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Milhas: como acumular e multiplicar?


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Em 03/08/2018 em 19:15, f0soare disse:

Tem vários cartões no mercado para cada tipo de realidade de pessoa. Basta se informar para ter um cenário benéfico para ser utilizado.

Pois é, tem cartão de crédito para todos as faixas de renda, até renda inexistente. Mas, o benefício em milhas desses cartões é desprezível. Por isso, não acho que é "basta se informar para ter um cenário benéfico". Nem sempre o cenário é benéfico, às vezes é até ofensivo, lesivo, perda de tempo e ilusão. A questão é justamente essa, acabamos voltando para o ponto inicial: quem realmente aproveita milhas com regularidade é quem ganha acima da média, acima da maioria, é um fato.

As pessoas que têm cartões comuns podem até conseguir, mas com muito mais esforço de organização, planejamento, controle etc. É por isso que milhas não são gratuitas. Tempo, trabalho e contenção de gastos são fatores a ser contabilizados na hora de calcular quanto custam as milhas.

Nem o ar que respiramos é gratuito, porque o corpo gasta energia (conseguida pela alimentação, paga com dinheiro) para funcionar. 

Quanto a aproveitar promoções de transferência, renovação ou compra de milhas, é, sim, uma maneira de turbinar, mas só fato de essas promoções serem irregulares, estarem cada vez mais raras (quem acumula milhas há mais de 15-20 anos sabe do que estou falando) e aparecerem apenas quando as empresas querem, quando é conveniente para elas, só torna ainda mais custosas as milhas. É mais um fator que dificulta o acesso às milhas (porque é preciso pagar para renovar ou para comprar, ou porque é preciso gastar -- como no caso de promoções de transferência de milhas). E é mais um fator influencia o gasto por impulso, porque impõe uma janela de tempo para o cliente: compre agora ou perca.

Em suma, entendo os argumentos, espero que as regras não mudem e que continuem a permitir que algumas pessoas consigam usufruir, mas eu, pessoalmente, pensando na minha vida financeira, acho perda de tempo (e já perdi muito) se preocupar com milhas. Faço as coisas mínimas: uso apenas um cartão de crédito e transfiro sempre para o mesmo programa. O que vier (mas há anos não vem nada) é bem-vindo.

 

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Um dia percebi que Netshoes via site Multiplus tinha preço maior que fora dele. Ou seja, não existe 10 pontos por real "grátis". Não existe almoço grátis. Aí, larguei mão e vendi as milhas que tinha. Hoje, só uso dois cartões: nubank e banco inter. Ambos sem anuidade e muito bons. 

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12 horas atrás, doispassos disse:

Quanto a aproveitar promoções de transferência, renovação ou compra de milhas, é, sim, uma maneira de turbinar, mas só fato de essas promoções serem irregulares, estarem cada vez mais raras (quem acumula milhas há mais de 15-20 anos sabe do que estou falando) e aparecerem apenas quando as empresas querem, quando é conveniente para elas, só torna ainda mais custosas as milhas. É mais um fator que dificulta o acesso às milhas (porque é preciso pagar para renovar ou para comprar, ou porque é preciso gastar -- como no caso de promoções de transferência de milhas). E é mais um fator influencia o gasto por impulso, porque impõe uma janela de tempo para o cliente: compre agora ou perca.

Em suma, entendo os argumentos, espero que as regras não mudem e que continuem a permitir que algumas pessoas consigam usufruir, mas eu, pessoalmente, pensando na minha vida financeira, acho perda de tempo (e já perdi muito) se preocupar com milhas. Faço as coisas mínimas: uso apenas um cartão de crédito e transfiro sempre para o mesmo programa. O que vier (mas há anos não vem nada) é bem-vindo.

Exato,  já participo de programas de milhagem a uns 20 anos, antigamente a cada 10 voos pagos que eu fazia, ganhava uma outra passagem sem precisar gastar mais nada, mas atualmente, se for contar só com as milhas ganhas nos voos, eu preciso fazer mais de 30 voos pagos para ter milhas para um único voo, e ainda precisa contar com a sorte de aparecer uma promoção para conseguir um voo com esta quantidade de milhas.

Antigamente até o cartão mais simples dava 2 ou 3 milhas por dólar gasto, hoje para conseguir esta pontuação, precisa de um cartão platinum, black, ultra mega power, que está cada vez mais difícil de negociar sem taxas e anuidades, eu mesmo já tive que cancelar o platinum que eu tinha, por que o banco passou a exigir o dobro de dinheiro investido para dar isenção de anuidade.

As promoções de bônus nos resgates e transferência que sempre turbinavam chegando a dobrar os pontos, praticamente sumiram, atualmente são difíceis de aparecer, e hoje dão 50% de bônus, antigamente era comum 100% ou mesmo 200% de bônus.

Eu não sou contra usar os planos de milhas, eu mesmo uso eles, só alerto para que as pessoas não criem ilusão de que estes programas são a solução para o seu problema de passagens aéreas caras, pois não é!  

E a maioria das pessoas que caem nesta ilusão, já não tem auto-controle sobre os seus gastos, e ai com o programa de milhagem fazendo "pressão" psicológica para gastar mais e concentrar tudo no cartão, a maioria das pessoas simplesmente se enrola todo, e sai pior do que entrou nesta história.

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Em 03/08/2018 em 16:33, LF Brasilia disse:

Como já disseram na primeira página, antigamente esses programas tinham foco na fidelização dos clientes das companhias aéreas. Alguns dos meus amigos/conhecidos, principalmente quem fazia muitas viagens a trabalho, conseguiam facilmente usar os pontos para conseguir passagens em suas viagens particulares.

Aí as operadoras de cartão descobriram esse filão. E, quando esses programas se tornaram mais populares, começaram a surgir dificuldades para o uso: cobrança dos bancos para trocar pontos de cartão por milhas, aumento da milhagem necessária para troca por passagens, etc.

 

Em 03/08/2018 em 19:15, f0soare disse:

Hoje muitas pessoas nem sabe que tem milhas ou as deixam vencer... Essas milhas já foram "provisionadas" a débito no resultado das administradoras de cartão e quando não utilizadas, são revertidas para resultado delas a crédito... e elas adoram isso, só aumenta o lucro e o atingimento das metas de bônus!

Exato, antigamente o programa de milhagem era uma forma de fidelizar o cliente da companhia aérea, mas hoje em dia, o programa de milhagem é a coisa que mais dá lucro para uma companhia aérea, basta ver os balanços contábeis do Multiplus, Smiles e afins que são publicados na internet

O modelo de negócio dos programas de milhagem agora é vender milhas para as administradoras de cartão de crédito e similares, e para que as companhias continuem a vender milhas e ter lucros enormes com elas, elas precisam convencer o máximo de pessoas possível de que milhas é o melhor negócio da vida.

Em 03/08/2018 em 19:15, f0soare disse:

Olá meus amigos... Me desculpem pelo fato de não concordar com seus pontos de vista. Quando postei no tópico, me referi ao fato de ser vantajoso sim o acumulo de ponto via cartão de crédito, principalmente se o usuário entender a regra do jogo para entrar em campo. O grande problema é que as pessoas não buscam informação e vêem os cartões de crédito como favor que a instituição financeira faz e não como uma prestação de serviço ao usuário. No meu ponto de vista, cada um sabe onde o "calo aperta" e precisa ter um plástico de acordo com seu perfil. Não adianta uma pessoa com gasto de R$1.000 reais por mês querer ter um cartão para trocar milhas por passagens aéreas onde o limite inicial de resgate de milhas é 15mil pontos e pontos com validade de 2 anos. A conta não fecha! 

E muito sinceramente, foi falado da renda média do trabalhador em R$1.712  (o que eu acho que é bem menor). Mas pare pra pensar: Quantas pessoas nessa faixa de renda ou um pouco menor viajam para Europa ou Eua se não conseguirem outra renda? Não dá! Nossas despesas básicas de aluguel, alimentação e saúde consomem isto em dois tempos! Já fui operador de caixa de Supermercado no passado e o máximo que eu vislumbrava em viagem na época era ir para a Araruama passar um fim de semana nas férias... era isso que o dinheiro que sobrava me permitia vislumbrar.... Nessa época, eu já acumulada milhas e trocava por produtos (já troquei até por lanche do Bob`s), e ficava muito feliz pois era "grátis"....

Você, falou, falou e falou e chegou no mesmo ponto que estamos falando desde o inicio:

Que estes programas de milhagem atualmente só dão algum "lucro real" para quem tem um padrão de consumo alto, para o resto da população que rala para fechar as contas no final do mês, e que cai na conversa fiada das empresas de milhagem que só querem vender milhas a qualquer custo, de que participar dos programas de viagem é a solução de todos os problemas, que elas conseguirão viajar a Orlando de graça participando do programa de milhagem, isto simplesmente é uma ilusão de que as pessoas gostam de acreditar.

Como eu falei antes, não sou contra estes programas de milhagem, pessoalmente uso eles, mas a pessoa tem que ser realista e consciente para ver se o seu padrão de renda e consumo vai gerar uma quantidade de milhas que dê para usar para alguma coisa.

Pois como você mesmo falou, uma boa parcela do lucro que as administradoras de cartões tem, vem daquela multidão de clientes iludidos que paga anuidade de cartão, mas consegue juntar no máximo 2 ou 3 mil milhas em 1 ou 2 anos, uma quantidade que atualmente não dá para nada, não dá direito nem para trocar por produtos úteis, e que já foram provisionadas como custos nos resultados, mas são um custo que não será efetivado,  pois esta multidão de pessoas que só consegue juntar 2 ou 3 mil pontos, não consegue resgatar/transferir os pontos nos programas de milhagem.

 

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Mas a questão é justamente essa... Não podemos falar que não vale a pena juntar milhas! Isto é uma inverdade... Vamos deixar todos os benefícios de cartão de crédito mais avantajados de lado e partir para o básico...

Apesar de não gostar do Santander, vou usar o Free como exemplo... 1 ponto para cada 5 reais gastos no esfera...

Um cidadão com renda de mil reais que gasta 500 reais por mês nele em compras de mercado, vai receber "grátis" 100 pontos... mantendo esta média, em dois anos (supondo que seja a validade dos pontos) ele terá 2.400 pontos.... não dá para viajar, concordo, mas dá para trocar por uma garrafa de vinho ou algum premio básico... veja que nesse caso não houve gasto algum para se obter o benefício... E outra, uma pessoa com que gasta pouco no cartão não pode esperar receber uma passagem para Orlando!! São números incompatíveis entre desembolso e premio recebido!

Hoje em dia alegar que é melhor comprar em dinheiro é o maior erro... praticamente não há desconto (raras exceções, já que as grandes empresas estão preferindo pagamentos eletrônicos) e ainda tem os riscos de se andar com grana na rua...

Hoje não tem como fugir do cartão de crédito, principalmente pelas compras na internet... o negócio é escolher o que melhor lhe favorece... 

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Dispenso a garrafa de vinho depois de dois anos de gastos. Sabe por que? Porque essa moeda que as companhias criaram, a milha, é a mais volátil que existe.

De um ponto de vista da economia, da transação econômica, você sai, sim, perdendo, mesmo que ganhe um prêmio. Sabe por quê? Porque o preço que a milha custou para você juntá-la é muito mais alto do que o preço que a milha tem quando você gasta ela -- isto é, quando você vende ela, ou, no caso, troca ela por um prêmio.

Uma milha que custe 1 dólar para ser adquirida (você comprando da empresa) custa 30 centavos para ser usada (a empresa comprando de você). As milhas são uma moeda inventada que faz o cliente pensar que ele está ganhando, mas ele está é fidelizando suas compras no cartão da empresa (primeiro ganho da empresa), sempre tentado a gastar um pouco mais ou aproveitar promoções de coisas que ele não precisa (segundo ganho da empresa) e gastando aquilo que ele ganhou com produtos que a empresa oferece (terceiro ganho da empresa). 

As milhas são uma parte de um microssistema financeiro criado artificialmente no qual você compra uma por X e vende ela por X dividido por 3. Nessa transação, você perdeu, tanto porque seu ativo (a milha) se desvalorizou quanto porque você comprou algo por um preço absurdo -- uma garrafa de vinho, por exemplo, que custe 2.400 milhas, é uma garrafa que custou, digamos 800 reais, se 3 milhas custarem 1 real. Você não ganhou a garrafa de graça. Você teve de consumir 800 reais para ter direito a ter um prêmio. Mesmo que você fosse consumir esses 800 reais de todo jeito, porque é sua necessidade, a garrafa não é um prêmio gratuito, é a compensação pelo fato de você ter usado seus 800 reais nos canais que favorecem a empresa e que a fazem ganhar 2, 3 vezes em cima do seu comportamento. 

Entende o que quero dizer? A empresa cria o jogo, cria as regras, mas trapaceia, ela mesma burla as regras, manipula a situação, de modo que você sempre vai pagar mais para adquirir do que vai usufruir para receber. 

Por isso, não é prêmio, na minha opinião, é prêmio de consolação. Prêmio é pagar 5 reais em um bilhete de loteria e receber 10 milhões. Prêmio é correr 100 metros rasos em 8 segundos e entrar para a história. Prêmio é algo desproporcionalmente maior do que o esforço. Outro dia desses troquei uns 2 mil pontos que iam vencer por um mixer de cozinha para minha sogra. 2 mil pontos. O mixer custa 50 reais em qualquer loja. Isso é prêmio?

A gente acaba dando muito mais (em tempo, dinheiro, atenção, dados, resposta à marca) do que percebe para a empresa, e isso apenas porque vislumbra lá na frente um ganho. É o cenário do desenho animado, a cenoura pendurada na frente do animal que anda numa esteira rolante. Ele pode até chegar a comê-la, mas fez um esforço danado...

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Vocês tão problematizando demais. O negócio é simples:

Produto X custa $10. A vista sem desconto, $10. No crédito, $10 +2ptos. Os dois pontos é lucro.

Produto X custa $10. A vista tem desconto de 10%, $9. Compra a vista ou débito que normalmente tem o mesmo desconto (apesar de ter mais taxas pro lojista).

É simplesmente isso. Tem desconto, paga a vista ou débito. não tem desconto, crédito e acumula ponto.

Ponto é lucro colateral e não objetivo.

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