Ir para conteúdo

Colômbia em 20 dias: Bogotá, Medellín, Cartagena e San Andrés (com fotos)


Posts Recomendados

  • Colaboradores

Observações sobre a Colômbia

Depois de 20 dias viajando com minha namorada pela Colômbia e visitando Bogotá, Medellín, Cartagena e San Andrés, resolvi fazer um relato um pouco diferente esse ano, colocando apenas algumas observações sobre cada cidade e sobre o país. Não vou entrar muito no detalhe dos preços porque são muito parecidos com o Brasil, a maioria das coisas dá pra dizer que na média são uns 10% mais baratas do que aqui. Já o câmbio, descontando taxas de cartão de crédito, saque ou taxa de conversão de moeda, fica praticamente igualado no 1 para 1.000 (apesar que até eles já desistiram de falar esses três zeros inúteis).

 

 

Bogotá

Cidade muito parecida com São Paulo, mas com algumas diferenças importantes. A começar pela questão da segurança. Andar por Bogotá é se sentir participante de um desfile militar, de tanto policial e soldado que se vê pelas ruas. Acho que o trauma pelo qual os colombianos passaram com problemas com terrorismo, tráfico de drogas e guerrilha os ensinou a dar valor a um direito tão básico como o de ir e vir sossegado, sem medo de sofrer qualquer tipo de violência. O lugar é uma Suíça? Claro que não! Como toda grande capital é preciso saber onde ir e até que horas que se pode ficar lá. Mas que eles estão muito na nossa frente não fiquei com a menor dúvida. A única chateação que se tem por lá são os pedintes/mendigos insistentes. Lá eles não aceitam um “não tenho nada” como resposta. Quando viam que éramos turistas, os sujeitos nos perseguiam pela rua tentando ganhar alguma coisa. No primeiro dia isso nos assustou um pouco, mas depois percebemos que era uma mania local e apesar de serem chatos, não ousariam nada além de ficar pedindo insistentemente. Ainda mais porque sempre tem um policial por perto.

 

Se a segurança é o ponto forte, o trânsito consegue fazer a gente sentir saudade de São Paulo na hora do rush. Impressionante como Bogotá é uma cidade inviável do ponto de vista do transporte. Há que se fazer uma ressalva: estávamos na cidade entre os dias 19 e 23 de dezembro. A semana anterior ao Natal deve congestionar o trânsito até de uma cidade árabe/muçulmana, rs. Mas o que acontece em Bogotá é fora do aceitável até mesmo para quem sofre com o trânsito paulistano. A cidade não tem metrô. Eles vivem exclusivamente a base do Transmilênio, que é um ônibus articulado um pouco maior que o comum andando por um corredor exclusivo. Porém, esse ônibus está longe de ter a capacidade de um vagão de metrô ou a velocidade do mesmo, sem contar que nesse corredor os ônibus têm que enfrentar semáforos e cruzamentos. Além disso, o alcance do transmilênio é limitado. Não dá pra chegar em qualquer parte da cidade com ele. O jeito é completar o caminho com os microônibus sempre lotados ou os táxis.

 

Por falar em táxi, se daqui 50 anos me pergutarem o que lembro de Bogotá a resposta será: táxi! O preço baixo somado à dificuldade do sistema de transporte coletivo faz com que os táxis sejam praticamente o principal meio de locomoção de toda a cidade. O resultado é que em dezembro era absolutamente impossível conseguir um táxi. Sempre que eu estivaca a mão para um táxi livre, aparecia uma mãozinha esticada a alguns metros na minha frente e lá se ia o meu táxi. Pra piorar ainda mais, eles têm um sistema de cobrança no qual as pequenas distâncias têm um valor melhor para o taxista. Ou seja, se você pegar um táxi para andar 5 quarteirões em 5 minutos vai pagar 5 mil pesos, se pegar um táxi para atravessar a cidade em uma corrida de uma hora e meia vai pagar 10 mil pesos. Resultado: quando milagrosamente um taxista parava, antes de destravar a porta do carro, ele perguntava para onde eu ia. Se fosse longe ia embora porque com certeza antes da esquina ia achar outro passageiro mais "lucrativo". Um dia estávamos num shopping e vimos que havia uma fila num ponto de táxi que era organizado pelo próprio shopping. Como os motoristas dali eram credenciados e a fila era administrada pelo shopping, resolvemos esperar já que não tinha como eles recusarem a corrida. Entramos na fila e foram mais de 50 minutos até chegar nossa vez. E isso era uma terça-feira às 16h! Hora de pico, esquece! Sem contar que todo mundo em Bogotá (hotel, polícia, comerciantes, garçons) nos diziam que era perigoso pegar táxi na rua. Deu saudade dos táxis caros de SP. Pelo menos aqui eles param quando você pede, rs.

 

Tentamos pedir táxi também pelo telefone. Às 18h avisamos no hotel, na Candelária, que precisávamos de um táxi às 20h para ir a Zona Rosa. O carro só chegou às 20h40. Enquanto a recepcionista nos avisava que ele havia chegado o segurança do hotel viu uma pessoa entrando no carro e o táxi indo embora. Desistimos de atravessar a cidade e fomos comer do lado do hotel mesmo. No dia anterior havíamos ficado mais de uma hora na rua tentando um carro pra voltar, como não conseguimos e voltamos de ônibus. E não é que falta carro. Tem táxi pra caramba! O problema é que são tão baratos que se você está em duas pessoas e não vai longe, o valor do táxi é o mesmo custo do ônibus.

 

Sobre os passeios já há informação a rodo aqui no site, mas resumidamente dá pra dizer que Bogotá é uma cidade para dois dias. Nós ficamos quatro dias e nos arrependemos. Um dia é para conhecer a Candelária e os Museus (Ouro e Botero) e outro para subir no Cerro pela manhã e ir à tarde para Zipaquirá ver a Igreja de Sal, que foi construída dentro de uma mina desativada. A polícia turística organiza um tour de graça saindo do centro de informação ao turista da Praça Bolívar às 10h. Dura uma hora e meia e vale a pena para conhecer um pouco a história da fundação da cidade.

 

Outras duas áreas interessantes da cidade são a Zona Rosa e a Zona T, onde atrás do Centro Andino (shopping) tem uns quatro quarteirões só de bares descolados. Ali fica a filial do Andrés Carne de Res, bar famoso da Colômbia. É bem legal e vale a pena visitar desde que seja ali na Zona T. Eu fui na matriz, em Chia, cidade satélite de Bogotá. O bar é legal, mas achei que não compensou pagar o táxi de 70 mil pesos para voltar de lá tendo uma filial muito parecida dentro da cidade. Fora os bares e restaurantes, essas duas regiões tem várias lojas e shoppings, mas os preços em Bogotá são bem parecidos com o Brasil, pouca coisa mais barata, e não compensa muito perder tempo com compras por lá.

 

 

Plaza Bolívar e Capitólio Nacional

IMGP3785.JPG?psid=1

 

 

Casas Republicanas

IMGP3795.JPG?psid=1

 

 

Igreja de Santa Clara

IMGP3793.JPG?psid=1

 

 

Catedral, Capela del Sagrario e Palácio Arzobispal

IMGP3802.JPG?psid=1

 

 

Vista da Calle 11 na Candelária

IMGP3805.JPG?psid=1

Editado por Visitante
Link para o comentário
Compartilhar em outros sites

  • Respostas 79
  • Criado
  • Última resposta

Usuários Mais Ativos no Tópico

Usuários Mais Ativos no Tópico

  • Membros de Honra

Chic Lojudice,

 

Colombia é um país lindo e que vale a pena visitar, em especial o triangulo Bogotá, Medellin e Cali que pra mim hoje é meu lar...e será pelos proximos 12 meses!

Mas Cartagena, Barranquilla, Santa Marta, San Andres são o espetaculo a parte.

 

Show de bola ver um relato de la... Temos muito pouca s informaçoes da Colombia no site.

Manda bala ai.. que to acompanhando daqui!

 

Abs

 

 

Léo

Link para o comentário
Compartilhar em outros sites

  • Colaboradores

Medellín

Essa sem dúvida foi a grande surpresa (positiva) da viagem. Eu já sabia mais ou menos o que me esperava em Bogotá, Cartagena e San Andrés e havia ouvido falar muito bem de Medellín. Mas jamais imaginei encontrar uma cidade tão agradável! Não é que Medellín tenha algum tipo de beleza que impressiona, mas o clima, as pessoas, a arquitetura... parece que tudo na cidade é feito para agradar. Só de sair de Bogotá abaixo dos 10 graus e ir parar numa cidade em que a temperatura fica entre os 25 e 28 graus praticamente o ano todo já é um choque. Além disso, Medellín é toda arborizada e tem um metrô com o qual se chega a praticamente toda a cidade. Onde o metrô não alcança dá pra completar o trajeto com um táxi gastando em torno de 5 mil pesos, e sem trânsito! A questão da segurança ali também é fundamental. A sensação que se tem é que a cidade é um celeiro de boas idéias que toda cidade da América do Sul deveria copiar, como por exemplo, o metrocable integrado ao metrô. Ou a arquitetura chamativa das bibliotecas distribuídas pela cidade, inclusive nas regiões mais pobres.

 

Porém, nada chama tanto a atenção como a luzes de natal. A decoração que eles fazem na cidade é fantástica. Além do costume local de todos (absolutamente todos) enfeitarem muito suas casas com luzes, todas as ruas e praças da cidade também ganham iluminação especial. E uma área do rio Medellín recebe uma decoração que é simplesmente deslumbrante. Eles dizem por lá que gastam mais na decoração de natal do que Nova York. Depois do que vi eu acredito.

 

Em Medellín o ideal é reservar pelo menos uns três dias para conhecer com calma os museus (Botero e Explora), os metrocables (especialmente o que vai até um parque já fora da cidade), o centro, o parque dos pés descalços, o cerro pueblito paisa e andar com sossego pelas ruas e praças da cidade. A Plaza Botero e o Museu de Antióquia com as obras do artista são praticamente pontos obrigatórios. Atrai a atenção até de quem não é um grande fã de artes plásticas, como eu.

 

Já os museus de ciência (Explora e Interactivo) tomam um tempo grande. O Explora vale muito a pena pelo menos dar uma passada, especialmente no aquário que é muito bonito. As salas restritas são interessantes, mas quando estávamos lá lotou de crianças e ficou praticamente impossível interagir com os “brinquedos” do museu. O Interactivo eu achei chato mesmo. O lugar é destinado a ensinar ciências para crianças e pré-adolescentes e a visita é toda guiada, demorando quase 3h. Depois de meia hora, demos um perdido no guia e fomos embora porque realmente estávamos com o tempo contado e não vimos nada de interessante no local.

 

Na verdade, três dias em Medellín é um tour bem corrido, porque daria para ficar ali muito mais tempo, já que até parque aquático tem na cidade. A área rural e cidades vizinhas também tem várias atrações para quem tem mais tempo. À noite, os melhores bares estão no Parque Lleras. Há também uma rua conhecida como Calle da Boa Mesa, mas como estávamos ali bem nos dias da festividade do Natal, tivemos dificuldades de encontrar bares e restaurantes abertos. Já a região da Carrera 70 eu achei meio caída.

 

 

Metrocable de Acevedo passando por cima do bairro Santo Domingo

IMGP3893.JPG?psid=1

 

 

Parque de los Deseos

IMGP3904.JPG?psid=1

 

 

Aquário dentro do Parque Explora

IMGP3942.JPG?psid=1

 

 

Planetário

IMGP3952.JPG?psid=1

 

 

Alumbrados: Cataventos iluminados pelas luzes de Natal no Rio Medellín

IMGP3974.JPG?psid=1

 

 

Cerro Pueblito Paisa

IMGP3970.JPG?psid=1

 

 

Plaza Botero

IMGP4003.JPG?psid=1

 

 

Museu de Antióquia

IMGP4005.JPG?psid=1

 

 

Plaza de Cisneros

IMGP4012.JPG?psid=1

 

 

Parque dos Pés Descalços

IMGP4024.JPG?psid=1

Editado por Visitante
Link para o comentário
Compartilhar em outros sites

  • Colaboradores
Colombia é um país lindo e que vale a pena visitar, em especial o triangulo Bogotá, Medellin e Cali que pra mim hoje é meu lar...e será pelos proximos 12 meses!

 

Leo,

 

Ótimo lugar para chamar de "lar" por 12 meses, rs. Especialmente Medellín. Boa sorte na sua estadia Colombiana e... radar neles! rsrsrsrs. Principalmente em Bogotá!

 

Abs

Lojudice

Link para o comentário
Compartilhar em outros sites

  • Colaboradores

Cartagena

Sempre fui fã de Paraty, no sul do Rio. O centro histórico dali é diferente das cidades mineiras e ao mesmo tempo ainda possui praias e ilhas muito bonitas. Fui para Cartagena achando que iria encontrar uma Paraty um pouco maior. E ai não tinha como não me surpreender. Ao contrário de Paraty, que vive exclusivamente voltada para o turismo, Cartagena é uma cidade gigante (1,2 milhão de habitantes, 300 mil só dentro das muralhas) e com vida própria.

 

Foi uma surpresa perceber que dentro da cidade amuralhada existe um centro comercial voltado para as pessoas que vivem na cidade e que mesmo a cidade amuralhada tem sua vida própria independente dos turistas. Lógico que o turismo é a principal atividade da cidade. Mas foi bem interessante acordar às 7h da manhã para fazer umas fotos com a cidade mais vazia e ver pessoas correndo ou levando seu cachorro para passear em cima das muralhas que foram construídas para proteger a cidade.

 

Dentro desse perímetro parece que o tempo também passa mais devagar. Essa sensação aumenta no fim da tarde, quando os moradores se sentam à janela ou colocam suas cadeiras na frente de casa para ficar vendo a vida passar. Parece que para eles, nós, os turistas, somos mais interessantes que a programação da televisão. E como Cartagena recebe gente de todo tipo e do mundo inteiro, tendo a concordar com os cartageneros.

 

Outra boa surpresa foi a beleza da cidade. Difícil dizer por que, mas Cartagena conquista de modo fácil, sem fazer força, ou seja, sem nada que seja eloqüente o suficiente para sozinho chamar a atenção, mas que no conjunto da obra fica excepcional. É como um grande time que não tem nenhum craque, mas a soma das casas coloniais e republicanas e seus balcões cheios e cores e flores, suas ruas, suas praças, e, obviamente, suas muralhas, acabam tornando o time perfeito e imbatível.

 

Justamente por isso, que nada consegue ser mais legal em Cartagena do que simplesmente andar pelas ruas sem um objetivo definido, apenas caminhando. Importante também saber que não é uma cidade para ser apreciada apenas com os olhos. Os gostos de Cartagena fazem parte do cenário. Gostos esses representados especialmente por frutas estranhas que não chegam no Brasil. Há que se provar a limonada de côco para poder dizer que conheceu o local. Também não dá para voltar sem se aventurar no maior número possível de sucos de frutas que não conhecemos por aqui, como o tomate de árbol (meu preferido, parece uma mistura de suco de tomate com laranja), a guanábana (lembra uma banana mais azeda com a consistência do cupuaçu), o lulo (azedo), o corozo, o zapote, e várias outras.

 

A arepa com queijo em Cartagena também é a melhor da Colômbia (especialmente do vendedor que está em frente Las Bóvedas), talvez pela proximidade com a Venezuela, que é quem realmente sabe fazer arepa. E a comida é sempre agridoce. Pra quem não gosta é um martírio, já que é impossível pedir um prato sem que tenha pelo menos uma uva passa perdida num arroz de côco.

 

Também há os sons de Cartagena. Impossível esquecer o irritante “a la ordem” ouvido insistentemente por toda a cidade e sempre que se entra em alguma loja. Mas para compensar há os pássaros, que cantam por todas as praças da cidade amuralhada, tornando esses lugares ainda mais agradáveis. No fim da tarde, nas muralhas de frente para o mar há ainda o show aéreo dos pelicanos que ficam brincando com o vento. E tem a Salsa. Mas a Salsa está por toda a Colômbia e não seria ali que ela não estaria.

 

Fora das muralhas, a cidade continua. O Castillo de San Felipe é parada obrigatória. Impressionante! A avenida San Martín em Boca Grande vale uma voltinha pelas lojas e restaurantes, mas jamais deixaria de ficar no centro para ficar nos grandes hotéis localizados por ali. O centro é muito mais bonito e charmoso. A praia em Boca Grande quebra um galho no calor de quase 40 graus, mas está longe de ser bonita.

 

O problema maior, porém, nem é a falta de beleza e sim o excesso de vendedores. Conseguem levar fácil o título de mais chatos de toda a Colômbia. Na verdade, não são chatos, são insuportáveis. É impossível sossegar por dois ou três minutos sem que alguém passe enchendo o saco ou oferecendo alguma coisa. A sensação que se tem depois de algum tempo é que se está numa nuvem de moscas e isso prejudica bastante o passeio na praia.

 

Traumatizados por esses vendedores, quando fomos as Ilhas do Rosário, escolhemos passar um dia em um resort com piscina e uma praia particular. Os 20 mil pesos que pagamos a mais (60 mil por pessoa ao todo com almoço incluso) valeram muito à pena, afinal, em certos locais, paz e sossego não tem preço! Lógico que esse custo foi conseguido a base de muita negociação, como tudo em Cartagena.

 

O custo adicional nas llhas do Rosário pode ser compensando pulando fora de uma fria: o passeio de chiva pelo Castillo de San Felipe e pelo mosteiro localizado em cima do Cerro. Ambos os locais valem a visita, mas para o Cerro um táxi sai muito mais barato que a Chiva e até o Castillo se chega facilmente a pé a partir do centro, ou com uns 6 mil pesos de táxi. E não vá pensando que a visita guiada na Chiva vale a pena, porque realmente o guia não diz muita coisa.

 

Outro mico é o passeio nos coches, as carroças puxadas a cavalo. O passeio, na verdade, faz a alegria dos turistas e é vendido como o mais romântico de Cartagena. Mas é impossível não notar o sofrimento do cavalo arrastando a carroça pesada e até sete ou oito pessoas contando com o cocheiro. Não precisa ser um grande observador para perceber que os cavalos são magros, suados e com um aspecto muito cansado. Porém, muita gente não se importa com o bicho quando se trata de sua própria diversão. Pior é que aposto que a maioria daquelas pessoas adora sentar no bar e ficar arrotando verdades absolutas sobre preservação ambiental e respeito ao meio ambiente. Adoram falar sobre a proteção à Amazônia e outros biomas, mas quando se trata de sua própria diversão e interesses, o cavalo que se foda.

 

 

Portal do Relógio, principal entrada para a cidade amuralhada

IMGP4302.JPG?psid=1

 

 

Plaza de los Coches

IMGP4132.JPG?psid=1

 

 

Plaza de la Aduana

IMGP4133.JPG?psid=1

 

 

Esculturas do Museu de Arte Moderna na Plaza de San Pedro Claver

IMGP4045.JPG?psid=1

 

 

Calle de Cartagena

IMGP4036.JPG?psid=1

 

 

Calle de Cartagena

IMGP4158.JPG?psid=1

 

 

Calle de Cartagena

IMGP4293.JPG?psid=1

 

 

Teatro Heredia

IMGP4058.JPG?psid=1

 

 

Plaza Bolívar

IMGP4074.JPG?psid=1

 

 

Cláustro de Santa Tereza (atualmente um dos hotéis mais caros da cidade)

IMGP4124.JPG?psid=1

 

 

Muralhas de Cartagena

IMGP4154.JPG?psid=1

 

 

Turistas caminhando pelas Muralhas

IMGP4194.JPG?psid=1

 

 

Pôr do sol em Cartagena

IMGP4233.JPG?psid=1

 

 

Cartagena preparada para o Reveillon

IMGP4261.JPG?psid=1

 

 

Catedral de Cartagena

IMGP4282.JPG?psid=1

 

 

Paseo de los Mártires, com o bairro de Getsemaní ao fundo

IMGP4299.JPG?psid=1

 

 

Vista da cidade de cima do Cerro de la Popa

IMGP4080.JPG?psid=1

 

 

Praia em Boca Grande, barracas no lugar dos guarda-sóis e muitos vendedores

IMGP4167.JPG?psid=1

 

 

Castillo de San Felipe

IMGP4082.JPG?psid=1

 

 

Nosso último pôr do sol nas Muralhas de Cartagena

IMGP4308.JPG?psid=1

Editado por Visitante
Link para o comentário
Compartilhar em outros sites

  • Colaboradores

San Andrés

As águas transparentes do Caribe realmente são impressionantes. A areia é branquíssima e faz um contraste lindo com o mar cheio de tons de verde e azul. A tranqüilidade reina. Enfim, o lugar tem tudo para ser considerado uma sucursal do paraíso. Mas, mala sem alça que sou, voltei com a sensação de que faltou alguma coisa.

 

Na verdade, ouvi falar tão bem de San Andrés que minha expectativa era muito alta: “a praia é incrível”, “o mergulho é um dos melhores do mundo”, “o mar tem sete cores”, e por ai vai. E San Andrés realmente é um lugar legal e bonito, que vale muitos elogios. Mas a impressão que fiquei é que para a maioria das pessoas uma praia no Caribe tem que ser perfeita e se ela não for, então melhor se enganar e se convencer de que estamos falando de umas das sete maravilhas do mundo. E San Andrés está longe disso.

 

Cansei de ver sobre as belezas e as maravilhas da praia de San Andrés. Mas não vi em nenhum lugar que em dezembro, janeiro e fevereiro têm uma ventania chata pra caramba! Vento que faz a mulherada se enrolar na canga porque fica com frio e joga areia nos olhos e na boca o tempo todo. Também não vi comentários sobre a enormidade de algas que se acumulam na beira da praia, provavelmente trazidos pelo vento, e que sujam o mar e a areia.

 

O mergulho foi outro ponto sobre a Ilha que achei exagerado. Muita gente dizendo que é um dos melhores do mundo. O problema é que depois que voltei é que percebi que a maioria das pessoas que mergulham em San Andrés, faz isso pela primeira vez na vida e se impressiona não porque o lugar é fora de série, mas sim porque o primeiro mergulho é realmente uma experiência impactante.

 

Significa que é ruim? De forma alguma, é bem legal e vale a pena. Principalmente pela visibilidade que realmente é fora de série. A transparência da água para mim foi inédita. Porém, San Andrés não tem grandes peixes ou cardumes. Pelo que conversei com o dive master, os corais da Ilha servem mais como um berçário, com grande quantidade de peixes pequenos e coloridos.

 

É óbvio que é bonito, mas quem já mergulhou em Noronha ou Abrolhos sai de San Andrés com a sensação de que o mergulho aqui pelo Brasil é muito mais interessante. Por lá não vê tubarões, tartarugas ou qualquer outro peixe grande. Avistar uma barracuda é comemorado como um gol. As arraias que eles chamam de “manta” lá na Laje de Santos seriam filhotes.

 

Aliás, as arraias merecem um comentário a parte. No fim da tarde, há um ponto no qual elas se reúnem e atraem os turistas. E ai dá para ver como San Andrés também precisa vir aprender um pouco sobre preservação ambiental com algumas cidades e ilhas brasileiras. O que acontece com as arraias é um show de horror! Ninguém fiscaliza e os próprios barqueiros que levam os turistas incentivam a pegar os bichos e tirar da água para fazer fotos. Cheguei a ver um idiota colocar a bicho na cabeça do filho e tirar uma foto como se fosse um chapéu.

 

Apesar de ter que pagar uma taxa para entrar na Ilha, não há qualquer tipo de fiscalização ou mesmo projetos de educação ambiental por lá. Eu que achava as praias e ilhas brasileiras mal cuidadas, voltei de San Andrés com saudade do Ibama e do Tamar.

 

Outra coisa que há que se ter cuidado em San Andrés são os passeios “pega-bobo”. O maior de todos é o escafandro em West View. Cobra-se 80 mil pesos para colocar um capacete de escafandro e descer a uma profundidade de menos de 10m para andar na areia, justamente onde raramente tem peixe! O barco com fundo de vidro é outra piada. Por outro lado, há que se reconhecer que as lojas de mergulho de lá são bem profissionais, e quem nunca mergulho é obrigado a fazer uma aula rápida na piscina para acostumar com o equipamento, ao contrário do que acontece aqui no Brasil.

 

Mesmo com todas essas observações contrárias, San Andrés vale a passagem aérea. A Ilha de Johnny Cay é um exemplo de cartão postal de praia caribenha. Mesmo a praia da Peatonal, mais movimentada, é daquelas que se fica admirando meio embasbacado. E quando o vento cessa é uma delícia ficar deitado sem grandes preocupações naquela areia branca.

 

Na praia da baia de Cocoplum o vento é quase imperceptível e acho que deve ser a praia mais bonita da Ilha. Até porque tem uma ilhota (Rock Cay) logo em frente que compõe um lindo cenário. Mas não acho que ali seja um bom lugar para ficar porque está bem longe do centro da cidade e a noite quem fica ali depende de táxi para poder se locomover. Achei que o melhor lugar para ficar realmente é no Centro. Dá mais liberdade para andar tudo por ali à noite.

 

Uma máscara e um snorkel são equipamentos essenciais para quem quer conhecer bem a ilha. O snorkeling em West View é daqueles que dá para perder a hora e esquecer o tempo.

 

A comida é outro ponto forte da Ilha. Por lá, come-se lagosta e camarão a preços impensáveis no Brasil. No La Regata, um dos restaurantes mais famosos, caros e chiques da Ilha, um prato de Camarão sai por 50 mil pesos e a quantidade de camarão é pelo menos o dobro do que vem em um prato no Brasil.

 

Mas o lugar que mais me agradou foi o Gourmet Shop Assho, em frente a praça da barracuda. Com um estilo meio bar meio restaurante é um lugar perfeito para tomar um vinho e a comida é ótima e bem servida. Aliás, para quem gosta, San Andrés é um ótimo lugar para tomar vinho, já que é área de livre comércio e as garrafas por lá são muito mais baratas que no Brasil e no resto da Colômbia. Do lado desse restaurante tem um café ótimo para comer uma torta e tomar um expresso.

 

Por falar em livre comércio, essa é outra “vocação” da Ilha. Não tem de tudo por lá, mas o que tem realmente é bem mais barato do que no Brasil. Marcas de roupas como Tommy, Lacoste, Billabong, SilverQuick, Benetton, Nike e várias outras a preços impensáveis para os padrões brasileiros. Já minha namorada delirava nas lojas de perfumes, cosméticos e maquiagem.

 

Eletrônicos também têm, mas é preciso ter muito cuidado. Encontramos para vender câmeras fotográficas da Sony que não estão no catálogo de produtos da marca. Pirataria e falsificação das grandes. Os perfumes nem chegamos a olhar o preço em lojas menores, já alertados para esse problema.

 

Enfim, para encerrar, San Andrés é linda e vale a pena a viagem. Talvez eu tenha tido um pouco de azar com o vento e as algas. Ou talvez cheguei lá depois de passar por Cartagena, cidade que tinha gostado demais. Pode até mesmo ser que minhas expectativas fossem mesmo muito altas e impossíveis de atingir. Mas, de qualquer forma, eu voltei com a sensação de que San Andrés me prometeu mais do que entregou.

 

Igreja Presbiteriana de San Andrés, a primeira da América Central

IMGP4321.JPG?psid=1

 

 

West View

IMGP4326.JPG?psid=1

 

 

Praia de São Luís

IMGP4327.JPG?psid=1

 

 

Praia na Ilha do Aquário

IMGP4341.JPG?psid=1

 

 

Hainnes Cay

IMGP4344.JPG?psid=1

 

 

Praia na Ilha de Johnny Cay

IMGP4349.JPG?psid=1

 

 

Vista de San Andrés a partir da Ilha de Johnny Cay

IMGP4364.JPG?psid=1

 

 

Praia de Johnny Cay

IMGP4369.JPG?psid=1

 

 

Baia de Sardinas, na parte Norte de San Andrés

IMGP4380.JPG?psid=1

Link para o comentário
Compartilhar em outros sites

  • Colaboradores

Discordo com você quando diz que não ficaria em Cocoplum, pois foi justamente onde escolhemos ficar! :D

 

Acho que é questão de gosto mesmo, pois não queriamos ficar na muvuca perto do centro. Preferimos um hotel "pé na areia" literalmente, com uma praia linda, uma restaurante muito bom e mais sossego.

 

Saímos umas duas noites pra jantar, outro dia alugamos uma "moto" pra conhecer a ilha, em fim...não fomos lá para compras, como a maioria das pessoas faz, claro que compramos alguma coisa, mas, queríamos sossego e um lugar pra curtir a praia meeeeesmo.

 

Concordo com você quando diz sobre o mergulho ::cool:::'> ...Noronha, Bonito, Nobres no Mato Grosso, Los Roques, gostei mais do que em San Andrés.

Não sei como é no Blue Hole, pois não mergulhamos lá.

 

De qualquer forma, gostei do seu relato. As fotos estão show!

É muito bom ter visões diferentes sobre esses lugares tão procurados. Mesmo tendo sido em épocas diferentes.

 

:wink:

Link para o comentário
Compartilhar em outros sites

  • Colaboradores

Carol,

 

Faltou falar de uma coisa importante sobre San Andrés: é uma ilha para agradar a pessoas com perfis diferentes, rs. De fato, para quem quer ficar no sossego total e isolado do mundo, a região de Cocoplum é o lugar perfeito. Mas eu sou inquieto demais para isso, rsrs. Gosto de rodar por todas as ruas, passar por todos os cantos, experimentar vários restaurantes, sentar nos bares, e nesse caso, o centro é o melhor lugar. Eu nem quis pegar qualquer tipo de pacote com all inclusive ou mesmo só o jantar incluído porque iria me dar desespero comer todo dia no mesmo lugar, rs. Esse negócio de descansar "nas" férias não é comigo, prefiro descansar "das" férias ::lol4::

 

Abs

Lojudice

Link para o comentário
Compartilhar em outros sites

Participe da conversa

Você pode postar agora e se cadastrar mais tarde. Se você tem uma conta, faça o login para postar com sua conta.

Visitante
Responder

×   Você colou conteúdo com formatação.   Remover formatação

  Apenas 75 emojis são permitidos.

×   Seu link foi automaticamente incorporado.   Mostrar como link

×   Seu conteúdo anterior foi restaurado.   Limpar o editor

×   Não é possível colar imagens diretamente. Carregar ou inserir imagens do URL.


×
×
  • Criar Novo...