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Patagônia – El Calafate, El Chalten, Ushuaia, Punta Arenas, Puerto Natales, Torres del Paine


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Em dezembro de 2007 fiz meu primeiro mochilão sozinha, e o destino escolhido foi a Patagônia. Não tive muito tempo pra organizar a viagem, dei uma lida por cima a respeito das cidades que eu pretendia passar, comprei a passagem e fui. Certamente se eu tivesse tempo e conhecesse o site, minha viagem seria melhor planejada, mas no fim acho que não perdi muita coisa!

 

El Calafate

 

Cheguei em El Calafate e fui procurar um hostel. Achei o Hostel del Glaciar por acaso, atendimento ótimo e boas instalações. No hostel mesmo pedi informação sobre os passeios e fechei tudo por lá mesmo, pagando um pouco mais caro. Se eu tivesse ido dar uma banda na rua principal poderia ter pesquisado e fechado com alguma agência, ia pagar uns 10% mais barato. Mas... mochileira de 1ª viagem...

No 1º dia fui pro Perito Moreno. Fui de van, e quando ela faz uma curva e aparece a visão do Glaciar lá no fundo, é simplesmente incrível! Isso que o tempo estava nublado, chuva, frio, e a visão do glaciar mesmo assim impressiona demais.

 

Chegamos nas passarelas e fiquei umas duas horas por lá, apreciando a vista, curtindo aquele som de trovão quando alguma parte se desprendo do glaciar! A sensação é de uma paz, tranqüilidade total! Um lugar único no mundo! Fui fazer o passeio de barco, onde se tem a visão por baixo do Glaciar e o barco chega o mais perto possível mantendo uma distância segura. Impressiona a altura das paredes, as formas, as cores, tudo! E o melhor é que durante o passeio de barco o tempo abriu! Com sol é outra coisa!

Voltei pra El Calafate e tive que fazer algumas compras, pois no dia seguinte iria para El Chalten. Como fui viajar totalmente despreparada, não tinha roupa impermeável, mochila e nem bota de trekking, porque naquelas alturas eu nem sabia o que era trekking!

 

El Chalten

 

Acordamos de madrugada e o ônibus passou no hostel pra pegar o pessoal que iria pra El Chalten. O tour que eu contratei no hostel em El Calafate consistia em fazer a trilha do Fitz Roy, acampar, e no dia seguinte ir num glaciar e fazer o trekking no gelo e escalar o glaciar.

Pra começar eu não devia ter comprado o pacote no hostel, deveria ter ido de forma independente pra El Chalten e gastado uns 4 dias por lá! Ainda por cima cometi o erro mais básico: comprei uma bota nova e usei pra fazer essa trilha. O que mais poderia acontecer senão uma imensa bolha no meu calcanhar logo na 1ª hora de subida? Mas pensa numa bolha grande.

 

Mas enfim, no ônibus mesmo conheci duas argentinas e um inglês e decidimos fazer a caminhada juntos. Compramos comida numa lancheria da cidade e fomos. O lugar é muito lindo, e a vista do Fitz Roy é linda!

Chegamos no acampamento depois de 8 horas de caminhada e eu não agüentava mais de dor nos pés, e a bolha já em carne viva. Não tinha chuveiro, mas a janta preparada pelo pessoal do acampamento tava uma delícia. Fiz um curativo improvisado na bolha e fui dormir.

 

No dia seguinte nos preparamos para ir ao glaciar. Quase desisiti, mas no fim pensei que iria me arrepender muito se eu não fosse. Caminhamos por uns lugares muito legais, passamos por uma tirolesa sobre um rio, mas o vento estava muito, mas muito forte. Só quem foi pra Patagônia e pegou aquele vento sabe o poder que ele tem. Cada vez que vinha uma rajada, tínhamos que nos abaixar e nos segurar nas pedras. Esse vento acabou cancelando o nosso trekking e escalada no gelo. Eu até que fiquei aliviada, porque acho que não ia agüentar caminhar mais, e ainda tinha a volta. Claro que hoje só penso em voltar pra fazer essa parte do passeio que ficou de fora.

 

Voltamos para o acampamento, almoçamos e começamos voltar pra El Chalten, onde o ônibus nos esperaria pra voltarmos pra El Calafate. A volta fizemos por outro lugar, com paisagens muito lindas também! Um vale com o rio lá embaixo, coisa mais linda!

Quando finalmente avistamos El Chalten, que por sinal é uma cidade muito linda, pedi pro inglês bater uma foto minha e ele deixou mina máquina cair com o zoon direto numa pedra. Claro que estragou a porcaria da máquina no 3º dia da minha viagem. O pior é que chegaríamos em El Calafate as 11 da noite, tudo fechado e eu ia fazer a navegação no lago Argentinho cedinho no dia seguinte.

 

Como ainda tínhamos tempo, entramos numa cafeteria que como tudo naquela cidade é bonito, organizado e limpo! Um amor de cidade! Apesar da dor nos meus pés, um com a bolha e o outro de tanto eu andar mancando por causa da bolha inflamou o calcanhar, fui atrás de uma loja fotográfica. Não consegui resolver o problema e nem comprar uma câmera nova. Fazer o que. Voltei pra El Calafate remoendo a história da câmera, que eu tinha comprado especialmente pra essa viagem.

 

 

El Calafate

 

Me sentindo meio sozinha e meio desanimada, fui pra navegação no Lago Argentino. Logo de cara conheci um casal de colombianos muito gente boa! Eles estavam no mesmo hostel que eu, só que no da outra rua! Eles se ofereceram pra bater fotos minhas durante o passeio. O dia amanheceu frio, nublado e com chuva, e mesmo assim acho que fazer esse passeio apesar de caro valeu a pena. Durante a navegação, o barco passa por vários icebergs de diversos tamanhos, formas e cores. Lindo demais! Além dos icebergs, visitamos mais 07 glaciares e paramos em um local onde se faz uma pequena caminhada de meia hora até outro ponto do lago. Ali almoçamos e dava pra pegar os pedaços de gelo que se desprendiam do glaciar e vinham até a beira do lago! O passeio dura o dia inteiro. Voltamos pra El Calafate por volta das 18:00.

Assim que chegamos, fomos em uma loja de fotografia passar as fotos da câmera dos colombianos pra um CD! Até hoje não tenho como agradecer eles! Aproveitei e já deixei minha câmera na loja pra eles darem uma olhada e ver se conseguiam consertar.

 

No dia seguinte acordei cedo e fui dar uma volta na rua principal. O meu ônibus pra Ushuaia era só no dia seguinte e eu não tinha nada pra fazer. Voltei pro hostel e conheci um alemão que estava indo pro Perito Moreno. Decidi ir de novo, afinal aquele lugar é demais! E ainda bem que eu fui. O dia estava lindo, chegamos lá e não tinha uma nuvem no céu, totalmente diferente do 1º dia! O cara da loja fotográfica consertou minha câmera, só eu não conseguia usar o zoom. Como pode um dia de sol fazer tanta diferença numa paisagem, parecia outro glaciar! Passei a tarde lá, só voltei pro ônibus na hora de ir embora!

 

Meu ônibus pra Ushuaia era as 5 da manha. Eu pensava em ir de táxi pra rodoviária, e estava contando em chamar um na hora que eu acordasse. Levantei e fui pra recepção e descobri que ela ficava fechada de madrugada. E agora, como eu ia fazer pra chamar um táxi? Tinha um orelhão, mas eu não tinha nenhuma moeda. Voltei pro quarto e acordei a alemã e de tão nervosa que eu estava eu falava com ela em português. No fim ela entendeu que eu precisava de moedas e me conseguiu umas! Liguei pro táxi, me arrumei, tomei café e nada do maldito táxi chegar. Pior que a rodoviária ficava meio longe, e eu estava com mala de rodinha. Fazer o que, saí caminhando e dei dez passos passou uma camionete. Não tive dúvidas, parei e pedi carona. Que doida. Tinha uns cinco caras na camionete, e eu tive que ir na caçamba. Quando dobramos a esquina vi o táxi aparecer lá no fundo. Mas os caras me largaram na rodoviária 5 minutos antes do ônibus sair e deu tudo certo!

 

 

Ushuaia

 

A viagem pra Ushuaia foi longa, mas tranqüila. Dormi a maior parte do tempo, acordei pra trocar de ônibus em Rio Gallegos, e nas paradas nas fronteiras com o Chile e quando atravessa de balsa o estreito de Magalhães. Quando o ônibus está chegando em Ushuaia a paisagem começa a ficar deslumbrante. Montanhas cobertas de neve e do ônibus mesmo da pra ver os lagos Fagnano e Escondido. Chegamos em Ushuaia bem tarde, e fui procurar o hostel que eu tinha reservado de El Calafate. O lugar era péssimo, só fiquei lá porque estava muito cansada. Conheci uma americana e uma israelense e combinamos de procurar outro hostel no dia seguinte!

 

Achamos o Hostel Los Lupinos, que tem a cozinha mais louca e cheia de gente que eu já vi em hostel! A diversão estava garantida, o hostel era limpo e os quartos espaçosos. Só não tinha banheiro nos quartos.

Eu não fazia idéia do que tinha pra fazer em Ushuaia, mas minhas amigas recém feitas estavam mais bem informada que eu e já tinham planejado subir o Glaciar Martial. Pegamos um táxi e fomos até onde dava e subimos o resto a pé. A visão lá de cima era espetacular dava pra ver toda a cidade e a baía também!

 

O mais legal é que eu encontrei lá em cima as duas argentinas que fizeram a trilha comigo lá em El Chalten! Muita coincidência! Foi a 1ª vez que eu pisei na neve também! Descemos uma parte de esqui bunda! Mesmo estando com as botas, a neve entrou por cima e molhou toda minha meia! Lá em cima tem um barzinho onde tomamos um chocolate caliente e coloquei minhas meias pra secar no fogão a lenha! Descemos até a cidade a pé, sempre apreciando a vista que era fantástica lá de cima.

 

De noite fomos jantar em um restaurante, demos muita risada! Voltamos pro hostel e a galera estava reunida na área social, pessoal bem legal, ficamos lá conversando até umas 3 da manha.

No dia seguinte cada uma achou uma coisa diferente pra fazer. Eu decidi fazer o passeio de barco pelo canal de Beagle. Bem legal o passeio, passa por um farol (que não é o farol do fim do mundo), por uma ilha com muitos, muitos pássaros, por outra ilha com elefantes marinhos (eles fedem) e num lugar com muitos pingüins. Não dá pra descer em nenhum deles, no dos pingüins o barco "atola" na areia e dá pra ver bem de pertinho. Na volta eu e mais dois brasileiros que conheci no barco alugamos um carro pra ir nos lagos Fagnano e Escondido. Achei que não valeu a pena, porque quando se chega de ônibus já passa por lá e ver lá de baixo não é tão legal quanto da estrada.

 

Nos encontramos no hostel e saímos pra jantar novamente. Decidimos ir para um cassino. Separei 10 pesos e fomos, porque não queria correr o risco de gastar todo dinheiro. Nos divertimos bastante, e claro que ninguém ganhou nada, mas valeu por conhecer. Voltamos pro hostel e a galera reunida lá de novo. Combinamos de no dia seguinte ir ao Parque Nacional da Terra do fogo. Eu que não podia caminhar e mudei meu roteiro de ir pra TDP justamente por causa disso, afinal estava tomando antiinflamatório por causa do meu tornozelo, ia me meter a fazer a trilha do parque. Fazer o que, oportunidade única, vai saber se vou voltar lá.

A metade da trilha é legal, passa por varias praias, enseadas e paisagens bem bonitas. Da metade pro final só mato. Acabamos a trilha e fomos na beira de um lago bem bonito e ficamos lá matando tempo!

 

No dia seguinte a maioria da galera ia embora, cada um pra um lugar diferente. A noite foi de despedida com todo mundo lá do hostel reunido. Compramos umas bebidas, afinal Ushuaia é zona franca, as coisas são baratas lá, e viramos a noite, todo mundo tinha ônibus de manhã cedinho. Me despedi das minhas amigas e do resto do pessoal e fui rumo a Punta Arenas.

 

 

Punta Arenas

 

Cheguei em Punta Arenas e na “rodoviária” mesmo pedi informação sobre hospedagem, afinal não tinha reservado local pra ficar. Na mesma situação que eu estava um grupo de 3 pessoas, que eram de Israel. Os 3 estavam viajando juntos, dois guris e uma guria. Decidimos que dois deles ficariam com as mochilas e eu e o outro iríamos atrás de um lugar barato pra ficar. Depois de muito tempo encontramos uma hospedagem bem simples, mas limpa. Voltamos, pegamos os outros dois e fomos de táxi pra hospedagem, que era longe.

Largamos as coisas e fomos dar uma volta na cidade. Não achei nada demais em Punta Arenas. Jantamos e voltamos pra hospedagem pra descansar.

 

No dia seguinte, fomos para a zona franca, porque os israelenses queriam fazer umas compras. Eu fui só passear mesmo. De tarde eles foram ver os pingüins, eu não quis ir porque já tinha visto em Ushuaia. Combinamos de nos encontrar na rodoviária para seguir viagem à Puerto Natales.

 

 

Puerto Natales

 

Reservamos um hostal em Puerto Natales quando estávamos em Punta Arenas, e quando chegamos lá alguns engraçadinhos roubaram as nossas vagas. A dona do local nos indicou uma casa de família com quartos pra alugar, mais barato que o hostel. Era perto e fomos conferir. Lugar legal, limpo, espaçoso e só pra nós. Perfeito. Fomos dar uma volta na cidade e eles encontraram um conhecido de Israel, que se juntou a nosso grupo.

 

O dia seguinte serviu para os preparativos para fazer o W em Torres del Paine! Fomos a uma palestra em um hostel que o dono era especialista no circuito e nos deu várias dicas. Eu não estava pensando em fazer o circuito, muito menos acampar. Apesar de ter um custo de aproximadamente U$100,00 por dia pra ficar nos refugios de TDP, eu estava disposta a pagar o preço porque sabia que não ia agüentar caminhar os 4 dias com mochila, barraca, saco de dormir e tudo mais. Eu simplesmente não estava preparada pra isso, nem sequer sabia se eu ia agüentar os 4 dias caminhando normal. Mas os Israelenses insistiram, e insistiram tanto que eu fosse junto e ficasse com eles, que eles carregavam a barraca e as comidas, que eu só precisava levar minha mochila. Bem a contra gosto aceitei. Claro que me senti muito mal, mas eles não me deixaram fazer o circuito sozinha e ficar nos refugios. É incrível como a gente encontra pessoas boas nessas viagens.

 

Estávamos fazendo os preparativos, alugando barraca, pesquisando preço (nunca vi como israelense gostam de negociar e sempre conseguem o melhor preço). Estávamos no mercado quando apareceu uma outra guria de Israel que estava indo fazer o W no dia seguinte também e acabou se juntando ao nosso grupo. No final das contas, valeu muito a pena eu ter ido com eles, 1º pela companhia, depois que gastei U$50,00 pros quatro dias de TDP x U$400,00 que eu gastaria se ficasse nos refúgios. Um dos meninos achou outro grupo que ia fazer o circuito de 10 dias e resolveu ir com eles. Fomos em 5 pessoas: eu, duas gurias e dois guris. O pessoal de Israel é um povo muito unido, sempre disposto a ajudar. Gostei muito de ter conhecido eles!

 

Torres del Paine

 

Já que o dia estava bonito, resolvemos começar o nosso circuito pelas Torres. Pra chegar lá, um dia inteirinho de subida. Meu, como cansa. No meio do caminho, o clima patagônico deu as caras. Fez a maior viração, chuva, vento, frio. Perdi meu boné, que foi levado pelo vento. Pelo visto nosso planos de ver as torres nesse dia estavam frustrados. Chegamos ao campamento torres, montamos a barraca e... o tempo abriu!

Decidimos aproveitar e subir até as torres, apesar de todo o cansaço! E como vale a pena toda essa subida! Que lugar incrível! Não tem explicação o que é chegar lá e ver as torres, o lago, aquele silêncio... Arrepiante. Fora que quando chegamos já era quase 9 da “noite” (em dezembro o sol se poe lá pelas 22:30 hs), só tinha nós lá. Nós e as torres! Ficamos lá até o limite, tínhamos que voltar com claridade pro acampamento. Jantamos e eu dormi como um anjinho. Um dos guris e uma das gurias ainda acordaram as 4 da manha e subiram de novo pra ver o sol nascer nas torres, quando elas ficam laranjadas. Eu não tinha a mínima condição!

 

O 2º dia passa por lugares lindos, vale cada minuto, e eu achei muito cansativo, pois além do cansaço do dia anterior, é o dia que mais Km se faz. A maior parte do tempo se caminha na beira de um lago de cor azul espetacular e nome impronunciável que não consigo me lembrar. A partir desse dia só pegamos tempo bom, muita sorte! Imagino o que deve ser fazer TDP com chuva, frio, deve ser psicologicamente desafiador. Ficamos em um campamento de um dos refúgios, na base do Los Cuernos, porque ninguém agüentava ir até o acampamento italiano que fica na base pra ir pro Vale dos Franceses. A gente abria a porta da barraca e dava de cara com os Cuernos! Lindo! No fim foi a melhor coisa. Pelo menos pudemos tomar um banho (frio, acabou o gás bem na minha vez). E no dia seguinte eu e as gurias decidimos não ir ao vale dos Franceses e fazer o percuros até o próximo campamento bem devagar e aproveitando a vista.

 

No 3º dia nos dividimos em dois grupos. Os guris saíram antes e foram fazer o vale dos Franceses. Eu e as gurias ficamos com as barracas e comidas e fomos bem calmamente fazendo o percurso. Valeu a pena, pois passamos por vários lagos muito lindos, onde paramos e ficamos curtindo a paisagem! Sei que perdemos todas as atrações do vale, mas pra mim realmente não dava pra caminhar num ritmo acelerado, e acho que nem pra elas. Curtimos bastante esse dia, aproveitando cada lugar lindo que passamos com muita tranqüilidade. Chegamos no nosso último campamento, montamos as barracas e fomos para a cozinha coletiva. Pra comemorar e agradecer, eu comprei umas cervejas para as gurias! Esperamos os meninos chegar e jantamos. Fui tomar banho e adivinha? Acabou o gás de novo bem na minha hora. Banho gelado de novo no meio de montanhas cobertas de neve. Ah, era dia 24/12 nesse dia, passei o natal com judeus em TDP! Até tinha festa de natal nos refúgios, mas eu estava muito bem com meus amigos!

 

4º dia acordamos e fomos caminhar até o Glaciar Grey. Esse dia foi bom porque não precisamos carregar mochila nem nada, deixamos tudo no acampamento! Não chegamos a ir até o glaciar, a preguiça, o cansaço e o vento forte acabaram fazendo a gente desisitir de chegar no final. Faltou mais ou menos 1/4 do caminho pra chegar ao glaciar. Como eu já conhecia o Perito Moreno, os glaciares do Lago Argentinho e o glaciar de El Chalten, não senti falta de ir até o Grey, porque até onde fomos dava pra ver ele perfeitamente! Voltamos, desmontamos acampamento e fomos esperar o barco que atravessa o lago, sempre com uma paisagem espetacular, até o ponto onde o ônibus está esperando os caminhantes pra voltar a Puerto Natales.

 

Voltamos pra mesma hospedaje, tomamos aquele banho merecido e combinamos de ir jantar numa pizzaria pra comemorar! No cardápio tinha uma pizza que o nome era W, obvio que foi a nossa escolha. Depois ainda fomos em uma lan house porque o Tall queria as fotos de todo mundo! Esses israelenses! O Said e a Talli iam embora no dia seguinte, agradeci muito por tudo que fizeram por mim e assim nos despedimos.

O dia seguinte foi de descanso total, apenas fomos dar uma volta de tarde na cidade e tomamos sorvete.

 

Como tinha tempo sobrando, resolvi fazer o passeio de ônibus de um dia por TDP. Aquele lugar é tão lindo que merece ser visitado sempre. Também queria ter uma noção do que as pessoas perdem ao deixarem de fazer o W. Perdem, e muito. Não tem comparação, no passeio de ônibus não se conhece nada do parque. Mas valeu a pena, paramos em umas lagunas que eu não tinha passado, e num lugar que avista o glaciar grey que passa no meio de um lago. Também fomos para Cuevas del Milodon, uma caverna que morava um bicho (esse tal de Milodon) a muito tempo atrás, bem bonito o lugar.

 

O dia seguinte foi de retorno p/ El Calafate, onde tinha mais dois dias que só descansei. Fui conhecer uma reserva de pássaros lá também, mas não gostei muito.

 

 

A volta

 

Pra terminar a viagem tinha que ter mais um perrengue! Meu vôo chegava em Buenos Aires a meia noite. O problema é que era ano novo. Foi bem legal a viagem, eles serviram champagne e pudemos ver os fogos de artifício de BA do avião. Só que eu tinha que mudar de aeroporto, que meu vôo pra POA era no dia seguinte as 8 da manha. Eu até tinha pensado em pegar um táxi e ir pro centro da cidade de mala e tudo pra ver a festa de ano novo, mas quem disse que tinha táxi? Uma fila imensa do pessoal que tinha chegado naquele vôo e nada de táxi. Segundo o pessoal do aeroporto nem previsão de ter. Todos motoristas comemorando o ano novo!

 

Decidi alugar um carro, mas todos tiveram a mesma idéia que eu e não tinha mais carro pra alugar. Até que o cara da locadora se ofereceu pra levar eu e mais um cara que também precisava ir pro outro aeroporto, claro que cobrando bem por isso. No fim, paguei menos do que ele queria, cheguei no aeroporto e fiquei esperando até o dia seguinte quando peguei o vôo e pude rever toda minha família e meus amigos, que eu já estava com muita saudades!

Editado por Visitante
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  • 2 semanas depois...
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Pessoal

Pra quem tá me perguntando questão de custos, achei um relato bem recente e completo do José Luiz:

 

relato-patagonia-dez-2010-ushuaia-punta-arenas-torres-del-paine-el-calafate-el-chalten-t50958.html

 

José Luiz, desculpa a divulgação e parabéns pelo relato!

Déia

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  • Membros

Oi, Déia!

Bacana seu relato!!! Vou na segunda metade de fevereiro e sozinha! Seu relato foi determinante para decidir de vez ir sozinha mesmo! Já viajei sozinha, mas nao para esse tipo de trip com trilhas...Vc acha q será tranks arranjar companhia para fazê-las? Ficarei 15 dias, vc acha q devo marcar todos os albergues daqui ou posso deixar para tentar a sorte à medidade q for chegando nos locais ? Será q terá vaga?

Se vc puder tirar minhas dúvidas, ficarei mt feliz!

Abs!

Juli.

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