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Equador (jun/09) em 11 dias


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GASTOS:

 

1. Passagem SP-Quito-SP (LAN): R$ 903 (US$ 406)

2. Gastos durante a viagem: US$ 495

 

DIÁRIO:

 

05/06

Saí de SP 8:45 com conexão em Lima, chegando em Quito as 15:00. Ao chegar, foto com sensores térmicos por causa da gripe suína e imigração rápida e tranquila. Peguei um taxi pro hostel na região de Mariscal e paguei US$ 10, pois fui na primeira cabine de empresas de táxi que existe logo após o desembarque. Mas dá pra pegar um por US$ 5 do lado de fora, no ponto. No Equador não existe taxímetro, portanto as corridas são combinadas antes de embarcar. Uma corrida do aeroporto pra Mariscal custa US$ 5, pro Centro US$ 7. Ir de Mariscal pro Centro custa US$ 3, o mesmo valor de Mariscal pro Teleférico. Hostel Mitad del Mundo: como ia ficar só uma noite na chegada, peguei um quarto individual com banheiro fuleiro por US$ 7,85. O hostel era muito simples mas bem no meio do agito de Mariscal, muito bem localizado. Almo-jantei num restaurante indiano que adorei, simplezinho, em uma travessa da Calle Calama (chicken vindaloo muito apimentado com uma cervejinha por US$ 7) e dormi tranquilo pois estava bem cansado.

 

06/06

Acordei cedo, tomei o café simples e honesto do hostel e peguei um taxi pro terminal de ônibus Cumandá (próx. ao Centro). As 8:45 embarquei no ônibus pra Riobamba. A viagem durou 4 horas e o preço da passagem foi US$ 4. Esse é o cálculo no Equador, US$ 1 por hora de viagem, não importa a distância. Chegando em Riobamba peguei um táxi pra estação ferroviária (US$ 1!!) no intuito de comprar logo a passagem de trem pro Nariz del Diablo no dia seguinte. Cheguei lá mas a bilheteria abria só as 15:00, então fui pro hostel Los Shyris, ótimo, deixar as coisas (2 quadras da estação). A diária custava US$ 8 e o quarto era amplo. limpo, com TV e chuveiro bem quente. Comi um "almuerzo" (prato do dia com suco e sobremesa) por US$ 4,50 e voltei à estação onde encontrei vários colegas mochileiros, principalmente americanos e europeus, todos em busca das benditas passagens de trem. Enquanto a bilheteria não abria, ficamos zanzando pela área da estação onde havia uma feirinha que vendia de tudo, inclusive "cuys" (porquinhos da india) vivos e assados. Bilheteria aberta, passagem comprada (US$ 11 só ida), fui dar uma volta na cidade (não tem muito o que ver). Jantei um belo lomito (US$ 6), passei no supermercado pra comprar bobagens e água e fui dormir cedo.

 

07/06

O trem partia às 6:30 da manhã e tínhamos que estar meia hora antes. Assitimos a uma palestra com slides da construção da ferrovia e embarcamos no "trem". Na verdade era um chassi de ônibus (bem velho) montado sobre rodas de trem. O motorista(?) conduzia a geringonça a diesel trocando as marchas como um busão normal, mas sem volante de direção. Paramos em um vilarejo típico da montanha onde alguns compraram artesanato e seguimos viagem. Só gringos no trem. Após 3 horas de viagem iniciamos o descenso no Nariz do Diablo, que nada mais é que uma descida em zigue-zague pela encosta da montanha. Chegando lá embaixo, 15 minutos pra fotos e voltamos montanha acima. Sinceramente achava que o passeio fosse mais emocionante, mas valeu pelas cenas pitorescas do percurso. Desembarcamos em Alausi, uma cidade indígena bem autêntica. Almocei no mercado central "llapingachos" que são panquequinhas de milho com caldo de carne, arroz e beterraba cozida. Com uma coca-cola deu US$ 1,50 (juro). As 15:00 peguei o busão pra Cuenca, onde cheguei 4 horas (US$ 4) depois e me hospedei no hostal Majestic, em quarto individual com banheiro por US$ 10. Dei umas voltas pela cidade a noite, que é tão linda como durante o dia e jantei muito bem um lomo saltado (US$ 9,75 com cerveja).

 

08/06

Passei o dia visitando a cidade de Cuenca, que considero uma das cidades coloniais mais bonitas que estive na América Espanhola (assim como Salta-ARG, Cusco-PER, Merida-VEN, Antigua-GUA e Oaxaca-MEX). A catedral, líndíssima, com uma estátua do Papa João Paulo II, Museu Pumapungo com um interessante acervo histórico e maquetes que retratavam a vida local desde as comunidades primitivas, uma parte das ruínas incas e um pequeno museu de moedas do Equador.

 

09/06

Não estava com saco de encarar as 10 horas de viagem pra Quito (que custava logicamente US$ 10) e resolvi comprar uma passagem da LAN Ecuador pela internet no dia anterior por US$ 48. Na verdade estava com um pouco de receio das perigosas estradas equatorianas. Já andei por estradas bolivianas e peruanas, que são até piores, mas algo me dizia para evitá-las agora no Equador. Dei uma última volta pela praça da catedral pela manhã e voei confortavelmente, em 2:30 estava em Quito (com escala em Guayaquil). Como já sabia, não peguei o táxi do primeiro guichê do aeroporto e tomei um no ponto do lado de fora. US$ 5 e 15 minutos depois estava no Hostal El Taxo, em Mariscal. Peguei um quarto individual novinho e limpinho com banheiro por US$ 10. Nessa viagem estava meio anti-social e não queria dormir em quartos coletivos, ainda mais que a diferença (em valores absolutos) era pequena (US$ 6 no coletivo sem banheiro ou US$ 10 sozinho na suíte). Me abasteci em um supermercado pois amanhã ia ser pedreira.

 

10/06

Dia de excursão ao Vulcão Cotopaxi (que já havia acertado na agência Gulliver no dia que cheguei em Quito). No valor de US$ 35 estava incluso o transporte, guia, almoço e aluguel da bike. Saímos de Quito rumo ao sul, pela "avenida dos vulcões", a parte da estrada panamericana que passa ao lado de dezenas de vulcões. Belíssima! Uma hora e meia depois estávamos na entrada do parque (US$ 10, não inclusos na excursão). Ainda estávamos baixo (3.000m) e ouvimos uma breve explicação do parque nacional na modesta sede. Voltamos para a van e fomos subindo, subindo... até chegar na área de estacionamento, a 4.200m. Já sentíamos bem a altitude, mas ainda tínhamos que caminhar cerca de 1 hora, montanha acima, rumo ao refúgio que ficava na parte nevada do cume, a 4.800m. O chão era arenoso e fofo, e a poeira constante, dava a impressão que a cada 2 passos pra cima, descíamos 1. Chegando no refúgio fomos recompensados com uma caneca de chá quente e lanchamos (incluso). Contemplamos a linda paisagem lá de cima por umas dezenas de minutos a uma temperatura de 1 grau positivo e iniciamos a volta. Acho que descemos tudo em 15 minutos, foi baba mesmo...rs. No estacionamento montamos nas bikes e fizemos um downhill tranquilo até a Laguna Limpiopungo. 40 minutos de paisagens belíssimas e aquele vento gelado cortando o rosto. A van nos pegou na lagoa e voltamos a Quito, bem na hora do jogo das Eliminatórias da Copa contra a Argentina. A seleção local venceu por 2X0 (o jogo foi em Quito mesmo) e a torcida foi a loucura. Só se via um mar de camisas amarela nas ruas, gente gritando e bebendo. Jantei novamente no indiano que havia ido no primeiro dia.

 

11/06

Segunda excursão da Gulliver, desta vez pra Laguna Quilotoa (US$ 40 com transporte, guia, almoço e jegue incluso). Saímos bem cedo, pois a viagem ia ser longa, cerca de 3 horas só de ida. Mas o caminho até a Laguna era muito bonito, indo pelas encostas das montanhas e passando por vilarejos indígenas. Uma hora após sair de Quito, paramos na feira de quinta-feira de Saquilisi, onde era vendido tudo quanto é tipo de mercadorias e animais. Após meia hora partimos rumo à Laguna, parando para conhecer uma típica vivienda de uma família de índios agricultores. Chegando no topo da laguna, que se encontra em uma cratera extinta de vulcão, almoçamos cabrito (a outra opção era frango) com uma sopa bem quentinha. Energias repostas, começamos a descer em direção à laguna por um caminho arenoso e íngreme. A paisagem era sensacional, as escarpas do vulcão e a lagoa verde-esmeralda lá embaixo. Atingimos as margens em meia hora e ficamos tirando fotos e contemplando a paisagem. Mas e pra subir tudo aquilo de volta? Ainda bem que tinha jegues pra nos levar (incluso)! Subimos e embarcamos na van para o longo caminho de volta a capital. Chegamos bem cansados, comi um burguer e fui dormir.

 

12/06

Quito fica a 2800m de altitude, o que não é nada dramático, em poucos dias nos acostumamos com o ar ainda não tão rarefeito. Hoje subi o teleférico (Teleferiqo, US$ 4 ida e volta) que chega a 4100m. A subida é rápida e sentimos bem depressa os efeitos. Ao desembarcar lá em cima, uma placa alertando para não corrermos, não comermos muito etc. A vista lá de cima é bem bonita, temos uma visão completa de Quito, do aeroporto ao centro histórico. Desci de volta ao ar normal e fui em uma marisqueria para experimentar um "encebollado", uma sopa com peixe, caranguejo ou camarão, com mandioca amassada e logicamente com muita cebola por cima. Pedi um de camarão, que era o mais caro (US$ 5,75 com refri), e devorei rapidinho, saindo do restaurante com um baita bafo de cebola. Neste dia cochilei no hostal e qdo acordei já estava escuro. Acho que senti um pouco o ritmo dos 2 dias anteriores, que foram bem intensos. Resolvi variar e comi uma comida chinesa a noite.

 

13/06

Sábado é dia da feira em Otavalo, uma cidade ao norte de Quito, a cerca de 2 horas de ônibus (nem preciso falar o preço da passagem...rs). O dia estava chuvoso mas a colorida feira estava lá firme e forte na praça central. Vendia-se de tudo também, muitos turistas, gringos e locais. Após o almoço voltei e fui direto ao centro histórico de Quito. Visitei o muito bem montado Museo de la Ciudad (US$ 3) que conta a história do país de uma forma bem interativa, com reproduções das viviendas antigas e das cidades na época colonial. Fiquei andando perdidamente pelas ruas estreitas que revelavam igrejas e construções belíssimas a cada esquina. Voltei a Mariscal e comemos em uma lanchonete árabe que servia chawarmas (que aqui chamamos de churrasquinho grego, no espeto giratório).

 

14/06

Saí cedo para conhecer um dos principais pontos turísticos nos arredores de Quito, o local onde passa a linha do Equador, conhecida como Mitad del Mundo. Dá pra ir de ônibus urbano, tendo que fazer uma baldeação (US$ 0,65). O parque Mitad del Mundo (US$ 2) é uma espécie de mini-disneylandia que explora o tema de forma bem turística ("olha aqui vc está com um pé no hemisfério norte e outro no sul", etc). Mas foi comprovado, depois do advento do GPS, que a verdadeira linha do Equador fica a aproximadamente 200 metros ao norte de onde fica o famoso monumento. E no verdadeiro Equador foi feito um museu a céu aberto muito interessante, o Inti Ñan (US$ 4). A visita guiada dura cerca de 1 hora e a todo momento somos desafiados com experimentos científicos, como a pia cheia de água que ao ser esvaziada faz um redemoinho no sentido antihorário (se estiver a 2 metros ao sul da linha) ou horário (a 2 metros ao norte da linha). Voltei a Quito e fui direto ao centro. Comi o sanduíche de pernil famoso no La Fabiolita (US$ 2,50), que fica embaixo da Catedral, e fiquei andando na Plaza Grande onde fica o palácio presidencial. Hoje me permiti um pequeno sacrilégio, estava com vontade e jantei no Mc Donalds.

 

15/06

Último dia e como meu voo só partia às 21:30, fui de manhã novamente ao centro. Visitei a Igreja Compañia de Jesus (US$ 2), que tem o altar todo folheado a ouro (levei 2 broncas dos seguranças mas consegui fotografar). Depois fui ao Convento de Santa Catalina (US$ 1,50) que tinha uma escadaria que levava ao campanário, de onde tínhamos uma visão interessante de parte do centro. Almocei um típico seco de chivo (refogado de cabrito com arroz e banana frita), US$ 4,75, no Nuevo Cordobés, um restaurante bem antigo e tradicional da cidade. Voltei ao hostal e arrumei minhas coisas. Peguei um táxi pro aeroporto e na saída do país deixei US$ 41 de taxa de embarque (doeu). Amanheci em SP, após uma

conexão em Santiago do Chile (e seu ótimo free-shop) e fim de viagem.

 

O BÁSICO

 

Albergue (hostel) em quarto coletivo: US$ 4,00 a 6,00

Hostal (pousada) em quarto individual com banheiro: US$ 10,00

Almuerzo (prato do dia com sobremesa e suco): US$ 2,50 a 4,00

Jantar patrão (couvert, filezão ou peixe/camarão, cerveja): US$ 6,00 a 10,00

Refri: US$ 0,75

Cerveja long neck (a melhor se chama Pilsen): US$ 1,50

 

Dá pra passar o dia tranquilo comendo e dormindo bem por US$ 15,00 a 20,00

 

Viagem rodoviária: US$ 1,00 por hora. Quito-Cuenca: 10 horas; Quito-Guayaquil: 8 horas

Passagem de bus urbano em Quito: US$ 0,25

Táxi (Aeroporto-Centro histórico): US$ 7,00

Táxi (Aeroporto-Mariscal): US$ 5,00

Taxi (Rodoviária-Centro de cidades do interior): US$ 1,00 a 2,50

Museus e atrações turísticas: US$ 2,00 a 4,00

Taxa de embarque na saída de Quito: US$ 41,00

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Olá pessoal,

 

O site da Gulliver com os passeios que mencionei é: http://www.gulliver.com.ec/index.php?option=com_content&task=blogcategory&id=39&Itemid=46

 

Não sei se tem mais em conta, mas eu preferi pegar a Gulliver pq eles conseguem ter saídas diárias dos passeios, mesmo em baixa temporada. Tem agencias que não conseguem fechar grupos na baixa temporada e adivinha pra onde eles mandam seus clientes?

 

Qto à documentação, não tenho certeza se dá pra entrar só com RG no Equador, melhor consultar o site da Policia Federal.

 

Abs, Thomas

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  • 8 meses depois...
  • Membros

Cara, tenho um estagio no equador no fim de 2010 começo de 2011, vou ficar um mes um mes e meio, nao sei ainda ao certo, acho q teremos alojamnento, mas no caso de nao tiver nada incluso, voce acha q conseguimos ir de sp para o equador de aviao e ficar ai por um mes com 3mil reais??????

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Mouro, na baixa temporada e com uns 3 meses de antecedencia, dá pra encontrar passagem SP-Quito-SP por cerca de US$ 500 com taxas inclusas. Isso é menos de 1 pila. Mas como vc vai na alta, não sei... Bom, pesquise bem, além da LAN, na Taca, Avianca e Copa.

 

Para hospedagens de 1 mes ou mais dá pra negociar um quarto individual em hostels. Prefira a área de Mariscal, que tem uma boa estrutura de serviços e bastante estrangeiros para voce se confraternizar. Acho que vc consegue ficar um mês hospedado por uns US$ 250. Qdo fui fiquei em um quarto com banheiro recem reformado por US$ 10, sem café. Chama-se El Taxo.

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