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  1. kkkk sensacionalista esse título heim? Mas é a pura verdade conforme vocês verão mais a frente . Vamos lá... Diferente de todas as outras viagens, essa não foi planejada por mim, e sim por um amigo que amo odiar, Fernando Luiz. Então não esperem celeridade da escrita, afinal dependerei da memória dele, bem como da nossa terceira companheira de viagem, a Ana Paula. Ambos eram marinheiros de primeira viagem, nunca haviam pisado fora do território tupiniquim e confiaram na minha "vasta" experiência para realizar essa viagem , tadinhos. Definimos o mês de novembro para viagem, início da alta estação. Ou seja, clima bom, preços ainda acessíveis e sem aquela invasão de corpos pálidos desfilando pelas praias rs. De modo geral a previsão esteve ao nosso favor, tirando o fato de ter pegado chuva em Moçambique com direito a tornadinho na Praia do Tofo. Ficamos um total de 20 dias, divididos da seguinte forma: 14/11- Embarque Salvador x Guarulhos x Luanda 15/11- Embarque Luanda x Cidade do Cabo - Cidade do Cabo 16/11- Cidade do Cabo 17/11- Cidade do Cabo 18/11- Gangsbai - Embarque Cidade do Cabo x Joanesburgo ... a partir daqui foi onde a porra começou a desandar e o nosso roteiro cuidadosamente planejado foi lançado nas asas do destino. Então se eu fiquei sem saber o meu futuro, pq deveria adiantar isso pra vcs???? kkkkkkkk PREPARATIVOS - PASSAGENS AÉREAS Compramos os voos de Guarulhos até a Cidade do Cabo, retornando por Joanesburgo, pela TAAG, empresa aérea angolana. Analisamos por um longo período os preços das passagens e percebemos que o valor só variava de acordo com o dólar. 3 meses antes da viagem batemos o martelo e a compra foi feita através do whatsapp fornecido no site da TAAG, muito seguro, afinal de contas a reserva era feita por esse meio mas o pagamento foi via PAYPAL. *Informação importante: no site da TAAG vc só consegue comprar à vista, para parcelar em até 4 vezes com juros de 5% é necessário fazer a reserva por telefone ou whatsapp. Logo em seguida foi a vez do voo interno, Cidade do Cabo x Joanesburgo. A companhia escolhida foi a FLYSAFAIR (ou ônibus de asas como foi carinhosamente apelidada por nós), companhia low cost sul-africana com base em Joanesburgo. Apenas uma mala de 7 Kg e dimensões de até 56x36x23 cm^3 está inclusa no valor da passagem. Paga-se mais para comer, para despachar mala, para marcar assento, para respirar ar limpo rs... Como vcs podem observar, não fizemos a famosa Garden Route, ao nosso ver seria muito chão pra pouca atração, mas isso é uma decisão muito pessoal. Não digo que foi a melhor nem a pior decisão, foi apenas uma escolha. Por último mas não menos importante vem a passagem de Salvador para Guarulhos. Essa foi comprada pela LATAM. Custos: Passagem aérea GRU x Cidade do Cabo / Joanesburgo x GRU: R$1.792,64 Passagem aérea Cidade do Cabo x Joanesburgo: 936,00 rands Passagem aérea SSA x GRU: R$269,80 Passagem aérea GRU x SSA: R$209,58 (mais 2200 pontos multiplus) CURIOSIDADES (OU NÃO ) - Money (que é good nós não have) Levamos a grana toda em dólar. Cerca de 1800 doletas para cada, escondidas por todos os lugares. Esse valor foi o suficiente para toda a viagem com sobra pra perder ou ser furtada (não sei ao certo o que aconteceu no meu caso). Ainda retornei com 500 dólares no bolso. Dos 1800 levados, 1100 dólares foram trocados por rands, moeda usada tanto na África do Sul quanto na Suazilândia. E 200 dólares foram trocados por metical, moeda oficial de Moçambique. Cartão de crédito usei pouquíssimas vezes para tentar fujir do IOF e da flutuação do dólar. Porém observei que é uma forma de pagamento amplamente aceito, pelo menos na África do Sul. Durante o planejamento da viagem criei um grupo no whatsapp de mochileiros que fui coletando o telefone por aqui. Através desse grupo conhecemos o famoso OMAR. Genteeee OMAR é tudo de bom e merece um parêntese aqui ( Quem é OMAR ou o que é OMAR? Não sei bem responder... Mas diria que trata-se de uma lenda rs. De tanto ouvir as vantagens de fazer negócio com ele resolvemos procurá-lo. O engraçado ou desesperador foi a forma com que fomos recepcionados. Claro que foi mais coisa da nossa cabeça de tanto assitir filme de gângster. A loja do OMAR, fica nos fundos de uma loja de celulares. Chegamos na loja e já mandamos um "we need to talk to Omar". O balconista nos apontou uma grade aos fundos da loja. Mas não era apenas uma simples grade e sim uma dupla. Daquelas que alguém aciona a primeira vc entra, fica enjaulado, e logo em seguida a segunda é acionada. Adrenalina já a mil! Encontramos Omar sentado com mais 4 homens sério em volta dele. Nos apresentamos e fomos conduzidos para a sala do chefão, mais grade. Lá sentamos e começamos a fazer o câmbio. Tudo muito tranquilo. Omar fala português. O câmbio com ele é extremamente vantajoso, creio que economizei cerca de 300 reais. Caso alguém queira o contato só avisar que passo no privado. ) Então... Nosso câmbio ficou de 14,5 rands para cada dólar americano. E 1 real equivalia a aproximadamente 4 rands. A moeda da Suazilândia é equivalente ao rands. Não precisa fazer a conversão por lá. Todos os lugares aceitam rands. As vezes o troco é dado em Suazi. A moeda de Moçambique é o metical. 1 dólar equivale a 60 meticais. E cada real equivalia a aproximadamente 18 metical. Resumo: 1 USD = 14,5 rands = 14,5 suazi = 60 metical 1BRL = 4 rands = 4 suazi = 18 metical - Idioma Dessa vez não tive problemas com o idioma . Não pq aprendi inglês de uma hora pro outra e sim pq durante a estadia na África do Sul e Suazilândia tinha meu Friend Translator (Fernando). Já em Moçambique pude gastar todo o meu português, era compreendida perfeitamente. - Documentos Passaporte e o Certificado internacional de Febre amarela são obrigatórios. A PID - Permissão Internacional para Dirigir é meio polêmica. Pq? Bem... Se vc for dirigir apenas na África do Sul a PID não é exigida, isso por conta da Convenção de Viena de 1968 que permite dirigir por aquelas bandas por até 180 dias apenas portando a CNH válida. Já se vc inventar de dirigir na Suazilândia e Moçambique o buraco é mais embaixo. Esses dois países não fazem parte dessa convenção. Logo resolvemos por garantia fazer a PID. Não fizemos pelo DETRAN-BA! Infelizmente o valor varia por estado, e o nosso é o mais alto do país, R$642. Optamos por fazer nesse site internacional http://idl-iaa.com/, o referido documento chegou a tempo via DHL. Visto - África do Sul e Moçambique não solicita visto para brasileiros. Moçambique exige, então prepare o bolso. Existem alguma opções para retirada do visto de Moçambique, pode ser tirada com antecedência na embaixada aqui no Brasil, nas embaixadas na África do Sul, no aeroporto em Moçambique ou na fronteira. Optamos por retirar no posto fronteiriço na saída da Suazilândia. Eles aceitam dólar, rand, suazi, euro ou metical. Vale a pena pesquisar antes se essas informações ainda são vigentes no momento da sua viagem. Link para saber se o país faz parte da Convenção de Viena: http://www.unece.org/trans/conventn/legalinst_08_RTRSS_RT1968.html Saúde Moçambique é zona endêmica de malária e um repelente eficiente é fundamental. Segundo pesquisas que fiz, os mais recomendados são os que contem DEET acima de 35 e Icaridina acima de 20%. Em conversa com minha médica ela recomendou o Exposis Gel, proteção por até 10h, cheiro e sabor bem fortes, mas funcionou bem, voltamos sem picadas. "Sabor" msm kkkkkk, afinal vc fica tão "noiado" com a possibilidade de ficar doente durante a viagem que sai passando repelente por todas as partes do corpo e acaba engolindo sem querer rs. Existe medicamento profilático para a malária mas pelo visto não é tão bem visto, já que os efeitos colaterais são vários. Vale pesquisar! Sempre! Costumo tb pegar com minha médica um receitão com os possíveis medicamentos para as possíveis doenças que possivelmente possam aparecer durantes a viagem. Aquele basicão para estômago, febre, alergia, dor, gripe, caganeira, anti-inflamatório... Mala Mala não, mochila , me respeite! Como boa canguinha que sou, evitei despachar malas nessa viagem, então preparei duas pequenas mochilas, uma de 32 litros e a outra de 16 l. Seguem fotos... Ahhh esqueci de apresentar pra vcs meu mascote. Esse é o Grelhado! Obs: Leve roupas para o frio, será fundamental na Cidade do Cabo, como ficamos apenas 3 dias, 1 casaco e uma calça foram suficiente para mim, tenho boa tolerância ao frio, o que me permitiu andar tranquilamente de bermuda em alguns momentos. Custos Visto Moçambique: 895 rands PID: 85 dólares Exposis 100ml: 45 reais Depois do bla-bla-bla necessário, vamos para o relato propriamente dito... * Voar pela TAAG / Gato de Schrodinger / Chegada na Cidade do Cabo Depois de avião decola, avião aterrissa, avião decola, avião aterrissa, chegamos em Luana, capital da Angola. O aeroporto é bem desestruturado. O banheiro não tem papel higiênico, não encontrei bebedouro, não há conexão de wi-fi pública, o calor beira ao do inferno, existem poucas opções de cadeira para se acomodar e além disso tudo, as lojas e restaurantes (pelo menos os que perguntei) não aceitam dólar nem cartão de crédito internacional. Apesar disso Fernando como bom malandro que é, conseguiu a senha de um wi-fi de uma lanchonete depois de ter colocado a bendita mãe na conversa, dizendo que ela precisava de notícias dele senão morreria. Foi nesse momento que os meus problemas começaram. Ao conectar na internet descobri que uma estimada amiga havia "morrido". Morrido entre aspas mesmo, pelo menos pra mim, afinal ela ficou várias horas como o gato de schrodinger... [Pausa para explicar rapidamente quem é esse famoso gato... Muito superficialmente falando e sem envolver a física quântica no meio, o gato de Schrodinger é um personagem imaginário que foi colocado dentro de uma caixa com um veneno que é liberado através de um mecanismo que tem 50% de chance de ser acionado. E só saberemos se ele morreu ou sobreviveu a esse experimento ao abrir a caixa e encontrá-lo vivo ou morto. (Físicos de plantão podem me apedrejar, eu mereço e me rendo!)] Então, eu sabia que ela faria uma cirurgia de alto risco do coração, e ao sair do Brasil mandei uma mensagem para a irmã dela, perguntando como havia sito a cirurgia. Ao conectar recebo a resposta da irmã dela, uma resposta inconclusiva, onde quem lia não sabia se minha estimada amiga havia ou não sobrevivido a cirurgia. Então me desesperei e concluir que ela tinha batido as botas, passei o voo todo de Luana à Cidade do Cabo chorando desesperada, a ponto da aeromoça vir fala comigo. Só para aliviar o coração de vcs, concluo esse trecho informando que a bendita Amiga-Schrodinger estava vivinha. Coisa que só fiquei sabendo ao chegar no hostel. Ahh sim, devem está curiosos pra saber como é voar pela TAAG. Bem... eu diria que é satisfatório, tirando algumas telas de entretenimento que não funcionam e alguns comissários de bordo ásperos no tratar com os passageiros. A comida é boa, mas não é magnifica como li em alguns relatos! Eles dão fone de ouvido, manta para o frio e mini travesseiro para o nosso maior conforto. Uma música chata é tocada em todos os embarques, até hj não consegui esquecer... É durooooo, mas é mais segurooooo, é tudo que eu quero para mim amanhããaãã Pois bem! Chegamos finalmente ao nosso esperado destino Cidade do Cabo, passar pela imigração é bem tranquila apesar da fila enorme. De lá seguimos para a AVIS, locadora de carro escolhida para desbravar a África. Ela fica fora do aeroporto, mas é bem fácil de achar, é só atravessar a pé um túnel, fica bem defronte a saída do aeroporto... to be continued
  2. Já pensou em fazer trabalho voluntário na África? A Dani fez, e eu chamei ela pra bater um papo sobre isso. Confira! (Foto disponibilizada pela Dani) Essa é a visão de uma pessoa que passou 3 meses fazendo trabalho voluntário na África, em Moçambique. Um país onde as pessoas vivem com o salário de 60 dólares, pouca infra-estrutura, educação e saúde. Com 20 anos, a Dani foi para o país fazer um trabalho educacional, dando palestras de conscientização sobre problemas sérios que afetam a população de Moçambique, como HIV e violência doméstica. Além disso, também ajudou no desenvolvimento das comunidades de maneiras mais práticas, ensinando o povo a cuidar da terra e cultivar o próprio alimento. Trabalhando no cultivo de alimentos (Foto disponibilizada pela Dani) Entre todas as experiências, Dani teve seu computador furtado, foi assaltada e contraiu malária, a doença que mais mata no país. Tive a oportunidade de bater um papo com a Dani, que falou como foi essa experiência, como vivem as pessoas em Moçambique e como isso mudou a sua perspectiva sobre o mundo. Elefante selvagem (Foto disponibilizada pela Dani) A série 10 Minutos no Sofá Com objetivo de transmitir a essência de sair da zona de conforto, quebrar preconceitos e conhecer novas culturas, surgiu a série 10 Minutos no Sofá. Uma série onde eu chamo uma galera pra bater um papo, pessoas que fizeram viagens transformadoras. Experiências que influenciaram o seu jeito de viver e seus valores. Deixe-se levar pela conversa e inspire-se a Tirar a Bunda do Sofá. 10 Minutos no Sofá com Dani Começamos a série com uma viagem fora do padrão, que vai fazer até você leitor, repensar sobre como vivemos atualmente. Assista ao episódio completo abaixo: Ou se preferir, ouça apenas o áudio através do link abaixo. Você pode inclusive receber o arquivo por email: Trabalho social em Moçambique – Uma experiência para mudar a sua vida Trabalho voluntário na África Confira abaixo os pontos principais desse bate papo incrível com a Dani. Você foi pra Moçambique né? Quando foi isso? Dani: Sim Moçambique. Eu fui em 2013, eu tinha 20 anos na época, tava fazendo faculdade e não tava curtindo. A faculdade entrou em greve e eu resolvi fazer um intercâmbio. Dani com seus colegas intercambistas (Foto disponibilizada pela Dani) Qual foi a reação dos seus pais quando você contou sobre o intercâmbio? Dani: Minha mãe ficou meio desesperada. “Pra que ir tão longe? Por que na África? Não é perigoso?”. E meu pai já foi bem mais tranquilo, disse que se tivesse a mesma idade faria o mesmo. E por que Moçambique? Dani: Justamente porque eu não via motivo em fazer trabalho voluntário em um país desenvolvido e que não falasse português. Um pessoa de baixa renda não vai falar inglês, e ai eu não conseguiria ajudar muito. Safari (Foto disponibilizada pela Dani) O que você fazia lá? Dani: Na verdade eu fui para ajudar numa ONG que faz visitas à comunidades, fazendo um trabalho de conscientização sobre HIV, violência doméstica e outros problemas comuns do país. Trabalho de conscientização (Foto disponibilizada pela Dani) Mas como esse trabalho não era feito todos os dias eu me juntei a outras ONG’s e grupos. Ensinei o povo a cultivar o próprio alimento, fiz visitas à hospitais e acompanhei aulas de danças. E como era a sua hospedagem? Dani: Então, eu fui pega de surpresa, fiquei em um prédio de 12 andares e eu estava no último. Tinha água corrente durante todo o dia apenas em uma torneira do primeiro andar, nos outros era só das 7 as 9 da manhã. Fogão (Foto disponibilizada pela Dani) A gente acordava e levava galões de água pra cima, e o elevador não funcionava. Eu tomava banho de caneca, lavava louça com água de garrafa e dava a descarga com balde. (Foto disponibilizada pela Dani) Teve alguma experiência ruim? Dani: Teve uma situação de assalto, mas foi vacilo nosso, a gente saiu de madrugada em um bairro perigoso. Aconteceria em qualquer lugar do mundo. Tive também meu notebook furtado, mas também foi vacilo. Eu emprestei pra um colega e saí, e ele deixou o notebook dando bobeira e cima da cama. Além desses dois eu ainda tive malária, que é a doença que mais mata no país. Quando fui fazer o exame o enfermeiro quis usar uma agulha usada em mim, e ali bateu o desespero. Conheci muitas pessoas que pegaram AIDS assim. Quais foram as coisas que mais marcaram a sua viagem? Dani: O choque de realidade. Por mais que você saiba como é, entre saber e vivenciar aquela realidade existe uma grande diferença. Ver a realidade e saber como eles encaram isso. Como eu vou falar que a maneira correta de fazer determinada coisa é assim, sendo que a realidade deles é completamente diferente. (Foto disponibilizada pela Dani) Não tem como apontar o dedo e querer julgar, eles fazem o melhor com o que eles tem. Eles não tem estrutura, não tiveram instrução nem capacitação. Olhar de fora é muito fácil. E aprender de fato a viver uma outra cultura. Nós fazíamos aulas de dança no telhado de um lugar, e agora imagina você aprender uma dança de gana com uma música local. Isso é muito legal! (Foto disponibilizada pela Dani) Esse foi o primeiro episódio da série 10 Minutos no Sofá, uma experiência fantástica que transformou a vida da Dani e serve de exemplo para quebrar preconceitos e abrir nossos olhos para a sociedade em que vivemos. A série terá mais episódios, sempre com o mesmo objetivo, mostrar o quão benéfico e transformador pode ser fazer uma viagem de imersão cultural.
  3. Passei 28 dias em Moçambique, do dia 26 de Abril ao dia 24 de Maio e foi incrível. Anotei umas dicas para uma amiga e resolvi compartilhar por aqui. Espero que ajude outras pessoas. Em um mês não gastei nem 500 USD e poderia ter sido ainda mais barato. O visto tirei em Johanesburgo (+- 15 USD) porque é mais barato do que tirar nas fronteiras (+-60 USD). Viajei sozinha mas nunca fiquei sozinha pq Moçambique tem mochileiro o ano inteiro e a rota de viagem é muito bem definida, você vai encontrar as mesmas pessoas em diferentes lugares da viagem. No meu instagram tem as fotos dos lugares: @babicady ou #babiporaimozambique ​ Dicas Moçambique lha de Inhaca - cool runnings - contato roger, camping custou 500 meticais, mas não negociei, acho que podia ser bem mais barato. Ferry público que custa 400 meticais não sai todos os dias da semana, acho que 2,4,6, sábado e domingo na parte da manhã (7am) e volta de lá as 15:00, verificar. Da pra curtir bem a ilha caminhando, mas são caminhadas longas. Da pra caminhar pelas praias, atenção com as marés pra não ficar presa em nenhum lugar. Se caminhar sem ser pelas praias Não tem muita sinalização mas vocês vão se virar pra encontrar por causa do português. O visual do Farol é lindo mas é um passeio que pode ser caro. Não tem vida noturna lá, mas um céu absurdo e um por do sol inesquecível! Quissico - Lagoa Eco Lodge - contato Leonardo - pegar chapa pra Quissico, de lá pegar outra chapa pra Zavala (25 meticais) ou pedir taxi pro Leonardo um taxi (300 meticais) - carona de Quissico pra Zavala não é tão fácil, mas carona até Quissico imagino que seja. Levar comida, não vendem nada lá, só agua. Banho de balde, dormitório custou 400 meticais por pessoa, eles também tem camping, sempre negociar. Caminhe pelas estradas de Zavala pra interagir com os locais, eles sempre ficam felizes, nem sempre convidam mas quando convidam é ótimo! Remar na lagoa pra ver o por do sol. Se caminhar na praia você pode dar sorte de encontrar pescadores, quando chegar a Praia caminhar pra esquerda, é pra la que eles pescam. Pagamos 300 Meticais em um peixe, lagosta e muuuitos mexilhões! No lagoa eco Lodge pode pedir pro Leonardo ajuda pra acender a churrasqueira e limpar o peixe, e aí fazer um churras delicioso de frutos do mar. Esse lugar é o paraíso e nao é muito frequentado, quando eu fui estavamos sozinhos o tempo todo. Fui pra passar 3 noites e passei 8 de tao maravilhoso e calmo que é! Quissico chapa pra Inhabane, dps chapa pra Tofo - ver sempre as tabelas presas pra eles não passarem a perna em vocês, às vezes eles cobram pela mochila, paguei 2 vezes 25 meticais. Em tofo ficar em hostel, tem poucos couchsurfing mas da pra tentar, mas aqui sugiro ficar no Fátimas Nest Hostel (camp ou dorm), todo mundo conhece, fica de frente pra praia, é bom pra conhecer outras pessoas e também curtir a noitada sem problema. Na cidade Tem sempre alguma coisa rolando em vários lugares, cada dia da semana é em algum lugar é costuma ser de graça. no Mozambeat Motel tem sempre alguma coisa rolando, é legal pra ficar mas é mais caro e longe da Praia, não acho que vale a pena. Almoçar no mercado que tem na cidade, tem umas senhoras no final meio escondidas que vendem comida boa e barata. A matapa por exemplo custa 60 meticais, peixe 100 meticais. Vilanculos - ficar no complexo Alemanha e ir pro Baobab pra conhecer outros viajantes, tem festas as vezes. No Alemanha é mais barato, vc interage mais com locais e vendem comida mais barata mas não fica de frente pra Praia como o Baobab. Vilanculos é legal pro passeio pra Bazaruto que costuma ser bem caro, custou 3 mil meticais com o Gito. Valeu super a pena, almoço e snorkel incluído, um dos lugares mais lindos que já fui. Tenta negociar o preço com ele. Se conseguir se hospedar na ilha de Bazaruto acho que seria incrível, mas acho que é caro, não sei dizer. Em Maputo sempre andar com passaporte, policiais são muito corruptos, cuidado! Nunca viajar de chapa por mais de 300km num dia se vcs não quiserem chegar tarde numa cidade. Moçambique entrou na minha lista de países favoritos, recomendo porque é realmente incrível, as pessoas são super gentis, a comida é deliciosa e as paisagens deslumbrantes. Boa viagem!!!!
  4. Confira nossas dicas de viagem para Moçambique: o que fazer, principais pontos turísticos, as melhores praias. Tudo que você precisa saber pra conhecer esse lindo país da África Principais pontos turísticos de Moçambique Maputo Capital desde 1898, Maputo é normalmente a primeira parada dos viajantes em Moçambique. Fica ao sul do mapa e é o destino ideal pra se conhecer mais sobre a cultura do país. A estadia em Maputo costuma ser bem curta, pois turista quer mesmo é saber de praia. Tem outro agravante dos preços de hotéis serem mais altos em Maputo do que nos outros destinos. Inhambane Inhambane fica a 470km de Maputo. Fiz uma rápida visita a Inhambane, tempo suficiente pra conhecer as principais atrações como a Igreja de Nossa Senhora da Conceição, o Mercado Central, o bairro antigo e o Porto. Tofo Tofo fica na Província de Inhambane. A Praia de Tofo virou um destino muito procurado por jovens. Com um clima bem descontraído e praias perfeitas pra amantes de surfe e kitesurfe. A atração principal aqui fica debaixo d'água: Tofo é conhecida por ser um ótimo ponto de mergulho para ver raias manta, baleias jubarte e tubarões baleia. Ilha de Bazaruto Essa é a maior ilha do arquipélago de Bazaruto, considerado a maior reserva marinha da África. Destino perfeito para o mergulho, com água transparente e vida marinha em abundância. É fácil encontrar tartarugas, raias manta, baleias jubarte, tubarões baleia e muitos corais. Para ver a lista completa com os principais destinos de Moçambique, além de todas as informações úteis como: Como chegar e circular em Moçambique Vistos Melhor época para visitar É só conferir o post na íntegra: https://emalgumlugardomundo.com.br/turismo-em-mocambique/
  5. Ola, Estou postando meu roteiro de viagem e minhas impressoes sobre essa experiencia incrivel que foi conhecer Mozambique. Tudo comecou com uma promocao da TAAG por R$ 1.700 (ida e volta) de classe economica no mes de Setembro/17, comprei a passagem com 6 meses de antecedencia e apartir dali comecei a planejar a viagem junto com a minha namorada. O que notei é que nao existe uma grande quantidade de informacoes turistica sobre o País, ate mesmo que o turismo não é tão forte lá, mas isso eu vou comentar daqui a pouco. Os principais locais que eu encontrei informaçoes foram no youtube, existe um episodio do globo reporter, aqui no mochileiros, alguns blogs de viagem e no site do "melhores destinos". Agenda Nossa viagem foi de um pouco mais de 15 dias e dividimos ela nos seguintes locais: Maputo - Capital - 4 dias Pemba / Ilha de Ibo - 5 dias Kruger Park - 2 dias Vilankulos - 3 dias Utilizamos a capital com o ponto central da viagem, voamos pela LAM para economizar tempo e utilizamos em geral taxi ou transfer para locomoção em Maputo, tuc-tuc para se locomover em Vilankulos, na ilha do Ibo somente a pé ou de barco, no Kruger de carro. Preço Em geral, percebi que o valor das refeicoes, transporte e objetos diversos segue o valor do que praticamos no Brasil. É possivel trocar dinheiro no desembarque do aeroporto ou na loja da VodaCom, me pediram o passaporte somente 1 vez, o valor da conversao é 61.50 Mt por 1 U$D, em alguns restaurantes eles convertem por 60 Mt ou 58 Mt. Os valores sobre passeios, transporte e estadia estao no XLS em anexo junto com a agenda detalhada Alguns valores praticados: 30 Mt a 50 Mt - Garrafa pequena de agua 50 Mt a 100 Mt - Garrafa grande de agua 70 Mt a 100 Mt - Lata de coca-cola 300 ml 200 Mt - Valor tabelado para corrida do taxi em Maputo, se te cobrarem mais questione 900 Mt - Protetor Solar Sundown fator 50. 75 Mt - Chaveiro para lembrança no FEIMA 200 Mt - Capulana no centro de Maputo 250 Mt - Camiseta "turistica" no centro de Maputo, no FEIMA esta 600 Mt a mesma camiseta 10 Mt - Chip de telefone da VodaCom 1000 Mt - Recarga de 10 GB de internet 250 Mt - Absorvente intimo Visto É possivel tirar o visto na chegada em Maputo, se voce vai para outros paises é necessário pedir o visto de multiplas entradas, assim que chegar no aeroporto, voce vera o balcao para tirar o visto chegue em qualquer atende e peça o papel que voce ira preencher ali mesmo antes de pegar fila para a foto. Eles irao imprimir um papel e colocar no seu passaporte, vi que em outros aeroportos de Mozambique tambem é possivel tirar o visto, caso voce nao chegue por Maputo. Atencao, a policia de Maputo me pediu o papel impresso da estadia do hotel em Maputo, em Luanda os policiais nao queriam me deixar embarcar, pois estava sem visto, se isso acontecer, insista e questione, eu e mais 3 brasileiros fizemos isso e acabamos liberados. Em todos os aeroportos, tanto Luanda, Mozambique ou Brasil voce nao embarca sem a carteira de vacinacao da Febre Amarela. No proximo post, colocarei a minha percepcao sobre as cidades em que fiquei, ate mais. Moçambique - 2017.xlsx
  6. 1º. Dia Já dentro do avião da TAAG, cujo serviço de bordo poderia ser melhor (comissárias antipáticas, poucas opções de entretenimento), eu, Miguel, Rafael e Lucas pousamos ao nascer do sol de 3 de fevereiro no aeroporto de 4 de fevereiro (!) em Luanda, capital de Angola. Ficamos ali umas horinhas até o voo seguinte. É bem pequeno e deixa a desejar em relação ao banheiro, à falta de wi-fi e a não aceitação de cartões de crédito. No voo seguinte também pela TAAG, fomos babando de sono até o Aeroporto Internacional de Windhoek, distante da capital da Namíbia. Lá alugamos os carros que conduziríamos pelo país. O que fiquei custou 2700 NAD (~645 reais) na Thrifty. Enquanto aguardava a chegada de Daniel, os outros foram para cidade adiantar as compras no supermercado. Quase me perdi deles ao chegar a Windhoek, pois os endereços não batiam, ninguém conhecia o lugar onde eles estavam e não havia internet disponível. Tive que entrar em uma loja e pedir o celular de uma moça para localizá-los. Bem que deveria ter feito que nem o Miguel e comprado um chip. Mas fora isso, é uma capital diferente do resto da África; tudo organizado e limpo como num país desenvolvido, mas sem trânsito ou caos. Começamos lá pelas 7 horas a jornada de carro até Sesriem. Segundo a locadora, de carro levaria umas 3 horas apenas... Faz-me rir. Assim que deixamos Windhoek, o asfalto lisinho deu lugar a uma estrada de chão. Belíssimas paisagens no pôr de sol, mas traiçoeiras pedras soltas e riachos cruzando as estradas frequentemente. À medida que escurecia, a estrada ficava pior e a velocidade do nosso Polo ia diminuindo. Determinado momento não deu mais para seguir, pois devido ao rio uma picape ficou atolada. Tivemos que tomar um caminho alternativo mais longo. O inevitável aconteceu: um pneu se foi. Trocamos e seguimos bem devagar, sem ver ninguém em todo o resto do caminho. O trajeto foi quase um safári noturno, pois vimos lebres, chacais, gazelas, zebras e os imponentes antílopes órix. 2º. Dia Somente às 3 da madrugada chegamos a Sesriem. Lucas e Rafael haviam reservado um chalé num dos caros alojamentos do local. Barato somente em campings, pois não há albergues. O Desert Quiver Camp estava sem sinal algum de vida quando chegamos. Imaginamos que tínhamos perdido a reserva da casa, mas não, a chave estava do lado de fora da recepção. E olha que não havia nenhum segurança por lá. Ah, se fosse no Brasil... Acabou que Daniel e eu conseguimos ficar num sofá-cama, não precisando dormir no carro. Dormimos pouco para não nos atrasarmos mais no dia seguinte. Pelas 10 horas já estávamos no portão do Parque Nacional Namib-Naukluft. Pagamos 80 NAD por cabeça mais 10 NAD pelo carro e seguimos pela via asfaltada em meio ao deserto e dunas por 60 km até o estacionamento. Daí em diante só tração 4X4, pois o caminho é de areia. Caminhamos nessa areia num sol de rachar por uns 3 km até a bifurcação de Sossusvlei, ao norte e Deadvlei, ao sul. Após 1 km e meio deparamo-nos com um cenário impressionante. O vale da morte fica entre grandes dunas, consistindo em troncos mortos de árvores. Este cenário ficou conhecido depois de uma foto ganhadora de um concurso de mundial de fotografia. Os troncos são de árvores que morreram a aproximadamente 600 anos, quando a mudança de posição das dunas interrompeu o curso de água, deixando apenas uma camada de argila. Nesse dia, até um corvo apareceu por lá. No retorno os rapazes subiram na duna 45, um marco na paisagem. Abastecemos na saída do parque, a 11 NAD o litro. Visitamos ainda o Sesriem Canyon, ali perto. É uma falha no terreno, onde se entra em meio aos paredões de conglomerados. No posto de combustível nós compramos um pneu novo. Ainda bem, pois em Solitaire o posto já estava fechado quando passamos, logo após o pôr do sol. A vista desolada é interessante. A estrada até a cidade portuária de Walvis Bay foi mais tranquila, embora ainda fosse de chão. Chegamos em uma hospedagem reservada no AirBnb (Jessma Bnb), um lugar agradável e finalmente com wi-fi, já na hora de dormir. 3º. Dia Fomos a Swakopmund , a segunda mais populosa do país, cidade vizinha ligada por uma rodovia asfaltada entre o mar escuro e frio e as dunas de areia. Passamos no caminho por umas casas bem maneiras. Esta cidade é bem limpa, organizada e vazia, com uma arquitetura bem interessante. Os museus estavam fechados por ser domingo, mas conseguimos ir ao National Aquarium of Namíbia, por 30 NAD. É um local pequeno com alguns tanques de seres marinhos existentes no país e mais um grande com um túnel. Lá perto paramos para almoçar em um dos restaurantes mais chiques da cidade, o The Tug, à beira-mar. Os frutos do mar são ótimos, e os preços não são tão caros. Recomendo a lula. À tarde fomos pechinchar bastante no mercado aberto de artesanatos. Havia bastantes opções e artigos interessantíssimos. Alguns vendedores eram angolanos, falando português. Tivemos que negociar muito mesmo para conseguir preços decentes nas máscaras, estátuas e quadros. No fim da tarde ficamos admirando centenas de flamingos em frente ao calçadão de Walvis Bay. Antes que a cidade toda fechasse, fizemos um rancho num supermercado, e à noite confraternizamos na hospedagem com os colegas recém-chegados. 4º. Dia Fomos em direção nordeste, passando por paisagens totalmente desérticas. Desviando um pouco da rodovia principal está a rota cênica do Moon Landscape e Welwitschia Drive, onde supostamente estariam essas plantas rasteiras milenares. Rodamos bastante até chegarmos à Spitzkoppe, maciço rochoso que se ergue a 1700 m de altitude. Ao redor deste parque foi onde vimos os primeiros miseráveis, morando em cubículos de chapa de metal no meio do nada. Compramos uns móbiles que eles vendiam para ajudá-los. Para entrar nesse parque, assim como os demais, paga-se 60 NAD por pessoa e 20 NAD por carro. Montanhas destacam-se na vasta planície ao redor. São de impressionante beleza cênica, principalmente na feição que é um arco de rocha. As rochas podem ser escaladas. Outra atração são os sítios de pintura rupestre da etnia San, que só podem ser visitados com guia, para evitar vandalismo. Quem quiser pode acampar no parque, mas nós já tínhamos reserva no Brandberg Rest Camp, mais ao norte, ao lado da maior montanha do país. Chegamos à noite e pagamos 250 NAD, indo ao seu bar antes que fechasse às 22 horas, para provarmos as deliciosas cidras sul-africanas da marca Savanna. Os quartos compartilhados são bem rudimentares, não havendo nem porta separando a privada do resto, e a agua da pia é salobra. 5º. Dia Devido ao pouco tempo, não pudemos ver as pinturas do Monte Brandberg conhecidas como White Lady. Prosseguimos pela estrada de cascalho até o sítio arqueológico Twyfelfontein. Antes de chegar há uma bifurcação que leva à Burnt Mountain, um cone de vulcão escuro inativo, pouco interessante, e Organ Pipes, colunas geométricas da rocha escura diabásio. Paga-se 50 NAD por pessoa para entrar. Se estiverem com pressa nem percam tempo. Em Twyfelfontein há uma série de desenhos de animais (girafas, antílopes, elefantes, leões, rinocerontes e até pinguins e leões marinhos) representados em rochas pelo povo San entre 2 a 6 mil anos atrás. O mais impressionante é que não são pinturas, mas entalhes. Foram descobertos no século passado e estão listados como patrimônio da UNESCO. Em seguida ficam as Petrified Forest, florestas de troncos fossilizados. Há diversas propriedades ao longo da estrada até Khorixas oferecendo essa vista. De Khorixas tivemos que ir até a cidade de Kamanjab, pois é por lá que fica o vilarejo da tribo Himba, a mais tradicional e fotogênica da Namíbia. Chegamos lá sem reserva e apenas no fim do dia, mas foi até melhor assim, pois pudemos negociar um valor bem baixo com a guia Himba Vanessa (pagamos 50 NAD cada, em vez as dos costumeiras 250), além de doações alimentares, e fomos os únicos ali. O vilarejo dessa tribo geralmente nômade é composto de choupanas de barro e palha situadas de forma circular em torno do cercado de animais de criação (cabras e galinhas) e do fogo sagrado. No entorno ficam as plantações de milho e em algum ponto uma captação de água. Essa sociedade poligâmica distingue-se fisicamente de outras pelos adornos corporais, pelos “dread locks” eternos de ocre e pela prática inconsequente de extração dos 4 dentes inferiores centrais. As mulheres vendem pulseiras e bonecas para complementar a renda. O melhor de tudo são as crianças fofíssimas que buscam carinho na gente sem pedir nada em troca. Saímos emocionados de lá. No caminho tivemos o azar de ter pneus furados novamente nos 2 carros, mas com isso ao menos descobrimos um restaurante em Kamanjab que servia um baita bifão de órix (ou zebra) por um preço muito bom, e incrivelmente deliciosos. Na virada do dia chegamos ao Sasa Safari Camp, em Outjo, onde dormimos em quartos duplos (508 NAD por pessoa com café da manhã). 6º. Dia Rodovia asfaltada até a entrada do Etosha National Park, mais ao norte. Entramos pela portaria Okaukuejo e fizemos um safári auto-guiado. O valor foi de 80 NAD por pessoa/dia mais 20 NAD por carro. O início foi empolgante, com o avistamento de muitos antílopes, zebras, girafas, gnus, leões, flamingos e diversas aves espalhados pelos diferentes ambientes do parque, que vão desde o salar central, pastos com arbustos esparsos, pequenas lagoas e até uma mata. Há uma infinidade de rotas a seguir, mas depois de pouco tempo as espécies começam a se repetir ou até não aparecer, ao menos na estação chuvosa, onde tudo fica verde. Saímos um pouco decepcionados no final do dia em meio a uma chuva, pelo portão Namutoni, no lado oposto ao que entramos. Nossa hospedagem da vez foi o luxuoso Emanya@Etosha Lodge, pois não havia mais nada em conta por perto. 7º. Dia Os 600 NAD nos deram direito a um café da manhã substancial. Rodamos mais umas horas pelo parque, vendo de novo apenas um chacal e outras aves maiores. Almoçamos e voltamos para Windhoek, o trajeto mais movimentado do país. Fiquem atentos para não passar dos 120 km/h permitidos, pois há radares fixos e móveis. Já durante o pôr do sol, chegando em Windhoek, tivemos que parar em um posto de fiscalização contra o tráfico de produtos oriundos de animais selvagens. Os japoneses que estavam no carro à frente tiveram todas as bagagens minuciosamente revistadas, enquanto que, quando dissemos que éramos brasileiros, nos liberaram sem nem conferir por cima. Passamos à noite no albergue Backpackers Unite. Pedimos uma pizza e interagimos, indo dormir já tarde, visto que madrugaríamos no dia seguinte. 8º. Dia Embarcamos no voo da South African Airlines para Joanesburgo às 6 horas e 40 minutos. Depois de muita enrolação, pegamos nossos carros alugados e fomos ao Consulado de Lesoto na expectativa de conseguirmos o visto. Ao chegar lá soubemos que precisaríamos de 2 fotos. Por sorte havia um fotógrafo próximo e que revelava no meio da rua a foto. Os demais requisitos foram um comprovante de hospedagem e de renda, e preencher um formulário, além da taxa de emissão, que foi um problema. O valor pela internet era de 500 rands sul-africanos (mesma cotação da moeda da Namíbia), mas no Consulado nos informaram que seria mais 1000 rands para emiti-lo em 2 a 3 dias úteis. Como já era sexta e não tínhamos todo esse tempo, precisamos do emergencial. Esse tipo parece ser informal pois dos 1500 primeiramente informados, pagamos 1300 rands no final, sendo emitido em menos de 1 hora. Como estava muito caro, apenas eu, Rafael e Alberto fizemos, seguindo para a fronteira de Maseru, capital de Lesoto, logo após o almoço. Os outros 3 foram para a fronteira de Sani Pass, no lado oposto do país, pois caso não conseguissem emiti-lo por lá, ou subir a montanha, já que é necessária tração 4X4 e nossos minúsculos Hyndai i10 certamente não serviriam, pelo menos poderiam aproveitar as incríveis paisagens montanhosas de Drakensberg. No final, subiram os 16 km a pé e pagaram 200 rands de propina para entrar. Chegamos ao anoitecer no posto de imigração. Somente nessa hora , Rafael percebeu que havia perdido o passaporte em Joanesburgo. Depois de muito drama e replanejamento, decidimos tentar seguir para Lesoto com o carro alugado em nome do Rafael, enquanto ele ficaria em Ladybrand (última cidade da África do Sul), até segunda, quando regressaríamos. Eu e Alberto pagamos os 30 maloti (moeda de Lesoto) para ingresso com carro, jantamos no aparente único estabelecimento aberto 24 horas logo após a fronteira e nos hospedamos no Cyaara Guest House, pagando 750 rands com quarto e café. Os rands sul-africanos são aceitos em qualquer lugar com a mesma cotação dos malotis lesotenses, assim como ocorreu com os dólares namibianos. 9º. Dia Tiramos uma foto da bela igreja católica com pedras expostas, enchemos o tanque pagando menos que na África do Sul, e deixamos a caótica capital por uma rodovia em bom estado rumo a Semonkong. O caminho, tanto antes como depois deste projeto de cidade é totalmente rural, com vilas com choupanas tradicionais, plantações de milho, pecuária de gado e ovinos, carros velhos, poucos turistas e paisagens deslumbrantes de relevo. Como as estradas sobem e descem as montanhas o tempo todo, as jornadas tomam mais tempo e são perigosas (Lesoto é o 2º país com mais mortes por acidentes de carro). Entramos numa estrada de terra braba em Semonkong, onde almoçamos por 50 rands no Semonkong Lodge, de onde começa a trilha de 4 km e meio até Maletsunyane Falls, cachoeiras belíssimas com até 193 metros de altura, e bastante volume nesse período chuvoso. Ali fica também o maior rapel do mundo com 204 metros. Atravessamos campos encharcados em meio aos simpáticos habitantes. Passamos um bom tempo admirando as quedas antes de voltarmos para o carro. Seguimos viagem para Qacha’s Nek. No trajeto servimos até de táxi, pois um que estava levando passageiros quebrou. Já era noite quando paramos no Nthaoua Hotel, na entrada da cidade. O quarto é massa, mas ficamos sem wi-fi e com um chuveiro bem limitado. 10º. Dia Choveu a noite toda, e quando saímos para o parque a estrada que já era ruim ficou intransitável sem tração 4X4, principalmente porque pegamos a pior das duas vias que levam de Qacha’s Nek a Selahbethebe, graças ao GPS. Depois de uns 20 minutos de viagem andando na 1ª ou 2ª marcha, nosso carro atolou de vez na lama. Prontamente o povo de Lesoto nos ajudou. Enquanto uns foram atrás de reboque, nada menos que 10 homens e mulheres de um vilarejo vieram nos ajudar erguendo o carro para colocar pedras, o que deu tração para que eu conseguisse tirá-lo. Ficaram felizes em ajudar-nos e nem pediram algo em troca. Infelizmente abortamos o parque, mas quando demos carona a uns jovens que iam a igreja, ficamos sabendo de um tal de Snake, que poderíamos visitar nessa cidadezinha de fronteira sem grandes atrações. O Snake Park, o primeiro do tipo no país, é uma iniciativa privada bastante interessante. Fizemos um tour com o próprio dono, que além de nos mostrar as víboras e najas altamente venenosas de Lesoto, nos contou sobre a preparação e dificuldade para erguer e manter este espaço, pois inclui também iniciativas socioambientais. Há ainda um rochedo sobre o qual vê-se toda a cidade, montanhas vizinhas e fronteira. Almoçamos na avenida principal e regressamos a Maseru. No caminho, além da infinidade de paisagens indescritíveis, um evento no mínimo inusitado: a cada poucas dezenas de km, cruzavam na rodovia pastores e suas dezenas de bois e ovelhas trancando toda a via. Chegamos no final da tarde no tumulto da capital, vimos a cabeça de leão na montanha, jantamos no Pioneer Mall, um shopping center ocidental típico e voltamos à mesma hospedagem. 11º. Dia No Basotho Hat, localizado no centro da cidade, compramos um bocado de souvenires artesanais como jóias, estátuas, máscaras, etc, por bons preços. Cruzamos a fronteira de volta, pegamos o Rafael em Ladybrand e regressamos a Joanesburgo. A rodovia com pedágio é muito boa, então dá para rodar tranquilamente a 120 km/h permitidos. Felizmente achamos o passaporte na praça de alimentação da estação de trem. Assim, seguimos os 3 diretamente para Suazilândia. No caminho apenas plantações e pequenas cidades. Cruzamos a fronteira de carro em Oshoek ao anoitecer. Pagamos 50 rands na fronteira. Uma via rápida nos levou à hospedagem situada entre as 2 maiores cidades do país, a capital Mbabane e Manzini. Por mais incrível que pareça, ficamos alojados em um cassino na Suazilândia, o Happy Valley. Em frente fica um shopping center, onde jantamos na rede sul-africana Spur. 12º. Dia Bem próximo fica o Mantenga Nature Reserve, onde fomos pela manhã. Pagamos a taxa de 100 rands de entrada. Primeiro caminhamos até a cachoeira - até que ela é bonita, mas a vista não é das melhores e não se pode tomar banho. A segunda atração da reserva é o Swazi Cultural Village. A visita guiada nos leva a uma réplica em tamanho real de um vilarejo típico da Suazilândia no período pré-colonização holandesa e inglesa. São ocas e cercas de palha e madeira onde as famílias poligâmicas viviam junto de suas vacas, orando para seus ancestrais e fabricando cervejas com marula. O passeio termina com uma apresentação de 45 minutos de música e danças típicas bem interessante. Almoçamos lá mesmo e, como estava chovendo, seguimos ao Museu Nacional. Pelos 80 rands de entrada (30 para estudantes) você aprende de forma textual e gráfica sobre a história, costumes e natureza do pequeno país. Em seguida, passamos por um mercado de artesanato meio caro, onde ficam as coloridas velas Swazi. À noite ficamos no hotel. O salão do cassino é bem considerável, com diversas máquinas e jogos de mesa, mas dispensamos a jogatina. 13º. Dia Comemos até não podermos mais no melhor café da manhã que tivemos nesta viagem e em seguida fomos em direção norte. Primeiro passamos na fábrica e loja de cristais Nungwi Glass. Você pode observar como eles aprenderam com os suecos a fazer magníficos cristais de diversas formas , principalmente animais e abstratos. Se não se importar com o preço, aproveite a loja em seguida. Um pouco mais além, subimos o morro que leva às minas de ferro de Nungwi. Por 30 rands um guia te mostra a enorme cava abandonada, um pequeno museu e conta a história da mina mais antiga do mundo explorada pelo povo San há mais de 40 mil anos, em busca de ocre. Lá pelos anos de 450 começou a ser explorada pelo minério de ferro, até que no século 20 assumiu escala industrial. Aproveitei a visita para enriquecer minha coleção geológica com especularita, hematita e ocre. Almoçamos comida indiana em um shopping center da capital Mbabane. O centro administrativo é bem menor e mais organizado do que poderia supor. À tarde tocamos para Manzini, outra grande cidade e principal em termos de comércio do país. No entanto é feia e aparentemente a única atração é o mercado de artesanatos. Localizado no segundo piso de uma construção consiste em alguns corredores com estandes de vendedores onde você pode calmamente barganhar muitos produtos diferentes, como máscaras, estátuas, camisas, colares, chaveiros, tambores, recipientes, além dos clássicos ornamentos e trajes dos guerreiros. Nos hospedamos em um quarto triplo com ar e frigobar no Valley View Lodge, por 330 rands cada. A área é confortável. Ficamos tomando umas no terraço que é um mirante. 14º. Dia Levantei 5 horas da madruga para pegar o transporte até Maputo. Meus companheiros voltaram a Joanesburgo. Assim como boa parte da África, o veículo só parte quando cheio ou quase. Como naquela manhã chuvosa só havia eu e mais um passageiro no ônibus que iria para Maputo por 90 rands, tivemos que embarcar às 6 e meia num micro ônibus que por 45 rands nos deixaria na fronteira de Lomahasha-Namaacha. Lá ingressei no meu 50º país, fiz câmbio na rua e imediatamente segui espremido com meu mochilão em uma van até Boane, por 50 meticais (moeda de Moçambique, equivale a uns 2,5 reais). Assim que desembarquei, subi num micro até o centro de Maputo por 20 e poucos meticais. Caminhei até o albergue Fátimas Backpackers. Almocei num restaurante indiano com decoração brega em frente (Royal Sweets). Pelo menos havia wi-fi bom, ar e aceitava cartão. Segui meio aleatoriamente a pé passando por alguns pontos de interesse, como a Igreja de Santo Antônio da Polana e o Museu Nacional de Geologia (uma interessante aula de geologia acompanhada de uma significativa coleção de rochas e minerais), pagando 50 rands pela entrada. Depois disso não vi nada aprazível. A cidade é meio suja, decadente e insegura. Nem mesmo a orla se salva. Lá fui parado pela polícia. Como estava portando meu passaporte com o visto e não estava com nenhuma substância ilícita, não me pediram dinheiro. Voltei para o albergue, onde conheci um grupo de cariocas. Jantamos no indiano e ficamos tomando cerveja local 2M (80 meticais) no albergue. A cama do dormitório coletivo não é muito confortável e os ventiladores não vencem o calor até mesmo durante a noite. 15º. Dia Teoricamente eu iria até a praia de Tofo nesse dia, mas devido ao ciclone Dineo que atingiu em cheio a região de Inhambane, um dia antes, tive que ficar um dia a mais em Maputo. Aproveitei para passear pelo centro histórico, onde ficam prédios, monumentos e museus. Ao lado da Catedral Metropolitana na Praça da Independência fica a estátua de Samora Machel, líder revolucionário da independência de Moçambique de Portugal. Entrei nos museus da ferrovia, da pesca, da arte e da fortaleza, todos custando entre 20 e 50 meticais. Há informações escritas tanto em inglês quanto português, mas são pequenos e não tão interessantes. O que mais gostei foi o ferroviário, dentro da estação de trens de passageiros e cargas de Maputo. Fiquem atentos para os horários estranhos de funcionamento, pois enquanto o de arte nacional só abre às 11 horas, já o de história natural fecha às 15horas e 30 minutos. Comi pelo centro mesmo, observei alguns prédios com arquitetura interessante, entrei no mercado municipal, que vende artigos alimentícios, sobretudo não processados, e segui de volta. No caminho passei brevemente pelo Jardins Tunduru, uma tentativa frustada de se fazer um jardim botânico. Ao menos a entrada é gratuita. Ao anoitecer, eu, Felipe (carioca) e Jake (que havia conhecido em Windhoek, assistimos a uma apresentação musical no Centro Cultural Franco Moçambicano. Bholoja, Rodália e Samito, um cantor, violeiro e pianista Suazi, uma cantora Moçambicana e um percussionista. Não sei definir o ritmo e nem o idioma do concerto, mas foi uma intensidade de arrepiar. 16º. Dia Ás 5 horas da madruga, eu, Jake e os 8 brasileiros, partimos de ônibus (990 meticais) para Tofo, mais ao norte. Foi difícil dormir satisfatoriamente a longo do trajeto, visto que as poltronas não reclinavam e que fomos parados em cerca de 10 barreiras policiais. Chegando em Tofo no começo da tarde, era bem perceptível a destruição causada pelo ciclone, como habitações destelhadas, árvores e postes caídos, eletricidade, água e internet voltando lentamente. Almocei salada de polvo (250 meticais) na própria hospedaria, Fátima’s Nest, da mesma administração de Maputo. Tomei umas geladas com um rasta gente boa que pagou. A hospedagem fica de frente para o mar, em uma praia longa e plana, com água de temperatura agradável e algumas ondas. Foi na areia que corri alguns quilômetros no final da tarde. Ao retornar, vi alguns poucos plânctons bioluminescentes na linha da água. Como quase tudo estava fechado, jantamos num restaurante chamado Ulombe, que desrecomendo. Nossos pedidos levaram mais de 1 hora para ficar prontos, não vieram conforme solicitado, e ainda fizeram confusão na hora do pagamento. 17º. Dia Por 3200 meticais, nós 10 e mais um casal greco-lusitano, fizemos um passeio de dia todo com rango incluso no estuário de Inhambane, organizado no Fátima’s. Primeiro fomos na caçamba de uma picape até a Praia da Barra, onde pegamos um barco à vela pelo estuário raso até a Ilha dos Porcos. Ali vive uma comunidade semi-isolada. Sob sol escaldante fizemos um “city tour” pela ilha, aprendendo sobre seus costumes. O melhor veio em seguida. Um baita banquete de frutos do mar (mexilhão, camarão, peixe, siri), além de matapa (culinária regional), arroz e salada. Caímos na água em algum ponto no estuário para um pouco de snorkeling. Pequeninos recifes escondiam lagostas, moreias, siris e alguns peixes. Velejamos lentamente por mais um tempo, terminando o passeio com o final da tarde. Depois jantamos pizzas na hospedagem e fomos ao centrinho curtir um som e dançar num lugar aberto que estava com um agito, entre locais e gringos. 18º. Dia Enquanto os brasileiros prosseguiram ao norte para Vilanculos, fiquei um dia a mais para tentar observar os gigantes tubarões-baleia. Aparentemente, Tofo é um dos melhores lugares no mundo para este fim. Consegui um desconto e por 2700 meticais, contra os 3200 de tabela para fazer o chamado safári oceânico na operadora Liquid Adventures. A entrada no mar grosso com a lancha foi emocionante. Vimos muitos trinta-réis e algumas tartarugas, mas infelizmente nenhum tubarão-baleia. O passeio também inclui um pouco de snorkeling em um ponto aleatório, onde vi peixes, corais e um ctenóforo bem interessante. Passei o resto do dia curtindo a praia. À noite reencontrei por acaso o gaúcho Rafael que estava no restaurante Casa de Comer com mais brazucas. O lugar é meio caro, mas um dos poucos funcionando naquela noite sem luz. 19º. Dia Retorno a Maputo às 4 horas da madruga. FEIMA (Feira de Artesanato, Flores e Gastronomia) à tarde com os brasileiros da noite anterior, Juliana e Gabriel O Pensador. São centenas de estandes dos mais variados souvenires. 20º e 21º. Dia Dias dos múltiplos voos. Tomei o café da manhã em Maputo, almocei em Joanesburgo, lanchei em Windhoek e jantei em Luanda. Quase confiscaram meus souvenires por não conter recibo de venda. No dia seguinte, passei por Guarulhos e cheguei a Florianópolis, curtindo as boas lembranças dessa baita viagem. Curtiram? Então não deixem de conferir outros relatos mais detalhados no meu blog: http://rediscoveringtheworld.com
  7. Viagem à Africa – Moçambique, Africa do Sul e Suazilândia Essa viagem foi sensacional Moçambique – Clima espetacular, pessoas amáveis, educadíssimas, gastronomia maravilhosa e os preços são muito bons. Ao chegar ao aeroporto te cercam querendo te ajudar com malas, câmbio, etc. Isso é a África pobre. Você não precisa de nenhuma ajuda, pode fazer o câmbio num banco no aeroporto mesmo. na média são R$ 1,00/ MTZ 20,00 e pegar o taxi ali mesmo. No meu caso aluguei um carro. A direção é do lado direito e aluguei um com câmbio manual. Cheguei na sexta-feira à tarde e já peguei um transito infernal, desorganizado e procurando o hotel. Deu tudo certo no final. Mas o aluguel é um capítulo à parte. O subúrbio de Maputo é o que vimos da África nos filmes, ´pobreza (mas não miséria), desorganização, venda de mercadoria nas ruas, carros de luxo ao lado de transporte público extremamente precário, pessoas sendo transportadas nas carrocerias de caminhões e por ai vai. Mas o povo é muito hospitaleiro, simpático, humilde e gostam dos brasileiros. Ficamos no Hotel Maputo, bem central mas num local não muito bom, não me pareceu um local seguro para se transitar à noite, tanto que utilizamos o taxi para sair à noite. A viagem para Moçambique foi muito rápida mas ainda assim deu para conhecer um pouco a cidade, com destaque para o Parque dos Continuadores se você quiser comprar artesanato. Segundo minha esposa as roupas e venda de tecidos, com motivos africanos, são excelentes com ótimos preços. Para quem não curte é só ficar num dos restaurantes do parque bebendo cerveja e aguardando as compras da esposa. Muito artesanato de madeira, tecido, metal, etc. Para quem gosta é um paraíso. Ao sair de Moçambique para a África do Sul na fronteira você é cercado de pessoas que querem te ajudar a fazer os trâmites burocráticos, são educados mas insistentes. Faz parte da viagem, não se aborreça por causa deles. Você consegue fazer tudo sozinho. Apresente os documentos do carro e a carta de autorização para atravessar a fronteira que a locadora te deu. Guarde a ficha que eles te deram pois será necessária apresentar no retorno. Cuidado – Ao transitar à noite cuidado com a velocidade, fui multado às 01:00 na cidade, regressando da Suazilândia em 1.000 Mtz por estar dirigindo a 71 km/h num local onde a velocidade permitida era de 60 km/h e estava com os faróis altos, que não é permitido na cidade. Não discuti muito, paguei e pedi o recibo da multa que o guarda fez, a contragosto. Um último detalhe. O guarda da aduana,depois que você passa no raio x, dentro do aeroporto te faz inúmeras perguntas sobre o dinheiro que está levando, as mercadorias etc. Diga sempre que gastou todo o dinheiro na feira de artesanato com as lembranças e ele vai te pedir dinheiro, na maior cara de pau. Dei R$ 15,00 e fui embora. Vamos voltar à Moçambique, ainda assim. África do Sul – Ao cruzar a fronteira você vê que a situação deste país é completamente diferente, embora tive problemas com um “despachante” que queria me “ajudar”. Desnecessário também, só que ele foi extremamente mal educado. Na África do Sul, logo depois da fronteira, entramos no Kruger Park pelo portão Crocodile Bridge. Tudo organizadíssimo, com a permissão de entrada e autorização de saída que você deve guardar para apresentar na saída do parque. Ficamos no acampamento Letabe, 200 km da entrada desse parque, tudo muito organizado e limpo, fizemos dois safaris, pela manhã e á noite. Fiz mais de 400 km dentro desse parque. Dica, dirija respeitando os limites de velocidade, nunca saia do carro e não buzine se encontrar um elefante no meio da estrada. Espere pacientemente ele sair. Elefantes são muito pacíficos mas ficam irados quando são irritados. Lembre-se que ali, nós somos os intrusos. Ao sair do parque pegamos uma estrada linda para Nelspruit, Paisagens belíssimas, estradas espetaculares e fomos para a Suazilândia. Vamos voltar à África do Sul. Suazilândia – Na Suazilândia fiz duas reservas, uma no Mlilwane Wildlife Sanctuary que é uma reserva, muito aberta com acomodações rústicas etc e outra no Royal Swazi Spa, espetacular com campo de golf, etc. Fiquei neste último em função da hora que cheguei. Este hotel é 10. A Suazilândia é um país pequeno mas extremamente organizado e limpo com um povo extremamente educado e simpático e com ótimas estradas, sem pedágio. Depois fui visitar a reserva no Mlilwane Wildlife Sanctuary que é um belíssimo local, despojado mas com elegância (aliás essa é uma característica do povo. Ficaremos nessa reserva da próxima vez. O único inconveniente foi que ao viajarmos pelo interior, já de noite, fomos abordados por uma patrulha de dois guardas, um homem e uma mulher. Eles queriam propina, mas acabamos nos fazendo de bobos e passamos. Locadora – Europcar – Fizemos a reserva que deu em 488 euros. Na véspera me mandaram um email dizendo que o GPS não estaria disponível. A reserva você faz pelo site internacional da Europcar, mas em Maputo é uma franquia e o preço nem sempre é o mesmo, ainda assim, foi de 510 euros. Recebi a fatura com o valor de 1.088 euros e estou aguardando a resposta depois da minha reclamação. Celular – compre um chip da Vodacom em Moçambique, é barato e você tem acesso à internet. Foi o que salvou pois usamos o google maps. Foi ótimo, nem precisou do GPS. Na Africa do Sul compramos um da MTN – não adiantou nada, ficamos sem celular. A sorte é que o carro tinha um GPS, mas apenas da Africa do Sul, embora com placa de Moçambique. Sempre viaje com um mapa em papel, SEMPRE. È isso ai, vamos voltar à Africa. Qualquer coisa podem me escrever. lfernandossjr@gmail.com
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