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@Marcelo Manente Huancavelica e Ayacucho,junto com a Amazônia são as partes que não conheço do país, justo deva estrada.Nenhuma empresa boa de ônibus queria fazer este trecho, inclusive disseram que não havia estrada a Huancavelica,só uma muito ruim a Ayacucho.

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14º dia 06/01/25 – Ayacucho a Aguas turquesas de Milpu a Chumbes - 285 Km.

Acordamos no hotel de Ayacucho, arrumamos as malas e eu fui buscar o carro no estacionamento. Depois disso fomos procurar um café para pegar estrada. Batemos perna por umas três ou quatro quadras e achamos um botequinho bem simples. Pedimos um café e eu pedi um pão com ovo.

Quando chegou o café, pelo amor de Deus...... O pior "chafé" que eu já tomei na minha vida. Super aguado. Parecia que tinha apenas uma colherinha de sobremesa de café. Pagamos com muito desgosto aquela porcaria de café e metemos o pé na estrada. Teríamos um bom caminho para seguir. Apesar de não serem muitos quilômetros as estradas do interior da cordilheira no Peru tem curvas demais e por isso demora muito.

Seguimos em direção a atração do dia, que são as águas turquesas de Milpu. Que fica perto de um pequeno povoado chamado Circamarca.

Seguimos pela ruta 3S até entrarmos da 32 A. A estrada era normal de duas vias até chegar na cidade de Chanquil. A partir dali seguiu como pista única onde só passava um carro com alguns poucos lugares onde dava para passar dois carros.

A pequena estrada passa por dezenas de pequenas Vilas como Incaracay, Molebamba, Cangalo etc. Na hora do almoço, antes de seguir para Milpu, entramos na cidade de Huancapi para almoçar.

Chegamos perto do meio-dia e havia uma grande concentração de pessoas na rua na praça central. Era dia de Reis e havia uma manifestação cultural bem interessante na rua. Havia uns instrumentos diferentes como uma espécie de harpa que eles carregavam pela rua tocando e outras pessoas dançando para comemorar o dia de Reis. Foi bem interessante.

Achamos um restaurante na praça com um preço razoável e ali comemos nosso almoço.

Depois disso voltamos um pouco na estrada para entrar no caminho que nos levaria até Milpu.

O caminho de apenas 38 km mas por uma estradinha de terra bem complicadinha como sempre do lado dos paredões de pedra e precipícios ao lado da estrada.

Chegamos na atração e havia dois ou três carros apenas lá. Mas eu sabia que não era a época certa de conhecer o local. A época certa é de maio a setembro, quando não chove e as águas ficam da cor turquesa.

Entramos, pagamos a entrada que se eu não me engano foi 10 ou 20 soles e seguimos um pequeno trecho de mais ou menos 1 a 1,5 km na beira de um Canyon onde no fundo passava o Rio Milpu.

Nessa época do ano em que nós fomos as águas estavam de uma cor esmeralda muito linda também. Muito transparentes.
São diversas piscinas de águas cristalinas descendo em um pequenas cascatas formadas por calcário. Como ali perto tem criação de trutas deu para ver várias delas dentro daquela água transparentíssima.

Descemos umas escadarias para beira do rio e tiramos diversas fotos. Seguimos mais um pouco até chegar de onde a água brota de uma grande Rocha da montanha.

Ficamos no local cerca de 45 minutos mais ou menos. Depois voltamos para o carro e seguimos viagem, pois a ideia era chegar até Abancay.

Porém como aquelas estradas são muito estreitas, com um sobe e desce que não para e  muito cheias de curvas para todos os lados não deu para chegar até Abancay. No caminho, na cidade de Cangalo encontramos com um grupo cultural que tinha uma bandinha e diversas pessoas fantasiadas de diversas maneiras, até tinha um vestido de gorila. Parecia até um desfile carnavalesco com os foliões seguindo junto e se divertindo com as pessoas na rua.

Chegamos até a cidade de Chumbes, uma pequena vila depois de subir até 4500 m e descer até uns 3.000 m mais ou menos.

Lá encontramos uma pequena pousada e tivemos que pegar dois quartos separados.

Depois saímos para jantar e voltamos para dormir mais tarde.

Editado por Marcelo Manente
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15º dia 07/01/25 – Chumbes a Cusco - 480 Km.

Dia de deslocamento apenas.

Nesse dia acordamos cedo pois seria uma pernada e tanto 480 Km até Cusco. Pegamos as coisas, colocamos o carro e não lembro se procuramos algum lugar para tomar café ou não. Saímos oito horas da manhã e seguimos por aquele sobe e desce e desaparece e aquelas curvas intermináveis durante o dia todo.

Quando chegamos a Abancay já na entrada da cidade parecia que a estrada estava toda destruída. Um terror de estrada. Havia lugares que só dava para passar em primeira a 5, 10 km por hora. A quantidade de buracos era absurda. E na cidade, para piorar, a estrada era toda em subida. Quase 1500 m de diferença entre a entrada da cidade e a saída. Um trânsito muito estressante. E para piorar ainda peguei um caminhão gigante na frente. Sei lá, demoramos que mais de uma hora para sair da cidade. Com aquele tamanho de subida a temperatura do carro passou de 100 graus.

Quando estávamos perto de Cusco eu roteei a internet e o pessoal começou a buscar hospedagem. Aí acharam um local com um preço bom e seguimos para lá. Quando estávamos chegando eu perguntei para ele se eles tinham buscado com estacionamento. Aí me disseram que não.... Complicado hotel em Cusco que tenha estacionamento e nas ruas também é terrível para estacionar.

Fomos seguindo para o hotel que eles tinham pesquisado na internet e chegando lá para minha sorte haviam quatro vagas de estacionamento na frente do hotel sendo que três estavam preenchidas e só uma estava aberta para minha sorte. O carro estava rateando e esquentando muito.

Nos hospedamos no Bear pack Hostel. Um bom preço, bem localizado, com café da manhã bom também os recepcionistas muito atenciosos.

Só não lembro o preço mas era um preço muito bom para a cidade.
Saímos para jantar e dar uma volta e depois fomos dormir.

Editado por Marcelo Manente
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16º dia 8/01/25 – Cusco - 10 Km.

Pegamos um quarto com dois beliches. Um pouco ruim para dormir porque eu costumo levantar uma ou duas vezes por noite e tive que ficar na parte de cima, pois o Gerson ia mais do que eu ainda ao banheiro à noite.

Um bom quarto e um café da manhã muito bom também. Após o café da manhã resolvemos sair para bater perna pela cidade. Andamos, trocamos dinheiro nas casas de câmbio e fomos almoçar no mercado de São Pedro. Um prato gigante por 15 reais mais ou menos.

O Gerson, a Cíntia e o Jocáz queriam ir para conhecer Machu Picchu. Mas eles queriam ir do modo mais em conta, indo até a cidade de Santa Teresa, depois até o lugar chamado hidrelétrica e seguindo a pé por 10 km ao lado do trilho do trem até a cidade de Águas calientes.

Eu tinha contato com uma senhora chamada Marlene da outra vez que eu vim para o Peru. Alguns dias antes eu já tinha fechado com ela a entrada para os três para subir no morro Huayna Picchu no dia 10.

Aí combinamos de ela nos encontrar no hostel para fechar o passeio e para eles pagarem tudo. No horário combinado ela veio até o hostel fizeram os pagamentos receberam os tickets de entrada e daí estavam habilitados a entrar em Machu Picchu. Também combinaram o horário e o local de pegar a van que os levaria até Santa Teresa. O passeio seria dia 10, mas dia 09 eles sairiam de van, fariam a caminhada, dormiriam em Aguas Calientes para dia 10 subirem na atração e voltarem no mesmo dia.

Esqueci de falar, eu não quis ir para Machu Picchu pois eu já tinha ido em 2018 e também não achei que conseguiria subir na montanha Huayna Picchu. Fora que tinha a caminhada de 10 km

Eu queria muito conhecer a montanha colorida. Achei que eu não conseguiria subir a montanha se fosse fazer o mesmo que eles. E eu estava bem certo porque eles estavam destruídos no dia da subida da montanha colorida, inclusive o Jocáz subiu uma grande parte do caminho em cima de um cavalo que ele alugou.

Após o acerto de Machu Picchu no resto do dia batemos perna, olhamos lojas, atrações turísticas e à noite jantamos e fomos dormir.

Editado por Marcelo Manente
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17º e 18º dia 9 e 10/01/25 – Cusco - 10 Km.

Meus colegas saíram de madrugada no dia 9 para pegarem a van que os levaria até a hidroelétrica em Santa Tereza. Me disseram que foi uma saga pois os motoristas peruanos são insanos no volante.

Fiquei dois dias sem meus companheiros de viagem. Nesses dois dias aproveitei para arrumar umas coisinhas no carro, comprar aditivo para a gasolina, pois o carro estava muito ruim desde a gasolina da Bolívia e claro bater perna e fazer compras.

Conheci bastante o centro de Cusco e me arrependi de não ter feito algum passeio como por exemplo para as salineras de Maras.

Em contato com o pessoal eles aceitaram ir na montanha colorida no dia 11, mesmo cansados de Machu Picchu, das caminhadas e da viagem de van. Mal sabiam eles que a coisa seria bem pior que esperavam.

No dia 10 era para meus colegas voltarem, mas ouve chuva pelos lados de Santa Tereza e a estrada fechou até arrumarem um derrumbre (desmoronamento). Resultado, tiveram que sair de lá super tarde e só chegaram a Cusco a 1 da madruga do dia 11, sendo que o horário de saída para a montanha colorida era 4:30 h da manhã. Dormiram só 2:30h...

 

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19 dia 11/01/25 – Cusco Montanha colorida a Cusco -220 km

Acordamos feito zumbis de madrugada, nos arrumamos e ficamos na esquina esperando a van que logo apareceu e embarcamos. Depois ficamos parando em diversos hotéis e hospedagens até a van ficar lotada e irmos finalmente até a montanha.

O caminho era longo e passava por diversas cidadezinhas que teríamos de passar de novo quando estivéssemos saindo do Peru no dia seguinte. Entramos a esquerda na cidade de Cusipata e começamos a subir por estradinhas de terra estreitas. Antes de adentrarmos muito paramos para um delicioso café da manha no restaurante Terraza Andina. Tipo café colonial com muita variedade de alimentos.

Seguimos subindo as estreitas e sinuosas estradinhas do interior que nos levavam cada vez mais alto com visuais alucinantes de montanhas nevadas, vales verdes e muitas cascatas ao longo do caminho. Chegamos no estacionamento a 4650 m de altitude, cada um recebeu um bastão de madeira para a caminhada e eu tinha tbm um bastão que tinha trazido do BR.

Seriam apenas 3,5 km de ida mais 3,5 km de volta, mas os kms mais difíceis da minha vida. Nós 4 começamos a subir juntos, mas logo o Jocáz e a Cíntia começaram a se distanciar. Na verdade eu quis ficar longe do Jocáz pois ele estava subindo com uma caixinha JBL tocando uns reggaes brasileiros (em volume baixo até), mas eu não estava a fim de música diante de uma natureza tão espetacular.

Eu tinha levado uns sprays de oxigênio que já tinham me salvado na caminhada de 12 km da Isla del Sol. Aqui ainda tinha um e apesar de ser bem menor o caminho, eu usei 1 spray inteiro só pra subir. Nos últimos 200 m eu achava que não ia mais conseguir, várias vezes achei que ia desmaiar. Aí eu parava, respirava aquele oxigénio do spray algumas vezes e subia mais 20 passinhos de criança.

Com muito custo cheguei lá em cima sozinho, os outros foram na frente. Berrei e tirei muitas fotos. O lugar é lindo e inesquecível. Esqueci de falar que depois de 1/3 da subida o Jocáz não aguentou e subiu num cavalo alugado. kkkk 

Depois da subida sempre tem a descida e como diz o ditado: pra baixo todo santo ajuda... Na descida acabei encontrando o Gerson e a Cíntia de novo e seguimos juntos. Fui num ritmo bem bom até apenas com algumas paradinhas. Acabamos por ser um dos últimos a chegarem na van.

No caminho, paramos novamente no restaurante para o almoço que também foi no esquema de self serviçe e com uma grande variedade de comidas. Deu pra encher o buchão, kkkkk.

Depois voltamos para Cusco e chegamos lá as 16 h mais ou menos.

Ficamos no hostel até umas 19 h e saímos para sacar dinheiro e jantar. Nessa noite o caixa do banco engoliu o cartão do Gerson e não devolveu mais... Tive de ajudá-lo a pagar o resto das despesas para depois ele me acertar na volta. Jantamos e voltamos para o hostel para arrumar nossas coisas pois partiríamos no dia seguinte bem cedo.

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20 dia 12/01/25 - Cusco a Puerto Maldonado - 480 km

Acordamos cedo, tomamos o café e colocamos nossas malas dentro do carro, era nosso penúltimo dia no Peru. Seria o último deslocamento com atrações na estrada.

Pegamos a estrada. É sempre muito difícil circular por Cusco e arredores no horário de pico. Tem muita buzinada, fechada, forçada, loucuradas no transito que os peruanos fazem que só por Deus. É um alívio quando sai pra rodovia, mas mesmo lá tem os doidos que ultrapassam em curva sem visibilidade.

Depois de passar pela cidade de Urcos a estrada começa a subir, e subir, e subir até alcançar os 4725 metros da Abra Pirhuaiany. Ao redor muitos lugares estavam com neve acumulada da noite anterior, um visual espetacular.

Depois da Abra começamos a descer muiiiiiiito e a adentrar na Amazônia peruana. Muitos rios e cachoeiras por todos os lados da estrada. Passamos por diversas cidadezinhas e vilas e a cada uma que passávamos a estrada ficava congestionada de tuk-tuks para todos os lados e a velocidade tinha que baixar para 10, 20 km/h.

Foi o dia todo de deslocamento e chegamos a Puerto Maldonado ao anoitecer. Batemos em vários lugares para achar um hotel. Depois que encontramos, fomos jantar e depois dormir para seguir em frente pois seriam vários dias só de deslocamento sem atrações.

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21º e 22º dia 13 e 14/01/25 - Puerto Maldonado a Rio Branco-AC - 465 km

Último dia no Peru. Acordamos, levamos as coisas para o carro e saimos a busca de um café da manhã. Achamos um com bom preço na plaza maior de Puerto Maldonado.

Depois disso metemos o pé na estrada. Neste trecho a estrada é quase completamente plana com pouca variação de altitude. Seuimos rodando até que chegamos a Iñapari que faz divisa com Assis Brasil no BR.

Nesta cidade fizemos os tramites de saída nossa e do carro que não demorou muito. Também fizemos câmbio com as últimas notas de soles que tínhamos. Em seguida entramos no carro e seguimos para cruzar o rio Acre e finalmente entrar no BR de novo depois de tantos dias fora.

Entramos na cidade de Assis Brasil para comer a genuína comida brasileira que estava dando muita saudade. Comemos a vontade num self service e metemos o pé na estrada. 

Não abasteci na cidade e me arrependi. Achei que dava pra seguir até Brasileia, mas foi no vapor de gasolina. Quase ficamos sem. Depois disso só estradão e com muiiiiiiiitos buracos no asfalto, tinha que desviar a todo momento. Seria um perigo rodar por essa estrada de noite com chuva, deve ser impraticável.

Chegamos a Rio Branco já anoitecendo e resolvemos ficar no primeiro hotel que achamos apesar de ele ser caro para os padrões que estávamos pagando: R$ 100,00. Hotel Campanharo. Muito bom.

Saímos jantar de depois voltamos para dormir.

 

22º dia 14/01/25 - Rio Branco a Ariquemes - 710 km

Apesar do preço o hotel era ótimo e o café da manhã foi no estilo brasileiro, com farta variedade de salgados, bolos e frutas a vontade.

Então depois foi só estradão pelos confins verdes da floresta amazônica.

Paramos para almoçar numa budega na beira de um rio que não lembro o nome e comi um pf com carne de pirarucu frita. Gostei bastante. Imagino que um ensopado desse peixe deva ser muito bom.

No final da tarde chegamos a Ariquemes e ficamos no hotel Rondon, um hotelzinho bem fuleiro que me arrependo de ter me hospedado apesar de ser barato. Depois de nos instalar, saímos achamos um lugar para jantar e mais tarde voltamos ao hotel dormir.

 

Editado por Marcelo Manente
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