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Travessia do Lagamar (SP/PR) - fev/13


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Arco-íris duplo depois da tempestade do 3º dia

 

As fotos estão em http://lrafael.multiply.com/photos/album/146/Travessia-do-Lagamar-SPPR-fev13.

 

Em datas já longínquas da década de 1990, em algumas incursões à região do Lagamar, conheci os pacatos vilarejos de Marujá e Superagui. Nessas ocasiões pude caminhar bastante pelas praias e trilhas, mas a idéia de uma travessia entre as duas localidades ficou guardada por muitos anos, até ser concretizada neste feriado de carnaval. O convite veio do Getúlio, de Curitiba, até então meu amigo apenas virtual, que organizou a travessia com um grupo de mais oito amigos.

 

Marujá é uma das seis comunidades da Ilha do Cardoso, que desde 1962 é parque estadual, administrado pela Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo (http://www.ambiente.sp.gov.br/ilha-do-cardoso). A vila de Superagui é um dos núcleos da Ilha do Superagui, que, junto com as ilhas das Peças, do Pinheiro, do Pinheirinho e o vale do Rio dos Patos no continente, constituem o Parque Nacional do Superagui, criado em 1989 e administrado pelo ICMBio (http://www.icmbio.gov.br/portal/o-que-fazemos/visitacao/ucs-abertas-a-visitacao/209-parque-nacional-do-superagui). A Ilha do Cardoso é parte do município de Cananéia (SP), já a Ilha do Superagui pertence ao município de Guaraqueçaba (PR).

 

1º DIA - 09/02/2013 - DE CANANÉIA À BARRA DO ARARAPIRA

 

Eu e a Débora partimos de São Paulo à 0h45 do sábado de carnaval no Cometa para Curitiba, mas nosso destino mesmo era o Graal Petropen, em Pariquera-Açu, onde o grupo de Curitiba iria nos apanhar com a van. Contrariando a previsão de muito congestionamento, principalmente na Serra do Cafezal, saltamos no km 461 da Régis, em frente ao Petropen, às 4h27. Atravessamos a rodovia sem problema e nos acomodamos numa espécie de sala de estar do Graal, com sofás confortáveis e tevê, pois tínhamos uma longa espera pela frente. O grupo do Getúlio saiu de Curitiba às 6h30, também não enfrentou trânsito e antes das 9h já estacionava no Graal. Feitas as devidas apresentações, afinal não conhecíamos ninguém do grupo, e após um rápido dejejum, partimos para Cananéia, cidade de onde saem os barcos para a Ilha do Cardoso. O tempo estava encoberto e com chuvas passageiras, mas isso não abalou o entusiasmo de ninguém.

 

Em Cananéia, a próxima escuna (R$30 por pessoa) sairia às 11h e deu tempo apenas de fotografar o valioso centro histórico, com destaque para a Igreja de São João Batista, uma das mais antigas do Brasil, construída em 1577 para servir também como fortaleza contra invasores. Frestas na sua parede lateral e de frente ao estuário (as seteiras) permitiam a passagem de flechas de dentro para fora, para atingir os intrusos sem que eles atingissem quem se encontrava no interior da igreja.

 

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Tatiana, Débora e Getúlio na saída de Cananéia

 

A navegação pela baía e pelo Canal do Ararapira transcorreu tranquila, com o habitual movimento dos golfinhos e dos mais diversos tipos de aves que habitam a natureza bastante preservada. Aportamos na vila de Marujá às 14h05 com duas opções discutidas ao longo do caminho: fazer a trilha das piscinas da Praia da Laje e dormir em Marujá ou começar a travessia logo após o almoço. Um grupo foi se informar sobre a trilha das piscinas no núcleo do parque estadual (já que é obrigatório o acompanhamento de um monitor) e o outro foi pesquisar o preço de camping. A conclusão é que essa primeira opção foi sumariamente descartada, por dois motivos: o passeio para as piscinas sai somente às 8h da manhã pois os monitores prevêem 3 horas só de ida, e em segundo lugar porque os campings estavam cobrando o absurdo de R$300 por barraca pelo pacote de carnaval. Partimos então para a segunda alternativa: almoçar e botar o pé na areia para dar início à travessia. Até mesmo o almoço estava um pouco caro, com a refeição do tipo comercial a R$20 por pessoa.

 

De estômago forrado, demos início à pernada às 16h, com exceção da Evelyn e da Cida, que fretaram um barco dali para a vila de Barra do Ararapira, nosso destino nesse dia. Tomamos o caminho mais próximo diretamente para a praia e uma vez nela fomos para a direita, ou sudoeste, direção que manteríamos até quase o final da travessia. O céu continuava encoberto e a vantagem disso seria o desgaste físico menor, uma vez que seriam quase 40km de praias sem nenhuma possibilidade de sombra. Às 18h50 saímos da praia por alguns minutos e entramos por um caminho em meio à vegetação para conhecer o vilarejo da Enseada da Baleia, às margens do Canal de Ararapira. A cerca de 600m dali ocorre um processo importante de erosão que pode levar ao estrangulamento da estreita restinga e à abertura de uma nova barra do canal a aproximadamente 6km da atual. Isso pode ocorrer até 2016, segundo estudos (http://ojs.c3sl.ufpr.br/ojs2/index.php/abequa/article/viewFile/14577/11198), e terá grande impacto nas comunidades próximas. Após algumas fotos, voltamos à caminhada na praia.

 

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Gaivotas

 

Às 19h47, com o dia findando (bendito horário de verão!), abandonamos a praia e encontramos a vila de Pontal do Leste, a última comunidade da última praia do extremo sul do estado de São Paulo. Ali um rapaz logo nos abordou oferecendo o barco e combinamos o preço de R$50 para nos atravessar até a vila de Barra do Ararapira, do outro lado do canal, já na Ilha do Superagui, Paraná (ele inicialmente pediu R$10 por pessoa - éramos 9 pessoas). Pelo adiantado da hora, passamos tão rápido pelo Pontal do Leste que mal deu para ver o lugar. A travessia de barco foi feita em duas etapas pois era uma pequena voadeira, com o segundo grupo desembarcando com o cair da noite. Ele nos deixou em frente ao Camping das Palmeiras, onde imediatamente montamos as barracas e nos besuntamos de repelente pois o ataque dos mosquitos foi feroz. A vila tem energia gerada por placas solares e o camping dispõe de placas solares para chuveiro, o que proporcionou banho quente, coisa rara nessa travessia. O dono cobra R$8 por pessoa.

 

Nesse dia caminhamos 14,6km, contando o desvio de 500m (ida e volta) até a Enseada da Baleia.

 

2º DIA - 10/02/2013 - DA BARRA DO ARARAPIRA AO CAMPING DA DONA ROSA (PRAIA DESERTA)

 

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Canal do Ararapira

Deste lado a vila de Barra do Ararapira, Paraná; do outro, a vila de Pontal do Leste, São Paulo

 

À noite choveu um pouco e o dia amanheceu com céu encoberto novamente.

 

As informações ali eram de que a caminhada ao longo do canal até a Praia Deserta estava obstruída pela grande quantidade de vegetação arrastada pela maré. A solução era fazer esse trecho de cerca de 2,4km, até a foz do canal, de barco. Foi preciso negociar com vários barqueiros pois a exploração de feriado contaminou o pessoal dali também. Por fim, nosso amigo Papael conseguiu um barco por R$60 e fizemos uma viagem só, com o grupo todo novamente reunido para o segundo dia de caminhada (11 integrantes).

 

Contribuição do Getúlio: "O manguezal está sendo aos poucos e cada vez mais "engolido" pelo mar neste trecho (da vila de Barra do Ararapira até a foz do Canal do Ararapira). Conversando depois com alguns ciclistas no caminho, soubemos que até se consegue passar a pé neste trecho, mas fica bem complicada a passagem com a maré alta, pois apesar de haver pequena faixa de "praia", a mesma é bem abrupta, ou seja, basta se deslocar 1 metro para dentro da água do mar para estar com água acima dos joelhos, isso na maré baixa. A trilha que havia "costeando" por dentro do manguezal até a Vila da Barra do Ararapira foi totalmente tomada pelo mangue e pelo mar e hoje não existe mais."

 

Começamos a pernada às 11h15 com uma praia de 24km pela frente, a Praia Deserta, que não é tão deserta assim pois tem alguns moradores, todos antigos, com as casas quase escondidas no meio da vegetação. A primeira delas é a da Dona Jandira, pela qual passamos com apenas meia hora de caminhada, mas não chegamos a visitá-la.

 

Diversos rios e riachos atravessam essa praia, de profundidades bem variadas, desde aqueles que molham apenas o pé até os que chegam à canela ou à altura da coxa, dependendo sempre da maré. Por isso é interessante andar com um calçado que não acumule água, por exemplo, uma papete. O fundo desses rios é sempre arenoso, sem pedras.

 

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Uma das muitas travessias de rios

 

Às 16h10 atravessamos o rio mais profundo de toda a travessia, com a água chegando à altura da virilha (pelo menos para mim, que tenho 1,70m). Mais 20 minutos e saímos da praia, tomando o caminho para a isolada casa da Dona Rosa e do seu Carlinhos, filho dela, que mantêm uma área de camping no quintal. Cobram R$15 por pessoa e o banho é frio. Deixam à disposição (e até insistem bastante para usar) a cozinha deles, onde preparamos o nosso jantar coletivo: no cardápio a consagrada polenta campeira do Getúlio!

 

Nessa noite provei a famosa pinga com cataia, uma folha encontrada na região, mas acho que não estava bem curtida e não achei nada de mais. Os mosquitos ali também não deram trégua e somado a eles vieram também as mutucas (butucas, no Paraná), que picavam até por cima da meia grossa.

 

Nesse dia caminhamos 15,3km.

 

3º DIA - 11/02/2013 - DO CAMPING DA DONA ROSA (PRAIA DESERTA) À VILA DE SUPERAGUI

 

Para esse terceiro dia de travessia, colocamos em discussão duas opções:

1- sair cedo, passar pela vila de Superagui, atravessar para a Ilha das Peças, caminhar mais 12km até a vila e de lá tomar o barco para Paranaguá no dia seguinte

ou

2- sair mais tarde e ficar na vila de Superagui para conhecer à noite o fandango, que é a música tradicional da região, pegando o barco no dia seguinte para Paranaguá

 

O fandango venceu. O que ajudou a não decidirmos pela primeira opção foi também o horário do barco da vila das Peças para Paranaguá, que devia ser às 7h da manhã e depois algum horário inconveniente à tarde, se houvesse. Na vila de Superagui acreditávamos haver mais horários disponíveis.

 

Assim, todos aproveitaram que o sol finalmente apareceu e foram curtir a praia, menos eu, que fiquei curtindo os efeitos indesejados de um resfriado que resolveu me visitar justamente nesse dias de caminhada. O reforço de vitamina C que eu precisava veio dos pés de caju e de pitanga do quintal, ambos forrados de frutas.

 

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Almoço no Camping da Dona Rosa, com a casa dela ao fundo

 

Preparamos um almoço coletivo e nessa hora infelizmente houve o único incidente da viagem. A "mesa" onde o pessoal estava cozinhando desmontou e uma panela de água fervente virou, atingindo em cheio a perna direita do Getúlio. Mesmo jogando água fria na queimadura por um bom tempo, não foi possível evitar que se formassem grandes bolhas. Toda a perna foi besuntada de pomada e pelo resto do dia o Getúlio teve de usar uma canga para protegê-la do sol.

 

Desmontado o acampamento, só voltamos a caminhar às 17h10, nos despedindo da boa acolhida da Dona Rosa e do seu Carlinhos. Ao alcançarmos a praia, porém, avistamos uma chuva forte a oeste (à nossa direita). Não deu nem uma hora e esse temporal nos alcançou, trazendo chuvas e raios. Saímos correndo da praia por causa dos raios e nos abrigamos no meio da vegetação baixa da restinga. A maioria se encolheu embaixo de plásticos estendidos pelos arbustos. Felizmente o vento estava forte e levou a tempestade rapidamente para o mar. O que veio depois foi um espetáculo de céu azul, sol e um arco-íris duplo, o que rendeu muitas fotos!

 

Às 19h20 chegamos ao local em que há uma trilha que serve de atalho para alcançar a vila de Superagui. A Evelyn e a Cida até quiseram pegá-la mas voltaram dizendo que estava alagada. Continuamos todos pela praia apesar de haver um rio à frente que poderia estar um pouco fundo. Como bastante gente ia e voltava de bicicleta, não devia estar difícil atravessá-lo. No horizonte, começamos a avistar o grande conjunto de montanhas da Serra do Mar paranaense, com destaque (da direita (norte) para a esquerda (sul)) para a Serra do Capivari, Serra do Ibitiraquire (onde se via perfeitamente o Pico Paraná), a Serra da Farinha Seca, o Marumbi, a Serra da Prata, e bem à nossa frente a Ilha do Mel. Belíssima visão! Por fim, o tal rio passou quase despercebido, com água batendo pouco abaixo do joelho.

 

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Serra do Ibitiraquire (Pico Paraná) à direita

 

Às 20h35, já de noite, chegamos ao Camping do seu Pocidônio, o primeiro camping para quem vem da Praia Deserta, como nós. Mesmo com o grande movimento do carnaval, havia lugar de sobra para montar as barracas pois o espaço é bem grande. O seu Pocidônio é um senhor baixinho e muito risonho que mora ali com a esposa. Eles cobram R$10 por pessoa. Para o banho, há várias duchas frias e apenas um chuveiro quente. Também deixam usar a cozinha, onde preparamos nosso jantar. Em seguida fomos ao centrinho da vila para conhecer o famoso fandango do Superagui, que acontece num bar, com os músicos tocando num canto do salão e o espaço todo livre para quem quiser mexer o esqueleto ao som dos violões, pandeiro e rabeca. Tudo regado a uma boa pinga com cataia, que estava mais curtida do que aquela do seu Carlinhos e deu para sentir bem o sabor da folha. Eu fiquei até 2h30 mas o pessoal esticou mais e disseram que a música foi até 3h40 da madrugada.

 

Nesse dia caminhamos 10,2km.

 

4º DIA - 12/02/2013 - DA VILA DE SUPERAGUI A PARANAGUÁ

 

Nesse último dia, pensamos em fazer um passeio de barco de manhã até o banco de areia que se forma em frente à vila, mas acabou não acontecendo. Todos resolveram voltar para casa nesse dia, mesmo os que não tinham compromissos na quarta-feira, porém o horário de saída do barco para Paranaguá não era uma informação precisa. Uns disseram que haveria escuna de hora em hora dado o grande número de turistas, outros informaram que com certeza sairia uma às 15h. Assim, desmontamos acampamento calmamente, alguns do grupo foram dar um mergulho no mar e pouco depois das 13h fomos para o trapiche ver a que horas a escuna ia sair de verdade. Já havia uma ancorada, com alguns passageiros acomodados, e o barqueiro disse que sairia às 14h30 (R$25 por pessoa). Foi o tempo de comer alguma coisa e voltar logo pois a escuna saiu quase no horário, com apenas 5 minutos de atraso.

 

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Praia da vila de Superagui

 

Costeamos a Ilha das Peças, à nossa direita, e depois a Ilha do Mel, à nossa esquerda.

 

Eu não comi nada com receio de o barco balançar muito no trecho de mar mais aberto, mas isso não aconteceu. A viagem foi tranquila mesmo com o temporal que pegamos depois da Ilha do Mel. Atracamos no porto de Paranaguá às 17h06 com chuva fraca e fomos direto à rodoviária, a 700m dali, para providenciar as passagens para Curitiba. Eu já tinha comprado para mim e a Débora pela internet para o horário das 18h30 e foi só retirar no guichê da viação Graciosa. O pessoal conseguiu para o horário das 21h30. Eles foram comer algo e nós logo embarcamos. Não houve trânsito nenhum na subida da serra e chegamos a Curitiba às 20h08 (para quem mora em São Paulo e sabe o caos que é a volta do litoral no carnaval isso parece impossível). No guichê da Cometa, trocamos as passagens de 23h para o horário extra das 21h. De novo não pegamos congestionamentos e às 3h30 já desembarcávamos em Sampa.

 

Informações adicionais:

 

. Os horários do ônibus São Paulo-Cananéia pela empresa Intersul são muito restritos e inconvenientes (9h e 14h30). No nosso caso foi melhor pegar um ônibus para Curitiba, descer na rodovia e esperar o pessoal de lá chegar com a van fretada. A viagem São Paulo-Curitiba pode ser feita pela Cometa (http://www.viacaocometa.com.br), Itapemirim (http://www.itapemirim.com.br) e Eucatur (http://www.eucatur.com.br).

 

. As empresas que fazem o trecho Paranaguá-Curitiba são a viação Graciosa (http://www.viacaograciosa.com.br), com muitos horários, e a Princesa dos Campos (http://www.princesadoscampos.com.br), normalmente com apenas dois horários: 12h e 17h45.

 

. Para saltar do ônibus da Cometa no meio da estrada é preciso estar com a bagagem à mão. O motorista não abre o bagageiro no acostamento. No nosso caso, pedimos a ele para tirar as mochilas do bagageiro na parada Graal Buenos Aires, em Registro, 12km antes do local onde desceríamos.

 

. Os telefones da escuna Vitória Gabriella, que fez o trajeto Cananéia-Marujá, são 13-3851-3195 e 13-9791-7668 (Vivo).

 

. Na vila de Marujá, a caminhada até as piscinas da Praia da Laje são acompanhadas de um monitor do parque, saem às 8h da manhã apenas e é cobrada uma taxa de R$15 por pessoa.

 

. A travessia completa, desde o trapiche do Marujá até o trapiche da vila de Superagui, sem contar os dois percursos de barco, totaliza 39,2km de caminhada. Nós somamos 40,1km por causa dos pequenos desvios e porque terminamos no Camping do Pocidônio, o primeiro para quem chega da Praia Deserta.

 

. Por ser uma caminhada longa em areia dura, é melhor usar um calçado macio para evitar excesso de impacto. Porém há vários riachos a cruzar pelo caminho, por isso uma bota de trekking não é muito conveniente já que será preciso tirá-la várias vezes. O melhor é usar um tênis de secagem rápida, ou, melhor ainda, uma papete confortável.

 

. Não há fonte de água confiável durante toda a caminhada pelas praias. O que fizemos foi pegar água nos campings e tratá-la com Clorin.

 

. Repelente é item indispensável pois há vários tipos de mosquito no caminho todo.

 

. Os campings que utilizamos foram:

.. em Barra do Ararapira: Camping das Palmeiras - chão de areia (sem grama), um único banheiro, banho quente, R$8 por pessoa

.. na Praia Deserta: Camping da Dona Rosa - chão de areia, vários banheiros, banho frio, R$15 por pessoa

.. na vila de Superagui: Camping do Pocidônio - gramado bem grande, vários banheiros, algumas duchas e apenas um chuveiro quente, R$10 por pessoa

 

Rafael Santiago

fevereiro/2013

 

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Travessia marcada na imagem do Google Earth

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  • Membros de Honra

Parabens pela pernada, mas fica aqui uma sugestao pra proxima empreitada: fazer o trecho restante da ilha, do vilarejo de Maruja ate o Nucleo Perequê, pela praia e costao rochoso, no outro extremo da Ilha do Cardoso. E no sentido contrario, Cananeia-Marujá, por ser melhor em termos logisticos. É um techo bem diferente (paisagisticametne falando) do resto da travessia, e mais perrengueiro tb devido as marés. Do naipe marromenos da Travesia da Jureia, da qual alias nao dista mto. Se td correr bem esse trecho demanda de dia e meio a dois dias a mais de pernada.

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  • Membros de Honra

Olá Rafael!

 

 

Belíssimo relato! Como sempre informativo, ilustrado e preciso! ::otemo::::otemo::::otemo::

 

Meu caro, foi um grande prazer ter você e a Débora conosco nessa empreitada. Que seja a primeira de muitas outras que virão!

 

A minha versão desta caminhada deve sair mais pro fim dessa semana, já que a correria aqui anda grande...

 

 

 

Parabens pela pernada, mas fica aqui uma sugestao pra proxima empreitada: fazer o trecho restante da ilha, do vilarejo de Maruja ate o Nucleo Perequê, pela praia e costao rochoso, no outro extremo da Ilha do Cardoso. E no sentido contrario, Cananeia-Marujá, por ser melhor em termos logisticos. É um techo bem diferente (paisagisticametne falando) do resto da travessia, e mais perrengueiro tb devido as marés. Do naipe marromenos da Travesia da Jureia, da qual alias nao dista mto. Se td correr bem esse trecho demanda de dia e meio a dois dias a mais de pernada.

 

Olá Jorge!

 

Até cogitei esta ideia para esta pernada, mas com apenas 4 dias, sendo 2 deles "parciais" devido aos compromissos profissionais e à logística de transporte dos companheiros de SP e alguns aqui de Curitiba, seria impraticável. Fica sim anotada para uma próxima caminhada, quem sabe desta feita partindo de Cananéia, costeando a área norte e nordeste da Ilha do Cardoso, passando (longe) do Marujá e seguindo até o Pontal do Leste para cruzar o canal para a Vila de Ararapira Velha (cidade fantasma) e terminando no Ariri ou Guaraqueçaba, outro roteirinho fácil de fazer em 4 dias.

 

O que cogitávamos fazer e que acabou não acontecendo foi atravessar de Superagui para a Ilha das Peças e contornar sua área sul até a Vila das Peças, pernadinha de uns 11 Km, seja por conta do pelotão dos "feridos" (eu, Evelyn, Matias) seja por conta dos "trabalhadores incansáveis" que teriam que estar de no trampo já na quarta-feira de cinzas, conjugado à outros fatores, como horários dos barcos de retorno à Paranaguá e de lá a logística, nem sempre fácil, de retorno a Curitiba.

 

Abraços!

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  • Membros de Honra
Show de bola!!! Pena que não pude ir, vamos ver se na próxima dá certo.

Teve até polenta campeira, serviço completo!!! ::otemo::

 

Olá Otávio!

 

É companheiro, logo tu, que queria tanto ir e vinha me "atiçando".

E viu no que deu querer inventar variação no cardápio... O que era para ser um macarrão à bolonhesa cabou virando um leitão à pururuca... ::lol3::::lol4::

 

Abraço!

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Show de bola!!! Pena que não pude ir, vamos ver se na próxima dá certo.

Teve até polenta campeira, serviço completo!!! ::otemo::

 

Olá Otávio!

 

É companheiro, logo tu, que queria tanto ir e vinha me "atiçando".

E viu no que deu querer inventar variação no cardápio... O que era para ser um macarrão à bolonhesa cabou virando um leitão à pururuca... ::lol3::::lol4::

 

Abraço!

Pô, sacanagem... ::lol4::

Pois é, eu que tanto aticei essea travessia acabei pulando fora aos 45min do segundo tempo.

Mas há males que vem pra bem... :wink:

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  • Membros de Honra

Getúlio, nós que agradecemos o convite, a acolhida e a amizade de vocês todos. Com certeza virão muitos perrengues e belas paisagens aí pela frente. Quem mandou nos convidar... agora aguenta! :lol:

Aguardamos a sua versão para essa nossa primeira pernada.

 

Jorge, realmente a sua sugestão havia sido cogitada, mas por vários fatores (já expostos pelo Getúlio) optamos pela versão light da pernada. Mas o lugar é muito "feio e chato", sabe (rsrs), e faremos o sacrifício de voltar lá um outro dia para uma versão mais selvagem e aventureira. Valeu!

 

Otávio, que é isso, "vamos ver se na próxima dá certo"... Nada disso, você tem que ser personagem da próxima roubada, nada de sair de mansinho! :wink:

Leitão à pururuca... ::lol4::

 

Abraços a todos

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