebê, não tivemos problema algum. E não poderia ter sido melhor.

 

A Costa Rica é um país pequeno, mas tem uma diversidade de atrações que confesso que fiquei muito perdido para definir o que fazer em tão pouco tempo. Como nós ganhamos as passagens de promoção, não tive muito tempo para buscar informações e planejar com antecedência como de costume. Aqui no Mochileiros.com não encontrei tanta informação como já consegui para outros destinos. Uma boa dica é o app para iOS/Android Lonely Planet Guia Costa Rica ($10usd). Me ajudou bastante a definir algumas coisas, tanto aqui no Brasil quanto in loco.

 

Sobre o clima, confesso que fiquei um pouco preocupado porque dizem que na Costa Rica chove bastante. Porém, os dez dias foram de sol forte na molera. Nenhum pingo de chuva. Dizem que Guanacaste e a terra do sol da Costa Rica. Na verdade, só vi chuva e tempo fechado quando subimos o morro, quase chegando em San Jose no último dia.

 

ITINERÁRIO

16/11: Saída de Brasília – San Jose. Traslado privado de San Jose para Playas del Coco, Guanacaste

17/11: Playas del Coco

18/11: Playas del Coco, Mergulho Golfo Papagayo e Playa Hermosa

19/11: Playas del Coco, Mergulho Golfo Papagayo e Playa Ocotal

20/11: Traslado Táxi de Playas del Coco para Brasilito

21/11: Brasilito e Playa Flamingo

22/11: Brasilito e Playa Conchal

23/11: Traslado Táxi de Brasilito para Tamarindo

24/11: Tamarindo

25/11: Traslado privado de Tamarindo para San Jose. Voo de volta para o Brasil

26/11: Chegada em Brasília

 

DIA 01

Saída de Brasília pela manhã e voo tranquilo de cinco horas até Bogotá. Escala de duas horas e mais outras tranquilas duas horas e meia até San José. O processo de imigração nunca foi tão rápido - estar acompanhado de um bebê de colo tem suas vantagens, mesmo se ele gofar no chão do aeroporto em frente à polícia. Pode ter certeza que irá arrancar sorrisos, assim como foi na chegada à Costa Rica.

 

Por conta do fuso-horário (-4h Brasília), chegamos por volta das 17 horas locais. Para não perdermos um dia com pernoite em San Jose, contratei daqui do Brasil um serviço de transfer privado com o Mainor da Tours Your Way (http://www.tours-your-way.com), pois precisava de conforto, segurança e rapidez. O custo ficou $180usd e o automóvel era uma Toyota SUV em ótimo estado. Foi tudo como combinado e assim que saímos do aeroporto pegamos a estrada para enfrentar mais quatro horas de viagem. Pegamos bastante trânsito na saída de San José, depois ficou bem tranquilo. As condições da estrada estavam boas e não tivemos problemas. O Mainor dirigiu de forma bem cuidadosa.

 

Chegamos na pousada Villa del Sol (http://www.villadelsol.com/) em Playas del Coco por volta das 22h. Fomos recebidos pelo caseiro que nos levou até o quarto e chapamos o quanto antes para conseguir acordar energizados para o dia seguinte.

 

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E o bebê? Nunca imaginei que ele seria tão sossegado, pois foi um dia bem cansativo de viagens e fusos diferentes. Mas o moleque incorporou bem o espírito mochileiro.

 

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DIA 02

Conseguimos acordar cedo e com aquela disposição de sobra de início de viagem. A pousada Villa del Sol é muito bacana. Fica um pouco afastada do centro de Coco - 15~20min de caminhada ou 3min de táxi. O valor da diária foi $60usd com café da manhã, que é preparado na hora. A pousada tem piscina e é muito bem arborizada. O quarto é “ok” e suficientemente confortável para dormir, tomar banho e ficar o dia fora. Quando chegamos, estava muito empoeirado por conta da reforma do quarto ao lado. Falamos com o proprietário (Serge, canadense de uns 60 anos muito gente boa) e pediu mil desculpas e não tivemos mais nenhum problema. Ele também foi muito gentil e atencioso para nos orientar em tudo que precisávamos.

 

Tiramos o dia para explorar o centro de Coco, agendar nossos mergulhos na Summer-Salt Dive Center e comprar mantimentos. A praia de Coco em si não é muito interessante, mas é a melhor opção para se hospedar e conhecer praias que ficam mais próximas. O melhor estabelecimento para passar o dia é o Café Playa. Não é barato (long neck Corona na faixa de R$10,00), mas o ambiente é tranquilo, bom atendimento e ótima comida. Fica a uns 100 metros da pousada Villa del Sol.

 

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À noite, assim como nos outros dias em Coco, saímos para jantar e experimentamos vários restaurantes, sem repetir nenhum. Não há nenhum em especial e que seja imperdível, mas também não fomos em nenhum que seja terrível.

 

Dicas interessantes:

Pacific Lobster – comi uma lagosta gratinada muito bem servida: valor + ou – R$80,00.

 

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La Vida Loca – um pub maneiro para tomar cerveja e ficar petiscando.

 

Café Playa – eu e minha esposa somos viciados em ceviche. Neste restaurante foi onde comemos o melhor da viagem: valor + ou – R$30,00.

 

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DIA 03

Primeiro dia de mergulhos. Acordei cedo e fui para a operadora Summer-Salt (http://www.summer-salt.com). Minha esposa decidiu de última hora em não fazer os mergulhos por conta do nosso filho.

 

A Summer-Salt merece um destaque especial. Não foi a cotação mais barata e nem a mais cara que tive para os mergulhos no Golfo do Papagaio. Paguei $200usd para duas saídas (quatro mergulhos). Porém, o destaque é para o proprietário Patrick, um suíço que mora por lá há algum tempo. O cara simplesmente foi sensacional e redigiu e-mails gigantes com a maior quantidade de informações possíveis enquanto combinávamos o pacote de mergulho e conversámos sobre a Costa Rica. Sempre muito esclarecedor e ajudando e indicando as melhores opções de acordo com as nossas necessidades. Por exemplo, fechei com a Villa del Sol e Tours Your Way confiando 100% no que ele me falou e não tive arrependimento. Para se ter uma idéia, o Mainor da Tours Your Way me perguntou de onde eu tinha conhecido sua empresa, e falei que foi pela Summer-Salt. Ele achou interessante pois nunca havia falado com o Patrick antes.

 

Os mergulhos: percebi que a paisagem se assemelha bastante com mergulhos que fiz em Guarapari/ES, tanto na geografia (formação vulcânica), visibilidade (15metros) e temperatura da água (23 graus - talvez um pouco menos fria). Neste primeiro dia mergulhei na Punta Argentina e Tortuga. No primeiro vi bastante arraias (sting e eagle rays) e muitos baiacus. Realizei um sonho pessoal de mergulhar com várias arraias de tamanho consideráveis. Só experimentando para saber como é. No segundo ponto, comentei que gostaria de ver tubarões e na Tortuga é certo de vê-los. A espécie mais comum por ali é o white-tip sharks (galha branca). Infelizmente avistei somente um não muito grande, no máximo um metro. Também não estava muito curioso e logo se afastou. No geral foi um mergulho com muitos cardumes e um pequeno naufrágio, foi legal.

 

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Buceos feitos, hora de voltar para a família. Pegamos um táxi (R$10,00 - 10min) e fomos para a praia ao lado, que se chama Hermosa. Como era um sábado, o local estava mais movimentado, com vários ticos assando uma carne, tomando cervejas, etc. Achamos um local bem bacana, que se chama Aquasports Bar, que estava rolando uns reggaes/dub maneiros, cerveja gelada e um bom ceviche. Ficamos até o final do dia curtindo a praia e depois voltamos para a pousada Villa del Sol e saímos para jantar, para não perder o costume.

 

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DIA 04

Segundo e último dia de mergulhos e na área de Coco. Desta vez fomos para um ponto próximo do dia anterior que se chama Sorpresa. E para minha surpresa (trocadalho do carilho), foi um dos mergulhos mais sem graça que fiz na vida. A corrente estava moderada para forte, tive problemas com meu lastro e não vi praticamente nada. Bateu um desânimo. Quando terminamos, comentei que gostaria de ver mais tubarões e eles perguntaram se gostaria de cair na Tortuga novamente. Concordei e acho que foi a escolha certa. Logo na descida, ficamos parados por uns cinco minutos no fundo de areia e um tubarão, que parecia ser o mesmo do dia anterior, estava repousando nesta área. Ele ficou dando várias voltas e cada vez se aproximava um pouco. Foi bem legal, por mim ficaria parado ali os trinta minutos restantes, só observando.

 

Buceos feitos e a primeira aventura da viagem realizada, hora de voltar para a família. Fomos para a Playa Ocotal de táxi (R$10,00 – 10min). Esta praia é uma pequena faixa de areia e parece ser um pouco mais isolada. Mesmo sendo um domingo, estava bem vazia, praticamente só a gente. Das três, foi a mais bacana e realmente valeu uma visita para passar o dia. Chegamos nela por volta das 10h30min, caminhamos um pouco, nos instalamos debaixo de uma sombra de árvore e ficamos curtindo o mar e a paisagem. Há somente um estabelecimento no local, chamado Father Rooster. Neste dia tivemos que esperar até 12h ou 13h para abrir. Bem tranquilo para tomar uma cerveja e comer uns petiscos. Das praias que ficamos, na minha opinião, a Ocotal só perdeu para a Conchal em termos de beleza natural.

 

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Tem como alugar equipamento de snorkel (+ ou - $20usd [caro!]) e observar uns pequenos peixes perto das rochas. Não dá para comparar como fazer snorkel nas águas caribenhas de San Andrés ou Los Roques mas para quem gosta e mora em Brasília, como eu, toda oportunidade vale a pena.

 

Observação interessante: num determinado momento enquanto biritávamos no Father Rooster, tocava umas músicas bem legais até que, para nossa surpresa – Michel Teló, Gustavo Lima e você bombando no estéreo. Inacreditável mas... há quem goste.

 

No fim do dia, regressamos para Coco e conversa vai e conversa vem com o Serge (dono da Villa del Sol), decidimos ir para Brasilito na manhã seguinte para conhecer a Playa Conchal e Flamigo. Dizem que a primeira é uma das (ou a mais) bonita da Costa Rica.

 

DIA 05

Partimos cedo de táxi ($50usd - 1h) rumo à Brasilito. Viagenzinha tranquila num carro cheio de penduricalhos. Não havíamos reservado nenhum hotel, apenas tomei nota de alguns opções de hospedagem via app do Lonely Planet e fomos tentar a sorte. Chegamos no Hotel Brasilito por volta das 10h, onde as donas são umas australianas e já conseguimos um quarto de cara - diária de $35usd sem café da manhã (há um restaurante independente no lobby do hotel). É uma cidade muito pequena e pouco estruturada, não tem muito o que fazer. Serve de ponto de apoio para visitar as playas Conchal e Flamingo. O hotel é bem simples e tem muitos reviews desanimadores no Trip Advisor. O que favorece é a boa localização, bem no centro e de frente para o mar. As acomodações são bem simples e a sugestão é: abstraia do luxo e incorpore de vez o espírito mochileiro/aventureiro. Se quer algum luxo, vá para o resort Flamingo.

 

Depois de nos acomodarmos, fomos explorar a cidade e achar algum lugar para almoçar. Estava um calor da moléstia – aposto que o diabo pediria arrego. Depois de andar quase meia-hora e passar por diversas opções de restaurantes, encontramos um lugar bem simples que nos chamou a atenção: Café del Manglar (Café do Mangue). Tiro certeiro. Os donos do estabelecimento são extremamente atenciosos e conversamos bastante e a comida excelente. Uma das melhores da viagem. O preço não me lembro bem, mas devo ter gastado em torno de R$80,00 a R$100,00. Pelo menos aqui em Brasília é impossível comer com esta qualidade por este preço.

 

A praia de Brasilito é bem fraquinha, mas passamos o final da tarde vendo o pôr-do-sol e à noite saímos para jantar. O restaurante desta noite foi o Red Lobster, se não me engano, mas também não merece nenhuma atenção em especial. A programação para o dia seguinte era conhecer a playa Flamingo.

 

DIA 06

Acordamos cedo (como sempre) e decidimos tomar café da manhã no restaurante do hotel. Muito caro e proporcionalmente fraco, não recomendo. Pegamos um táxi que tinha meio milhão (sério!) de quilômetros rodados ($10usd – 10min, até parece padrão né?) e fomos para Flamingo. Aqui, a única área que presta é a região que fica próxima ao resort Flamingo Beach Resort, inclusive a praia. Assim como a Conchal, é uma das poucas praias de areia branca da Costa Rica. Por conta do hotel, as coisas são um pouco mais caras do que de costume. Alugamos espreguiçadeiras e um guarda-sol por $10usd (achei bem razoável) e passamos o dia inteiro por lá. Valeu a visita. Comemos pela primeira vez um ceviche servido num copo descartável (e até que estava bom). Almoçamos no restaurante do resort. Boa comida e preço médio.

 

Voltamos para Brasilito e à noite jantamos numa birosca que marcou a nossa viagem – LA LANGOSTA LOCA. O restaurante é um barraco e o tico dono do lugar fica na rua chamando os clientes. Numa dessas ele nos abordou e perguntamos se aceitava o cartão pré-pago da Amex (Global TravelCard). Ele disse que somente em dinheiro. Nos desculpamos e falamos que não tínhamos dinheiro em espécie, etc. O cara insistiu tanto que nos fez entrar, sentar no restaurente e escolher qualquer coisa do cardápio. Confesso que ficamos bem sem graça com a situação. Acabamos pedindo duas cervejas e um lomo salteado que estava muito bom por sinal. E não pagamos nada e o tico ainda insistiu para pedirmos mais alguma coisa. No final das contas, ficamos extremamente impressionados com a hospitalidade e a atitude do rapaz e ganhamos um jantar de $12usd.

 

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Dicas interessantes:

Cartão Pré-pago – tenha preferência pelo Visa Travel Money. Em Brasilito precisei sacar com o meu Global TravelCard (Bandeira American Express) e não havia bancos que aceitavam o cartão. Tive que fazer uma mágica para não ficar descapitalizado pois meu dinheiro vivo estava um pouco contado para os próximos dias. Só consegui sacar dinheiro num banco em Tamarindo.

 

DIA 07

Adivinhe? Acordamos cedo e desta vez resolvemos tomar um café da manhã numa birosca ao lado da Langosta Loca (eu e minha esposa temos uma tradição de não repetir restaurantes nas nossas viagens, por melhor que tenha sido), além do que já estava devendo $12usd e não queria ser tão cara de pau e tomar café de graça também. Desta vez, pedi o tradicionalíssimo Gallo Pinto às 8h30m:

 

- Arroz com feijão

- Ovo frito

- Banana frita

- Sourcream (parecia uma maionese – este não tive coragem de encarar)

- Pão frito com queijo

 

Fiquei daquele jeito, pronto para encarar a caminhada pela praia até Conchal. Saindo do Hotel Brasilito até lá, o caminho é todo pela praia e fizemos em uns 15 minutos com mochilas e um bebê no sling. Bem sussa. Nós esperávamos uma caminhada maior. Realmente a praia é muito bonita, de areia branca por causa da conchas, até a água tem um tom azul turquesa, diferente das águas esverdeadas da Costa Rica.

 

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Arrumamos um lugar na sombra e logo fomos abordados por uma simpática senhora oferecendo um passeio de barco com snorkel e um pescado fresco assado na brasa - $70usd para a família. Pensei um pouco, achei caro por um momento mas decidi fazer, mais para ajudar no PIB dos nativos do que por interesse. Conhecemos o capitán Gallo, nativo de Brasilito, e fomos fazer o passeio. Colete salva-vidas no moleque e vamos que vamos. Fizemos uma parada, minha esposa fez um pouco de snorkel mas não achou interessante e o capitán foi tentar pegar algum peixe na modalidade pesca-sub. Nada feito, içamos a âncora e fomos para outro ponto. Desta vez caí na água e fiquei vários minutos acompanhando um peixe bem colorido, foi interessante. A boa notícia é que o nosso amigo Gallo voltou com um pargo rojo e na volta à praia foi assado fresquinho na brasa. X-O-T-A, show!

 

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O resto do dia foi ficar gastando lombra e falando potoca apreciando a paisagem. Ficamos até o pôr-do-sol, que por sinal, sempre vale a pena na Costa Rica. No lado do Pacífico sempre se põe no mar e é um espetáculo a parte. Situação que não temos aqui no Brasil, a não ser em Jericoacoara e em algum outros poucos lugares.

 

Dica interessante:

Restaurante Hotel Brasilito – foi um dos sunsets mais bacanas de se ver. As luminárias amareladas do restaurante contrastando com o laranja/fogo do céu é show de bola.

 

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À noite decidimos procurar um lugar mais bacana para jantar. Quando fomos para a Playa Flamingo no dia anterior, o taxista mostrou um comércio e falou de alguns bons restaurantes que haviam por lá. Decidimos encarar e ficamos no Angelina. Restaurante chique, preço salgado e comida excelente. Devo ter gasto uns R$200,00, mas valeu a pena. Durante nosso jantar, decidimos ir para Tamarindo na manhã seguinte, até porque já tínhamos feito tudo que era possível em Brasilito. Viajar é isso.

 

DIA 08

… acordamos cedo, tomamos café no quarto com os mantimentos que sobraram do dia anterior e tinha uma obrigação a cumprir: saldar minha dívida na Langosta Loca. Fiz umas contas e consegui separar $15usd para pagar o jantar que foi $12usd, mesmo achando que pelo seu atendimento o tico merecia mais, não tinha como pagar pois estava descapitalizado de dinheiro em espécie. Dever cumprido e fomos pegar um táxi (não lembro o valor, mas foi coisa de 20min) rumo à Tamarindo.

 

Assim como fizemos antes de ir para Brasilito, olhei algumas opções de hospedagem e fomos tentar a sorte. A primeira opção foi um hostel com as melhores avaliações no Trip Advisor - Mirador B&B. Fica num ponto bem alto de Tamarindo. Batemos com a porta na carta, pois não haviam vagas. Pareceu um lugar muito bacana mas acho que o destino quis assim, pois a segunda opção foi certeira – Hotel Villa Amarilla (http://www.hotelvillaamarilla.com), na beira da praia, ao lado do resort Diria Beach.

 

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A Villa Amarilla foi um hotel adquirido por um casal de Los Angeles (Cindy e TJ) em abril/2012. E eles estão aos poucos reformando e deixando tudo uma beleza. Pagamos $80usd com café da manhã (diária mais cara da viagem) por um quarto com vista para o mar. Cindy e TJ são muito receptivos e tivemos uma excelente estadia. Chegamos por volta das 10h, e logo que possível nos acomodamos e fomos curtir uma praia.

 

Tamarindo, ou TamaGRINGO é bem conhecida por ser um pico de surfe, com ondas perfeitas para iniciantes. Como sou de Brasília, nunca tive a oportunidade de praticar o esporte e desta vez não perdi a oportunidade. Paguei $30usd pela aula com a Surf Dogs indicado pela Cindy – os preços médios para aulas de duas horas são de $45usd. Por já ter experiência com skate, facilitou bastante a situação e logo na primeira marola com o pranchão já consegui ficar em pé. E já aviso logo para quem não é preparado, duas horas é pra moer neguim!

 

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Dicas interessantes:

Bamboo Sushi – um restaurante bem legal para comer um peixe cru. Pratos muito bons porém de preço salgado. Aliás, Tamarindo foi o lugar mais caro que visitamos.

 

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Artesanato – tem várias opções para comprar presentes e artesanatos em geral. Comprei diversas lembranças, pechinchei bastante e consegui bons negócios.

Noite/Baladas – a vida noturna de Tamarindo é agitada. Apesar de não ter ido em nenhuma.

 

DIA 09

Penúltimo dia de viagem e... acordamos bem cedo, tomamos o café da manhã no jardim da pousada, observando o mar. Logo depois fomos curtir a praia. O bom é que apenas um pequeno portão azul separa a pousada da areia, então não temos a necessidade de levar toda a tralha conosco. Podemos deixar no quarto e qualquer coisa é só ir buscar. Aproveitei a manhã para mais um pouco de surfe. Desta vez, peguei uma prancha menor e foi mais desafiante. Penei um pouco mais para conseguir ficar em pé. Encorajei também minha esposa para fazer um pouco da aula e ela foi e também se amarrou. Realmente é muito bacana o esporte e o contato direto com a natureza. Se tiver a oportunidade, faça!

 

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À tarde, reservamos para comprar algumas lembranças da viagem e arrumar um pouco da mala pois na manhã seguinte iríamos partir de volta para San José. Na pousada há também um serviço de massagem e resolvemos fazer. Fica outra dica: o pôr-do-sol de Tamarindo foi o mais espetacular que já vi na vida. Do jardim da pousada foi possível ver o sol queimar no horizonte até a noite cair. Sensacional.

 

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Dicas interessantes:

Koi Sushi– de noite fomos para um bar/danceteria que parecia ser da Heineken. Comemos um sushi muito bom, um tal de atum branco que nunca tinha experimentado. Parece ser um lugar legal para a noitada. Não sei dizer ao certo pois fomos embora cedo.

 

DIA 10

Aqui é um misto de tristeza e desespero, o último dia. Desta vez não acordei cedo. Madruguei – 5h20 estava de pé. Queria aproveitar a última oportunidade para um surfe durante um bom tempo. Olhei para o mar e a maré estava baixíssima. Ou seja, não era possível praticar. Confesso que fiquei bem desapontado. Não bastava ser o último dia de viagem e ainda por cima iria embora sem fazer o que queria. Enfim, tomamos o café da manhã e resolvemos dar uma caminhada pela praia, pois umas 11hr nosso transfer (Tours Your Way - $180usd) estaria nos aguardando para nos levar de volta para San José.

 

Nesta caminhada despretensiosa, tivemos uma grata surpresa. Uma tartaruga verde saindo da água, botando os ovos na praia e voltando para o mar. Que momento. Difícil explicar em palavras. Uma breve história: Tamarindo está localizada num parque ecológico nacional de tartarugas e antigamente era uma praia de desovas. Com o crescimento da cidade e por causa das luzes artificiais na costa, as tartarugas abondaram o local por ficarem desorientadas. Por isso, este momento se tornou muito mais especial pois é um acontecimento raríssimo atualmente e agradeço a natureza por ter tido esta oportunidade com minha família. Foi uma despedida em grande estilo da Costa Rica. Para se ter uma idéia, os donos da Villa Amarilla nunca haviam visto e nem tido notícias recentes de tartarugas fazendo desovas em Tamarindo, ainda mais em plena luz do dia. Apesar de ter sido um evento fantástico, é uma pena pois a tartaruga provavelmente estava perdida.

 

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Infelizmente ficamos prontos para a viagem de quatro horas de volta para San José. Nosso vôo estava marcado para o final do dia e não podíamos perder nenhum minuto. No final, tudo deu certo. Embarcamos e chegamos em Brasília numa manhã chuvosa de segunda-feira. Boa para alimentar aquela depressão pós-mochilada que aflinge todos nós.

 

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CONCLUSÃO

A Costa Rica é um destino que vale uma visita. Sei que conhecemos muito pouco do que este pequeno país tem a oferecer. Infelizmente tenho que concordar quando falam que é o país mais caro da América Central. Se não tivéssemos ganho as passagens, com certeza iria demorar algum tempo para conhecer. Considerando todos os custos (exceto aéreo que não tivemos), gastamos em torno de R$5.500,00 para a família. Porém, não deixamos de fazer alguma coisa por conta de dinheiro, tentamos aproveitar ao máximo tudo o que podíamos. Creio ser possível viajar por muito menos e que também é muito fácil gastar muito mais por lá. E se tiverem crianças, sejam recém-nascidos ou mais crescidos, levem-os sem pestanejar.

 

Espero que este relato desta experiência única ajude e anime quem pretende conhecer a Pura Vida.

 

Grande abraço e estamos aí para ajudar e tirar dúvidas!

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Editado por Visitante
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  • Colaboradores

Cara, mto bom o seu relato!

 

Uma região da CR que pouca gnt vai. Talvez eu vá em junho para um Congresso, mas a passagem aérea tá uns 2.000 reais! Mto cara!

 

Essas fotos são todas da GoPro? Qual o modelo? Hero 2 ou a 3? Vc usou algum acessório tipo Dive Housing?

 

Tenho a Hero 2 Outdoor edition.. Vc conhece alguma loja online aqui no Brasil pra comprar acessórios? Tá difícil achar uma boa loja.

 

Abração

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  • Membros
Cara, mto bom o seu relato!

 

Uma região da CR que pouca gnt vai. Talvez eu vá em junho para um Congresso, mas a passagem aérea tá uns 2.000 reais! Mto cara!

 

Essas fotos são todas da GoPro? Qual o modelo? Hero 2 ou a 3? Vc usou algum acessório tipo Dive Housing?

 

Tenho a Hero 2 Outdoor edition.. Vc conhece alguma loja online aqui no Brasil pra comprar acessórios? Tá difícil achar uma boa loja.

 

Abração

 

Valeu DSS!

 

Realmente tive um pouco de dificuldade de achar informações sobre a área de Guanacaste. Foi um dos motivos que acabei indo com o roteiro pela metade. Mas foi bacana, valeu muito a pena. R$2.000,00 a passagem? Tá mole não... Será que não rola de usar milhagem da TAM pra viajar de LAN?

 

Sobre as fotos, nesta viagem usei duas câmeras:

 

Nikon P500 e

GoPRO Hero 02:

- Minha esposa com o bebê

- Dentro do avião

- Mãos dadas na espreguiçadeira

- Mergulho

- Pescador

- Surfe

 

Eu também tratei as fotos usando o iPhoto do Mac (windows deve ter semelhante). Nada profissional, só uns ajustes rápidos de cor e definição. Melhoram a qualidade absurdamente das imagens. Depois fiz as montagens no Photoshop. Sou daqueles que gostam de ter o álbum impresso. O resultado fica bem legal.

 

Eu usei o Dive Housing sim. Faz toda a diferença para fotografar/filmar os mergulhos. Porém, fora d´água é a mesma coisa que o case padrão. A água da Costa Rica é bem esverdeada, o que é um problema pra tirar fotos. Tentei tratar no computador pra conseguir a cor mais real, mas foi bem difícil. As fotos originais ficaram verdes fluorescentes. Tem um acessório que compensa isso, o qual será minha próxima aquisição (http://www.polarprofilters.com/product-category/hero-3-filters/). Em resumo, quanto mais fundo mergulhamos, a primeira cor que deixamos de enxergar é o vermelho, e este filtro compensa essa perda, tornando as fotos/filmagens mais fiéis às cores verdadeiras.

 

Semana passada eu troquei minha GoPRO 02 pela 03 Black Edition. A diferença da qualidade do próprio equipamento quanto das fotos/filmes que os caras conseguiram de um modelo para o outro é absurdo. Vale a pena trocar só se for pela Black Edition. Se não me engano, a 02 é quase equivalente a Silver e superior à White. Tem que colocar na balança os specs e ver direito.

 

Sobre os acessórios, não tem jeito. Compro tudo fora nos EUA, tenho a sorte de ter conhecidos que vão pelo menos umas duas vezes por ano pra lá. Aqui no Brasil os preços são absurdos... pra tudo!

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  • Membros
ÓTIMO RELATO. Admiro muito a iniciativa de viajar com o bebê, show de bola. Planejo conhecer a Costa Rica ainda em 2013. Lindas fotos!

 

Valeu Willy! Realmente foi uma experiência única. No Reveillon já fomos pra Jericoacoara e em outubro/13 estou planejando fazer uma rota de Porto Seguro até Abrolhos, pra mergulhar no esquema live aboard. E tudo com o moleque nas costas. Quem tiver a oportunidade, recomendo demais.

 

Se precisar de alguma ajudar no planejamento da viagem, só falar.

 

Abçs!

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  • 7 meses depois...
  • Membros

Muito bom o seu relato. estou pesquisando p ir p costa rica e adorei suas dicas! Estou pensando em ir em março com meu filho de 10 meses e tenho algumas dúvidas? Vcs levaram carrinho? E cadeirinha de carro, como vcs fizeram? Será q vale a pena alugar um carro lá? E berço? Muito obrigada. Tenho muitas dúvidas pq será minha primeira grande vuagem com meu filhote!

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  • Membros

Valeu Luiza! Vamos as dúvidas:

 

1. Não levamos carrinho, mas poderíamos ter levada. Teria sido bem útil. Como ele ainda era de colo, teve momentos que pesou bastante!

 

2. Cadeira de carro eu solicitei apenas pro transfer de San José - Guanacaste - San José. Pois é um trajeto de quatro horas e na estrada. Nos demais, os trajetos eram bem curtos e por rodovias tranquilas.

 

3. No caso do meu roteiro, não senti falta de carro. Acho que ninguém melhor do que você para avaliar. Foi uma despesa a menos.

 

4. Nós ficamos em quartos sempre com duas camas. Juntamos as duas e encostava na parede. Não sentimos falta de berço também. Dependendo do nível do hotel, talvez forneçam.

 

5. Viaje sem medo. Nada melhor para o nosso filho do que a companhia dos pais. Depois da Costa Rica, já fui para Jericoacoara, Itacaré e Curaçao com o moleque. Quanto ao roteiro de Costa Rica, veja bem qual o destino. Eu optei por não ficar na região interior porque acho que seria demais. Pois é mais voltado para o Turismo de Aventura. Talvez para crianças mais velhas seja interessante.

 

Obrigado e precisando de algo mais, estamos aí!

 

Abraços.

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