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Facas... Qual comprar?


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  • Colaboradores

Véiu du Mato:

 

A Prodigy (gerber) não tem lâmina de aço carbono, não é? O aço 420HC com aquela proteção escura ganha pontos contra a oxidação? E aquela área serrilhada não atrapalha para o uso geral? Para cortar madeira (de 5, ou, no máximo, 7 cm de diâmetro), aquela área serrilhada não atrapalha? Gostei da idéia da Fallkniven F1 Black, mas o único vendedor que achei que envia a faca ao Brasil está cobrando muito mais que os outros. Prefiro esperar outras ofertas no site e-bay (preço geral em torno de 125 dólares; preço de quem envia ao Brasil: 188 dólares, fora o frete). É a faca de sobrevivência da Força Aérea Sueca. Suécia = frio = Filho do Inverno. Ahahaha... Já me identifiquei com essa faca. Ela também não tem lâmina de aço carbono, não é? Vi que ela tem uma lâmina um pouco maior, de 12 cm. Abraço.

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  • Colaboradores

Véiu du Mato e turma dos compradores via e-bay:

 

Alguém, do Rio Grande do Sul, já fez compras, no e-bay que superaram os 50 dólares? Alguém foi tachado por isso no Rio Grande do Sul? O que foi tachado? Pacote grande? Ou pequeno também? Pesado? Ou leve também? Não sei de que Estado vc é, Véiu. Por isso, estou fazendo a pesquisa. Ahhh... e sobre a mensagem anterior?

 

Abraços. Grato a todos pela colaboração.

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  • Membros de Honra

Filho do Inverno

Eu moro no interior de São Paulo e a imensa maioria das minhas compras passou pela alfândega do Rio de Janeiro ou do Paraná (Paranaguá). Um par delas apenas chegou via São Paulo (Santos). Acredito que no RS não deve ser muito diferente, chega num porto padrão e é enviado pra alfândega dele. A única diferença é quanto demora, o que chegar no Rio demora muito,acredito que por excesso de movimento

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  • Membros

kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk :lol:

 

Com o sábio amigo Véio du Mato disse: a gente dá uma cochilada e o negócio bomba por aqui! Muito bom isso! ::cool:::'>

 

Melhor ainda é ver que todo mundo por aqui está mais afiado em termos de lâminas e aços do que os meus canivetes e facas! ::otemo::

 

Vou tentar não repetir nada. O Véio já disse tudo, e assino embaixo das recomendações dele. :mrgreen:

 

Com relação à pergunta do trauco, devo dizer que tenho uma Mora clássica exatamente igual à do link que você postou ( na verdade agora está quase igual, já que a minha originalmente vinha com uma guarda inferior que foi devidamente removida ). Ela tem uma dureza HRC de 58/59 e um fio bem duradouro. O aço é o 1095 de alto carbono. Usei um papel toalha embebido em vinagre para dar uma pátina nela e a conservo com um filme bem fino de vaselina sólida. Muito fácil de afiar e desempenha TODAS as tarefas que o Filho do inverno poderia pretender na aplicação especificada.

 

Mas volto a insistir que eu pessoalmente daria preferência a uma Mora em aço Sandvik 12C27 stainless. :wink:

 

Quanto ao aço 420HC, só se fosse um tratado pelo Paul Bos, ou seja, ou artesanal ou Buck. Ou então se estiver em um ambiente de alto potencial de corrosão, tipo: orla marinha, pântano ou uma região onde se usa muito sal para degelo de neve em estradas ( a praga do sal depois se infiltra em tudo quanto é lugar ). Outra opção com maior índice de resistência à corrosão seria o H1, mas aí acho que só mesmo para os praticantes de mergulho. :)

 

Peso é sempre algo a ser considerado. Eu sempre achei que lâminas de mato deveriam ter ao menos 5mmm de espessura... achava! :o Realisticamente as Moras executam a quase totalidade das tarefas que as lâminas mais espessas com igual ou superior desempenho; só no quesito rachar lenha ( o battoning americano ) é que as Moras de 2,5mm se saem pior... ou se forem usadas como pés-de-cabra para alavancas! :roll:

 

Com relação à serra no dorso, esqueça! :shock: Para bushcraft só vão servir como um pé no saco! Compre qualquer victorinox que tenha uma serra para madeira e estará muito bem servido. Aquela serra sim é o bicho para madeira! :)

 

Com relação à lâminas mistas, fio liso e serrilhado... humm... para ser sincero acho que não desempenham bem nem uma tarefa nem outra! Mas aqui além da aplicação prática entra muito o gosto individual, e como não gosto muito de serrilhados... :roll:

 

Gosto de minhas lâminas com fio absolutamente afiado; daquele tipo que o amigo mais "bobo" passa o dedão e dai à pouco, surpreso exclama: oh, cortou :shock: ! Acho sempre uma cena hilária e impagável! :mrgreen:::lol4::

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  • Membros

Ah, já ia me esquecendo de um detalhe: aço damasco com 120 camadas só, chega a ser piada! Se não tiver um mínimo de 450 camadas não dá nem para começar a pensar no caso...

 

E outra coisa, podem dizer o que quiserem, mas para mim o damasco tem mais apelo visual que prático!

 

Já o laminado ( ou sam mai como chamado pela Cold Steel ) é outra história...

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  • Membros de Honra
Ah, já ia me esquecendo de um detalhe: aço damasco com 120 camadas só, chega a ser piada! Se não tiver um mínimo de 450 camadas não dá nem para começar a pensar no caso...

 

E outra coisa, podem dizer o que quiserem, mas para mim o damasco tem mais apelo visual que prático!

Concordo, algumas propriedade desses laminados que chamam de aço damasco não se manifestam numa bowie desse tamanho mas numa lâmina longa.

 

Eu não sei quantas camadas tem, mas essa Colt é feita em Wazirabad, no Punjab, e os cuteleiros de lá alegam que tem no mínimo 500 camadas. O nome "aço de Damasco" é de fantasia pois o aço de damasco verdadeiro era feito no Sri Lanka por um processo específico para o minério de ferro que existia lá: eles misturavam minério com redutores e vidro em pó. Punham nas fornalhas e tacavam fogo. O minério e o redutor reagiam produzindo um aço que era naturalmente rico em fósforo e vanádio, o vidro fundia e atuava como um "solvente" que dissolvia as impurezas e, por ser menos denso (como o borax atua em ourivesaria), flutuava na mistura a protegia do oxigenio do ar. Os "lingotes" que resultavam disso já eram uma mistura visível de dois aços. Isso era exportado pro povo do mediterrâneo onde eles terminavam juntando os lingotes na forja e produzindo as lâminas.

 

PS1: o aço damasco acabou quando as jazidas do Sri Lanka esgotaram

PS2: tem uma coluna feita com esse minério na India que virou "prova" da existência de ETs no livro Eram os Deuses Astronautas do Daniken

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  • Membros

Trauco,

 

Legal a explicação do damasco...

 

Entretanto alguns detalhes me parecem estranhos, táis como lingotes produzidos por fundição serem "nitidamente" a mistura de 2 aços... por definição se foram fundidos juntos, já se tornaram uma liga de aço, portanto indistintos e com caracteristicas metalurgicas provavelmente bem distintas das originais.

 

Quanto à coluna de Dheli, ela não é uma liga de aço e nem mesmo aço, ela é uma coluna de ferro de alta pureza sim, realmente rica em fósforo pela utilização de carvão vegetal ( por origem rico em fósforo, já que é um elemento essencial às plantas ) ao invés de carvão mineral, que por sua vez é rico em enxofre e um fator de muita importância na degradação oxi-redutora.

 

Isso aliado à relativa baixa umidade do ar durante boa parte do ano e ausência de poluentes sulfurados, mais a fina camada oxidada ( ferrugem ) preservaram o pilar. Mas nem é o exemplo de metalurgia ferrosa mais avançada de sua época.

 

Sempre achei o damasco o caldeamento a quente de aços de diferentes propriedades ( alto e baixo carbono ) para se conseguir maior resiliência com uma mesma dureza. Como você bem lembrou, um diferencial em lâminas longas tornando-as menos susceptiveis à fraturas catastróficas.

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Trauco,

 

Legal a explicação do damasco...

 

Entretanto alguns detalhes me parecem estranhos, táis como lingotes produzidos por fundição serem "nitidamente" a mistura de 2 aços... por definição se foram fundidos juntos, já se tornaram uma liga de aço, portanto indistintos e com caracteristicas metalurgicas provavelmente bem distintas das originais.

 

Na verdade não são a mistura de dois aços e sim de duas fases, a fusão pode produzir uma mistura homogênea mas o processo de resfriamento pode produzir duas ou mais fases, visíveis ou não macroscopicamente. No caso do aço wootz do Sri Lanka, elas eram visíveis macroscopicamente.

 

Quanto à coluna de Dheli, ela não é uma liga de aço e nem mesmo aço, ela é uma coluna de ferro de alta pureza sim, realmente rica em fósforo pela utilização de carvão vegetal ( por origem rico em fósforo, já que é um elemento essencial às plantas ) ao invés de carvão mineral, que por sua vez é rico em enxofre e um fator de muita importância na degradação oxi-redutora.

 

Pois é, mas eu disse apenas que ela teria sido feita com esse minério e ,segundo o autor do artigo, o fósforo vinha junto com o minério e o processo de refino em cadinho fechado (pelo vidro fundido sobre o minério e redutores) é que se produzia o produto final. Em tempo, outros elementos em baixa concentraçao também contribuiam para isso, não os mencionei por não recordar quais.

 

Isso aliado à relativa baixa umidade do ar durante boa parte do ano e ausência de poluentes sulfurados, mais a fina camada oxidada ( ferrugem ) preservaram o pilar. Mas nem é o exemplo de metalurgia ferrosa mais avançada de sua época.

 

Eu nem imagino como é o clima em Delhi, se for seco então nem precisa muita coisa para a coluna resistir ao tempo. Agora, essa coluna pode não ser o exemplo de avanço tecnológico, mas ela foi objeto de muitos estudos e artigos científicos nos anos 80 por conta da popularidade que o livro e o filme do Daniken conferiram a ela.

 

Sempre achei o damasco o caldeamento a quente de aços de diferentes propriedades ( alto e baixo carbono ) para se conseguir maior resiliência com uma mesma dureza. Como você bem lembrou, um diferencial em lâminas longas tornando-as menos susceptiveis à fraturas catastróficas.

 

 

Eu também achava isso até ler o review desse alemão onde ele mostra as diferenças entre os dois materiais e eu acho que essa informação é a única parte relevante do meu post inicial pois na literatura eles definem o Damasco justamente como não sendo feito por caldeamento de dois aços.

 

Vou procurar o review novamente e se acha-lo posto aqui. Eu o encontrei por acaso procurando sobre o aço de Toledo.

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  • Membros

Trauco,

 

Obrigado por tentar "desenhar" para esta anta o que você já tinha dito, entretanto continuo achando estranho da mesma forma a questão da "separação" de fases. Não entendo nada de metalurgia, mas o máximo que consigo vislumbrar seria uma diferença na austenização durante o resfriamento do lingote, talvez por uma face estar mais ventilada que outra, mas ainda assim, seria uma camada tão fina superficialmente, que sequer podemos dizer que temos propriedades diferentes nestas diferentes percentagens de austenitas, o que dirá de serem 2 aços diferentes...

 

E quanto ao Erik von Daniken, só escreveu bobagens no best seller que o tornou conhecido, o "Eram os Deuses Astronautas?"!

 

Bom, mas fazer o quê? O Paulo Coelho só escreve bobagens acerca do ocultismo e é um sucesso mundial... ::putz::

 

Mas muito obrigado pelas informações! Vou tentar correr atrás para aprender mais! ::cool:::'> :D

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  • Membros de Honra
Trauco,

 

Obrigado por tentar "desenhar" para esta anta o que você já tinha dito, entretanto continuo achando estranho da mesma forma a questão da "separação" de fases. Não entendo nada de metalurgia, mas o máximo que consigo vislumbrar seria uma diferença na austenização durante o resfriamento do lingote, talvez por uma face estar mais ventilada que outra, mas ainda assim, seria uma camada tão fina superficialmente, que sequer podemos dizer que temos propriedades diferentes nestas diferentes percentagens de austenitas, o que dirá de serem 2 aços diferentes...

 

A coisa é mais ou menos como o que ocorre com a lava que origina o basalto e o granito. Enquanto ela está líquida forma uma fase homogênea, se ela é resfriada rapidamente em um derrame ao ar ou no mar ela solidifica sem a formação de grãos de fase de cada componente muito grandes e forma o basalto que parece homogêneo ao olho. Se, por outro lado, a lava fica retida no seio da terra e resfria lentamente, as fases separam-se e formam-se grãos macroscópicos de cada componente bem grandes gerando o granito.

 

Eu entendo que os fornos do Sri Lanka eram preenchidos com os cadinhos com a mistura e apos o refino eram esfriados de forma lenta o suficiente permitindo que esses domínios crescessem, depois, os lingotes (que eram pequenos) eram unidos pelos cuteleiros na forja para produzir as lâminas e esse processo produzia um padrão adicional. Aí a gente vê que tinha contribuição de minério, processo e método para a geração do lingote mais a técnica de cutelaria, não é a toa que a arte dessas espadas se perdeu. Um texto que eu li diz que o cuteleiro não tinha como acompanhar e modelar o padrão pois ele so aparece visível no final, durante o acabamento da lâmina, por isso, o procedimento de forja usado em Damasco devia ser muito bem controlado para terminar sempre com um padrão semelhante.

 

Eu queria achar uma tabela onde um desses autores compara as características do Damasco com aços modernos (que batem ele em tudo) pois ela tem um teste de flexão e algumas lâminas dobravam até 60 graus sem problema.

 

Ah, e um texto menciona que no norte da Europa construiam espadas por caldeamento, mas eram items de luxo, "caros como um carro esporte" segundo eles.

 

E quanto ao Erik von Daniken, só escreveu bobagens no best seller que o tornou conhecido, o "Eram os Deuses Astronautas?"!

 

Bom, mas fazer o quê? O Paulo Coelho só escreve bobagens acerca do ocultismo e é um sucesso mundial... ::putz::

 

Pra não dizer que ele foi totalmente canastrão, o Daniken, sem querer atiçou a curiosidade científica de muita gente querendo saber se era verdade o que ele falava, e, como o Paulo Coelho, terminou estimulando o turismo de muitos países :)

 

Mas muito obrigado pelas informações! Vou tentar correr atrás para aprender mais! ::cool:::'> :D

 

Se eu conseguir achar os links, posto-os aqui.

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