Colaboradores hlirajunior Postado Abril 1 Colaboradores Postado Abril 1 Em 19/03/2025 em 10:01, Marcelo Manente disse: 8º dia 28/12/24 – La Paz a Copacabana - 155 km Acordamos, tomamos café e colocamos as coisas no carro para partir. Primeiro problema do dia é conseguir sair de dentro daquela apertadíssima garagem. Após a saida coloquei o destino no gps e saimos... Só que... O gps mandou pelo meio da maior muvuca da cidade. Passamos ao lado do mercado de las Brujas. Foi um inferno, ruas estreitas, milhares de tuc tucs, vans, motos, táxis e pedestres disputando espaço nas ruas com milhares de barraquinhas de tudo quanto é tipo de mercadoria que se pode imaginar. Foi terrível, nunca mais quero andar naquela cidade com meu próprio carro. Não há leis de trânsito por lá, cada um por si e salve-se quem puder. Tentei colocar combustível no posto da estatal YPFB, porém não quiseram abastecer com a desculpa de que eu não tinha o numero PIN que a fronteira devia ter dado... Fiquei preocupado, tinha colocado apenas 20 l e isso devia aguentar até Copacabana. Fui devagar e economizando. Depois de um longo e penoso sofrimento começamos a sair do entorno da cidade e os visuais começaram a melhorar. Já chegando perto do lago Titicaca tem-se uma longa sucessão de locais para excelentes fotografias. Paramos em um restaurante com uma excelente vista do lago para comer uma excelente truta (ou trucha como eles chamam). Um pouco caro para os padrões de preços que tinhamos achado, mas como smepre um prato gigante com direito a sopa de entrada. Depois do almoço seguimos em direção ao estreito de Tiquina, um canal mais estreito por onde o Titicaca desagua. De um lado do lago tem a vila de San Pedro de Tiquina e do outro San Pablo de Tiquina. A travessia é feita de uma maneira muito pitoresca. Cruza-se o lago por meio de balsas de madeira brutas cortadas a motoserra onde cabem 2 ou 3 carros. Depois conto o resto. Coragem de andar naquele trânsito de La Paz e El Alto, pior que o trânsito de Juliaca no Peru. Uma pena essa situação na Bolívia, fui uma vez de mochilão, queria voltar lá, mas com essas restrições de combustível é complicado. 1 Citar
Membros Marcelo Manente Postado Abril 13 Autor Membros Postado Abril 13 (editado) 9º dia 29/12/24 – Copacabana a Isla do sol - 10 km de barco e 12 km a pé. Acordamos e depois arrumamos nossas mochilas com pouca bagagem para a caminhada. Achei que seria tranquila a trilha poi já estavamos a quase 5 dias andando numa altitude de 3800 a 4 mil metros. Achei que estavamos aclimatados. Na trilha eu percebi que estava errado. Muito Errado... Saimos da hospedagem e descemos até perto do porto para achar um café da manhã. Comemos num lugar qualquer e fomos comprar nossa passagem até o norte da ilha. Mais ou menos 9 da manhã zarpamos em direção a ilha. Nosso barco era uma carroça de lerda. Vários barcos que sairam depois de nós nos ultrapassaram e fomos nos arrastando como lesmas pelo lago. Mais ou menos ao meio dia chegamos até a ilha. Desembarcamos no norte da ilha na comunidade Chalapampa. Logo achamos um pequeno restaurante aberto. Os preços não eram convidatívos, mas era o que tinha para o momento. Almoçamos e depois saimos para iniciar a trilha de 12 km. Ela começava a 3800m que era o nível do lago e nos locais mais altos chegamos a 4050m. Primeiramente seguimos para as ruinas inkas que havia no local. Havia uma mesa de pedra e também umas ruinas na beira da montanha que tinha visuais magníficos. Valeu a pena passar por lá. Depois dessa atração seguimos a trilha até o sul da ilha. Neste trecho tem subidas imensas e muito cansativas para quem mora a uma altitude de 900m. Porém as vistas eram maravilhosas, inesquecíveis. Eu levei 2 latas de spray de oxigênio para me auxiliar na caminhada que foi extremamente cansativa. Acho que se não fosse o spray eu teria desmaiado em alguma daquelas imensas subidas. Depois de chegar na comunidade do lado sul fomos procurar a hospedagem que eu tinha reservado. Depois de muito esforço chegamos a hospedagem. Eu tinha reservado quartos duplos com banheiro comparttilhado. E qual foi a minha surpresa ao saber que os quartos ficavam em um andar e o banheiro no andar de baixo!!!! Fiquei muito chateado pois isso não estava especificado no Booking. Ai tentei convencer a gerente a nos dar outros quartos com banheiro privado. O valor foi bem mais alto, mas ainda chorei um pouco e tive um desconto. Tomamos banho e eu como estava destruido não quis sair com o Gerson, a Cintia e o Jocáz para achar um restaurantye. Só pedi que me trouxessem um sanduba para depois eu comer. Eles depois voltaram com meu sanduba, eu comi e fui dormir pois estava exausto. Uma consideração para quem for fazer a trilha da Isla do Sol: faça ela saindo do sul para o norte. IMPORTANTE: pegue o hotel no local mais alto da comunidade no sul no 1o dia, durma e no dia seguinte pela manhã faça a trilha. A altimetria de sul ao norte é melhor, você terá subidas menos ingremes visto que já subiu um bocado indo para um hotel alto do lado sul. E dormindo lá sua aclimatação será melhor. Editado Abril 13 por Marcelo Manente 1 Citar
Membros Marcelo Manente Postado Abril 13 Autor Membros Postado Abril 13 (editado) Hospedagem Editado Abril 13 por Marcelo Manente 1 1 Citar
Colaboradores Juliana Champi Postado Abril 22 Colaboradores Postado Abril 22 Em 13/04/2025 em 16:37, Marcelo Manente disse: Eu levei 2 latas de spray de oxigênio para me auxiliar na caminhada que foi extremamente cansativa Oie!! Onde vc comprou Marcelo? Citar
Membros Marcelo Manente Postado Abril 23 Autor Membros Postado Abril 23 Em 22/04/2025 em 10:46, Juliana Champi disse: Oie!! Onde vc comprou Marcelo? Tinha para vender no Mercado livre. Mas não achei mais. Em Cusco tem nas farmácias. 1 Citar
Membros Marcelo Manente Postado Maio 10 Autor Membros Postado Maio 10 9º dia 30/12/24 – Isla do sol a Copacabana / Bol a Santa Lucia / Peru – 235 Km Acordamos cedo pois queríamos pegar a barca de 8:30 para chegar o mais cedo possível a Copacabana, pegar o carro e seguir para Chivay. Esse era o plano, mas por conta de uns atrasos isso não foi possível. Tomamos um bom café naquele magnífico terraço da pousada, mas o local é um pouco embaçado por causa do sol forte na cabeça e de haver poucas mesas para o café. Considerações sobre o Hostal Isla do Sol: primeiro não gostei que no Booking aparece um preço e quando se chega lá o preço é maior. Outro problema é não ter aviso de que os quartos com banheiro compartilhado serem em um andar e o banheiro ser em outro andar 😱 o que para uma pessoa que vai 1 ou 2 vezes ao banheiro por noite é terrível. Outro detalhe é que o banheiro não ficava no interior da pousada e sim no lado externo dela 🥶. E ainda, no quarto com banheiro a água no chuveiro era insuficiente de modo que era difícil tomar banho. Ou esquentava muito ou esfriava muito. Depois do café descemos até o porto do lado sul e buscamos um barco para ir de volta a Copacabana. Compramos as passagens e levamos azar de novo. Nosso barco era o mais lerdo de todos e ainda para piorar teve várias panes na navegação pois o motor engasgava, morria, pegava de novo e a velocidade era muiiiiiiiito lenta. Demoramos quase o mesmo tempo para voltar que gastamos quando fomos ao lado norte. Foi um desânimo total. Quando chegamos a Copacabana fomos logo ao estacionamento para pegar a Duster. Entrei no carro e girei a chave, porém o carro não pegava. Fui tentando até ver que a bateria quase não estava girando direito. Ai empurramos o carro numa ladeira que eu percorri inteirinha sem conseguir fazer pegar. No final, já no plano, girei a chave e enterrei o pé no acelerador e o carro finalmente pegou. Tive de ficar uns minutos aquecendo o motor para voltar a subir a ladeira. Finalmente seguimos a viagem rumo a divisa com o Peru que ficava a 15 minutos. Chegamos à fronteira e não havia nenhum carro a nossa frente. Descemos, demos nossa saída da Bolívia e em seguida demos saída do carro. Tudo direitinho e muito rápido. Seguimos mais 1 km e chegamos a aduana do Peru. Primeiramente demos nossa entrada e depois eu dei entrada no carro e novamente foi tudo muito rápido e tranquilo. Não fizeram nem revista do carro, o que eu estranhei, pois quando eu entrei no Peru em 2017 em Arica a revista foi rigorosíssima com raio x das malas inclusive. Ou seja, recomendo passar por essa fronteira, muito mais desenrolada que Arica ou Desaguadero. Procuramos fazer o câmbio ali na fronteira mesmo, mas não achamos câmbio bom por ali. Seguimos até a cidade de Yunguyo. Lá nos batemos bastante para achar um câmbio. Eu troquei dólares que eu tinha. Meus companheiros de viagem também trocaram dólares. O Jocaz, o Gerson e a Cíntia ainda quiseram ver se achavam um melhor câmbio e foram até uma feira de rua da cidade. Eu fiquei preocupado em deixar o carro sozinho e não fui junto. Eles demoraram um bocado o que acabou por atrasar nossos planos. Saímos da cidade procurando um restaurante. Na cidade mesmo não achamos nada interessante, seguimos pela estrada e logo à frente num vilarejo encontramos um restaurante onde pegamos um menu baratinho que tinha, como sempre, sopa de entrada e mais o prato principal. Após isso só estradão, primeiramente na beira do lago Titicaca até chegarmos a Puno. Não entramos no centro da cidade, pegamos uma avenida que circulava a cidade e no final dela pegamos uma outra estrada diferente para desviar da cidade de Juliaca. Pegamos inicialmente a ruta 122, depois entramos à esquerda na ruta 34 a. Como estava ficando tarde resolvemos parar em Santa Lúcia ao invés de encarar a estrada de montanha de noite. Passaríamos 4.900 m de altitude e muitas curvas fechadas e com muitos visuais que seriam perdidos se passássemos à noite. Ficamos na hospedagem Luna brilhante. Um hotel bem razoável à beira de uma ferrovia só que sem café da manhã. Não Lembro do preço. Também não lembro o que comemos a noite. Hehehe. 1 Citar
Membros Marcelo Manente Postado Maio 17 Autor Membros Postado Maio 17 (editado) Dia 27 e 28/12/24 Editado Maio 17 por Marcelo Manente Citar
Membros Roberto Brandão Postado Maio 18 Membros Postado Maio 18 É muito bom acompanhar seu diário de viagem aqui no mochileiros. 1 Citar
Membros Marcelo Manente Postado Maio 24 Autor Membros Postado Maio 24 (editado) 9º dia 31/12/24 – Santa Lucia a Majes – 424 Km Dia do perrengue... Não acordamos muito cedo naquele dia. O quarto era um bocado apertado para nós quatro, mas a gente se virou. A hospedagem não tinha café da manhã então tiramos os carros da garagem, arrumamos as malas dentro do carro, e fomos até a rodovia para achar algum lugar para tomar café. Achamos um botequinho e tomamos nosso café. Seguimos pela ruta 34A e mais tarde entramos na 34E. Nesse trecho antes de chegarmos a Chivay passamos pelo Mirador de los volcanes. Neste local estávamos a 4910 m de altitude. Entramos no estacionamento e senti o carro afundar um pouco na brita que tinha ali. Descemos e tiramos algumas fotos pois o local é muito bonito. Dali você pode ver ao seu redor às dezenas de vulcões que tem naquela zona. Acho que tem uns 10 vulcões e estão todos descritos em placas que ficam viradas em direção aos vulcões com desenhos sinformativos deles. Na hora de sair do estacionamento precisei acionar o 4x4 pela única vez na viagem. As britas ali eram muito profundas e bem soltas, um perigo para atolar no seco, kkkkk. Seguindo mais adiante, chegamos ao mirante da cidade e tiramos mais algumas fotos. Entramos na cidade de Chivay e fomos tentar fazer mais câmbio pois estávamos com pouco dinheiro peruano. Eu troquei algum dinheiro e o pessoal sacou o dinheiro no caixa automático. Então resolvemos almoçar. Achamos um pequeno restaurante que servia pescados. Eu pedi o ceviche e os outros truchas. Almoçamos e logo fomos para estrada. Apesar de que perdemos algum tempo na cidade com a questão de câmbio. Fomos conhecer o Vale do Colca pela ruta 109. Pagamos 40 soles por pessoa para conhecer o lugar. O dia tinha muito vento. Cada lugar que parávamos para admirar o vale era até difícil de sair do carro por causa do vento que segurava as portas. Assim fomos descendo e parando nos miradores admirando as pequenas cidadezinhas que tinha no caminho. No caminho vimos uma placa indicando o gêiser de Pinchollo. Eu nunca tinha ouvido falar nada dessa atração. Li vários relatos de passeios pela região e ninguém nunca falou disso. Resolvemos entrar, eu meio a contra gosto pois achava que ia demorar muito e atrasar o nosso roteiro. E realmente foi isso que aconteceu como vocês verão mais tarde. Pegamos uma estradinha de terra e subia até o gêiser que era bem ruinzinha, mesmo assim o visual era bem bacana. Foram mais ou menos uns 5 km a 10 km de subida. Chegamos há 4400 metros de altitude. o estacionamento já podíamos escutar o barulho do gêiser que é parecido com de uma turbina a jato muito forte. No estacionamento tem um Mirador e também tem um caminho para seguir até ao lado do gêiser. Eu estava bem ofegante e não quis descer e subir, fiquei apenas admirando de longe, mas a Cíntia o Jocaz e o Gerson resolveram descer. Como eu previ gastamos uns 45 a 50 minutos ali. Seguimos adiante paramos no Mirador da Cruz do Condor. Mas infelizmente no dia e naquela hora não conseguimos ver nenhum Condor. Depois disso fomos seguindo pela estrada asfaltada que seguia pelo vale do Colca. Meu roteiro previa que nós saíssemos na rota 5 bem depois de Arequipa. Só que como a estradinha era toda cheia de infinitas curvas e não era toda asfaltada acabamos demorando mais do que eu esperava. O asfalto seguiu até a cidade de Huanbo. Dali diante seriam 196 km de estrada de terra. A princípio uma história de terra bem razoável, mas do segundo terço em diante uma estrada em péssimas condições. Como estava quase a escurecendo, eu cometi um erro de querer rodar mais rápido do que eu devia naquela estrada ruim, isso me fez entrar muito forte em alguns buracos grandes. A noite foi chegando e aconteceu o primeiro perrengue, o estribo do lado esquerdo soltou-se do parafuso e começou a arrastar no chão. Como eu sou um cara viajado levei um rolo de arame e amarrei o estribo no carro. Mas adiante outro barulho e tive que amarrar em outro lugar o estribo. De repente um barulho no motor começou a ficar cada vez mais alto. Um barulho de algo batendo. Foi aumentando até que não fosse possível mais seguir viagem. E nisso já era noite.. Ficamos muito assustados pois cada vez que tentávamos acelerar o carro o barulho de batidas fortes ficava mais intenso. E o pior é que era uma estradinha tão deserta que não passava um carro que fosse para poder ajudar a gente. Como não tinha outro jeito decidi tentar seguir muito vagarosamente do jeito que estava pois quando se acelerava de uma maneira bem suave não havia tanto barulho de batida, E assim seguimos noite adentro andando a 20 ou no máximo 30 por hora. Assim com o c* na mão conseguimos chegar lá por 21 h na cidade de Majes. Paramos no primeiro hotel que tinha e ali ficamos. Saímos para jantar e depois de tanto nervoso nem quisemos comemorar o ano novo. Cada um foi para o seu quarto e de lá só ouvimos o barulho dos fogos de artifício. Depois da comemoração conseguimos dormir... Dito isso não recomendo que se faça esse caminho que eu fiz para não comprometer a viatura que vc estiver usando. Se quiser conhecer bem o vale vá até o fim do asfalto em Huambo e depois retorne a Chivay para no dia seguinte seguir viagem em direção a Arequipa para dai depois pegar a ruta 5 em direção a Lima. Seu carro e seu bolso vão agradecer. Editado Junho 7 por Marcelo Manente 2 Citar
Membros ThiagoSV Postado Maio 25 Membros Postado Maio 25 @Marcelo Manente Top seu relato, acabei de voltar de la abril/2025, so um complemento pra qm ta indo de carro tb, combustivel nas cidades grande Sucre, Potosi, La Paz, Oruro, Santa Cruz, tem combustivel sem problemas, so n esquecer de falar q quer pagar preço internacional, nao tive problema, cidade pequena mesma coisa, porem quase n tem combustivel e qndo tem , existe fila, o preço do combustivel praticado pelas cholas nas estradas eram de 8 boliviano o q dava quase 4 reais, sem fila sem estresse, tem todas as cidades pequenas por tudo q é lugar... entao pro pessoal q ta indo, pode ir sem medo 2 Citar
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