Ir para conteúdo

Travessia Mucugê x Igatu x Andaraí - Chapada Diamantina (Parte 2)


Posts Recomendados

  • Membros

Chapada Diamantina

 

Segunda parte da aventura solo pela Chapada Diamantina, realizada entre os dias 7 de janeiro e 10 de fevereiro de 2011. A navegação das trilhas foi feita utilizando apenas o mapa “trilhas e caminhos” e bússola.

 

Link para a parte 1: circuito-fumacinha-cachoeira-do-buracao-chapada-diamantina-parte-1-t54637.html

 

 

Dia 9: De volta a Mucugê.

 

Domingo pela manhã fui até a praça de cidade, onde acontecia a famosa Feira de Cascavel, tomei um delicioso café da manhã, com pastéis e caldo de cana fresquinhos. Depois disso, fiquei andando pela feira até o horário do ônibus, vi algumas coisas curiosas, como a forma que eles vendem carnes, como se estivessem vendendo roupas ou frutas, espalhadas e penduradas pela barraca.

 

Meu ônibus estava marcado para ~11:30h, mas atrasou quase 1h. Com isso, cheguei em Mucugê já no meio da tarde. Fui direto ao hotel do Sr. Gordinho e me instalei por lá. Pra tentar salvar o dia, decidi ir até o projeto Sempre Viva, lá eu poderia visitar as cachoeiras Piabinha, Tiburtino, Funil e Andorinhas. Informaram-me que não existia trilhas, então fui pelo asfalto mesmo, 5km desagradáveis quase sendo atropelado, já que não tem acostamento, cheguei por volta de 15:30h. Enquanto passava pelo estacionamento, fui “abordado” por uma das monitoras, que já me avisou sobre a taxa de R$ 10,00, achei justo, já que visitaria vários atrativos, no entanto, segundo ela, não poderia visitar as cachoeiras Funis e Andorinhas, sendo necessário a contratação de um guia. A trilha entre a Tiburtino e a funil tem certa de 4,5km, e é no mesmo rio, não tem a menor necessidade de um guia para tal. Achei que não valia a pena, e como já era quase 16h, decidi deixar para o outro dia e visitar todas as cachoeiras com calma.

 

De volta a cidade, fiquei por lá visitando as lojas de artesanato e colhendo informações para o dia seguinte. Mucugê é de longe a cidade mais bonita que visitei na chapada, tudo muito bem preservado, organizado e limpo, sem contar que lá é super fresco, devido a altitude, chegando até fazer um friozinho durante a noite.

 

A noite fui até o cemitério “Bizantino”, que fica um pouco isolado da cidade, aos pés do morro do Cruzeiro. Realmente é muito interessante, todos aqueles túmulos brancos em formato de pequenas igrejas. Sem contar o belo efeito que a iluminação produz. Segundo moradores locais, o cemitério foi criado devido a um surto de cólera no qual morreram várias pessoas. Naquela época não era “permitido” enterrar fora da igreja, no entanto, não cabiam todos dentro dela. Na impossibilidade de construir igrejas a tempo, fizeram os túmulos em formato de pequenas igrejas, resolvendo assim o impasse.

 

Cemitério_Bizantino_de_Mucugê,_BA.jpg

Cemitério Bizantino em Mucugê / Foto: Jardelsliumba - Wikimedia Commons

 

Dia 10: Cachoeiras do rio Cumbuca

 

No dia anterior havia me informado sobre uma trilha que chegaria direto na cachoeira do Funil, e a partir de lá poderia conhecer as outras cachus. Após tomar o café da manhã e preparar um lanche para a trilha, segui para o sul da cidade, onde inicia uma estrada de terra, do outro lado do asfalto. Andei alguns minutos pela estrada e logo cheguei a uma bifurcação em “T”, a direita, a qual entrei. A estrada inicial segue quase paralela ao rio Mucugê, e ao seguir perpendicularmente a ela, já se inicia a subida da serra do Cardoso. Essa trilha possui várias bifurcações, provavelmente acesso aos vários garimpos da serra. Segui a trilha mais batida, a qual apresentava o rastro de um cavalo. Já do outro lado da serra, observei rochas curiosas, em formatos cúbicos, parecendo um conjunto de dados. Por volta de 10h cheguei a cachoeira do Funil.

 

Antes mesmo de ver a cachoeira, tive a “brilhante” idéia de tentar chegar até cachoeira do Cardoso. Segundo o mapa, o acesso a essa cachoeira é seguindo a estrada inicial até o fim, pra então pegar uma trilha que leva até a cachoeira. Mas como sempre, dei um jeito de complicar, e fui procurar a tal cachoeira partir daquele ponto. Foi um vara-mato terrível, sem o menor rastro de trilha, troquei de margens algumas vezes, mas sem nenhuma melhora. Sempre muito lento e com o sol fritando os miolos. Depois de certo ponto, resolvi me distanciar do rio pela esquerda, subindo um morrote a procura de uma vegetação mais baixa, nesse trecho teve várias escalaminhadas, já que é o terreno é rochoso e cheio de fendas. Foi aí que comecei a me deparar com teias de aranhas gigantes, com fios espessos e medindo vários metros. Vinham do topo das árvores fazendo uma espécie de “tenda”. A principio não vi nenhuma aranha, mas também não toquei nos fios, apenas segui admirado sem muita preocupação.

 

 

Quando atingi o topo do morrote, pude ver uma vasta região a frente, era tudo muito plano e não tinha sinal de cachoeira. Já passava das 12h, e eu ainda tinha q voltar até a Funil e descer o rio conhecendo as outras cachoeiras. Devido à escassez de tempo, decidi abortar a caça a cachoeira. Na volta passei meio apressado pelas aranhas, e ao puxar um daqueles “barbantes”, vi um ninho com dezenas delas, todas agitadas e começando a se espalhar, cada uma com uns 5cm só de “corpo”. Acho que eram os filhotes, mas não fiquei para dizer “oi” para a mãe, hahahah. Enfim, segui mais distante do rio, procurando um caminho mais fácil. Depois de algum tempo, acabei interceptando uma trilha que curiosamente possuíam pegadas do cavalo. A trilha me levou a um ponto próximo a cachoeira da Funil, mas do outro lado do rio, era a continuação da trilha que eu tinha seguido.

 

A partir desse ponto, segui descendo o rio, passando pela região das “sete quedas”, e chegando na cachoeira Andorinhas, onde fiz uma pequena parada antes de seguir pra Tiburtino. Dessas três cachoeiras citadas, achei a Andorinhas a mais bonita, enquanto a Tiburtino praticamente não tem queda, mas um excelente poço. Ainda tinha a Piabinha, mas me disseram que era menos interessante, e acabei passando o resto da tarde relaxando no Poção da Tiburtino, afinal, tinha andado o dia todo. Voltei por uma trilha “alternativa”, que deve-se ficar atento, devido as diversas bifurcações.

Enquanto voltava para a cidade, notei um problema sério que ameaçava o reto da trip: minha bota estava descolando na lateral. De fato, era uma bota antiga usada exaustivamente em outras travessias, mas achei que agüentaria essa última, já que iria aposentá-la em seguida. Chegando em Mucugê, me informei sobre os sapateiros da cidade, mas como já era noite, deixei para o dia seguinte.

 

Dia 11: O dia dos sapateiros.

 

Existem dois sapateiros na cidade, o primeiro eu só encontrei depois do almoço, queria que ele colasse e costurasse a bota, mas ele disse que “não era possível” costurar, então ele apenas colou, e ainda disse: “só não pode molhar”. Como não? Pra não molhar, só se eu não usasse. Então fui atrás do segundo sapateiro (Sr Mizael), esse sim fez um bom serviço, costurou ao redor das botas, exceto os bicos, salvando a trip.

 

Resolvido o problema da bota, preparei a mochila e fui para a saída da cidade, afim de conseguir uma carona até o início da trilha para Igatu. Poderia ir a pé, mas eram cerca de 11km naquele asfalto perigoso. Já era fim da tarde, e praticamente não tinha movimento na estrada, então fui para o posto de gasolina, no outro lado da cidade. Chegando lá, vi que os caminhoneiros estavam todos estacionando por lá para passar a noite, e sairiam no outro dia bem cedo, o que eram boas possibilidades de carona.

O legal desse posto, é que ele tem uma certa estrutura para os caminhoneiros, com chuveiros e bebedor com água gelada, além disso, tem um área com arvores. Bem... acabei acampando por lá mesmo, hahahah.

 

Dia 12: Mucugê x Igatu

 

Acordei super cedo, esperei a lanchonete do posto abrir e tomei café. Depois disso, comecei a saga da carona, só que todo mundo tava indo na direção contrária do que eu queria. Fiquei na Br em frente o posto um bom tempo, até que de repente aparece a polícia, me acharam suspeito, me perguntaram se possuía armas ou drogas, disse que não, e eles pediram pra ver o que tinha na mochila. Essa parte foi chata, tirei tudo que tinha na mochila e fui mostrando a eles com a maior calma. Apesar de olhar a mochila, não me revistaram. Enfim, por volta de 9:30h consegui a tal carona.

 

O primeiro trecho são 2,5km de uma estradinha antiga, até a cascalheira. A partir de lá, inicia-se a trilha de cerca de 6km, a qual é bem batida e ampla. No caminho, fiz um desvio até a cachoeira do Vitorino, que apesar de bonita, estava com pouca água. Já quase chegando em Igatu, fui a procura da cachoeira dos Pombos. Encontrei sim uma cachoeira, que mais tarde descobri que era a do Ribeirão do Meio. Como ainda era 13:30h, almocei por lá e aproveitei o chuveirão da cachu pra me refrescar.

 

Cheguei em Igatu às 15:40h, e já veio um senhor me chamando de Mário, mas logo notou a confusão. Segundo ele, esse tal de “Mário” saiu pra fazer uma trilha e ainda não tinha voltado. Fui dar uma olhada nos campings, tem dois, um “5 estrelas” (R$ 30,00) e outro mais simples (R$ 10,00), enquanto olhava esse segundo, o dono do camping comentou que não via um dos campistas há uns dois dias. Como ainda dava tempo, fui até a toca do Badega, na região mais alta da cidade.

 

Para se visitar a “gruma”, paga-se uma taxa de R$ 5,00, e o passeio é um tour pelos salões, com direito a nadar no lago que fica logo na entrada. O interior da gruma é bem grande, e possui vários bonecos de barro representando os coronéis da época do garimpo. Eu achei muito sinistro aqueles bonecos iluminados a luz de velas naquela escuridão toda. E pra quem gosta de história, conversar com Sr Badega é um prato cheio, já que ele viveu a vida toda naquela região. Quando saí de lá já estava escurecendo, acabei acampando lá por perto mesmo.

 

Dia 13: Igatu x Andaraí

 

Acordei bem cedo e desci para a vila a procura de um café, mas tudo ainda estava fechado. Então resolvi ir até as ruínas, no caminho passei pela igreja e pelo cemitério bizantino. Enquanto batia algumas fotos do cemitério, um senhor veio até a mim perguntando se eu era fotógrafo, disse que não, apenas um turista comum. Mas ainda assim ele me pediu para bater uma foto dele em frente a “sua igreja”, ele disse que queria uma lembrança. Depois disso ele me mostrou o túmulo onde estão enterrados seus pais e filho, e ainda me contou algumas histórias. Ainda quero enviar a foto de presente.

 

Quando voltei para a praça, a surpresa, estava ocorrendo uma confraternização com café da manhã para todos, com os mais diversos tipos de comida, e claro, não faltou os beijus e cuscus, comida típica da região. Depois de me fartar naquele delicioso banquete, voltei até a toca do Badega, onde encontrei o mesmo, que conversava com um outro rapaz sobre o homem desaparecido. Desmontei a barraca, arrumei a mochila e peguei a trilha para a famosa Rampa de Caim.

 

O início da trilha é atrás do campinho de futebol, mas deve-se ter atenção para não seguir na direção errada, já que tem outras trilhas por lá. Uma vez na trilha, só existe uma bifurcação, em “Y”, que fica a 3km do início e deve-se pegar a direita, além disso, basta seguir a noroeste que não tem erro. Iniciei a trilha por voltas das 9:30h, no caminho passei em várias tocas de garimpo, e quando eu cheguei na bifurcação, quem eu encontro? Mario, que estava desaparecido há 3 dias. Ele abriu os braços e com uma voz até trêmula, disse: “que bom te ver por aqui, achei que nunca mais iria ver alguém”. Ele tava emocionado, e realmente achou que ali seria o seu fim. Apesar de tudo, ele parecia bem. Como ele estava sobre a trilha, imaginei que estava tudo certo, era só ele voltar, foi aí que ele disse que já tinha voltado pela trilha e não tinha conseguido chegar a Igatu. Bem, pra mim, a trilha era batida, e só existia uma bifurcação, mas como ele errou em algum ponto, não vi outra opção a não ser levá-lo até a vila. Joguei a cargueira no chão e voltei os 3 km, deixando-o próximo ao campo.

 

Após voltar até a mochila (só aí foram mais 6km de brinde), segui a diante, rampa acima. Enquanto caminhava não parava de pensar no motivo daquela trilha se chamar “rampa”, já que era uma trilha comum, com sobe e desce e curvas, e nada tinha a ver com uma rampa. No último trecho da trilha é que tudo foi explicado, lá existe uma pequena rampa, além de um pequeno lago artificial, ambos eram usados no garimpo, pelo tal de Caim. Depois do lago, finalmente cheguei ao mirante, que é um lugar incrível, com um visual de encher os olhos, de onde é possível observar o vale rio Paraguaçu e o "fim" do vale do rio Pati.

 

Após curtir o visual e fazer um lanche, dei início a parte pauleira da travessia. Normalmente são feitos bate-e-volta na rampa, mas minha intenção era descer até o Paraguaçu e seguir até a toca do morcego, chegando enfim, a Andaraí.

 

O primeiro desafio foi vencer o desnível de ~600m, entre o mirante e o colo do rio, é uma piramba de respeito, forçando muito os joelhos, ainda mais com a cargueira pesada nas costas. Cheguei ao rio as 13:30h, e a partir desse ponto segui por ele, pulando pedra em alguns trechos e por trilhas nas margens em outros. Uma coisa que me deixou intrigado é que o rio é extremamente largo, além de ter pedras gigantes no seu leito, no entanto, o pouquíssimo volume de água não justificava tudo aquilo. Foi aí que consultei o mapa e encontrei a explicação, o Paraguaçu é um dos maiores rio da região, e sua bacia hidrográfica tem milhares de km¬2, se chover por alguns dias seguidos o volume de água aumentaria dezenas de vezes, o que explicaria um leito daquele porte.

 

Andar pelo Paraguaçu não foi fácil, já que é muito desgastante subir e descer dezenas de pedras gingantes, sem contar as trilhas laterais, que me faziam subir quase em linha reta, como se estivesse indo para céu, e depois descer tudo de novo voltando pro rio. No caminho vi um acampamento de garimpo com barracas de lona, coisa recente, mas por precaução, não me aproximei. As 17:15h cheguei a cachoeira Donana, que fica ao lado da Toca do Morcego, finalizando a trilha. Passando pela toca, tomei uma coca gelada e caminhei mais 3km de asfalto até Andaraí.

 

Eu não sei exatamente o que aconteceu, mas definitivamente esse foi o dia mais cansativo de toda a viagem. Chegando em Andaraí, me hospedei no Hotel Santa Izabel, lugar super simples com bom preço (R$ 15,00). Estava com fome e doido pra tomar um banho, no entanto, sentei na recepção e fiquei lá, sem me mover, parecendo um zumbi, totalmente atordoado.

 

Dia 14: Cachoeira do Ramalho

 

Segundo informações, umas das cachoeiras mais interessante de Andaraí é a Ramalho, por isso, tirei o dia pra ir a sua procura. Pela manhã fui a padaria tomar café, mas não tinha café, então fui na outra, que tinha café mas não tinha pão. Voltei para o hotel, indignado, e acabei tomando café por lá mesmo. Após o café, iniciei a saga de encontrar o início da trilha, e depois de perguntar a mais de 10 pessoas e seguir por alguns lugares errados, cheguei a estradinha onde da acesso ao início da trilha.

 

Já passavam das 10h, e no caminho encontrei um senhor que me informou que para chegar a cachoeira, deveria seguir pulando pedra rio acima. Depois de um pequeno trecho de trilha, cheguei ao rio. Para evitar pular pedra, tive mais uma das minhas “brilhantes” idéias, e resolvi subir o morro a esquerda, evitando o rio. O que eu não sabia era que esse trecho é cheio de fendas enormes, além de uma floresta de xiquexiques e canelas de ema. Depois de ver a furada que tinha me metido, voltei e peguei a trilha, que ao contrário do que me disseram, é toda pela margem.

 

As 12:30h cheguei na cachoeira, que é muito bonina, e vale muito a pena. Lá encontrei um casal acompanhado de um guia, mas que logo foram embora. Fiquei um bom tempo por lá apreciando o lugar e relaxando, apenas com o belo som da água escorregando pelas pedras. Depois voltei pela trilha, dessa vez sem contratempos, chegando ao centro em menos de 1 hora e meia. Passei o resto da tarde fazendo compras para abastecer a mochila, já que no dia seguinte pretendia ir para Lençóis, via estrada do garimpo.

 

Dia 15: Dia perdido...

 

Durante a noite fez um pouco de calor, e acabei dormindo com o ventilador ligado. Acordei resfriado, com a cabeça doendo. Além disso, meu intestino estava um tanto “indisposto” e o tempo estava fechado com chuva iminente. Ainda assim, pretendia seguir com o planejado. Mas as meninas que trabalhavam no hotel me fizeram um chá com limão, mel e folhas de acerola. Pensei melhor e decidi tirar uma folga, para que o chá fizesse efeito. Fazer a trilha naquelas condições poderia piorar o meu estado, comprometendo o resto da trip. Então fui de ônibus para Lençóis, para isso fui de ônibus até Tanquinho, e de lá dividi um “táxi” até Lençóis. Cheguei lá no meio da tarde, procurei um camping e passei o resto da tarde conhecendo a cidade e escolhendo a trilha do dia seguinte.

 

 

Link para a parte 3: circuito-mixila-x-xxi-cachus-de-lencois-chapada-diamantina-parte-3-t56238.html

 

Antonio Junior

Editado por Visitante
Link para o comentário
Compartilhar em outros sites

  • Membros de Honra

Aê Antonioooooo!!!

 

 

Esse relato foi mais light, nem senti palpitações ::mmm: ...kkkkk

Bateu a maior saudade destas terras da Chapada Diamantina...

 

Tô aqui imaginando a cena de vc voltando com o desaparecido Mário...rsrsrsrs o título do capítulo poderia ser "O Resgate do Soldado Mário" huahauhaua.. brincadeirinha! rs

 

o que eu mais acho bacana no seu estilo de viagem é pioneirismo, desbravar na raça sem guia não é pra qq um... e ainda mais lá na Chapada com todo mundo querendo levar "uma ponta $$$$", a represália por tentar ir sozinho(SEM GUIA) sempre esbarra em má vontade, dicas erradas e com direito a cartel de guias e tudo mais. Não tenho nada contra os guias, aliás tenho muito a favor deles!!! só não tenho a grana alta que eles querem e tb gosto de ficar "de boa" o tanto de tempo que eu quiser em determinado local - Liberdade!

 

Parabéns pela trip! pelo q li vc conheceu mesmo a essência da coisa, inclusive as partes ruins ... tem pão mas não tem café, tem café mas o pão acabo... hehheheeheheheheh(que faz parte... ::lol4:: )

 

Tenho "namorado" muito este estilo solo e em breve vou me lançar (ai Meu Deus, espero ter coragem!)

 

abraços!!!!

 

PS: (tem mais parte III né????)

Link para o comentário
Compartilhar em outros sites

  • Membros

Olá Antonio...

Gostei muito dos seus relatos, parabéns!

Realmente foi muita atitude sua fazer tudo isso sem guia. De fato, algumas trilhas (como aquelas do P. Sempre-Viva) não necessitam mesmo de guia pois são trilhas simples que acompanham o leito do rio (mas acho também que a obrigatoriedade do guia nesse caso se deve aos cuidados COM a trilha), mas outras como a Fumacinha, por exemplo, é preciso um bom senso de orientação pra não se perder. Você andou muito bem! (A Fumacinha está no mapa da Trilhas & Caminhos?).

Gostei muito também do estilo 'solo' das trips. Eu ainda tenho cultivar coragem pra fazer trekkings longos nesse estilo.

 

Já espero pelos próximos relatos.

Abs

 

Márcio - www.guiavaledopati.blogspot.com

::otemo::

Link para o comentário
Compartilhar em outros sites

  • Membros
Aê Antonioooooo!!!

 

 

Esse relato foi mais light, nem senti palpitações ::mmm: ...kkkkk

Bateu a maior saudade destas terras da Chapada Diamantina...

 

Tô aqui imaginando a cena de vc voltando com o desaparecido Mário...rsrsrsrs o título do capítulo poderia ser "O Resgate do Soldado Mário" huahauhaua.. brincadeirinha! rs

 

o que eu mais acho bacana no seu estilo de viagem é pioneirismo, desbravar na raça sem guia não é pra qq um... e ainda mais lá na Chapada com todo mundo querendo levar "uma ponta $$$$", a represália por tentar ir sozinho(SEM GUIA) sempre esbarra em má vontade, dicas erradas e com direito a cartel de guias e tudo mais. Não tenho nada contra os guias, aliás tenho muito a favor deles!!! só não tenho a grana alta que eles querem e tb gosto de ficar "de boa" o tanto de tempo que eu quiser em determinado local - Liberdade!

 

Parabéns pela trip! pelo q li vc conheceu mesmo a essência da coisa, inclusive as partes ruins ... tem pão mas não tem café, tem café mas o pão acabo... hehheheeheheheheh(que faz parte... ::lol4:: )

 

Tenho "namorado" muito este estilo solo e em breve vou me lançar (ai Meu Deus, espero ter coragem!)

 

abraços!!!!

 

PS: (tem mais parte III né????)

 

hahaha, pois é, como eu falei na primeira parte, esse é o mais light.

 

Vc tinha que ver a cara do Mário quando me viu, uma felicidade só.

 

Eu já sabia sobre essa questão dos guias, então já cheguei "vacinado". 95% das pessoas que eu pedi informação me disseram que era perigoso e q ficaria perdido.

Mas acho q casos como esse do Mário acabam justificando essa idéia de perigo. Eu tb não gosto de andar acompanhado de guias, e prezo muito a total liberdade, inclusive de mudar o destino ou caminho no meio da trilha, como eu fiz quando cheguei em Igatu.

 

Quanto a "essência da coisa", tem muitos detalhes que ficam debaixo do tapete, e os turistas não ficam sabendo.

um exemplo é a entrada pra Ibicoara, onde peguei carona. quando eu cheguei em ibicoara fiquei sabendo q lá ocorria muitos assaltos.

e quando estava esperando ônibus pra Cascavél, conversando com um outro morador, descobri q os assaltos são feitos em sua maioria por uma unica gangue,

que são conhecidos por serem extremamente ruins, além de assaltar ainda espancam a vítima podendo até matar gratuitamente.

No entanto, o "bope" da bahia (não lembro a sigla) havia capturado e exterminado boa parte dos membro alguns dias antes.

Enfim, de qualquer forma fica a dica, não fique dando sopa na entrada de ibicoara, vc pode levar um tiro só pra verem vc cair. (depois vou incluir isso no relato)

 

Vc tava falando de liberdade na trilha, mas a liberdade absoluta vc só tem quando se trilha solo. Além de ser uma experiência incrível, resolve aquele velho problema de falta de companhia. Mas é claro que junto com a liberdade vem um risco enorme, independente da experiência que vc tenha sempre estará exposto. Tenho certeza que algum dia eu ainda vou me dar mal, hahahaha

 

ahh, em breve, parte 3.

 

abraços

Link para o comentário
Compartilhar em outros sites

  • Membros
Olá Antonio...

Gostei muito dos seus relatos, parabéns!

Realmente foi muita atitude sua fazer tudo isso sem guia. De fato, algumas trilhas (como aquelas do P. Sempre-Viva) não necessitam mesmo de guia pois são trilhas simples que acompanham o leito do rio (mas acho também que a obrigatoriedade do guia nesse caso se deve aos cuidados COM a trilha), mas outras como a Fumacinha, por exemplo, é preciso um bom senso de orientação pra não se perder. Você andou muito bem! (A Fumacinha está no mapa da Trilhas & Caminhos?).

Gostei muito também do estilo 'solo' das trips. Eu ainda tenho cultivar coragem pra fazer trekkings longos nesse estilo.

 

Já espero pelos próximos relatos.

Abs

 

Márcio - www.guiavaledopati.blogspot.com

::otemo::

 

Obrigado, Marcio.

 

A trilha tradicional da fumacinha está no mapa sim, que foi por onde eu voltei.

Quando der faça uma trilha solo, basta dar o primeiro passo para abrir essa nova janela de possibilidades.

 

abraços

Link para o comentário
Compartilhar em outros sites

  • 2 semanas depois...
  • Membros de Honra

Parabéns Ant! Este é o espírito!

 

A maioria das minhas trilhas fiz sozinho. O pessoal tem que desencanar do medo de trilhar sozinho, muitas vezes cultivado por agências e guias. Com preparo e fazendo as coisas gradualmente é normalmente mais tranquilo que andar numa cidade grande.

 

Abs, peter

Link para o comentário
Compartilhar em outros sites

  • 2 meses depois...
  • Membros

Brito_58, na verdade foi no rio Cumbucas, em Mucugê.

Acredito que tenha em toda a região, mas se vc quiser ir ao local "exato" onde eu as encontrei, terá que ir até a cachoeira do Funil e depois subir o rio pela margem a sua esquerda, distante uns 20 ou 30m. Chegar na cachoeira do Funil é fácil, vc pode comprar um mapa ou contratar algum guia por lá msm. Mas já vou avisando que passar por aí não é muito simples, é muito vara mato, além de várias fendas que atrapalham um pouco.

 

boa caminhada

abraços

Link para o comentário
Compartilhar em outros sites

  • 4 meses depois...
  • Membros

Estou programando um roteiro para fazer nas cidades de Ibicoara e Mucugê já q terei q ir à Ibicoara dia 15/01/2012. Adorei esse seu roteiro, mas n tenho coragem de fazer sozinha, gostaria de contratar um guia, vc sabe me dizer se lá tem associação ou conhece algum (minha grana está curta). Como n tenho carro e nem sei dirigir (antes q alguém me proponha alugar um hehehe) esse relato se encaixou bem às minhas possibilidade. Se eu for mesmo fazer esse roteiro, farei igual a vc: andando por asfalto e por terra. hahaha

Link para o comentário
Compartilhar em outros sites

  • Membros

Lycia, lá em ibicoara tem duas associações de guias, e seus preços são tabelados.

Como o Buracão e a Fumacinha são distantes, vc ainda tem que conseguir transporte.

Nesse caso, pode tentar fazer como eu fiz, e ir junto com algum grupo. Além disso, alguns guias tem motos, facilitando combinar o transporte.

Em Mucugê tem algumas agências tb, não é difícil conseguir guia, e os guias não precisam ser registrados

em associação, fica mais fácil visitar tudo.

 

abraços

Link para o comentário
Compartilhar em outros sites

Participe da conversa

Você pode postar agora e se cadastrar mais tarde. Se você tem uma conta, faça o login para postar com sua conta.

Visitante
Responder

×   Você colou conteúdo com formatação.   Remover formatação

  Apenas 75 emojis são permitidos.

×   Seu link foi automaticamente incorporado.   Mostrar como link

×   Seu conteúdo anterior foi restaurado.   Limpar o editor

×   Não é possível colar imagens diretamente. Carregar ou inserir imagens do URL.

×
×
  • Criar Novo...