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Diário de Bordo na Europa 2010 - 1 mês e três países na mochila: Portugal, Espanha e França


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3º dia

Lisboa

 

Passeios:

Tour no Bonde 28;

Igreja N. Sra da Graça (miradouro)

Sé de Lisboa; (3 euros, claustros)

Castelo de São Jorge. (7 euros)

Todos imperdíveis

 

Acordei bem cedo, tomei o café da manhã e saí.

 

Nesse dia eu estava só e decidi passar o dia "desbravando" as ruas lisboetas. Eu havia planejado ir a Évora ou a Óbidos, mas achei Lisboa tão interessante que mudei de idéia. Tudo é encantador, e não haveria outra trilha sonora tão perfeita para esta cidade quanto o Fado (é como a Bossa Nova para o Rio). Embora este tipo de canção seja geralmente para composições com certa dose de melancolia, Lisboa é muito alegre. As diversas e intermináveis escadarias (São Crispim que o diga...) e ladeiras nos conduzem a mirantes com cenários extraordinários em diversos pontos de seu centro histórico.

 

Carreguei o cartão 7 Colinas, o qual já tinha usado 2 dias antes (serve para metrô, ônibus e bondes) e, em vez do ônibus turístico, decidi tomar o "famoso" bonde 28 (dentro havia uma placa bem visível avisando sobre os batedores de carteira). Ele passa pelos pontos principais da cidade e, além de ser bem mais barato, é uma oportunidade de experimentar um pouquinho da rotina dos portugueses.

 

Desci na parada próxima a igreja N. Sra da Graça e andei alguns quarteirões para finalmente chegar ao seu portão principal. Havia uma meninada em fila na minha frente, eles atravessaram a nave da igreja e se organizaram diante do altar para formar um coral. Eu soube naquele instante que seria um ensaio para receber o Papa Bento XVI, que visitaria Lisboa nos próximos dias. De fato, senti a força do catolicismo local quando vi várias crianças com menos de 2 anos ajoelhadas no mármore, com os olhinhos fechados e as mãozinhas em oração. A igreja é até graciosa, mas a atração mesmo é o que está atrás dela: um mirante de onde se vê os principais bairros, o imponente Castelo de São Jorge (1100 D.C) erguido sobre colina mais alta da cidade e o Rio Tejo, cortado por duas belas pontes.

 

Dali, fui até o Monastério S. Vicente, parei para descansar, mas não entrei. Caminhei mais uns 20 minutos, cheguei ao Largo da Sé e entrei na catedral de mesmo nome. Fiquei fascinada. A fachada esquisitíssima dá acesso, por meio de pequenas aberturas em seu portal, à "mistureba" de estilos arquitetônicos dos claustros da igreja (paguei 3 euros para entrar no claustros e ir ao museu dos tesouros), decorrente dos contínuos processos de reconstrução após 4 grandes terremotos ao longo dos séculos. Ali está a arca com os restos de S. Vicente e há uma escavação arqueológica com vestígios diversos, desde 1 DC. Imperdível!

 

Eu já estava enlouquecida de fome e queria comer na Alfama. Nesse bairro, de acordo com alguns mochileiros, eu poderia entrar na maioria dos restaurantes (mais populares, claro) sem precisar me preocupar com o bolso ou paladar. Então, segui um grupo de velhinhos portugueses e comi no HO Caldas. Simples, mas muito saboroso e barato (acho que deixei uns 8 euros ali).

 

Depois de mais algumas ladeiras e escadarias, cheguei ao Castelo de São Jorge, gigantesco e lindo. Para conhecer em suas ruínas eu paguei 7 euros, com direito à entrada a um museu muito bem estruturado. Ali já foi o Paço Real antes de tornar-se um quartel e por último, foi uma prisão. No "complexo" do castelo há muitas atrações como os jardins e miradouros, a cidadela, a esplanada, um café (com alguns pavões soltos exibindo seus coloridos leques aos visitantes) e uma lojinha temática (caríssima!!!).

 

Lembro que em algum momento eu perdi meu mapa. Para continuar o passeio, eu segui meu instinto e as instruções dos locais até chegar à Baixa/Chiado. Dali segui para a praça do Comércio e fiquei à toa no Terreiro do Paço.

 

Os portugueses são tímidos, principalmente os mais velhos, mas mesmo assim foram sempre solícitos quando precisei de alguma alguma informação. Algumas vezes, escutei grunhidos indecifráveis como resposta, e em outros casos, ainda arranjavam uma maneira de encaixar uma cantada. rs

 

Cheguei ao hostel depois das 8h da noite e ainda estava claro. Nessa noite, o evento de integração seria um jantar ( 5 euros) com comída típica portuguesa: frango com piri piri (pimenta). Na verdade, eu queria mesmo era ir para a balada (estava planejando ir a uma casa de fado ou à jam session da "Fábrica Braço da Prata", no Cais do Sodré). Entretanto, desisti quando olhei pela janela e vi que o tempo tinha virado. Estava uma ventania terrível, além de frio a beça. Como na manhazinha seguinte eu iria para Porto, resolvi ficar por ali mesmo e curtir meus últimos momentos em Lisboa sem sobressaltos.

 

[picturethis=http://www.mochileiros.com/upload/galeria/fotos/20100908215205.JPG 500 375 Legenda da Foto]Pichações anarquistas à moda portuguesa.[/picturethis]

 

 

[picturethis=http://www.mochileiros.com/upload/galeria/fotos/20100908215742.JPG 500 375 Legenda da Foto]Hora do ensaio, portal da Igreja N. Sra da Graça[/picturethis]

 

 

[picturethis=http://www.mochileiros.com/upload/galeria/fotos/20100908220022.JPG 375 500 Legenda da Foto]Interior da igreja.[/picturethis]

 

 

[picturethis=http://www.mochileiros.com/upload/galeria/fotos/20100908220949.JPG 500 375 Legenda da Foto]Miradouro de N. Sra da Graça.[/picturethis]

 

 

[picturethis=http://www.mochileiros.com/upload/galeria/fotos/20100908221238.JPG 375 500 Legenda da Foto]O bonde.[/picturethis]

 

 

[picturethis=http://www.mochileiros.com/upload/galeria/fotos/20100908221722.JPG 375 500 Legenda da Foto]A estranha criatividade dos publicitários lusitanos.[/picturethis]

 

 

[picturethis=http://www.mochileiros.com/upload/galeria/fotos/20100908223521.JPG 500 375 Legenda da Foto]Sé de Lisboa.[/picturethis]

 

 

[picturethis=http://www.mochileiros.com/upload/galeria/fotos/20100908222537.JPG 375 500 Legenda da Foto]Portal de acesso à Catedral.[/picturethis]

 

 

[picturethis=http://www.mochileiros.com/upload/galeria/fotos/20100908223043.JPG 500 375 Legenda da Foto]Arca com os restos mortais de S. Vicente.[/picturethis]

 

 

[picturethis=http://www.mochileiros.com/upload/galeria/fotos/20100908223823.JPG 500 375 Legenda da Foto]O Castelo de S. Jorge é tão monumental que minha pobre máquina fotográfica registrou apenas partes dele.[/picturethis]

 

 

[picturethis=http://www.mochileiros.com/upload/galeria/fotos/20100908224328.JPG 500 375 Legenda da Foto]Vista de cima do castelo.[/picturethis]

 

Esperem que ainda tem mais.

 

::otemo::

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4º dia

Porto

Trem de Lisboa para Porto - 18 euros (3 horas de viagem)

http://www.cp.pt

 

Albergue:

Rivoli Cinema Hostel

http://www.rivolicinemahostel.com/

Atenção: Eles não aceitam cartão de crédito.

4 diárias (quarto duplo, sozinha, com café da manhã - não aceita cartão de crédito) - 172 euros

 

 

Passeios:

Ruas de Porto

Obrigatório

 

Fechei a mochila e fui tomar o metrô perto da Praça do Comércio (pertíssimo do hostel); desci na parada seguinte (Santa Apolônia) e do outro lado estava a estação do trem que me levaria para Porto. Como cheguei com um pouquinho de antecedência, deu para tomar um espresso com alguma tranquilidade e folhear o guia de viagens para tirar dúvidas. Quando entrei no "comboio" e me sentei na poltrona, já deixei minha máquina fotográfica preparada para registrar a bonita paisagem que separaria Porto de Lisboa, mesmo ofuscada pelo dia muito nublado. Pura decepção.

 

A impressão que tive foi a de que o trem atravessou os "fundos" das cidades pelas quais passávamos. Vi oficinas, vagões e estações abandonadas com grandes pedaços de ferro torcidos e muito enferrujados próximos aos trilhos, casas e galpões em péssimo estado e uma vegetação que muitas vezes mais parecia pasto abandonado. Eventualmente, eu era surpreendida por chácaras graciosas e bem cuidadas e por cidades muito bonitas, como Coimbra, por exemplo. Durante o trajeto, eu fui tomada por uma sequência de ondas de forte arrependimento por ter deixado muita coisa para trás em Lisboa. Sei que os dias em que estive lá foram muito bem aproveitados, mas ainda havia muita coisa para ser vista (o Museu dos Azulejos, mais um dia em Sintra, a fundação Calouste Gulbenkian, o Parque Expo 98 e Oceanário, e por aí vai...).

 

Após 3 horas de viagem, finalmente cheguei à estação Campanhã e tomei uma baldeação para S.Bento (com o mesmo ticket). Não me lembro o quanto demorou para chegar ao centro de Porto, mas estou quase certa de que foi um trecho relativamente rápido. A Estação São Bento é um local que merece ser apreciado com calma. A elegância arquitetônica desse edifício é uma atração à parte e os seus salões têm as paredes cobertas por ricas pinturas nos azulejos.

 

Saí da estação e me deparei com um cenário absolutamente diferente do que vi em Lisboa. A primeira cena que me veio à mente foi a de um dia qualquer em são Paulo (nas devidas proporções, claro!). O trânsito ligeiramente caótico, predios estreitos e acinzentados, ruas apertadas e movimentadas, camelôs e ciganos romenos perseguindo/persuadindo os transeuntes mais incautos, principalmente os turistas. O tempo estava horroroso e fazia muito frio... Bom, tirei o mapa da bolsa e segui caminhando em direção ao hostel Rivoli Cinema, que seria bem perto dali.

 

O primeiro ponto de referência era a Praça D. João I, Fácil. Depois, eu seguiria adiante até o teatro Rivoli e dobraria a esquerda. Mas não sei porque diabos virei para direita. Andei uma rua, duas ruas e nada (enquanto isso, o que era garoa virou chuva grossa). Depois de entrar e sair das lojas com informações desencontradas, um senhor que estava no balcão de um boteco disse que me levaria até lá (oba!). A vergonha: não andamos 50 metros e já avistávamos a porta vermelha que dava acesso ao hostel.

 

Entrei e me dei conta de qual seria a minha sina nesta viagem: Escadas!!! Subi e a minha irritação desapareceu quando percebi que eu tinha feito boa escolha de albergue em Porto também. O Rivoli Cinema é um hostel super transado onde os quartos têm decoração inspirada em produções cinematográficas cult. Eu fiquei num quarto duplo "baseado"no filme A Noiva Cadáver, de Tim Burton. Botei a roupa encharcada para secar e fui tomar um banho bem demorado (o chuveiro estava excelente, assim como em Lisboa). Depois que organizei minhas coisas já estava esfomeada e me disseram para provar a "Francesinha" num café a dois quarteirões dali chamado "A Brasileira" (ora, ora...). Provei e detestei com todas as minhas forças (bem que me disseram que era o tipo de comida que você ama ou odeia). Não direi o que é porque Francesinha é algo como "se-você-foi-à-Porto-e-não-comeu,você-não-esteve-lá".

 

Aproveitei para dar uma voltinha, pois já não chovia. A primeira coisa que notei nos portuenses é que eles têm uma maneira de vestir mais despojada que os lisboetas e um modo de falar mais pesado. Os adolescentes, por sua vez, são muito parecidos com os nossos (viva a globalização!). Passei por praças largas e repletas de monumentos históricos, muitos cafés, livrarias, um McDonalds num antigo edifício restaurado (com um dos lustres de cristal mais deslumbrantes que já vi). Caminhei mais e vi uma igreja coberta de azulejos com desenhos belíssimos em sua fachada, fiquei curiosa mas não encarei as escadarias. Eu preferi ficar sentada observando um grupo de meninos brincando de skate na praça mais a frente.

 

Escureceu e recomeçou a chuva. Fui ao mercado, comprei meu jantar e voltei para o albergue. Quando fechei a porta desabou o temporal. O funcionário que passaria a noite trabalhando no hostel era um brasileiro, Igor (super gente boa!), e como não havia a menor condição de sair, engatei um papo com ele e outros estrangeiros que estavam na mesa conosco. Não demorou para bater o sono, me despedi e despenquei na cama...

 

 

[picturethis=http://www.mochileiros.com/upload/galeria/fotos/20100916235404.JPG 500 375 Legenda da Foto]Chegada em Porto.[/picturethis]

 

[picturethis=http://www.mochileiros.com/upload/galeria/fotos/20100916235651.JPG 375 500 Legenda da Foto]Quando a má impressão começou a ceder espaço para a curiosidade...[/picturethis]

 

[picturethis=http://www.mochileiros.com/upload/galeria/fotos/20100917000506.JPG 500 375 Legenda da Foto]Príncipes e reis cavaleiros: presença obrigatória em todas as praças por onde passei. Esse é o nosso D. Pedro I e D. Pedro IV deles..[/picturethis]

 

[picturethis=http://www.mochileiros.com/upload/galeria/fotos/20100917002231.JPG 500 375 Legenda da Foto]Igreja com fachada de azulejos.[/picturethis]

 

[picturethis=http://www.mochileiros.com/upload/galeria/fotos/20100917001343.JPG 375 500 Legenda da Foto]Detalhe da fachada.[/picturethis]

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Ola, Dani

Seu ralato está ficando ótimo. Vou acompanhá=lo, pq pretendo ir à Portugal na minha próxima viagem para a Europa, já que da desse ano optamos por passar por Paris, MUnique, salzburg, Viena, Praga, Berlim e MUnique novamente, pq viajaremos com mais 3 amigos, sendo que 2 deles estarão completando 10 anos de relacionamento. Por isso acabamos indo pra Paris ao invés de Lisboa, que era o ponto inicialmente imaginado pra fazer a partida da viagem.o link do meu roteiro é

europa-com-oktoberfest-28-09-a-16-10-paris-munique-salzburg-viena-praga-berlim-munique-t46473.html

Bjs,

 

Alessandro

Blumenau - A Terra da melhor Oktoberfest do MUNDO!!!

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Olá Alessandro, obrigada!

 

Não conheço a região da Europa para qual você irá (exceto Paris). Mas tenho amigos que já estiveram nessas cidades e gostaram tanto que voltaram outras vezes. Se quiser alguma dica de Paris (e de Lisboa também, claro!), sinta-se a vontade para pedir. Darei sim uma conferida no seu roteiro! Quem sabe não me animo e vou para a Alemanha e vizinhança em 2011?

 

Abraços,

 

Dani.

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5º dia

Porto

 

Passeios:

Ruas de Porto Obrigatório

Igreja N. Sra da Trindade

Capela das Almas (conferir a fachada, obrigatório!)

Rua de Santa Catarina Obrigatório

Igreja e Torre dos Clérigos Obrigatório (2 euros)

Balada noturna portuense Obrigatório

 

O dia amanheceu nublado e com "brisas" geladas de dar cãibras na barriga. Tudo indicava que seria bem úmido, portanto me preveni vestindo um bom abrigo e peguei emprestado um guarda-chuva na recepção do hostel. Tomei o café da manhã calmamente e saí. Como o dia estava uma droga, não me animei a subir num ônibus de "sightseeing". Aliás, eu me surpreendi com o empenho dos portugueses em melhorar a infraestrutura das cidades para receber turistas. De uma coisa eu tenho certeza e acho que já escrevi sobre isso neste "diário": após exaustiva pesquisa constatei que os melhores hostels da Europa, senão do mundo, estão em Portugal.

 

Comecei o passeio pela Praça D.João I e ainda assim senti falta de cores nas ruas úmidas de Porto. Andei por mais praças e pelo comércio local e foi quase a mesma experiência que vivi no dia anterior.

 

Caso curioso foi quando, alguns metros depois de passar pelo Mercado do Bolhão (estava fechado, infelizmente), comecei a escutar um ruído meio familiar... Quando parei em frente a uma lojinha de bugigangas descobri o que era: Rio Negro e Solimões nas alturas, e exatamente nessa hora tocava "É na sola da bota, é na palma da mão...". Botei a cara para dentro da loja para ver quem estava ali e me deparei com uma familia de coreanos. Embora música sertaneja não seja a minha praia, gostei do cenário.

::otemo::

 

Cheguei à Rua de S. Catarina, rua comercial onde não entram carros e que um dia foi frequentada pela nata intelectual portuense. Hoje, ela bem movimentada é repleta de lojas pequenas e de megadepartamentos como C&A, Fnac ou Zara, cafés, galerias, livrarias, lanchonetes, etc... Fui surpreendida por uma chuva daquelas e parei dentro da Capela de Santa Catarina (ou das Almas), no coração da Baixa, com fachada surpreendente coberta por azulejos em todos os lados. Quando entrei na igreja, a bateria de minha máquina descarregou. Mas, o que eu me lembro de me achar mais impressionante foi o órgão, ao fundo da igreja, com aqueles imensos tubos...

 

A chuva deu uma trégua, então continuei a caminhada. Bateu a fome, daí parei numa lanchonete de uma rede local (acho que era algo como Rei dos Sanduíches...) e comi uma saladinha muito bem servida com um suco por 6 euros.

 

Bom, já que a coisa não estava boa mesmo para "turistar", botei meu lado consumista para funcionar, entrei e sai freneticamente das lojas até chegar a um shopping muito bonitinho do qual por pouco não saio com uma máquina de café na mão. Aaaaaaaaaaaaaaaaamo! Depois eu pensaria em como viajar mais 23 dias com tamanha tralha nas costas...

::mmm:

 

É logico que não poderia deixar de entrar no histórico Café Majestic, onde rolaram famosas tertúlias promovidas por alunos e professores da Escola de Belas Artes de Porto. O lugar estava lotado e os preços estavam bem além do padrão português, mas mesmo assim tirei uma onda e tomei meu caro "espressinho". Só assim pude apreciar parte de um recital de poesia que estava acontecendo naquele instante.

 

Passei pela Igreja da Trindade, mas não entrei... Estava com uma pressa danada para chegar no hostel tirar os sapatos encharcados.

 

Voltei para a rua. O meu destino agora era a Torre dos Clérigos. De onde eu estava era uma subida numa ladeira sem fim, mas deu para caminhar até lá numa boa mesmo com a chuva (nesse momento era quase uma garoinha). A fachada austera e impressionante da igreja tem uma torre tão imensa que mesmo tomando maior distância não consegui fotografá-la por inteiro. Aliás, a foto saiu uma droga porque o vento estava na minha direção e as gotas da chuva estavam molhando a minha lente. Subi os 225 degraus em espiral dos 76 metros da Torre e cheguei "morta" no ultimo lance de escadas. Depois do quarto andar, rola um estreitamento quase claustrofóbico no ambiente (não fossem as aberturas nas paredes das quais se tem uma vista sem igual de Porto). No ultimo andar tive acesso a um minúsculo pátio do qual vi Porto em 360°, mesmo com a garoa foi algo espetacular. É lógico que para descer tudo foi muito mais rápido e por muita sorte não houve "engarrafamentos" com turistas subindo as escadarias. Bom, daí chegou a 2ª parte da visita, o interior da igreja. Fiquei boquiaberta com a altura do pé direito da nave, com a beleza do altar e expressividade das imagens sacras. Inesquecível.

 

Já estava anoitecendo quando voltei para o hostel e fui avisada que seria noite de balada. Mesmo quebrada, eu encarei. Jantei num café perto do hostel e dei uma descansada básica antes de sair para a noitada. Desci do quarto e já havia eslovenos, australianos, italianos,americanos, alemães, portugueses e mais uma renca de gente de todo tipo aguardando a nossa guia Joana, uma portuguesinha super descolada, responsável pelas atividades do hostel naquela noite. A turba parou 1º num boteco pé sujo para tomar um shot e assim continuamos, entrando e saindo de bares até chegarmos a uma rua super movimentada (acho que era a S. João...). A chuva vinha e ia e nós e nos embrenhavamos embaixo das marquises, o que deu um tom mais divertido à noite.

 

Voltamos bem tarde para a rua do Hostel e exatamente do lado tinha um "inferninho" onde os que não queriam dormir resolveram passar os últimos instantes da madrugada.

 

[picturethis=http://www.mochileiros.com/upload/galeria/fotos/20101011164614.JPG 375 500 Legenda da Foto]Estranha escultura nas imediações do mercado do Bolhão.[/picturethis]

 

[picturethis=http://www.mochileiros.com/upload/galeria/fotos/20101011170550.jpg 375 500 Legenda da Foto]Rua de Santa Catarina em um dia mais agradável (foto garimpada no Wikipedia).[/picturethis]

 

[picturethis=http://www.mochileiros.com/upload/galeria/fotos/20101011170136.jpg 500 397.877984085 Legenda da Foto]Fachada da Capela das Almas (esta também é emprestada do Wikipedia).[/picturethis]

 

[picturethis=http://www.mochileiros.com/upload/galeria/fotos/20101011164922.JPG 375 500 Legenda da Foto]Lateral da Capela das Almas[/picturethis]

 

[picturethis=http://www.mochileiros.com/upload/galeria/fotos/20101011184445.JPG 500 413.103448276 Legenda da Foto]O charmoso café Majestic.[/picturethis]

 

[picturethis=http://www.mochileiros.com/upload/galeria/fotos/20101011185428.jpg 500 333.75 Legenda da Foto]Interior do Café Majestic (está foto é do Wikipedia também).[/picturethis]

 

[picturethis=http://www.mochileiros.com/upload/galeria/fotos/20101011200847.jpg 331.491712707 500 Legenda da Foto]Fachada da Torre dos Clérigos. (esta é do blog Lente Oculta).[/picturethis]

 

[picturethis=http://www.mochileiros.com/upload/galeria/fotos/20101011195528.JPG 500 375 Legenda da Foto]Vista panorâmica de Porto do alto da Torre dos Clérigos.[/picturethis]

 

[picturethis=http://www.mochileiros.com/upload/galeria/fotos/20101011200034.JPG 375 500 Legenda da Foto]Altar da Igreja dos Clérigos.[/picturethis]

 

[picturethis=http://www.mochileiros.com/upload/galeria/fotos/20101011201248.JPG 375 500 Legenda da Foto]Quando falei das imagens sacras... quase vivas. Essa especialmente me fez desmoronar...[/picturethis]

 

[picturethis=http://www.mochileiros.com/upload/galeria/fotos/20101011201807.JPG 375 500 Legenda da Foto]Que santa seria essa?

[/picturethis]

 

[picturethis=http://www.mochileiros.com/upload/galeria/fotos/20101011203135.jpg 500 375 Legenda da Foto]Galera do Rivoli Cinema Hostel desbravando a vida noturna Portuense (eu sou a de casaco branco!)...[/picturethis]

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  • 2 semanas depois...
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::otemo::

Olá Maravilhosa sua informação, estou aproveitando muito.

Irei a Portugal e Espanha em maio proximo e estoufazendo uso das suas dicas.

Queria te perguntar sobre a agencia onde vc comprou a passagem... vc poderia me passar o site? não pelo nome.

Estou levantando os preços e queria fazer uma consulta nessa tb.

obrigada

Inez Carolina

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Olá Inez,

 

A viagem para esses países foi mesmo maravilhosa! Eu ainda conseguirei escrever todo o roteiro até meados de outubro. É que eu andei viajando a trabalho nesses dias e perdi um pouco do pique, mas já, já eu o retomo.

 

Olha só! Essa agência fica em Brasília. Quem me atendeu foi a proprietária, Sandra, super gente boa. Ela te ajuda a montar o seu roteiro e te dá dicas de hotéis e albergues bem bacanas.

 

Maratauan Turismo

Endereço: Cln 103 Bl A, S/n Lj 37 Brasília, Brasília, Distrito Federal, Brasil

Telefone: Tel: (61) 3327-8616

maratauanturismo@terra.com.br

 

Beijos,

 

Dani.

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