Membros EOG Postado Abril 18, 2014 Membros Postado Abril 18, 2014 Antes de tudo, você está se perguntando como diabos é possível ser feliz com as desgraças, calma pequeno(a) gafanhoto, leia o relato... (que será divido em partes) Este é meu primeiro relato aqui no Mochileiros.com, já fiz mochilões (com ajuda de todos vocês) e relatarei eles aos poucos. Vocês sabem que merda acontece com todos, entretanto caro leitor... Comigo acontece MUITO! Sério, sou do tipo que bigornas e pianos caem na cabeça. Este mochilão foi em Dezembro de 2012 (sei que faz tempo, mas antes tarde do que nunca né?), haveria o recesso de final de ano da empresa e eu queria ir para algum lugar, só não fazia ideia de onde viajar com 1000 reais e 10 dias disponíveis. Foi então que decidi conhecer o Paraguai e pelo meu Facebook divulguei que se alguém quisesse me acompanhar, seria ótimo! Eis que um amigo das antigas topou. Coitado... Foi então que no dia 22/12/2012 acordei cantando GALOPEEEEEEEEEEEEEEEIRAAAAAAAAAAA (https://www.youtube.com/watch?v=33u_XpUAGVI) para entrar no ritmo, e a tarde embarcamos no bus da Pluma que saía da Rodoviária Tietê (SP Capital) sentido Asunción PY, seriam 18 horas de viagem, eu e meu fiel amigo Roney estávamos empolgados, por quase um mês pesquisei sobre o Paraguai e pouco encontrei, mas ainda sim seria o suficiente para curtir. Após passarmos por CDE (Ciudad del Este) já estávamos derretendo no bus e o calor era infernal, faltavam umas 4 horas para chegar ao destino e boa parte do pessoal já estava com diarreia e mal estar, um daqueles relógios enormes que marcam a temperatura indicava 47º na estrada! Cara, vc tem noção? Eu que já não me sentia muito bem, aproveitei e tomei um Imosec, até por que tinham destruído o banheiro e não curti a hipótese de entrar lá por necessidade alguma, foi preciso abrir as janelas acabando com o ar fraquíssimo ar condicionado... Asunción PY Finalmente chegamos! Eu particularmente estava fedendo a um misto de suor (meu) com merda (do busão), desidratei e não me sentia muito bem, pegamos um táxi (ônibus e táxi são muito baratos lá) até o HOSTEL BLACK CAT que fica perto do palácio do presidente. O Hostel é pequeno, aconchegante (tem ar condicionado!!!) e vc é recebido como um membro da família! A Lilia e a Violeta são as proprietárias e muito gente boa! Recomendo muito ficar lá, bom café, limpo, barato e bem localizado. Quando entramos no quarto para 8 pessoas já havia um brasileiro, o Paulino Lopes que está aqui no Mochileiros, e com um chileno, o Alberto. Batemos papo, tomei banho e fomos dar umas voltas com nossos novos amigos. Andamos pelo centro e em algumas vezes tive que ser a tecla SAP para as conversas, o Alberto não entendia tão bem o português e o Roney e o Paulino não entendiam tão bem o espanhol... Mas com cervejas quem precisa de idioma né? Voltamos pro Hostel e compramos umas cervejas e ficamos batendo papo. Aí já viu né? Até o último dia de mochilão ficamos andando juntos e até hoje somos amigos, tanto que neste ano vou para o Bolívia-Chile com o Roney e iremos ficar 2 dias em Arica para rever nosso "amigo del desierto". Antes de ir ao PY pensei que seria um lugar feio, só com muambas e lojas, um lugar sem graça e sem muita coisa para fazer. Ledo engano... Óbvio que CDE é um inferno, feia, suja e "sinistra", mas Assunción, Encarnación, e outras cidades que visitei me provaram o contrário, que o PY é sim um lugar para visitar e voltar outras vezes! Não espere muito dos ônibus, eles são velhos, barulhentos mas são super coloridos, já os táxis são só velhos mesmo...kkk Mas ainda sim existem algumas raridades pelas ruas. A cidade é igual a qualquer outra, tem museus, praças, atrações diversas, tem alguns antiquários com coisas absurdamente legais: É possível cambiar na PLAZA DE LA DEMOCRACIA, você pode escolher as casas de câmbio ou os tiozinhos que ficam do outro lado da rua, lá não tem problemas com "Guaranís falsos", e vale lembrar que antes de trocar dinheiro no primeiro lugar vale a pena pesquisar e pechinchar. Na época as cotações eram R$ 1,00 = 1950 Guaranís, variava sempre uns 50 Guaranís para mais ou menos dependendo do dia. Não levei nada de dólar, levei só real mesmo, mas sempre é bom ter alguns trocados do tio Sam na doleira não é? Agora algumas fotos de Asunción: Não deixei muita informação pois sei que é massante um texto grande. Mas responderei todas as perguntas possíveis, sobre itinerários, preços, locais, enfim... Próximo post: Encarnación. Citar
Membros Paulino cash Postado Abril 18, 2014 Membros Postado Abril 18, 2014 eaeee Erik muito bom o relato cara! parabens!... e vamos marcar uma proxima trip heim! e estou aguardando a continuação do relato! Citar
Membros EOG Postado Abril 18, 2014 Autor Membros Postado Abril 18, 2014 Faaaaaaala Paulino! Ainda hoje vou escrever mais umas partes do rolê. Vamos marcar uma gelada para bater papo hein! Grande abraço e vai acompanhando. Citar
Membros EOG Postado Abril 19, 2014 Autor Membros Postado Abril 19, 2014 Dicas sobre Asunción: - Você pode conhecer a cidade de ônibus, são muito baratos e você terá o ponto de vista dos locais, o legal da viagem é a inserção total na cultura deles. - Aproveite e vá para a região do terminal de buses, quem é de SP e lembra do antigo e caótico Largo da Concórdia sabe o que falo, são milhares de camelôs vendendo de bicicleta até iogurte, passando por livros, roupas e tranqueiras eletrônicas. Mesmo com um visual meio sinistro vale o passeio. Sim, todos lá saberão que vc é turista. - Coma uma empanada no BOLSI, fica próximo as casas de câmbio que falei, se não me engano (quase) todos os presidentes paraguaios já comeram lá, na época paguei algo em torno de 3 reais cada empanada, se não me engano. - Caminhe pela "Playa" deles, mas lembre-se de passar bloqueador solar, vc vai precisar. - Ande a pé, sério, você vai conhecer lugares escondidos que valerão a pena. Se precisar voltar de táxi, sem problemas, eles são infinitamente mais baratos que aqui. Agora vamos falar sobre: ENCARNACIÓN PY Com o coração partido deixamos o BLACK CAT HOSTEL e Asunción, já tínhamos outra impressão sobre o PY, um lugar simples, agradável e interessante. Durante o dia eu, Roney e Paulino havíamos comprado a passagem para Encarnación, algo em torno de R$ 20,00. Porém nosso amigo chileno (Alberto) iria no dia seguinte pois haviam coisas para resolver, (hummm safadenho...., essas paixões de mochila viu!) tenho que admitir, as paraguaias são tão bonitas quanto as brasileiras. A viagem que duraria 6 horas durou quase 9, tenho 1,90m e estava todo dolorido por causa dos bancos pequenos, então durante a madrugada acordei para arrumar a carcaça, quando olhei pro lado pensei: Que P*$$@ é essa? O ônibus estava lotado, mas de pessoas em pé! Sério, parecia ônibus paulista em horário de pico, a cada curva que o bus fazia era aquele monte de gente se segurando para não cair, aí que entendi a demora, parávamos o tempo todo para a subida e descida de mais e mais pessoas. Finalmente chegamos em Encarnación, com uma puta dor no corpo, mas chegamos. Haviam outros dois Brasileiros que estavam no Black Cat com a gente no Bus, aí foi aquele impasse, ficamos em Encarnación ou vamos para Posadas (Argentina)? Acabamos indo para Posadas ARG, até pq seria para lá que o Alberto iria, pegamos um bus comum e demorou menos de 1h todo o trajeto e o processo aduaneiro. É aí que você me fala: Erik, o tópico não é sobre Posadas! Calma pequeno(a) gafanhoto, parece que vc nasceu de 4 meses... Chegamos em Posadas por volta das 7 da manhã e não tínhamos Peso Argentino, não haviam casas de câmbio abertas e nenhum cambista, estávamos com fome, sede e precisando usar o banheiro e adivinhem? N I N G U É M aceitava Guaranis. Conclusão, eu, Roney e Paulino voltamos para Encarnación pois somente o Bus aceitava as duas moedas. Pelo menos o Paulino ganhou o carimbo no passaporte. hahaha Fotos de Posadas: Quando voltamos olhei para a região do terminal de Encarnación e pensei: Velho... Que zona esse lugar! Dane-se, quem precisa de luxo quando está mochilando não é mesmo? Por mais que a região tenha uma "aspecto" estranho é uma cidadezinha com cara de interior mas com uma estrutura legal e segura, lá não é tão turístico, tanto que na cidade só tinha um hostel acessível e por sinal estava cheio de músicos brasileiros que fariam uma apresentação por lá, e agora? Em frente ao terminal tem um hotelzinho simples (Hotel Germano), acabamos ficando nele (uns R$ 30,00/pessoa em quarto duplo) eu e o Roney ficamos num quarto e Paulino ficou em outro com o Alberto, perai... Pqp o Alberto deve ter ido pra Posadas!!! Calculamos o horário de saída e chegada dele, então 6 horas depois que ele saiu de Asunción ficamos parados em pontos diferentes em frente ao terminal de Encarnación. Depois de 3 horas esperando vi ele descer do Bus, aí foi aquela bagunça, demos risada, contei a história toda, enfim. Vamos conhecer a cidade! As pessoas não estão habituadas a turistas, principalmente a mochileiros, eles estranham o português, mas são muito, muito atenciosos. Eu, Roney e Paulino antes de encontrar o Alberto ao "comedor" que fica atrás do terminal, é basicamente um lugar feio cheio locais para comer. Tipo um cortiço com muitas "lanchonetes". Não tirei fotos pois fiquei com medo de tirar minha câmera da mochila, mas encontrei uma na internet que está bem apresentável, pedimos uma Fanta Abacaxi, eu e Roney empanadas e o Paulino preferiu não ter a flora intestinal destruída com as "iguarias". Pagamos G$ 1000,00 na empanada e vinha um pedaço de mandioca frita, opa! Encheremos o bucho pagando menos! Então a senhorinha loira que cuida sozinha do quiosque trouxe nossas delicias, comi a 1ª empanada vorazmente, então na segunda... Quando mordi, um pedaço de frango ficou pendurado por um fio de cabelo ruivo, os dois começaram a rir da situação, cara, é só um cabelo, dane-se estou com fome mesmo. Então quando o Roney mordeu o pedaço de mandioca tinha um pedaço de perna de barata, e não é preciso entender de anatomia para entender que ele estava mastigando o outro pedaço. hahahahaha O Paulino ria com nossa desgraça, decidimos procurar um lugar limpo e menos roots para comer, eis que o Paulino encontra uma sorveteria ali perto e pede um sorvete, mas adivinhem o que tem no Freezer? Um grilo. Não estávamos com sorte, era nosso dia de comer parte da fauna paraguaia. Não pense que lá é só sujeira, escolhemos os piores lugares mesmo para comer. Depois achamos umas lanchonetes bem limpas e comemos decentemente. Agora que estávamos havíamos encontrado nosso amigo Aberto fomos trocar dinheiro (mesma cotação de Asunción) e passear. A cidade tem uma atração especial para os paraguaios, ela é a capital do carnaval, passamos pela rua onde é o "sambódromo" deles e fica ao lado da praia, mas opa... Como é? A praia deles é no rio Paraná, e ele tem que admitir, que estrutura hein! Um local nos disse que levou muito tempo para construírem a praia e milhares de caminhões de areia depois conseguiram deixar a margem igualzinha uma praia. Algumas pessoas nadavam, outras corriam, alguns tomavam cerveja nos quiosques, enfim... Uma delícia. Mesmo com o calor absurdo que fazia o vento refrescava e vale a pena ficar uns 2 dias na cidade. Provavelmente você achou estranho ver algumas partes alagadas, então... Lembra que "fizeram" a praia? Subiram o nível do chão em um pouco mais de 2 metros para criar a orla, e estas contruções foram soterradas e hoje estão assim, é no mínimo curioso ver a situação e rende fotos interessantes. Caminhamos um pouco mais pela cidade e a noite eu, Roney e Alberto voltamos para tomar umas cervejas "en Playa". O Paulino não estava se sentindo muito bem e ficou no hotel, acho que fui muita aventura para um único dia... Próxima parada, ruínas Jesuíticas! Citar
Membros EOG Postado Abril 19, 2014 Autor Membros Postado Abril 19, 2014 Ruínas Jesuíticas de Trinidad No dia anterior havíamos comprado as passagens de ônibus (uns G$ 20.000,00) para conhecer as Ruínas Jesuíticas, estas ruínas ficam a uma hora e pouco de ônibus saindo de Encarnación. Elas também são conhecidas por "Reduções Jesuíticas", todos sabem o que houve quando tentaram "domesticar" os índios. Mas esquecer a parte triste... Lembre-se de avisar o motorista que você vai descer nas ruínas de TRINIDAD, se não fizer isso vai parar sabe Deus em que lugar. O motorista deixa você na estrada, bem na esquina da "rua" das ruínas, lá fica no meio do nada, você com certeza vai estranhar. Andamos um pouco e paramos numa casinha que era a delegacia da cidade ou algo parecido, o tiozinho que de policia não parecia nada nos explicou o caminho e lá fomos nós! Aí sim você chega a conclusão que está no meio do nada! O lugar é imenso e escondido. A entrada custa uns G$ 30.000,00 e logo na entrada tem uma salinha com poucas cadeiras para vc assistir um mini documentário sobre a história das Ruínas e depois vai conhecer as de Trindidad. Para muitos pode paracer um passeio bobo, mas é uma história muito grande por trás destas ruínas, e convenhamos que um dia elas deixarão de existir, então por que não conhecer, não é mesmo? Investimento super baixo e vale muito a pena, lembra o ingresso que você comprou? Ele te dá direito a ir em mais 2 ruínas, Jesús de Tavarangue e San Cosme y Damián. Você leu a parte sobre os músicos brasileiros né? Então... Eles estavam se apresentando nas Ruínas de Cosme y Damián, mas ela fica bem longe dali e não fomos. MAs na de Jesús de Tavarangue sim, e foi uma baita aventura... Mas fica para o próximo post. Citar
Membros EOG Postado Abril 21, 2014 Autor Membros Postado Abril 21, 2014 Jesús de Tavarangue Continuando nossa aventura, se bem que as desgraças ainda estão por vir... Aguarde... O ticket da primeira missão (redução) jesuítica vale para outros 2 locais, porém a pergunta é: Como vamos para a de Jesús? Ahhh agora vem a parte legal! Você tem duas opções, ir a pé (o que não te aconselho pois deve ter uns 15 km entre elas) ou ir de moto. Entretanto caro leitor, você vai de moto, mas o principal é COMO vc vai na moto! Na sua cidade tem aqueles carinhas que entregam gás com moto? Tem, então é mais ou menos assim que vc se sentirá, igual um botijão de gás no compartimento de cargas. O "chofer" cobra algo em torno de G$ 30.000,00 (R$ 15,00) para te levar até lá e depois trazer, estávamos em 4 pessoas então ficou ainda mais barato, ele tem uma moto 125cc e os "bancos" de carrinho de golfe cabem exatamente 4 pessoas, 2 de frente e 2 de costas, até aí blz, ele sai de boa, na hora das curvas vc pensa: "Essa merda vai cair!", mas não cai. Porém... No caminho tem uma bela subida, e como vc sabe uma moto 125cc já sofre com piloto e garupa, agora imagina como ela tem fôlego para subir com 5 (CINCO) pessoas grandes! Se você usou a lógica de "toda subida tem uma descida" ou vice versa acertou! O tiozinho desce a milhão para pegar embalo na subida, na hora pensei em duas coisas: "Essa porra vai desmontar e matar todo o mundo" e "pelo menos estou do lado da grama" ãã2::'> Eu tinha um vídeo que mostrava a diversão do trajeto, mas fui burro e não transferi o arquivo pro PC, e algumas semanas depois que voltei fui assaltado e levaram meu celular que ainda faltam 7x70 para pagar, pobre é uma merda né? Chegamos sãos e salvos, mesmo com a bela cabeçada que dei no ferro quando nossa limousine passou num buraco, e não, não tem cinto de segurança. Segura na mão de Deus de filhão! Aventuras a parte, chegamos no nada, sim, as ruínas de Jesús eram ainda mais isoladas, mas achei melhor estruturada, e mais "organizada", entregamos os tickets e fomos conhecer. Cara... Que lugar incrível! As construções são imensas, você se sente numa mistura de filme épico com terror, as construções deterioradas e imponentes ao mesmo tempo chamam a atenção. Infelizmente o clima não ajudou muito, nas duas missões enfrentamos uma garoa bem fina que aparecia e sumia com a mesma velocidade e deixou o tempo bem nublado. (Re)vendo as fotos fico pensando quanta história estas construções tem guardadas, quantos casos e causos estariam por trás de cada tijolo ali colocado, as situações e momentos ali vividos, estar ali é literalmente viajar e parar no tempo. As horas não passam, vc se sente em outra dimensão. Nas construções é possível fazer umas ilusões (idi)óticas com as fotos, igual a esta que deixou muitos amigos curiosos. Em duas horas no máximo você consegue ver tudo com muita calma, e para voltar seria novamente com o "motoqueiro fantasma", esperamos ele na frente das ruínas, para nos levar de volta, pq ele fica indo e voltando de uma ruína para outra levando o pessoal, então esperamos ele trazer alguém e assim nos buscar e deixar na estrada, na hora de subir na moto havíamos feito um acordo, quem fosse de frente na volta iria nos bancos que te deixam de costas, no mínimo justo, afinal todos precisavam se borrar um pouco de medo, lá pegamos um bus e voltamos para Encarnación. Próxima parada: Sabe Deus... Citar
Membros de Honra Pedrada Postado Abril 21, 2014 Membros de Honra Postado Abril 21, 2014 (editado) bem doida essa trip, valeu pelo relato !! a continuação promete... Editado Abril 22, 2014 por Visitante Citar
Membros EOG Postado Abril 21, 2014 Autor Membros Postado Abril 21, 2014 Valeu pedrada! Ainda faltam 2 partes, que irei escrever hoje. Citar
Membros EOG Postado Abril 21, 2014 Autor Membros Postado Abril 21, 2014 PUERTO IGUAZÚ - AR e as cataratas Calma, você já vai entender. Assim que voltamos para nosso hotel em Encarnación haveria a possibilidade de irmos para outras cidades paraguaias, Luque, San Bernardino, Areguá, Pedro Juan Caballero e algumas outras "underground's" (para um país também underground) para o mochileiro. Mas restavam viajaríamos dentro de 3 dias para SP. Eis que dei a ideia de irmos para FOZ do Iguaçu para os 3 mosqueteiros e não estou falando de Athos, Porthos e Aramis, mas do Alberto (que iria para Puerto Iguazú), Paulino e Roney, o que é quase igual se contarmos as aventuras. Mas como mochileiros sempre "cambian de planes", ao chegarmos em CDE (primeiro o Alberto e no dia seguinte eu, Paulino e Roney), mudamos de ideia e resolvemos ir à Puerto Iguazú em busca do nosso amigo chileno. ¿Por qué no? Já que iriamos nos separar não havíamos combinado um local para ficar até pq não tínhamos um. O bus que sai de CDE aceita Real, Peso e Guarani, era mais barato pagar em real, e assim o fizemos. Ao chegar na rodoviária de PI (ARG) andamos a procura de um hostel e nada, cambiamos por uma excelente cotação em uma loja de artesanatos, e fomos comer num lanchonete meio cara para os padrões mochileiros, mas era um lanche com um belo pedaço de carne, então valeu a pena. Em frente a rodoviária havia uma pousada resolvemos ficar por lá. Então perguntei para o atendente se havia algum Alberto (chileno) lá, ele disse que chileno com este nome não, havia outro com as mesmas característica e que havia chegado no dia anterior. Ou seja, o Alberto usava um nome falso? Nããão... De repente ele apareceu na recepção e foi aquela bagunça, CSM pra cá, ALM pra lá, Cachero de los pampas acolá (palavrões em "chilenês" que só eu entendia além do Alberto), e aí descobrimos que este era o apelido do nosso amigo chileno, ele na verdade tem outro nome. Tiramos o dia para ficar na piscina tomando cervejas e bater papo, a noite saímos para conhecer a cidade que é bem legazinha pra ser sincero hein, paramos para tomar umas "brejas diferentes" e depois voltamos à pousada (eu, Roney e Paulino estávamos em um quarto) e o "Alberto" em outro. No dia seguinte eu e o Roney voltaríamos para SP por voltar das 15:30 saindo de CDE - PY, e adivinha o que inventamos de fazer? Sim... Resolvemos acordar cedo e "ver correndo" as cataratas do lado argentino. Lá fomos nós tomar o bus e ir lá cedinho, entre bus e ingresso foi algo em torno de 60 reais ao todo. Tínhamos mais ou menos umas 3 horas para conhecer, já que abriu mais tarde do que calculamos. E voltamos correndo para a pousada nos arrumar e partir para casa. No próximo capitulo, você verá o desfecho desta grande aventura! Citar
Membros EOG Postado Abril 21, 2014 Autor Membros Postado Abril 21, 2014 O DIA DA GRANDE MERDA, PRISÃO E EXTORSÃO! ops... A DESPEDIDA Você viu que o último dia da nossa trip foi bem corrido né? foi uma correria desgraçada, tomar banho, arrumar a gargueira, fazer o check out, (eu e Roney) nos despedimos do Paulino mas não conseguimos nos despedir do Alberto pois ele havia ido no parque da aves em Foz. Pegamos na rodoviária de Puerto Iguazú o bus no horário calculado e quase uma hora depois estávamos desembarcando em CDE. Mais ou menos uma hora antes de chegar nosso bus rumo a Selva de Pedra (SP). Mochileiros também sem cansam. Uma observação: Cidadão Brasileiro não precisa de visto para entrar na Zona Franca de CDE, eu e o Roney já havíamos pego outros 2 ônibus ida e volta saindo e entrando no Paraguai sem a necessidade de procedimentos na duana. Então fizemos a saída da Argentina e não fizemos a entrada no Paraguai já que nos instruíram que não haveria esta necessidade já que ficaríamos dentro do terminal e voltaríamos ao Brasil. Embarcamos bus da sentido SP, (Compramos SP-Asunción e CDE-SP), quando fomos "sair" pela enésima vez do Paraguai ao sair do Bus o agente fronteiriço foi falando "Paraguaios nesta fila", "estrangeiros nesta" e "Brasileiros aqui", os Paraguaios só tiveram suas bagagens "conferidas" os estrangeiros fizeram o processo de saída e os Brasileiros que eramos eu e o Roney ficamos por último para ser atendido. Todos já estavam no bus quando o único funcionário começou a nos atender, pediu a "entrada" no país, e eu disse que por ser cidadão Brasileiro não preciso, mostrei o panfleto do Mercosul que me entregaram na 1ª entrada que fiz informando "que se eu entrasse no Paraguai e poderia ficar apenas em CDE sem dar entrada no país", e foi o ocorrido. Então ele disse que estávamos presos, éramos imigrantes ilegais no país dele. O QUÊ??? Aí começou um bate boca, e o motorista disse, te espero por 30 minutos na fronteira Brasileira, preciso ir (com uma cara de conivente e conformado ao mesmo tempo). Falei pro funcionário da duana que minha bagagem estava no bus, e ele disse: Você não sai daqui, está preso, quer ir pra cela? Eu chamo reforços e te levo agora! Pensei... PQP... Nisso ele acabou retendo minha bagagem de mão e documentos (o mesmo com o Roney), juro que minha vontade era pular por cima do balcão e bater tanto nele até que ele desmaiasse e pudesse ir embora, mas respirei e me conformei simplesmente em ficar desesperado e preso dentro da Duana, aí o jeito era colocar o rabo no meio das pernas e dizer: Chefe, já sei o que podemos fazer! Os olhos do FDP brilharam! Eu disse que eu ia atravessar a rua dar entrada no país, e ele poderia fazer a saída e cumprir o dever dele sem problemas. O cara endoidou, disse que não poderia, que ELE ERA A LEI, e toda hora gesticulava que ia chamar reforços e eu estava ferrado, só ia sair depois do ano novo (e o Roney sem entender muito do que acontecia), ou seja, propus uma trégua. Ele disse que poderíamos aguardar até o dia 02/01/13 (e estávamos em 30/12) e pagar a multa no banco (mas se eu podia sair para pagar no banco pq não poderia ser liberado?), enquanto isso ficaríamos retidos lá. Eu falei, qual sua outra proposta, estamos sem dinheiro! Ele foi direto: Teu amigo vai no banco em Foz de mototáxi, saca 200 reais e VOCÊ fica aqui, quando ele voltar nós acertamos. Grandessíssimo FDP corrupto! O Roney pagou 20 reais para ir e voltar a Foz de mototáxi, pagamos a multa que era uns R$ 80,00 na conversão, e pedi o recibo pois iria no consulado paraguaio no Brasil e o troco em seguida, ele olhou e riu dizendo sarcasticamente: Troco? Recibo? Você sabe meu nome? (ele não portava identificação) Só posso te entregar amanhã pq estou sem troco e recibo, mas seu ônibus não vai esperar né? E começou a rir. Pegamos nossas coisas e quase uma hora depois subimos na mototáxi e fomos (rezando) encontrar nosso bus que só estava lá pois houve um problema na fronteira Brasileira e todos os bus esperavam em média 3 horas para ser liberados. Entrei extremamente PUTO no bus, amaldiçoando aquele desgraçado e rezando para que ele morresse de forma lenta e dolorosa. Um venezuelano perguntou se fui "preso e extorquido", disse que fomos. Ele perguntou quando paguei, disse que foram R$ 100,00 cada, então ele disse: Só? A cada 15 dias vou pra SP e na outra vez eles tiraram R$ 300,00 de cada brasileiro, eles sempre fazem isso com vocês. São uns... E falou palavrões que não convém, mas ele estava tão inconformado quanto nós. Mas ser mochileiro em terras estrangeiras é isso, agora sempre digo, prefiro pecar pelo excesso do que pela falta. Mesmo com este triste episódio de corrução e filha da P#&@gem valeu cada dia no Paraguai, um lugar barato, belo e divertido, deixei bons amigos lá e boas lembranças vieram comigo. Tenho outros 2 relatos para fazer, Chile e Argentina que em breve serão escritos aqui. Então te digo, vá conhecer o PY, lá tem Cerveja, Descobertas, Prisão, Extorsão e Diversão! Citar
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