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Transiberiana - de Moscou a Beijing


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Obrigada pessoal!

 

Ataide, põe baita nisso!! rsrs A viagem está sendo incrível...Acabei o trecho Moscou-Beijing e na verdade estendi até Pyongyang...Acabei de voltar da Coreia do Norte, então obviamente não estava rolando de postar nos últimos dias..hehe

 

Vou atualizar aqui os relatos, porém estou meio na correia e vou ficar devendo as fotos. Assim que possível coloco mais fotos e videos também!

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IRKUTSK – ULAN BATOR

 

Hora de encarar mais umas 30 horas de trem... Dessa vez não consegui comprar meus mantimentos com calma em um supermercado primeiro porque não achei nenhum próximo à estação, depois porque no meio da busca fiquei sem dinheiro porque resolvi comprar um Subway, que meu Deus, coisa cara!!! Foi tipo uns quase 30 reais por um Subway com uma água porque aqui até o queijo é opcional....

Ao chegar no trem, que grata surpresa!! A providinista falava um inglês super básico, mas já era alguma coisa...Além disso, a cabine era muito, muito confortável mesmo!! Fiquei impressionada...O vagão era novinho, cheirosinho, limpinho sem a bagunça da terceira classe. A caminha era super confortável, o cobertor era edredom, o banheiro era bem mais arrumadinho, enfim, um luxo só!! Rsrs Para exemplificar a subida na vida que eu dei indo pra 2ª classe, a providinista na 3ª classe limpava o trem 2x por dia com uma vassourinha e aqui já foi logo chegando com aspirador de pó e tudo mais hahah

Passado meu deslumbre, percebi que ninguém mais tinha entrado no trem...Pensei comigo mesma que talvez o trem fosse encher nas próximas estações....Eis que chegamos na fronteira com a Mongólia no dia seguinte a tarde e depois de umas 15h de viagem, ainda era a lonely traveller!! Quando chegamos na fronteira, umas 500 pessoas vieram olhar meu passaporte e revistar o vagão. Depois, o providinista do turno disse que era pra eu ir passear e voltar as 16:30, quando o trem iria partir para a Mongólia...Cansada de ficar no trem sem nada pra fazer, peguei meu dinheiro, passaporte e fui dar uma voltinha na estação que não tinha nada. Quando olhei pra tras o trem estava indo embora... Confesso que rolou uma pequena emoção quando pensei “ Será que o cara mandou eu esperar outro trem que passa as 16:30?? Cade minha mala??”, mas como eu era a única pessoa do lugar, não tinha sequer alguém para me tirar essa dúvida...Bem, como não adiantava preocupar, resolvi ligar o fodas e esperar pra ver se o tempo voltava (e ele demorou, mas voltou).

As 16:30 voltei pro trem e tcharaaaammmm....Dessa vez entrou mais um cara da Mongólia! “Uhuuuu, hora de sair do mute”, fui logo pensando! Só que não....Ele mal mal falava “Hello” e não estava rolando de tentar uma conversa e assim que fizemos os procedimentos de imigração na alfândega da Mongólia ele foi embora e eu fiquei sozinha de novo!

Bem, sem nada pra fazer, só me restou mesmo passar o tempo escrevendo para o blog e jogando buraco no celular...Joguei tanto que consegui acabar com a bateria mesmo no modo avião rs.

Até que a viagem não demorou tanto e não foi sofrida...Queria mais gente para interagir, mas por outro lado também foi muito bom ficar toda bonitona sem ter que dividir com ninguém. 30h de privacidade valiosa!

Chegando na Mongólia, o pessoal do hostel tinha ido me buscar pois ainda eram 05:30 da manhã. Ao chegar no hostel – Golden Gobi (super indico como hostel e também como agente de viagens) – a Mama, que era a senhora dona do lugar – já estava de pé pronta para me fazer café, torrada, panqueca, ovo, etc. Ela é demais, assim como o resto do pessoal do albergue também é muito bacana. Foram extremamente receptivos e gentis.

Depois da viagem e de acordar tão cedo, aproveitei para tirar um cochilo antes de explorar Ulan Bator.

Até mais

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MONGOLIA

 

Após acordar, dar uma olhadinha na internet e tomar um banhinho, sai para desbravar UB! Ulan Bator é a capital mais fria do mundo, com temperaturas no inverno chegando a -30. Pra ser mais precisa, menos de 1 mês antes de eu chegar aqui, a temperatura estava em torno de -20, porém, graças aos bons deuses do tempo, durante a minha estadia estava em torno de uns 15 graus positivos.

A cidade não tem muitos pontos turísticos para serem visitados e os que tem dá para visitar sempre caminhando. Como já disse antes, o que mais gosto quando viajo é mesmo ver o povo na rua, o dia a dia, mais até do que os pontos turísticos, então para mim isso não é um problema e continuo achando a visita interessante. UB é bem parecida com uma cidade russa, com todos seus prédios em estilo soviético (e que na verdade foram até mesmo construidos pelos próprios russos) e letreiros em cirílico, porém com pessoas com fisionomia oriental e alguns templos budistas no meio do caminho...

Durante meu passeio pela cidade, pude perceber que na Mongólia o pessoal já valoriza mais comida que na Rússia. Não sei se já disso isso antes, mas na Rússia não via nenhum lugar apetitoso, nenhum restaurante charmoso, convidativo, que desse vontade de ficar...Já na Mongólia, mesmo sendo muitissimo mais pobre, já há alguns lugares mais arrumadinhos. Eu não fui em nenhum restaurante porque não curto gastar muito dinheiro com comida, ainda mais desacompanhada, mas eu fui tomar uma cervejinha e comer um sanduiche num pub bem famoso de Ulan Bator chamado Grand Khan Pub. O ambiente é legal, mas a comida é bem ok (depois vi na internet algumas pessoas comentando que a qualidade da comida lá varia bastante dependendo do dia...Tem dia que está muito boa e dias que está apenas ok).

Na Mongólia a grande maioria dos carros a direção é do lado direito. Há alguns poucos carros com direção no lado esquerdo também, mas bem poucos pelo que vi. No entanto, o que é bem esquisito, porém seguro para os pedestres mais desatentos, é que a mão não é inglesa. As ruas e estradas são exatamente como nos países que a direção fica do lado esquerdo. É bem, digamos, emocionante ver esse povo ultrapassando na rodovia toda esburacada e pista simples pelo lado do passageiro.

Além disso, cheguei a conclusão que, apesar de os mongóis serem muito amáveis e gentis, quando o assunto é pedestre, a personalidade se transforma radicalmente. Simplesmente, na Mongólia pedestre não é gente. Mesmo se o sinal tiver verde para os pedestres eles vão passando por cima, empurrando e não estão nem ai.

O hostel que fiquei, como disse, é muito bom tanto pelas pessoas quanto pelo lugar mesmo. Ele é bem limpinho e tem duas salas que o pessoal interage bastante. Dessa vez conheci várias pessoas no hostel e todas muito bacanas. Conversei com pessoas da Itália, Suécia, Alemanha, Belarus e foi muito bacana.

No segundo dia na Mongólia fui fazer um passeio pelo Terelj National Park que fica bem próximo a UB. Por sorte, tinha mais um casal dos EUA fazendo o tour comigo. Pensa num casal bacana!! Eles eram muito legais, muito educados e muito interessantes... Fizeram muitas perguntas sobre o Brasil, porém sempre com muito respeito e demonstrando interesse. Eu também perguntei demais, principalmente quando me contaram que eles trabalham nada mais nada menos que na Antártica. Eles contaram várias coisas de lá, sobre como faz -85 no inverno, como não se tem como tomar banho (só banho de toalha molhada), como é abastecimento de comida, etc etc etc.... Foi muito bom ter eles comigo no passeio pois são duas pessoas excepcionais!

No parque, paramos em alguns lugares para ver as paisagens, fizemos uma caminhada até um templo de meditação budista no meio das montanhas e depois almoçamos com uma família nômade no ger deles. Essa primeira familia não interagiu tanto com a gente, mas a comida era bem gostosa. Fizeram um sopa de batata, cebola e carne e depois um pastel frito de carne bem parecido com o que comemos no Brasil. De tarde fomos andar à cavalo antes de seguir para a segunda familia nômade que ia nos hospedar a noite.

Quanto ao banheiro, vou parar de comentar porque está ficando repetivo...Só digo que minha fossa da Sibéria parecia o Palácio de Versailles perto do que eu encarei aqui rs Eu ainda cometi o erro de olhar só por curiosidade para dentro do buraco uma hora e a visão que eu tive foi literamente de uma pirâmide de coco kkkk Espero conseguir esquecer essa imagem após alguns anos de terapia....

Foi bacana demais a experiência de ficar com os nômades. Mesmo com toda a modernidade e com muita gente indo para as cidades, ainda existem muito nômades na Mongólia.. Todos os nativos que conversamos tem um parente, avô, pai/mãe nômade que ainda mora em gers. O estilo de vida deles é algo muito diferente, até mesmo pra quem cresceu no interior de Minas perto de fazenda e animais. Pra começar, eles são nômades, então vivem mudando de lugar pra lugar dependendo do clima. Depois que o ger é algo muito simples. É uma casinha redonda, com apenas um cômodo. No meio tem um fogão a lenha de 1 boca só que serve tanto como fogão como aquecedor. Fora isso tem as camas da familia encostadas ao longo da parede. Tem também um armário bem pequininho com um pia onde eles colocam água num reservatório que deve caber só uns 2 litros e usam para escovar dentes e lavar as mãos (bem raramente rs). Fora isso, normalmente tem só mais um armário para guardar as coisas de cozinha e outros para roupas. Hoje em dia muitos gers tem TV também, mas no que passei a noite a energia vinha de uma bateria, não de eletricidade mesmo como nas cidades.

Os nômades normalmente criam ovelhas e cabras como fonte de renda. Alguns tem algumas vaquinhas para leite pois é um dos itens da base da alimentação deles. Eles fazem queijo, iogurte, etc., e comem sempre com um biscoito de farinha, também feito em casa. Também usam os animais como fonte de alimentação e eles não tem frescura com o tipo de carne. Comem carne de cabra, ovelha, camelo, cavalo e não só a carne, mas intestino e até mesmo fazem ensopado com a cabeça!! Por sorte, minha familia não quis incluir isso no cardápio e foi bem menos radical...Comemos no jantar macarrão (também feito em casa, tipo um noodles mesmo) com carne(sempre com uma gordurinha acoplada...afinal, comem intestino e vão frescurar na gordurinha?? De jeito nenhum né...) e batata e no outro dia arroz com carne e batata. Nenhum ingrediente desanimador, ainda bem!! Rsrs

Do lado do ger eles montam um curralzinho para cuidar dos animais. Eles buscam o rebanho de moto, mas apesar de todo mundo na minha família ter roça, eu estou acostumada a ver à moda antiga, de cavalo mesmo...rsrs

A família não falava inglês, claro, mas se esforçava pelo tradutor do celular do “nômade-pai” e pediam ajuda aos guias para traduzir. Vale aqui comentar sobre os nossos 2 guias e nossa motorista: 3 pessoas muito fofas, como o resto do povo Mongol. Eles falavam inglês bem, então deu para interagir bastante.

Na Mongólia, outra coisa que é super tradicional são jogos usando um pedaço do ossos do tornozelo dos animais como pecinhas. Eles usam para criar todo tipo de brincadeira diferente para divertir a familia e as visitas. Foi bem divertido na verdade ficar horas e mais horas jogando vários jogos diferentes com eles...

Depois do fim da estadia no ger, fomos visitar a estátua GIGANTESCA de Genghis Khan. Essa estátua é bem recente e também confesso, que achei bem breguinha, uma parada gigantesca (maior que a estátua da Liberdade em NY) em aço inox reluzindo no meio do nada.

Fim de passeio, voltei ao hostel desesperada por um banho e um bom descanso antes de seguir para a China na manhã seguinte..

Ao final da minha curta estadia de 4 dias na Mongólia, fiquei com gostinho de quero mais. Minha dica para quem fizer a Trans-Mongoliana é pesquisar mais a fundo o que fazer na Mongólia e como fazer, pois eu acabei indo na correria e acho que poderia ter aproveitado mais!

Da próxima vez, nos falamos da China! Até breve!

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ULAN BATOR – BEIJING

 

Hora de pegar o último trecho da missão Moscou-Pequim. Como esse trecho também só tinha opção segunda classe, mal podia esperar para entrar na minha cabine linda e cheirosa novamente e desfrutar de todo aquele conforto. Só que não. Alegria de pobre dura pouco mesmo. Quando o trem chegou, chegou um pau de arara sobre trilhos! Entrei na cabine e senti muita saudade da terceira classe russa (sim, da terceira classe!!!). Esse trem era um trem chinês com um aspecto absolutamente abaixo da crítica. Para começar, ele era bem caidinho. O fato de ser velho por si só não me incomoda. O que realmente me incomoda é o fato de terem tido a brilhante ideia de consertar o vão da janela que deixava entrar ar gelado enfiando papel higiênico. Imagina um papel que deveria estar lá há 3 gerações, totalmente amarelo e imundo olhando para você por 33 horas. A janela em si estava tão suja que mal dava para tirar foto de dentro do trem. Para completar, ao nos entregar o lençol (que na Russia vinha todo bonitinho dentro de um saco selado de lavanderia), já o recebemos com alguns cabelos de brinde (a moça do meu compartimento preferiu dormir dentro do saco de dormir. Pena que eu não tinha essa mesma opção, se não seria adepta também!!). A cabine onde o “providinista” ficava era absolutamente lamentável de tão suja!!! No lugar que eles guardavam os lençóis tinha um monte de resto de comida jogado no chão..Quanto ao banheiro e corredor, deixo que as fotos abaixo falem por elas mesmas.

Enfim, resumo da história: nada de 2ª classe cheirosinha. O trem chinês era realmente muito imundo! Eu não sou uma pessoa fresca, mas admito que esse trem passou do limite para mim...Achei realmente muito nojento e já comecei minha impressão dos chineses com o pé errado...

Bem, como os deuses da viagem também gostam muito de mim, me presentearam com ótmas companhias para não deixar passasse as 31 horas seguintes lamentando o chiqueiro em que estava. No meu compartimento ficou um casal de alemães super bacana. Conversamos bastante, jogamos baralho, fomos jantar, tomar café, etc., no café restaurante e a viagem foi realmente muito boa e passou bem rápido.

Agora um fato engraçado...Estávamos bem de boa jogando nosso baralhinho no nosso compartimento durante uma parada do trem, quando de repente vimos uma pessoa com uma meia branca na mão esfregando nossa janela pelo lado de fora (o trem é bem alto, então viamos só a mão da pessoa e a pessoa não conseguia ver a gente). Eis que depois de uns 5 minutos esfregando bastante a janela para limpar a camada de 3 metros e meio de imundice, a pessoa volta pro trem, entra no compartimento ao lado e em seguida entra no nosso compartimento e diz: “Oh...Wrong window” hahahahah Gastou uma meia achando que tava limpando a sua própria janela...Morri de dó, mas nem liguei hahaha

A vista na saida da Mongólia é do deserto de Gobi, porém não é tãoooo interessante primeiro porque é a mesma paisagem por horas e horas e depois porque o deserto de Gobi não é m deserto de dunas como imaginamos, mas mais plano e vegetação rasteira... Parece uma fazenda seca rsrs Já na chegada da China vale muito a pena ficar acordado! A paisagem é bem interessante, muitas contruções, cidades e montanhas. Adorei as montanhas!! Achei bem bonita a paisagem (vejam fotos abaixo). A única coisa lamentável é o tanto de lixo que a gente vê na beira da ferrovia. Muito muito muito lixo mesmo acumulado na beira por kms e kms.... Realmente a China ainda está longe de entrar numa vibe ecológica rs

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BEIJING

 

Não é preciso passar mais que 2 minutos em Beijing para entender o que 1,3 bilhões de pessoas significa. É gente que não acaba mais!! É xing-ling pra todo lado, todos desorientados, dando uma empurradinha daqui, uma escarrada e uma cuspidinha dali e por ai vai... (quanto à escarrada e a cuspida eu poderia fazer um post apenas sobre esse assunto, mas pelo bem do estômago dos leitores, por ora vou resumir em apenas uma sentença: é uma nojeira do caralho).

Cheguei bem bonitona pensando que ia ter uma casa de câmbio me esperando pronta para trocar meus Benjamins Franklin em vários RMBs, só que não...Me mandaram para aquele lugar que é o inferno em qualquer lugar do mundo (imagina no lugar do mundo que tem 20% da população do planeta!): o banco, meus caros. Que sofrimento!!! Fiquei uns 15 anos na fila para trocar meu dinheirinho e aproveito para deixar aqui a dica para quem lê: tragam uns yuans do Brasil ou seu Visa Travel Money ou até mesmo seu cartão do banco para saque para evitar essa correria (não sei como é no aeroporto, porém na estação é uma m****).

Fim de sofrimento, peguei o metrô para o hostel e tive uma grata surpresa. Que hostel bom! Fica aqui a dica para quem for a Beijing: Dragon King Hostel. Staff mais do que gente fina, quartos ótimos, restaurante/bar do hostel muito bom também...Recomendo demais da conta.

Depois de fazer todos os trâmites e finalmente xuxar meu mochilão em algum lugar que não nas minhas próprias costas, tomei um banhozinho para tirar a nhaca do trem chinês e fui dar minha primeira voltinha por Pequim. Na dúvida de onde iria parar e considerando que estava calor e eu só tinha roupas siberianas, resolvi dar um pulinho no Silk Market depois de dar uma voltinha pelas redondezas... Bem, se voce adora comprar bugiganga e coisa falsificada, o Silk Market é o seu lugar. Eu realmente não tenho paciência para ficar barganhando nem tenho dinheiro para comprar um monte de coisa, então não curti muito...Eu comprei um tenis bem marrom menos para aposentar a bota por uns dias, mas no primeiro dia eu acabei retornando para a bota porque cheguei a conclusão que prefiro passar calor a ficar sem pé. Dinheiro jogado fora porque o maldito do tenis era muito desconfortável!

Na saida do Silk Market resolvi visitar uma rua de lojas para passear e como não estava com pressa, em vez de pegar o metrô, resolvi ir andando para ver mais a cidade. Pelo meu mapa, se seguisse a mesma avenida, ia cair na esquina da rua, porém não estava entendendo se tinha que andar para a direita ou para a esquerda e resolvi fazer essa pergunta, que é realmente a pergunta mais simples do mundo, para algum xing ling me ajudar. Bem, a xinga linga que me “ajudou”, mandou eu ir para esquerda, e depois de uns 15-20 minutos andando percebi que estava na torre da CCTV que é beeeeeeeeeem do lado oposto de onde queria ir.. rs

Desistindo de caminhar tanto, peguei um metrozinho...Diga-se de passagem que o metrô de Pequim é top e muito barato (apenas 2 yuans, que é menos de 1 real).

Chegando ao meu destino e vendo os milhões de neons, letreiros de grifes, milhões de lojas e tudo mais, comecei a refletir sobre a política/economia da China. Eu realmente NÃO admiro a China desse ponto de vista (por favor não confundam – eu não tenho nada contra chineses e considero o país um ótimo destino turístico). Realmente não entra na minha cabeça como um país que é totalmente voltado para o consumismo/ostentação, que escraviza operários para exportar a preço de banana, que falsifica até salsicha (sim, uma chinesa me disse isso... Rsrs) e que realmente não está nem fudendo para poluiição e desenvolvimento sustentável (tendo em vista as toneladas de lixo jogadas ao longo da ferrovia e que não se consegue nem ver direito o sol em Pequim por causa da nuvem de poluição em cima da cidade) pode ao mesmo tempo pagar de comunista, censurar informação, Facebook, Google e Youtube e ser best friend da Coreia do Norte.

Bem, chega de desabafar mesmo porque eu não sou nenhum expert no assunto para ficar aqui refletindo sobre isso..Apenas senti tudo isso na pele nas minhas primeiras 24 horas de China e quis expressar... Voltando ao assunto Beijing. Adorei Beijing! Apesar de o ar ser ridiculamente poluido, a cidade é muito interessante....Tem muitas coisas modernas, de primeiro mundo, excelente sistema de metrô, muitas, muitas, MUITAS ciclovias e ahhhh.....tem os hutongs S2. Amei os hutongs do fundo do meu coração...No terceiro dia em Beijing aluguei uma bike e fiquei só por conta de passear pela cidade e pelos hutongs..Achei muitissimo interessante e recomendo demais quem for a Beijing fazer algo parecido.

No primeiro dia conheci 3 cariocas que acabaram se tornando excelente companhias pelo segundo dia. Fomos ao Templo do Céu, Olympic Park e Cidade Proibida. Curuiz, até arrepio de lembrar do tsunami de chineses dentro da Cidade Proibida. Ninguém merece! Tanta gente que até desanima da visita..Eu já havia visitado a Cidade Proibida de Hue, no Vietnam, que sem a menor dúvida é umas 352 vezes menor, porém com uma visita 352 MIL vezes melhor. Não dá para aproveitar com a chinesada dominando tudo, simplesmente NAO DA! É gente demais, credo...Se você estiver pensando “Nossa, deve ser super legal visitar a China no Ano Novo Chines”, meu amigo, só te digo uma coisa: você é doido varrido. Mude sua idéia jáaaa!!

Eu fiquei apenas 3 dias em Beijing, o que é realmente uma miséria de tempo para uma cidade tão cheia de atrativos. Eu recomendaria ficar uns 6 dias lá, para poder tirar um dia para ir para a Muralha com calma, aproveitar para comer Peking Duck e Hot Pot sem correria e visitar mais. Eu realmente gostaria de ter ficado mais (e esse era meu plano A), porém como decidi ir à Coreia do Norte e para ir sozinha à Coreia ia me custar muito dinheiro, tive que ceder uns dias de Beijing e ir com um grupo de chineses que arrumei de última hora... Eu não fiz nem a Muralha em Pequim para não perder tempo (não pense você que eu sou tão boba não...eu arrumei um outro pedaço para visitar perto da fronteira com a Coréia...Vamos ver se é tão legal quanto!).

Bem, fim da estadia em Pequim chegou a hora de seguir para a atração principal da viagem para mim: Coreía do Norte! Alguns dias desconectada, porém tenho certeza que voltarei com MUITA coisa para contar. Até logo!

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Erika....que viagem..... Parabéns..... caramba..... show.... chorei aqui de tanto rir quando li da divisa entre Europa e Asia..... ::lol4::::lol4::::lol4::::lol4::

mas garanto pra você que essas coisas são as melhores nas viagens...pois nunca está no roteiro..... pow....o russo do taxi no cel ::lol4::::lol4:: olha...parabéns novamente........ Pela sua coragem de cair no mundo.....conheço muitas mulheres que tem meoe de ir na padaria a noite só....e você faz uma viagem dessa.... ::otemo::::otemo::::otemo::

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