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Aurora Boreal em 2015 - Por conta própria - Islândia, Finlândia e Noruega (Ilha Svalbard) - 25 dias no inverno ártico! - VALORES ATUALIZADOS


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ATUALIZAÇÃO - O custo total da viagem está separado por hospedagem, passagens aéreas, aluguel de carro, alimentação, passeios etc; e se encontra no final do relato.

 

Depois de passados exatos 1 mês e 10 dias de nossa última viagem (relatada aqui: http://www.mochileiros.com/patagonia-dez-jan-de-2015-17-dias-chalten-el-calafate-torres-de-paine-w-punta-arenas-muitas-fotos-t108136), já estávamos novamente no avião, ansiosos pela viagem que estava começando. Em 17 de fevereiro de 2015 saímos de uma das cidades mais quentes do Brasil (Sousa-PB), em direção ao norte da escandinávia, uma das principais áreas do círculo polar ártico.

 

Percebi que aqui no mochileiros existem poucos relatos sobre aurora boreal, e praticamente todas as "caçadas" são feitas com intermédio de agências de turismo, que na Noruega, sabemos, custam uma fortuna. Também não há quase nada sobre a Islândia (principalmente no período do inverno), um país de pessoas acolhedoras, que não deixam você morrer congelado do lado de fora das casas, e de paisagens tão fantásticas que não parecem ser desse mundo. Espero que este relato seja útil para aqueles que querem realizar o sonho de ver a aurora boreal, sem que para isso precisem vender a casa, o carro, os filhos etc.

 

Mesmo com pouco tempo para planejar a viagem e apesar da carência de relatos de viajantes brasileiros, coletamos informações de blogs, sites oficiais de turismo e até mesmo de empresas locais de aluguel de carros, por email. Não tínhamos nenhuma experiência em dirigir na neve, mas apesar de todos os riscos envolvidos, o medo sofrer um acidente e morrer congelado perdidos no meio do nada foi superado pela expectativa de ver a aurora boreal. Já antecipo que não houve acidente e que conseguimos, inclusive mais de uma vez, e em todos os países visitados, ver a aurora. :)

 

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O roteiro:

 

DIA 1 - 17/02/2015Sousa - João Pessoa – São Paulo – Frankfurt (Alemanha)

DIA 2 - 18/02/2015Frankfurt (Alemanha) – Oslo (Noruega)

DIA 3 - 19/02/2015Oslo (Noruega) – Reykjavík (Islândia)

DIA 4 - 20/02/2015Islândia (Ring Road)

DIA 5 - 21/02/2015Islândia (Ring Road)

DIA 6 - 22/02/2015Islândia (Ring Road)

DIA 7 - 23/02/2015Islândia (Ring Road)

DIA 8 - 24/02/2015 Islândia (Ring Road)

DIA 9 - 25/02/2015Islândia (Ring Road)

DIA 10 - 26/02/2015Islândia (Ring Road)

DIA 11 - 27/02/2015Reykjavík (Islândia) – Tromso (Noruega) – Lyngen (Noruega)

DIA 12 - 28/02/2015Lyngen (Noruega) – Kilpisjarvi (Finlândia)

DIA 13 - 1/03/2015Kilpisjarvi (Finlândia)

DIA 14 - 2/03/2015Kilpisjarvi (Finlândia)

DIA 15 - 3/03/2015Kilpisjarvi (Finlândia) – Tromso (Noruega) – Ilha Svalbard (Noruega)

DIA 16 - 4/03/2015Ilha Svalbard (Noruega)

DIA 17 - 5/03/2015Ilha Svalbard (Noruega)

DIA 18 - 6/03/2015Ilha Svalbard (Noruega) - Greve de pilotos :(

DIA 19 - 7/03/2015Ilha Svalbard (Noruega) - Greve de pilotos

DIA 20 - 8/03/2015Ilha Svalbard (Noruega) - Greve de pilotos

DIA 21 - 9/03/2015Ilha Svalbard (Noruega) - Greve de pilotos

DIA 22 - 10/03/2015Ilha Svalbard (Noruega) - Greve de pilotos

DIA 23 - 11/03/2015Ilha Svalbard (Noruega) - Oslo

DIA 24 - 12/03/2015Oslo

DIA 25 - 13/03/2015Oslo (Noruega) – Fortaleza (Brasil)

 

Esse roteiro maluco do gugu é um clássico caso em que se pretende conhecer tudo em pouco tempo. Embora o planejamento tenha dado certo, ficou muito corrido.

 

Islândia: Ficamos por apenas 8 noites. O ideal seria de 11 a 13 noites, no mínimo.

Finlândia: Ficamos por apenas 3 noites. O ideal seria de 5 a 6.

Noruega (Oslo): Foram 3 noites, uma no começo da viagem e duas no final. O ideal seria 1.

Noruega (Ilha Svalbard): Ficamos por 8 noites!! Mas nesse caso não tivemos escolha (mais pra frente será relatado). O ideal seria 3 noites.

 

Aurora boreal: Dicas gerais

 

Quanto tempo ficar?

 

Não é difícil viajar para a Noruega esperando ver a aurora boreal e voltar sem ter visto no céu nada além de nuvens, principalmente quando as ‘caçadas’ são feitas por conta própria, sem guia.

Exemplos de situações frustrantes e bastante recorrentes:

1) Climas ruins (chuva e neve) durante toda sua estadia

2) Clima ótimo com céu limpo, mas sem atividade ou com índices muito baixos de aurora boreal (Kp 0 ou 1)

3) Clima bom, mas com nuvens cobrindo o céu e barrando a aurora

4) Clima bom, céu limpo, com aurora boreal, mas é o dia de pegar o vôo pra casa 8) ,

 

A única maneira de se preparar para essas situações é, obviamente, aumentando sua estadia. Se você tem apenas 3 ou 4 dias, a menos que você saiba o que está fazendo, não faz sentido alugar um carro e sair por conta própria. Um período mínimo que eu consideraria seguro para aumentar em quase 100% suas chances de ver a aurora é o de 1 semana. Se eu tivesse 1 semana de viagem, iria para o norte da Noruega, e, ao invés de alugar hospedagem em Tromso e pagar os caça-a-aurora como todo mundo faz, reservaria um chalé em uma região afastada da cidade e dentro da "Northern Lights route".

 

Índice KP: Mede a intensidade da Aurora Boreal de 0 a 9. Quanto maior, mais visível e intenso será o fenômeno. Intensidade 1 é muito fraca, as luzes só sairão verdes em fotos (a olho nu a cor fica meio acinzentado). O nível 2 foi o que apareceu com mais frequência durante a viagem. Nesse nível a cor varia entre tons fracos e médios de verde. Do nível 3 pra frente, aí sim, você pode afirmar que realizou seu sonho.

 

Cobertura de nuvens: Além do nível mínimo de atividade, é preciso que o céu esteja limpo ou com poucas nuvens, para que você possa ver o fenômeno. Para maximizar as chances de você ver a aurora e até evitar que você precise dirigir à noite para “caçá-la”, minha sugestão é que você se hospede na região de Kilpisjarvi, que tem a fama de oferecer céus limpos com frequência. Esse região fica na Finlândia, perto da fronteira com a Noruega.

 

Aurora Forecasts (previsão de aurora boreal):

 

http://www.aurora-service.eu/aurora-forecast/ (Bastante confiável. Dá para saber a intensidade com 1 hora de antecedência)

http://www.swpc.noaa.gov/products/30-minute-aurora-forecast (Também é ótimo. Dá pra saber em quais áreas as luzes ficarão mais visíveis)

 

Na Islândia: http://en.vedur.is/weather/forecasts/aurora

É um site muito confiável, mas não a longo prazo. Tenha em mente que o clima e as nuvens mudam a todo o tempo, então nada garante que a previsão irá se manter para os próximos dias. Esse site é ótimo porque vem com o mapa de cobertura de nuvens. Se você não tiver acesso internet no carro, pare nas cidades e procure algum estabelecimento com WiFi e consulte novamente as previsões ou pergunte a algum local. Postos de gasolina são bons locais para perguntar.

DICA: Consulte a previsão de cobertura de nuvens antes de reservar hospedagem e com base nele escolha ficar em lugar dentro ou próximo de uma região com céu limpo. Priorize hospedagens que oferecem cancelamento gratuito, mesmo que sejam um pouco mais caras, pois isso te dará mais liberdade para melhorar o roteiro. Se você quer saber em que região o céu abrirá a partir das 21:00, consulte o site 4 a 6 horas antes, ou seja, a partir das 15:00. Consulte os sites que menciono nesse relato várias vezes por dia, não apenas de manhã antes de sair para a estrada.

 

Equipamento fotográfico:

 

Não entendo muito de fotografia, mas depois de muita pesquisa optei pelos seguintes equipamentos:

 

- Câmera de entrada Nikon d5300 (fotografa muito bem com ISO alto. Ótima câmera!)

- Lente grande angular Tokina 11-16mm f/2.8 (Desempenho profissional. Comprei usada, mas foi de longe a melhor aquisição!)

- Cabo disparador automático (Muito simples de usar. É só encaixar no USB da câmera e apertar o botão redondo do disparador. É essencial para a foto não sair tremida e pra tirar foto com luva e evitar que sua mão congele. ::Cold::

- Tripé WT3770 (no começo ele funcionou bem, mas no meio da viagem quebrou uma das pernas. Recomendo algum mais resistente)

 

Se você pretende ficar mais de 2 horas fotografando a aurora, recomendo levar 1 ou mais baterias de reserva, pois no frio elas descarregam mais rápido.

 

Como fotografar:

Primeiro coloque a câmera na função manual. Depois:

 

Ajuste a Abertura da lente: Quanto menor o número, maior a abertura. Exemplo: Abertura grande = f2,8; abertura pequena = f14. Coloque o máximo de abertura que a sua lente permitir, pois quanto maior a abertura, mais sensível à luz a sua lente ficará. Lembre-se que você irá fotografar em completa escuridão.

Ajuste o ISO: controla a sensibilidade do sensor da câmera à luz. Usei de 400 a 3200.

Ajuste o tempo de exposição:vai depender do ISO que você escolheu. Quanto maior o ISO, menor deverá ser o tempo de exposição. Alguns exemplos:

 

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Essa tabela foi tirada do livro: How to photograph the Northern Lights, de Patrick J. Endres. Esse ebook explica tudo sobre aurora boreal, desde como o fenômeno se forma até como fotografá-lo. O único problema é que é pago e é em inglês.

 

Foco no infinito: Essa deveria ser a parte mais difícil. Porém com essa lente Tokina você consegue focar no infinito sem complicações, é só colocar a lente na função manual e arrastar o tracinho até o símbolo de infinito.

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Saindo na foto: Depois de ajustados o ISO, o tempo de exposição e o foco infinito, bata a foto e peça para alguém te iluminar rapidamente (1 segundo, no máximo, senão você irá sair muito branco) com uma lanterna.

 

Clima:

Sentimos mais frio na Islândia do que a Noruega e Finlândia. Talvez esteja exagerando, mas creio ter sentido menos frio dirigindo uma moto de neve a 60km por hora no extremo norte da Noruega, do que fora do carro, à noite, na Islândia. Pegamos temperaturas entre -6C e -16C, mas o vento islandês aumentava muito, mas MUITO, a sensação térmica.

Na Noruega, com exceção da ilha Svalbard, não senti o clima tão extremo. Finlândia idem.

 

Roupas: O tradicional sistema de 3 camadas (segunda pele, fleece e anorak) não segurou o frio. Em Reykjavik precisamos comprar casacos de penas de gansos (down). São essas as principais lojas onde você encontra casacos apropriados para o clima da Islândia:

 

http://zo-on.is (É a loja mais barata. Comprei um bom casaco com quase 50% de desconto.)

http://66north.com (A marca mais cara. Dizem que é muito boa, mas se você não viaja com muita freqüência para lugares frios, não vale a pena comprar aqui)

http://cintamani.is (Marca boa que compete com a anterior e oferece preços mais em conta)

http://icewear.is (É a segunda mais barata, não olhei muito porque não havia muitos casacos em promoção)

 

No centro de Reykjavík você encontra todas essas lojas na mesma rua. Dá para pesquisar em todas antes de comprar alguma coisa.

 

Embaixo do casaco de pluma, foi suficiente apenas uma segunda pele mais grossa e quente. Levei também um casaco fleece para usar por cima da segunda pele, mas fiquei com calor; o casaco de pluma esquenta muito!

 

Para roupa de baixo, comprei uma segunda pele normal e outra de merino. Por cima delas uma calça de trekking impermeável. Senti um pouco de frio nas pernas. O ideal seria uma segunda pele de merino + calça de neve impermeável.

 

Para as mãos, usei 2 luvas: uma fina e outra grossa por cima. É importante que a luva (bem como todas as outras roupas/equipamentos) seja impermeável. Quando a neve derrete e molha sua luva/meia, o frio é insuportável.

Para os pés, meias de lã. Em qualquer loja de conveniência ou supermercado você encontra. Levei também um tênis cano alto para trilha que não tinha uma boa impermeabilidade e sofri por causa disso. Várias vezes enfiava o pé na neve e ficava com a maldita sensação de dormência nos pés. O ideal seria levar uma bota para neve, impermeável e quente. Comprei, por burrice, uma galocha que, apesar de impermeável, não esquentava nada de tão fina. Acabei perdendo dinheiro e espaço na mochila.

 

Para a cabeça, comprei uma balaclava na Cintamani que cobria os cabelos, orelha, pescoço, nariz e boca. Se ficasse muito frio, era só vestir o capuz do casaco.

 

Comida:

Sabendo que para cada conta em um restaurante da Noruega seria necessário 1 ano de trabalho, compramos toda a comida em supermercado e priorizamos hospedagens que ofereciam cozinha. Gastamos menos da metade do dinheiro que reservamos para comida.

Na Islândia lugar mais em conta para se comprar comida é na rede de supermercado Bônus (a logomarca é um porquinho com cara de drogado).

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A variedade de comida é muito grande. Compramos pão, queijo, salame, peito de peru, folhas para salada, macarrão, molho etc. Os mercados somente vendem cerveja de baixo teor alcoólico. Se quiser comprar bebida mais forte só em lojas estatais especializadas.

Na Noruega o supermercado é caro, mas é bem mais barato do que comer em restaurante, onde um prato individual, por exemplo, custa entre R$ 60,00 a 100,00.

 

Transporte:

Resolvemos alugar carro tanto na Islândia quanto na Noruega, pois o transporte público é mais restrito no inverno e encontrei poucas informações sobre isso na internet. O carro te dá mais independência, liberdade de parar quantas vezes quiser para tirar fotos, espaço na mala pra levar os equipamentos etc.

Na Islândia alugamos um Suzuki Jimmy 4x4. É o modelo com tração mais econômico que encontrei. Alugamos pela “vikingcarrental”, depois de pesquisar o preço pela internet em 12 empresas. Preço de 8 diárias: 502 euros, com GPS.

 

Nome de algumas empresas (na Islândia) que pesquisei: reykjavikrentacar, sadcars, goiceland, reykjavikcars, easyterra, rentalcars, greenmotion, iceland4x4carrental, adventurerentals, redcar, bluecarrental.

 

Já na Noruega, alugamos pela empresa internacional “Sixt”, que foi quem ofereceu melhor custo benefício. Aqui já não é necessário alugar carro com tração, mas ajuda muito. Pagamos por um 4x4 porque tava o mesmo preço de um carro normal, mas sem GPS. O carro fica no estacionamento bem próximo do saguão do aeroporto. Pegamos a chave do carro no guichê da SixT com o funcionário, que riu da nossa falta de informação e de mapa para chegar à hospedagem que havíamos reservado lá na caixa prego, perto da baixa da égua, a quase 2 horas de distância do aeroporto ::mmm: . Depois de fingir que entendemos os rabiscos que ele havia desenhado em seu mapa, fomos pegar o carro e pensar no que fazer. Dentro do carro, descobrimos que havia GPS integrado. ::hahaha::

 

Dirigindo no inverno na Islândia:

 

A Rodovia 1, normalmente referida como Ring Road (rodovia do anel), possui 1.328 km e dá a volta completa na ilha. Fizemos a volta completa em 8 dias e 7 noites, começando de Reykjavík e terminando no aeroporto. É importante consultar a condição das estradas antes de começar a dirigir, pois no inverno as estradas, principalmente do norte, são constantemente bloqueadas por causa do clima e da neve.

http://www.vegagerdin.is/english/road-conditions-and-weather/the-entire-country/island1e.html

 

Esse site é constantemente atualizado. Pouco antes de partir pro próximo destino, consulte-o. Se a linha estiver vermelha, não vá. Espere desbloquearem a estrada. Linha verde é tranqüilo de dirigir. Linha amarela exige mais atenção, pois tem trechos com um pouco de neve acumulada, que podem facilmente fazer você perder o controle do carro se estiver muito rápido. A linha azul clara pegamos com muita freqüência, principalmente no norte e nordeste. Quando chove, a água forma uma camada fina e bem escorregadia de gelo. Recomendo que não ultrapassem a velocidade de 60km quando estiverem dirigindo na linha azul. Mesmo com o 4x4 ligado deslizamos algumas vezes e em uma derrapamos para a outra pista e quase perdemos o controle do carro. Não lembro se pegamos a linha azul escura, mas nem precisa falar sobre ela :? Talvez a estrada estivesse azul escura em um trecho onde dirigimos a 30 km/h durante mais de 1 hora, mas não tenho certeza.

A linha branca achei tranqüila, desde que não ultrapasse 60km/h. Não me recordo de ter tido experiência com a linha rosa. A preta também não vi.

 

Previsão dos ventos: http://en.vedur.is/weather/forecasts/elements

 

Pegamos ventos tão fortes que balançaram nosso jipinho. SEMPRE, antes de sair de casa, veja a previsão dos ventos para as próximas horas. Com base nessa previsão, aliada à condição da estrada, elabore seu roteiro. Dá pra dirigir tranqüilo até o número 12 da cor azul. A partir do 14 (azul escuro), a menos que seu nome seja Dorothy e você esteja procurando pelo reino de Oz, não vá para a estrada. ::sos::

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RELATO:

 

17/02/2015 (DIA 1 – JOÃO PESSOA A FRANKFURT):

 

Nosso vôo saiu de João Pessoa para Oslo às 14:25, com conexão de 8:10 em Frankfurt. O trecho Guarulhos – Frankfurt foi feito pela TAM. Vôo tranqüilo, aterrissamos em Frankfurt às 13:05 do dia 18.

 

18/02/2015 (DIA 2 – FRANKFURT A OSLO):

 

Aproveitamos a conexão de 8 horas para conhecer um pouco de Frankfurt, tentar comprar um casaco que aguentasse o frio do inverno escandinavo e conhecer a “goethehaus”, casa onde nasceu e morou por um tempo Goethe, autor dos Sofrimentos do jovem Werther e Fausto.

 

Depois de fazer a imigração (foi bem tranquila), fomos comprar as passagens de trem do aeroporto para o centro. Enquanto estávamos na maquininha tentando comprar, um alemão com muita cara de maluco chegou do nada e nos ajudou (com um inglês metade drogas, metade cachaça ::essa:: ) a comprar um bilhete que valia para várias pessoas e que saia mais em conta do que comprar 2 individuais. Compramos e realmente economizamos alguns euros com esse bilhete :D . Agradecemos o cara e fomos pegar o trem.

Já na plataforma, enquanto esperávamos o trem, conhecemos um nigeriano que trabalha no aeroporto e está na Alemanha há mais de 20 anos. Ele nos ajudou a descer na estação correta. Depois que soube que éramos brasileiros, nos contou a surpresa que teve quando viu na TV um programa mostrando uma cidade do Brasil que celebrava orixás que ele conhecia da Nigéria. Quando Alana falou nomes como Iemanjá e Ogum, ficou com a maior cara de impressionado por sabermos disso rs. Falou das conexões que existem entre o Brasil e a África. Depois,comentou que na Nigéria há tanto assédio ao turista quanto na região do pelourinho, em Salvador. Depois de 20 minutos chegamos na nossa estação.

 

Dica: Para ir pro centro a partir do aeroporto, vá para onde saem os trens S-Bahn, acessados na Regionalbahnhof (estação de trem regional), que fica no Terminal 1 B. Descemos na estação Konstabler, bem próximo do calçadão “Zeil”, onde tem várias lojas de roupas etc. Entramos em algumas, a procura do casaco, mas não encontramos nada com pena de ganso, plumas etc. Como o inverno já estava no fim, as coleções eram de primavera, um dos vendedores nos explicou. Não sabíamos disso e resolvemos comprar na Islândia.

Saímos da Zeil em direção à casa onde Goethe viveu seus primeiros anos de vida. Dá para ir a pé. A casa abriga a mobília original da época. Na entrada você acha folder com uma planta explicativa da casa. A casa possui uns 3 andares e o local está muito bem conservado. Dá pra se ter uma idéia aproximada de como vivia uma família rica no século XVIII. A entrada custa 7 euros.

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Retornamos para aeroporto de Frankfurt. De lá, pegamos o vôo para Oslo às 21:15 e chegamos às 23:15. Do aeroporto de Oslo para o centro também dá pra ir de trem.

Há 2 empresas que fazem o trajeto:

http://nsb.no/ (Custa 90 NOK, leva 20 minutos)

http://www.flytoget.no/eng/ (180 NOK, também 20 minutos. É mais moderno, tem mais horários e oferece WiFi)

Há como ir de ônibus também, mas leva uns 40 minutos, o preço não sei informar. Mas no site VisitOslo tem essas informações (http://www.visitoslo.com/en/transport/transport-airport/oslo-gardermoen/).

 

Corremos para pegar o último trem da NSB. As máquinas que vendem o bilhete só aceitam cartão, diferentemente das da Alemanha. Se você, como nós, pretende fugir do IOF, é possível comprar a passagem diretamente com um funcionário, sem pagar nada adicional. Como chegamos quase à 00:00, não tinha mais ninguém trabalhando. Para localizar a plataforma de onde partirá o trem do aeroporto para estação central, procure por Oslo S na telinha com os horários dos trens. Dentro do trem um funcionário irá carimbar o seu bilhete.

Descemos na estação central e fomos caminhando para o hotel que reservamos. Apesar de tarde da noite, achei bastante seguro andar a pés em Oslo.

 

19/02/2015 (DIA 3 – OSLO - REYKJAVIK):

 

Depois de tomar o café e de enrolar uns sanduíches no guardanapo :roll: , fomos para a estação central tentar trocar euro por coroa norueguesa (NOK). A cotação estava bem abaixo da oficial. Pesquisamos em 2 lugares e trocamos por 1€ = 8,36 NOK. Paga-se uma taxa de 35 NOK para fazer a conversão. Não chegamos a usar, mas tem máquinas de auto-atendimento que fazem a conversão de moeda. Essas máquinas também cobram taxa (30 NOK) e não aceitam reais, apenas moeda escandinava, euro ou dólar.

Rodamos um pouco pelo centro para procurar uma escultura que havia visto em uma foto, chamada Fist And Rose.

 

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Voltamos para o hotel para pegar as mochilas e partir para o aeroporto. Às 17:00 saímos da Noruega e às 18:50 chegamos em Reykjavík, capital da Islândia. O aeroporto é bem pequeno. Uma funcionária da empresa que alugamos o carro nos esperava com uma plaquinha. Ela nos levou ao estacionamento, fora do aeroporto. O frio era tanto que não dava nem pra fazer inspeção do carro; assinamos o contrato, tiramos uma ou outra dúvida e fomos embora.

Nos hospedamos na guesthouse de um senhor islandês, que demoramos muito para encontrar. Enquanto procurávamos pelo local, passamos em frente de uma casa de primeiro andar, de onde vi um velho acenando na janela. À primeira vista, pensei que estivesse limpando a janela ou só caducando mesmo :lol: , por isso passamos direito. Quando voltamos, o senhor havia saído da janela, e, para a nossa surpresa, nos esperava na frente da casa :shock: . Quando estacionamos, ele prontamente nos ajudou a carregar as mochilas para dentro e se apresentou. Seu nome era Hermann e ele é o dono da guesthouse que havíamos reservado ::putz:: .

Envergonhado por ter ignorado os acenos do simpático senhor e por tê-lo deixado carregar minha mochila, o apogeu da vergonha foi quando tentei explicar o sabor da pizza que iríamos pedir. Nunca “cheese” e “peperoni” foram interpretados de tantas formas. Em acirrada disputa para ver quem tinha o pior inglês, o velho foi mais esperto e pegou um lápis e papel. Desenhou uma pizza, cortou ela 4 em fatias, onde pudemos escrever os sabores. ::lol4::

Em nossa primeira noite na Islândia fomos muito bem recebidos, e, sorte a nossa, ficamos no melhor quarto. Foi a hospedagem mais barata de toda a viagem: 50 euros.

Depois de jantar nossa pizza de confusos sabores, fomos dormir, ansiosos para começar a dirigir pelo Ring Road no dia seguinte.

 

20/02/2015 (DIA 4 RING ROAD – 1 DE 7):

 

De Reykjavík a Hvammstangi

 

Depois de arrumar nossas coisas, fomos nos despedir do Hermann e agradecê-lo pela acolhida. O velho safado brincou dizendo que é verdade o que dizem sobre a beleza da mulher brasileira, se referindo a Alana. ::lol3::

Antes de sair da cidade, precisávamos trocar dinheiro no banco, fazer a feira e comprar roupas de frio.

 

Para estacionar o carro, é preciso pagar. Pagamos 200 ISK por uma ou duas horas. Pode-se pagar com cartão de crédito ou moedas. O pagamento é feito nas maquininhas que ficam na calçada. O comprovante de pagamento que é impresso nelas deve ficar visível no painel do carro, para que não se receba uma multa, caso passe algum fiscal.

 

Trocamos metade do dinheiro logo no primeiro banco encontrado pelo GPS. Pagamos o estacionamento com cartão em uma maquininha e entramos no banco. Pegamos uma senha e aguardamos nossa vez, que não demorou. Fomos atendidos por uma simpática senhora de nome indecifrável. Na Islândia, diferentemente da Noruega, não cobram taxa (o que é muito estranho para um banco) pela operação e a cotação usada foi muito próxima da oficial.

 

Detalhe é que o banco era bem pequeno, mas não tinha muita gente. Tinha sofás e uma mesinha com café, leite e água, vejam só! Igualzinho aos daqui rs.

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Com o dinheiro trocado fomos comprar os casacos. Além do casaco comprei uma balaclava e uma luva fina.

Já estava ficando tarde e por isso resolvemos deixar pra comprar a feira em alguma cidade no meio do caminho. Antes de partir ainda paramos em um lago quase completamente congelado que encontramos no caminho. Começamos o ring road pelo norte e nossa primeira parada foi na cidade de Mosfellsbær, a 15 Km de Reykjavík. Paramos no supermercado Bônus e fizemos uma feira suficiente para os próximos 3 ou 4 dias.

 

Nesse dia começamos o percurso de 1.328 km de estrada que circula toda a ilha. Seguimos o seguinte roteiro, baixado da internet. Link: http://www.hostel.is/media/pdf/iceland_on_the_ring_road__essentials_7_days.pdf

 

Day 1: Reykjavík Sæberg/Ósar

Sights: Hvalfjörður, Reykholt, Hraunfossar, Barnafoss, Deildartunguhver, Grábrók

Day 2: Sæberg/Ósar Akureyri

Sights: Kolugljúfur, Blönduós, Víðimýrakirkja, Glaumbær, Akureyri

Day 3: Akureyri Berg / Árbót

Sights: Goðafoss, Mývatn area

Day 4: Berg / Árbót Seyðisfjörður/Reyðarfjörður

Sights: Húsavík, Ásbyrgi, Dettifoss, Möðrudalur, Lögurinn, Egilsstaðir

Day 5: Seyðisfjörður/Reyðarfjörður Höfn/Vagnsstaðir

Sights: Stöðvarfjörður, Djúpivogur, Almannaskarð, Vatnajökull, Höfn

Day 6: Höfn/Vagnsstaðir Vík/Skógar

Sights: Jökulsárlón, Skaftafell, Skeiðarársandur, Núpsstaður, Eldhraun, Kirkjubæjarklaustur

Day 7: Vík/Skógar Reykjavík

Sights: Skógar (museum), Skógafoss, Seljalandsfoss, Gullfoss, Geysir, Þingvellir, Reykjavík

 

Continuamos pelo norte, seguindo o roteiro e parando nos locais turísticos que ele sugeria.

 

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Como saímos muito tarde da cidade, não demorou a escurecer. Colocamos o endereço da hospedagem no GPS e ingenuamente fomos seguindo a rota que ele havia traçado :( . Depois de mais ou menos 1 hora dirigindo em estrada de chão, chegamos em um trecho que não tinha saída. Até tinha, mas só tanque de guerra conseguia subir aquela rampa enorme e congelada que nos impedia de continuar a estrada. Saí do carro para ajudar a manobrar, pois a estrada era estreita. Estava escuro e ventava muito. Voltamos todo o percurso até encontrar novamente a Road 1.

Mais espertos às rotas que nosso amigo traçava :x , continuamos a viagem. Em determinado momento, já tarde da noite, olhei pro céu e avistei uma mancha acinzentada. Lembrei-me de um relato que falava sobre essa mancha, de como ela era freqüentemente confundida com nuvens mas que, na verdade, era a própria aurora começando o seu show.

Continuei olhando para o céu até ter a certeza de que era ela. Comecei a ficar desesperado por não encontrar acostamento e estava quase pulando do carro. Depois de alguns minutos de tormento, paramos na entrada de uma estrada onde dificilmente passaria algum carro.

Nunca foi tão difícil sair de dentro de um carro. Vesti o casaco por cima do cinto, tropecei, derrubei as luvas e vesti a balaclava de forma que um dos olhos ficou coberto pelo tecido. ::lol4::

 

As luzes ainda dançavam no céu.

 

Encaixei a câmera no tripé e comecei a fotografar. Até então a aurora boreal não estava verde, e sim cinza claro. A câmera, entretanto, capturava as cores muito além do que meus olhos mortais eram capazes. As luzes se mexiam devagar e se espalhavam por todo o céu.

Apesar da intensidade baixa (níveis 1 ou 2), foi muito foda ter conseguido ver aquilo logo no primeiro dia! :o

 

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Fizemos mais algumas paradas para fotografar a aurora, antes de chegar no pequeno vilarejo de Hvammstangi (580 habitantes). Perdemos a noção da hora e chegamos na hospedagem depois da meia noite. Para o nosso desespero, a casa estava fechada e não havia nenhum sinal de vida de dentro. A entrada estava coberta de neve, o que dava a impressão de abandono. Não prestei atenção que na reserva o horário para o check in encerrava às 22:00. Entramos no carro e saímos a procura de algum outro lugar pra dormir, mas estava tudo fechado. Pensei em dormir no carro, mas mudei de idéia quando vi que nossa garrafa de água havia congelado :shock: .

Não restava outra solução senão bater de porta em porta na casa de nativos para pedir ajuda.

Alana: Dei uma olhada nas casas da rua e percebi que em uma havia pessoas se mexendo. Bati na porta e fui recebida por uma menininha loirinha de uns seis anos de idade. Abriu a porta toda sorridente, sem achar nada estranho no fato de uma desconhecida estar lá à meia-noite falando Inglês com ela. Perguntei se tinha algum adulto por perto, ela respondeu que sim e me disse para entrar. Não entrei, claro. Insisti para que chamasse sua mãe ou seu pai. Só então, a mãe da garotinha apareceu. E eu pensando em como alguém deixa a filha de seis anos abrir a porta para estranhos de madrugada rsrs. Expliquei à moça nossa situação e ela telefonou para o número que pedi. Depois de uma risada ou outra durante a conversa em islandês, desligou e me avisou que a responsável pela guesthouse estava a caminho. Estranho saber que uma pessoa está falando de você para outra ao telefone e não entender nada rsrsrs.

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Alguns minutos depois e estávamos dentro da casa!

Nos desculpamos por não ter avisado que chegaríamos tarde e explicamos da estrada sem saída. A responsável pela guesthouse foi simpática e nos informou que como não havia nenhum hóspede, ficaríamos com toda a casa toda só pra gente ::otemo::

Depois de preparar a janta, reservamos a hospedagem para o dia seguinte e fomos dormir.

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21/02/2015 (DIA 5 - RING ROAD – 2 DE 7):

 

De Hvammstangi a Akureyri

Nesse dia o clima estava perfeito, ensolarado e com poucas nuvens. Em dias assim a paisagem ganha novas dimensões de beleza, como uma janela suja que acaba de ser lavada. Saímos cedo para não cometer o mesmo erro do dia anterior e acabar novamente trancados do lado de fora. Reservamos nossa hospedagem na cidade de Akureyri (17.000 habitantes), quarta maior cidade da Islândia. Seguindo as sugestões do roteiro, paramos em regiões com cachoeiras, conhecemos um vilarejo com as famosas “turf houses” (pequenas casinhas com grama no telhado), e entramos em um cemitério. Como o clima estava ótimo, foi tranqüilo de dirigir e não demoramos muito para chegar na nossa hospedagem.

Nossa guesthouse ficava na beira de um lago, um pouco afastada da cidade. Você pode colocar seu nome em um caderninho, se quiser que a recepção bata em sua porta à noite caso a aurora resolva aparecer.

Infelizmente não fomos acordados. :(

 

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22/02/2015 (DIA 6 - RING ROAD – 3 DE 7):

 

De Akureyri a Myvatn

 

Depois de 1 ano sem fumar, voltei no café da manhã desse dia, quando experimentei um tal de “smoked salmon”(salmão defumado), que tinha um gosto muito forte de... cigarro! :shock: era o mesmo que mastigar um Lucky Strike. O sabor era tão forte que antes de cair minha ficha, eu olhei ao redor pra ver se tinha alguém fumando ::putz:: . Depois de cuspir aquela porcaria e terminar o café, continuamos pela Road 1, em direção leste. Foi a primeira vez que nos assustamos com o clima. A estrada estava com muita neve, os ventos muito fortes, a visibilidade muito baixa e a pista escorregadia. ::ahhhh::

O vídeo não é nosso, mas o clima estava exatamente assim nesse dia:

 

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Dirigir nestas condições foi traumático e excitante ao mesmo tempo. Os nativos sempre falam que você nunca deve parar na estrada, por pior que seja a visibilidade. Fazer uma curva em um desfiladeiro, sem ver porra nenhuma, foi uma das experiências mais tensas que já vivi. Méritos para Alana, melhor motorista brasileira na Islândia, rsrs =)

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No caminho para a região do lago Myvatn, fizemos uma parada na famosa cachoeira Goðafoss. No inverno ela congela, mas não totalmente. Reza a lenda que no ano 1000, quando o parlamento islandês adotou a religião católica, um líder viking jogou nesta cachoeira as estátuas dos antigos deuses pagãos, daí o nome “cachoeira dos deuses”.

 

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A próxima parada foi no “Myvatn Nature Bath”, uma lagoa natural ao ar livre de cor azul turquesa e água quente. É possível alugar trajes de banho e toalha.

Antes de entrar na lagoa é necessário tomar banho. Quando entrei no banheiro, dei de cara com um velho pelado que se abaixava para pegar alguma coisa :o .

Me lembrei que havia lido que é normal na Islândia tanto homem quanto mulher ficarem pelados no banheiro dos clubes, saunas, em piscinas naturais e públicas.

Achei saudável essa relação que eles têm com o corpo. Mesmo envergonhado, acabei abraçando a cultura ::otemo:: .

Fiquei mais umas 2 horas relaxando os músculos e o espírito nas águas quentes dessa terra gelada. Apesar da temperatura negativa (termômetro marcava –16 C), o frio só se fazia sentir pescoço acima. Com o tempo me acostumei ao cheiro de enxofre.

 

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Terminado o banho, seguimos para a Dimmuborgir Guesthouse. Apesar do guesthouse no nome, a habitação é na verdade um chalé, com 2 beliches, cozinha e banheiro.

Depois que chegamos no chalé, preparamos nossa janta e fomos dormir.

O clima, que esteve ruim durante todo o dia, piorou ainda mais à noite. :(

 

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23/02/2015 (DIA 7 - RING ROAD – 4 DE 7):

 

Estrada bloqueada e mais um dia Myvatn

 

Fizemos nosso café da manhã e por volta das 10:00 hrs fomos fazer o check out. A recepcionista alertou que, por causa do clima, seria extremamente desaconselhável viajar pro leste nesse dia e nos aconselhou a ficar por mais 1 dia. Foi dado um generoso desconto nessa segunda diária :) . Voltamos para o chalé para pensar no que fazer e em como reformular o roteiro e concluímos que nos dia seguinte teríamos que sacrificar toda a costa leste, passando direto, ou seja, sem paradas, para o sudeste. :cry:

Para acalentar os corações, compramos um vinho e 3 cervejas (2 delas na verdade água tônica ::vapapu:: ).

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24/02/2015 (DIA 8 - RING ROAD – 5 DE 7):

 

De Myvatn a Höfn

 

Foi o dia em que mais dirigimos. O clima estava melhor do que no dia anterior, mas longe de estar bom. Antes de iniciarmos os 360 Km de estrada para o sudeste do país, voltamos um pouco para conhecer o parque Dimmuborgir (cidade negra), que no inverno faz você se sentir em um cenário de Game of Thrones. Infelizmente, por causa do [mostrar-esconder]medo dos white Walkers[/mostrar-esconder] clima e do horário apertado, ficamos pouco tempo. No inverno as formações rochosas de lava estavam cobertas de neve, e o chão muito escorregadio, o que dificultava as trilhas pelo parque. Vimos um grupo de velhinhos fazendo snowshoeing com um guia. Com aquelas "pás" embaixo dos pés e bastões deve ser bem mais fácil caminhar por ali. Como o terreno é bem acidentado e fica coberto de neve, não é nada incomum afundar a perna até o joelho em um buraco ao longo da caminhada rs. Fiquei curioso para saber como seria aquilo no verão.

 

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Dirigimos os 360 Km sem muitas paradas. Sobre esse dia não há muito o que falar, além de que foi muito cansativo dirigir por 10 horas.

Já à noite, quando chegamos em nossa guesthouse, a sorte nos sorriu timidamente, mostrando seus dentinhos verdes no céu. Nossa hospedagem ficava dentro de uma fazenda, em uma região montanhosa muito bonita. Apesar de o céu estar parcialmente coberto, dava pra ver uma abertura, que em pouco tempo foi preenchida pelas belas luzes da aurora. Não durou muito, mas foi o suficiente para nos fazer esquecer todo o cansaço da viagem.

Eu teria ido dormido mais feliz, não fosse o infortúnio de ter derrubado e quebrado a tela do celular.

 

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25/02/2015 (DIA 9 - RING ROAD – 6 DE 7):

 

De Höfn a Kirkjubæjarklaustur

 

Nesse dia havíamos reservado um passeio para uma caverna de gelo, pela empresa Guide to Iceland. O passeio estava marcado para as 09:00 e o ponto de encontro era em um hotel a 40 minutos de carro da fazenda onde estávamos hospedados. Acordamos cedo, tomamos café da manhã (incluído na diária) e fomos para o sul do país. Chegamos no ponto de encontro, esperamos todo mundo se reunir e entramos no carro da empresa, que nos levou até o ponto mais próximo da entrada da caverna; o resto do caminho foi feito a pé. Dentro da caverna a vista era surreal, digna de um sonho lúcido.

 

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Terminada a excursão, voltamos pro hotel. Quando chegamos, havia uma concentração de pessoas ao redor de um computador. Um guia, mostrando o site de previsão do tempo, explicava que os ventos eram muito fortes, que a estrada já estava bloqueada e que a situação só melhoraria a partir das 18h. Perguntado sobre a força dos ventos, ele respondeu que dava pra quebrar os vidros de um carro. :shock:

Só nos restava:

 

Esperar...

 

Esperar...

 

Esperar...

 

8 horas depois, desbloquearam a estrada e os ventos melhoraram. Saímos do hotel e dirigimos cerca de 2:30 (contando o tempo em que nos perdemos no caminho) para a próxima hospedagem. A estrada estava muito escorregadia e o céu cuspia gelo (sim porque aquilo não se chamava nevar... caiam umas bolas de "neve molhada", parecidas com os geladinhos com tinta e açúcar que se vendem). Isso nos forçou a dirigir a 30 km/h por um bom tempo. Como o GPS não tava conseguindo localizar o endereço da guesthouse, erramos o caminho diversas vezes. Já perto de meia noite, pensando ter chegado no lugar certo, passamos do portão, estacionamos e batemos na porta da casa. A mulher que abriu, ao ser perguntada, informou que ali não era guesthouse. Pedimos desculpa pela intromissão e fomos embora, após fingir ter entendido sua explicação de como chegar na hospedagem :roll: . Pela segunda vez confirmamos a reputação de pessoas acolhedoras com os turistas que os islandeses carregam. Depois de parar um tempo na estrada para consultar melhor o mapa, finalmente encontramos a hospedagem.

 

 

26/02/2015 (DIA 10 - RING ROAD – 7 DE 7):

 

De Kirkjubæjarklaustur a Selfoss

 

Acordamos cedo, tomamos café e decidimos voltar 60 Km para conhecer a cachoeira Svartifoss (cachoeira negra), pois estava muito curioso para ver como seria no inverno. Fomos ao centro de informações do Skaftafeel National Park perguntar sobre a condição da trilha no inverno. O funcionário, um sujeito de mal com a vida, de forma muito mal humorada nos informou que para fazer a trilha seria necessário o uso de grampones (equipamento para caminhada no gelo) e que por ali não tinha onde alugá-los. Alugamos em uma empresa de turismo que fica ao lado desse centro de informações.

O dono da empresa, como que para equilibrar a balança de simpatia islandesa, nos ensinou como colocar os grampones e me emprestou (sem cobrar nada por isso) um par de tênis impermeável. Levamos mais ou menos 40 minutos para chegar na cachoeira e daria perfeitamente para chegar lá sem os grampones... Por causa da neve, o caminho que leva às passarelas estava fechado, o que impedia de ver a cachoeira mais de perto.

 

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Depois de devolver os grampones e o tênis, continuamos a viagem para o sul do país. Além dessa cachoeira, conhecemos outras 2: Skógafoss e Seljalandsfoss. Elas ficam depois da charmosa cidade de Vík, não tão distantes uma da outra.

Dá para chegar bem perto dessas cachoeiras, podendo-se inclusive caminhar por detrás da queda d’água da Seljalandsfoss.

Mesmo no inverno, a paisagem no sul é bem diferente da do norte.

Cansados de tantas montanhas nevadas e de infinitas estradas brancas do norte e nordeste, foi revigorante dirigir pelo sul, onde o verde predomina.

Infelizmente esse foi nosso último dia no Ring road.

 

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27/02/2015 (DIA 11 - Aeroporto de Reykjavík – Tromso - Lyngen):

 

Arrumamos nossas coisas, deixamos muita comida que não usamos no quarto, e seguimos apressados para o aeroporto de Reykjavík. Mesmo faltando cerca de 40 minutos para decolarmos, conseguimos o reembolso do VAT (imposto de valor agregado) e trocamos os ISK (dinheiro islandês) que sobraram por NOK (moeda norueguesa) no banco do aeroporto, já na sala de embarque. Nosso vôo saiu da Islândia às 12:15 e chegou em Oslo às 15:50, de onde pegamos conexão para a cidade de Tromso, considerada a capital mundial da Aurora Boreal. Aterrissamos em Tromso as 20:25.

No dia anterior tive a idéia de reservar a hospedagem em uma cidade distante de Tromso, em uma região próxima da fronteira com a Finlândia e Suécia. A ideia era arriscada, pois desconsiderava o cansaço de ter viajado (de carro e avião) o dia todo. A hospedagem ficava em Lyngen, a 2 horas do aeroporto de Tromso.

Por que então resolvemos ir tão longe, ao invés de ficar em Tromso?

 

Por causo disso:

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A nossa hospedagem ficava localizada na famosa rota da aurora boreal. Dirigir mesmo depois de um dia tão cansativo se tornou um sacrifício recompensado, pois nesse dia vi uma das auroras mais bonitas. Ela se mexia muito rápido e aumentava de tamanho e de intensidade, enquanto cruzava o céu de ponta a ponta, como que controlada por um pincel invisível que no começo desliza suavemente até ir, com o tempo, ganhando pinceladas mais fortes e rápidas.

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Quando chegamos na hospedagem, a recepção já havia fechado e a porta da frente estava trancada. Eu havia avisado por email que poderia chegar tarde nesse dia, e me enviaram um código para abrir. O problema é que o código estava no celular de Alana, que havia descarregado ::putz:: .

Pela segunda vez ficamos um bom tempo trancados do lado de fora :( . Fui dar uma volta na rua pra ver se achava algum sinal de WiFi e descobri que a porta dos fundos da hospedagem estava aberta 8) . Quando voltei para avisar, Alana já havia conseguido localizar uma tomada pra carregar o celular ::hahaha:: .

Entramos e encontramos nossa chave junto a uma mensagem de boas vindas ::love:: .

Jantamos um sanduíche que algum hóspede deixou na geladeira de uso comunitário ::otemo:: .

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28/02/2015 (DIA 12 - Lyngen - Kilpisjarvi):

 

Partimos de Lyngen para Kilpisjarvi, um vilarejo finlandês conhecido por ser uma região boa para ver aurora boreal. Em pouco mais de 1 hora, chegamos na fronteira da Noruega com a Finlândia.

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Mais 40 minutos dirigindo e chegamos na hospedagem. O nome do lugar é Tundrea Holiday resort, um chalé de madeira com cozinha, banheiro e WiFi. Roupa de cama e toalha são pagos por fora.

Kilpisjarvi, apesar de pequeno, tem supermercado (que vende de lembrancinha à comida de rena e sex toys, sério), restaurante, posto de gasolina, conveniência etc. Fizemos a feira para os 3 dias que ficaríamos pela região.

A previsão do tempo para essa noite não era animadora, mas mesmo assim saímos para caçar a aurora boreal.

Descendo o mapa da Finlândia, chegamos em uma cidadezinha chamada Karesuvanto, a 110 Km de Kilpisjarvi. Não parava de chover e não havia muita esperança do tempo abrir. Como não havia nada aberto na cidade, fora um barzinho de gelo deserto, voltamos para Kilpisjarvi. Já não chovia, mas o céu continuava nublado.

Chegando no chalé, um pequeno buraco se abriu no céu, e por um breve momento, antes de dormir, pudemos ver a aurora.

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1/3/2015 (DIA 13 - Kilpisjarvi):

 

Como o chalé onde estávamos não tinha vaga para os 2 dias seguintes, alugamos um outro que ficava bem próximo (era só cruzar a rua) e custava quase o mesmo preço. Nesse, havia lareira, sauna, umas 4 camas, sofá, geladeira, televisão, micro ondas etc; enfim, cabia uma família inteira. Seu único problema é que não tinha internet. Tivemos que ficar indo no Tundrea roubar a Wifi :oops: .

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A dona desse chalé era uma finlandesa muito gente fina chamada Mia, que ficou surpresa quando falamos que nunca tínhamos entrado numa sauna (na verdade, eu moro em uma. Sousa é uma cidade que faz qualquer salinha de madeira com vapor quente parecer um frigorífico).

A dona gostou de nós e nos convidou para conhecer sua fazenda de criação de renas no dia seguinte.

Enquanto isso a previsão de clima/nuvens para a essa noite continuava ruim. Mesmo assim tentamos dirigir para o norte, mas desistimos por causa do vento, da neve que tinha invadido a pista, e da visibilidade terrível.

Era nossa segunda noite na Finlândia e nada de ver aurora boreal. ::vapapu::

 

2/3/2015 (DIA 14 - Kilpisjarvi):

 

Partimos para a fazenda de renas às 11:00. Colocamos o endereço em nosso velho e traiçoeiro GPS, que resolveu trollar de novo nos levando para outra fazenda ::grr:: . Enquanto fazíamos a curva para entrar na estreita estrada de neve que levava à fazenda, uma idosa senhora, acompanhada de seu cachorrinho, seguia a pé para a mesma direção. Ao desconfiar, ou melhor, ter a certeza de que estávamos no lugar errado, paramos o carro e esperamos a senhora, que, desconfiada, foi se aproximando :? .

Perguntamos (já sabendo a resposta) se aquela era a fazenda da Mia. Com um inglês muito difícil de compreender, ela falou que a gente havia passado da entrada certa.

Pedimos desculpa por ter invadido suas terras e fomos mais pra frente manobrar o carro para retornar. A senhora já tinha entrado em casa quando, no caminho de volta, o destino, não tendo ninguém melhor para bulir, resolveu atolar nosso carro na neve :x . Desci para empurrar e, quando olhei para trás, vi a velha saindo de casa e segurando uma pá. Quando chegou, observou os pneus com ar preocupado e começou a cavar. Pedi para que me desse a pá. Depois de tirar boa parte da neve que cobria os pneus, comecei a empurrar novamente. A velha tentou me ajudar, mas ficou tão vermelha com o esforço, que fiquei com medo dela ter um troço :oops: . Perguntei a ela se não achava melhor dirigir, ao invés de empurrar. Bem humorada, ela concordou, e depois de um tempo conseguimos tirar o carro da neve ::otemo:: .

Pedimos desculpas por todo o trabalho que causamos.

Ela falou que alguns dias atrás uma dupla de alemães bateu na porta da casa dela para perguntar se podiam dormir. Percorriam toda a Europa de bicicleta e estavam exaustos. Contou que dormiram por 12 horas seguidas. :o

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Nos despedimos e voltamos para a estrada principal. Encontramos, finalmente, a entrada correta e depois de um tempo chegamos na fazenda da Mia, bem na hora de alimentar as renas.

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Depois que saímos da fazenda, seguindo a sugestão da Mia, fomos conhecer a pequena cidade de Hetta, a 175 Km de Kilpisjarvi. No caminho, como não tínhamos pen drive, ligamos a rádio, que tocava essa belíssima canção ::lol4::::lol4:: :

https://www.youtube.com/watch?v=b01ejU7-wVc (escutem a partir de 1:20).

Em Hetta, fomos atrás de um “castelo de gelo” que a Mia havia mencionado. Quando chegamos, a entrada do castelo estava fechada. ::grr::

Irritado por ter dirigido por 2 horas e curioso para ver o interior do castelo, liguei meu radar de brasilidade, que rapidamente detectou um “jeitinho” de entrar 8) . Por trás do castelo havia uma porta secreta, tapada com tábuas de madeira e lona. Afastei um pouco a madeira e entramos.

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Antes de voltar para Kilpisjarvi, fomos em uma lojinha de artesanato e almoçamos carne de rena com purê de batata em um restaurante barato.

À noite, depois de voltar para Kilpisjarvi, fizemos nossa última caçada à aurora boreal. Pelo terceiro dia o tempo continuava ruim, mas o site http://www.yr.no previa que o céu se abriria perto de uma cidade ao norte da Noruega. Já perto dessa cidade, paramos em uma região com céu limpo e escura.

As luzes não demoraram para aparecer.

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03/03/2015 (DIA 15 - Kilpisjarvi - Svalbard):

 

Depois tomar café e de arrumar o chalé, dirigimos apressados para o aeroporto de Tromso. Chegamos - como sempre - em cima da hora de embarcar para a cidade de Longyearbyen, na ilha Svalbard.

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Apesar da ilha pertencer à Noruega, é preciso fazer uma nova imigração e carimbar o passaporte. O vôo dura pouco mais de 1 hora. Do aeroporto para o centro existem ônibus que cobram 75 NOK por pessoa (paga-se dentro) e param em todos os hotéis da cidade. Paramos na Spitsbergen guesthouse, a hospedagem mais barata que conseguimos. Como estava passando por reforma, não havia internet (e quando havia, era paga). Fomos ao supermercado fazer a feira para os próximos dias e nos assustamos com os preços (R$ 10,00 por meia dúzia de ovos!).

Também nos assustamos com a falta de criatividade norueguesa para criar nomes de empresas: Svalbard hotel, Svalbard Husky, Svalbard guesthouse, SvalBAR, Svalbard Souvenir, Svalbard adventures, Svalbard isso Svalbard aquilo. :?

Depois do supermercado, fomos confirmar o passeio de snowmobile que havíamos reservado para o dia seguinte.

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04/03/2015 – DIA 16 - ILHA SVALBARD (LONGYEARBYEN):

 

East Coast

 

Às 8:30 chegou o carro da empresa Spitzbergen adventures. Nossa guia Doreen nos levou ao escritório da empresa, para providenciar as roupas e equipamentos necessários para a expedição à costa leste.

Ninguém além de nós 2 havia reservado esse passeio para esse dia.

Percebendo que eu levava comigo apenas uma segunda pele, a guia achou melhor voltar no hotel para pegar mais roupas, o que acabou atrasando nossa partida. Eles fornecem o macacão, balaclava, tênis de neve, luvas, almoço etc. A moto é simples de dirigir, visto que é basicamente acelerar e frear. Não tem marcha e não precisa experiência prévia.

 

Começamos a viagem e, em pouco mais de 1 hora, já fora do perímetro urbano, fizemos uma pequena parada para receber orientações. O tempo não poderia estar melhor. Após um longo período de climas desfavoráveis, tivemos sorte de pegar o primeiro dia ensolarado.

Depois de mais ou menos 30 minutos de subidas íngremes, paramos numa região bastante alta e campo de visão de 360 graus, de onde admiramos a fascinante paisagem do deserto ártico.

Continuamos a expedição, adentrando mais e mais nesse branco vazio e inóspito, subindo e descendo pelo chão de camadas de neve fofa, dirigindo em absoluta introspecção sob o mar congelado, num terreno que mais parecia feito de nuvens. Depois de algumas horas chegamos em um enorme paredão de gelo (glaciar), que se estendia por todo o horizonte. Foi o lugar escolhido para almoçar. Antes de fazer a comida (leia-se colocar água quente em frango desidratado), a guia, com seu inseparável binóculos, se certificou de que não havia nenhum urso nos arredores.

 

“If i say GO GO GO, don´t think, Just GO!”.

 

Depois do almoço, já próximo do final da tarde, começamos a jornada de volta. Em determinado momento, numa subida com curva, atolei a moto na neve. Olhei para trás e vi a moto de Alana também atolada :lol: .

Com a ajuda de outro grupo de outra empresa, que por sorte passava por perto, conseguimos desatolar as motos. O restante da volta foi tranqüila, nos unimos ao outro grupo e voltamos para a cidade, já no comecinho da noite. Encerrado o passeio, fomos deixados no hotel, de onde ligamos para a empresa Svalbard Husky para agendar um passeio de trenó no dia seguinte. Depois de reservar, voltamos para nossa guesthouse. No caminho, paramos no SvalBAR para tomar uma cerveja (mais que isso seria suicídio financeiro ::essa:: ).

 

Algumas ressalvas sobre a empresa: Se você tem personalidade extrovertida, animada, alto astral, daquelas que pulam, choram e gritam quando vê alguma paisagem bonita, recomendo fortemente a empresa Spitsbergen Adventures e sua guia Doreen. Caso contrário, procure outra empresa. A guia não conseguiu esconder seu descontentamento por ter pegado um grupo pequeno, e pelo menos 4 vezes foi grosseira. Sua impaciência e mal-humor tiraram um pouco do prazer da viagem, mas no geral valeu a pena.

 

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05/03/2015 – DIA 17 - LONGYEARBYEN:

 

Às 08:30 da manhã uma van da Svalbard Husky nos aguardava fora da guesthouse. Dessa vez havia mais umas 6 pessoas juntamente com nós. Nos levaram ao escritório da empresa para vestir as roupas, calçar as botas e colocar as luvas. A roupa tava com uma catinga danada de cachorro molhado, rsrs.

Depois de vesti-las, entramos em um outro carro, que nos levou ao canil da empresa, fora da cidade.

São muitos cachorros. Os machos ficam de um lado e as fêmeas do outro, cada qual com sua casinha com seu nome. Após as orientações, o guia separou os grupos e cada dupla tinha um time de 6 cachorros; os 2 líderes na frente.

 

Fomos em cada casinha para buscar os cachorros, vesti-los numa espécie de cinto e prendê-los ao trenó. Um desses cachorros “líderes” me deu muito trabalho, se deitava no chão, com as patinhas viradas pra cima, e rolava na neve. Depois de prender todos os cachorros, subimos no trenó. Enquanto uma pessoa vai em pé, equilibrando-se na madeira, a outra vai deitada, e depois de algum tempo podem trocar de posição.

No começo Alana foi em pé, controlando o trenó, e eu sentado, carregando a máquina fotográfica.

Quando ela libertou o freio, os cachorros arrancaram em alta velocidade e na primeira curva o trenó capotou. O casco do trenó estava virado pra cima, e eu, prostrado na neve como uma tartaruga, esperava ajuda. O guia voltou para desvirar o casco e continuamos o passeio, que durou cerca de 1h30.

 

A paisagem não nos impressionou muito, por causa do dia anterior. O passeio foi tão emocionante que Alana tirou um cochilo deitada no trenó.

De qualquer forma, valeu a experiência.

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06/03/2015 – DIA 18 - LONGYEARBYEN – OSLO (SQN)

 

Existem 2 empresas que administram vôo para Longyearbyen: a SAS e Norwegian. Nesse dia descobrimos que a Norwegian, companhia pela qual compramos as passagens para Oslo, estava em greve. Fomos ao aeroporto pedir informações. Chegando lá, fomos atendidos pela funcionária da SAS, já que não havia guichê da Norwegian no aeroporto. A mulher nos entregou um voucher que dava direito a hospedagem, alimentação e transporte.

Sem previsão de acabar a greve, resolvemos comprar uma passagem pela SAS para a data mais próxima, que seria dali a seis dias. Tivemos também que comprar novas passagens para o Brasil, já que iríamos perder o vôo do dia seguinte. Por sorte, amenizamos o prejuízo comprando uma passagem promocional pela Condor, partindo de Oslo e chegando em Fortaleza.

 

Durantes esses 6 dias ficamos hospedados no Radison Blu. Pela primeira vez nos permitimos o luxo de ir a um restaurante, onde comemos carne de baleia, de foca e de rena. Como o dinheiro já estava no fim, não fizemos mais passeios (faltou a caverna de gelo), nem vimos mais aurora boreal (clima terrível).

 

7/03 a 10/03: DIAS 19 a 22 - LONGYEARBYEN

 

Podem ser resumidos nesse vídeo:

 

11/03/2015 – DIA 23 - LONGYEARBYEN – OSLO:

 

Dia de sair de Longyearbyen (aleluia). O taxi do hotel ao aeroporto custou 116 NOK, guardamos o recibo para pedir o ressarcimento no site da Norwegian. O vôo chegou em Oslo no final tarde. Compramos o ticket do trem e fomos para o hotel programar o dia seguinte.

 

12/03/2015 – DIA 24 - OSLO:

 

Como tínhamos o dia livre, fomos conhecer melhor a cidade.

Um dos pontos turísticos de Oslo é o parque Vigeland, maior parque de esculturas de um único artista do mundo: são 212 estátuas de pedra, bronze e ferro. O parque fica aberto 24 horas por dia e a entrada é gratuita.

 

Um pouco da história do parque: Por 20 anos, Gustav Vigeland (1869-1943) trabalhou em uma exposição ao ar livre no quintal de sua casa e estúdio em Frogner, um bairro de Oslo. O lugar se transformou em um parque com 212 esculturas de granito e bronze. Vigeland não só criou todas as esculturas, mas também desenhou o parque, incluindo a arquitetura do jardim, pontes, fontes e recintos. Mas ele nunca pôde desfrutar de seu parque em toda a sua glória, já que todas as esculturas só foram colocadas no parque em 1950, 7 anos depois de sua morte.

 

Antes de ir ao parque, fomos em uma loja consertar a tela rachada do meu celular. Depois de 3 metrôs errados, de caminhar na direção contrária por 2 vezes, encontramos a loja e resolvemos o problema do celular. Depois disso pegamos outro metrô para a estação “Nationaltheatret”. O parque Vigeland fica perto dessa estação.

 

Ainda nesse dia conhecemos o museu nacional de arte da Noruega, que tem como principal atração “O Grito” de Munch. O museu é bem grande e além do grito, possui outras obras de Munch, Monet, Manet, Velasquez, Goya e Picasso. Não é caro, fica perto do centro, fotos são autorizadas, mas sempre sem flash.

(http://www.nasjonalmuseet.no/en/)

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13/03/2015 – DIA 25 - OSLO - FORTALEZA:

Nosso dia começou às 04:20 da madrugada. O vôo da Condor partir de Oslo às 06 da manhã. Foram 12 longas horas sentado em uma cadeira que parecia ter sido projetada para fins de tortura, escutando um travesti sentado na cadeira de trás comparar os biquínis da Alemanha com os de fio dental do Brasil, segundo ele muito melhores.

GASTOS:

 

Segue abaixo o custo aproximado da viagem. Como não anotamos todos os gastos, muita coisa ficou pendente na planilha, mas os principais gastos estão discriminados. Separamos por hospedagem, alimentação, transporte, passeios e extras (roupas, souvenirs etc).

Lembrando também que teria sido possível fazer a mesma viagem pagando muito menos, visto que precisamos comprar novas passagens para o Brasil, além de uma passagem interna, por causa da greve de pilotos na noruega.

Creio que com R$ 10.000 cada um daria pra ter feito a mesma viagem, já incluindo todos os deslocamentos aéreos e terrestres.

 

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Agradeço a quem conseguiu ler até o fim!

Até a próxima viagem ::carai::

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Noooooossa,

 

Estava acompanhando seu relato pela Patagônia, me deparei com esse pelas "lândias" e Noruega, já deu um clique na vontade de começar os preparativos para a nova viagem!!! rsrs

 

E olha que ainda nem fechei as malas para Patagônia!!! rsrsr

 

O Sonho do namorido é ver a Aurora Boreal, deixa só ele ver esse relato, vai ficar looouco!!!! ::hahaha::

 

Parabéns pela minuciosa elaboração do seu relato e o bom humor de sempre !!! ::otemo::

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Fábio,

 

Fico sem palavras para falar sobre o seu relato... Incrível, Incrível, Incrível!

 

O meu sonho desde pequeno é ver a aurora boreal e ver a sua postagem só aumentou a vontade!!

 

Não preciso nem dizer que seu relato está nos meu favoritos e será de grande utilidade!!! Valeu por compartilhar conosco!!!

 

Só uma coisa, será que você consegue colocar os gastos da viagem também???

 

Mega Parabéns para vocês com esse relato!! ::otemo::

 

Abraços,

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