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SP a Itanhaém ("a trilha proibida") via Serra do Mar e Rio Branquinho


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mais um relatinho...

 

Segunda tentativa de concluir a trilha Sampa x Itanhaem, através da Barragem, Zona Sul de Sampa até o litoral, via trilha do trem, Serra do Mar e finalizando na aldeia Indígena em Itanhaem.

 

Recentemente, fomos até o Rio Branco da Conceição, logo após o túnel 25 da linha férrea que passa pelo bairro da Barragem, zona sul de sampa. Ali, tínhamos pouco tempo e não conseguimos encontrar o começo da picada que leva até o rio branquinho no vale. Valeu a pena de qualquer forma. Deu para se refrescar nas cachoeiras.

 

Na semana seguinte saiu essa matéria, falando da tal "TRILHA PROIBIDA".

Ai juntamos a fome com a vontade de comer para termina-la. ( http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20110424/not_imp709990,0.php)

 

Após uma discussão por e-mail, combinamos de descer a serra. Augusto, Gibson, Piacitelli, Sandro e eu.

 

Ponto de encontro: Metro Vl. Mariana. 20h. Após umas cervejinhas e lanches, pegamos o ônibus até Parelheiros. (20:30).

 

Encontramos com o Sandro no terminal Parelheiros, aonde pegamos outro ônibus, sentido Barragem, ponto final. Chegamos por volta das 00h.

 

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Caia uma chuva fraca. Colocamos nossas capas. Acomodamos as mochilas e seguimos estradinha de terra sentido a linha férrea. No caminho paramos num buteco a esquerda para comprar agua. 5 minutos depois já estávamos na estrada de terra, escuridão total, nenhum movimento. Só nós e a chuva fraca que não parava.

 

Depois de 1:30 caminhando, chegamos na linha do trem, pegamos o lado esquerdo. E nada da chuvinha dar uma trégua. andamos paralelos a linha do trem até a estação Evangelista de Souza. Ali fizemos uma pequena pausa.

 

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20 minutos depois continuamos pela linha do trem até o túnel 25, aonde seria nosso acampamento. Não andamos muito rápidos porque estava bem liso.

 

Após o túnel 25, a direita, tem uma canaleta e dali desce uma trilha, só seguir ela até um pequeno descampado, aonde alguns anos atrás existia uma cabana (O índio João disse que o falecido tio dele morava ali). Cuidado na trilha a esquerda que existem alguns buracos gigantes.

 

Montamos a barraca na chuva. Ô delícia. rs

Dormimos por volta das 4:20 da madrugada. Ainda chovia e dentro da barraca bastante umidade porcausa das capas, botas, mochilas molhadas e a chuva que caiu durante a montagem.

 

Sábado, tempo nublado, garoa fraca, acordamos as 11h da manhã. Mas o esforço valeu a pena, pois ali na altura da cachoeira do Jamil (após a evangelista de souza), tem o comando da policia que não deixa ninguém passar trilha do trem abaixo.

 

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Tomamos café, desmontamos nossas barracas molhadas, e subimos pela pequena trilha até a linha do trem novamente. Continuamos descendo pelos trilhos, passamos o túnel 24, andamos mais uns 100/200m e do pé de uma bananeira, avistamos uma placa TERRA PROTEGIDA, área indígena. Ai sim, começava nossa trilha que dá ultima vez falhamos.

 

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A trilha que desce é bem demarcada. É só seguir ela até uma arvore bem grande, a direita segue para a cabana do índio João e a esquerda leva até o rio. Descemos primeiro pela direita. Chegamos na cabana do João, índio bem simpático, nos deu dicas para seguir o caminho, só não foi junto porque a mulher dele estava fazendo a comida. Tambem deixamos alguns alimentos que estávamos levando (Cada um levava 2kg de comida não perecível para doação). Voltamos para a trilha, viramos agora a direita na grande arvore e agora a trilha seguia para baixo. Bastante lama, cada hora um revezava no tombo.

 

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A trilha é bem demarcada. uma hora ou outra tem alguma bifurcação, mas sempre continue na maior e mais batida. Assim que termina a trilha voce chega no Rio. Antes, passamos por um ponto de camping e na sequencia um poço. Ali no remanso do poço, você tem que atravessar e seguir pela trilha, acompanhando o rio.

 

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Chegamos na confluência dos rios branquinho e capivari às 17:40h. Agora era hora de procurar uma área para o acampamento. Mais para frente da confluência havia um antigo acampamento. Não tivemos dúvidas e acampamos por ali, ao lado do rio (que estava forte devido as chuvas).

 

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Cada um fez seu jantar, Augusto mandou miojão, Piacitelli uma massa, gibson foi na sopa e depois uma lasanha, eu e o Sandro dividimos o clássico, arroz, feijão preto, farofa e linguiçinha acebolada. 19:30 estavam todos capotados, úmidos e dormindo ao som do rio. OBs: Nenhum dos acampamentos, comportavam mais que 6/7 barracas.

 

Piacitelli, acho que sofreu um pouco mais, pois entrou muita agua em sua barraca e molhou todo saco de dormir. A madruga foi tranqüila, eu só ouvia o rio

 

Domingão chegou e com ele o sol, pena que ali na mata fechada, dificilmente secaria todas as nossas coisas. Acordei por volta das 9h. fizemos o desjejum, desmontamos o acampamento. o dia estava lindo.

 

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Por volta das 10:40 já estávamos prontos para seguir a trilha. Agora procurando a trilha, já que ali no acampamento terminava o caminho. Com certeza a trilha estava do outro lado do rio, que ali passava um pouco forte. Na altura da cintura. Fizemos algumas incursões na mata e nada na trilha. Certeza. a trilha estava do outro lado do rio. E lá fomos nós. O rio estava um pouco forte, resolvemos usar a corda por precaução pois um dos nossos amigos não sabia nadar. todos do outro lado e lá estava a trilha. Bem demarcada também.

 

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Era meio dia e seguimos a trilha, que boa parte do tempo era paralela ao rio e depois foi se afastando. Era bem demarcada. depois foi voltando em direção ao rio e prontos.

 

13:30 chegamos em uma parte da Aldeia Indígena. Ali fizemos o primeiro contato com o índio Henrique.

 

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Henrique também foi bem simpático. Deixamos mais alguns alimentos (fica a dica, entregue mais para a frente). Perguntamos sobre a possibilidade de conseguir uma carona ou pagar por ela. Ele disse que havia um carro na parte principal da aldeia, para corrermos e falar com o índio Miguel.

 

Pegamos o caminho, atravessamos o rio novamente (bem tranquilo naquela parte) na altura dos joelhos. Chegamos na Área central da aldeia, todos estavam em uma reunião. Esperamos um pouco, observamos a aldeia, bastante construções de alvenaria, postes de luz e tambem algumas cabanas bem simples. Tambem conhecemos o cacique Arlindo, índio novo, aparentando ter menos de 35 anos, de poucas palavras, entregamos o restante dos alimentos e conversamos com o dono do caminhão que estava ali de visita para retirar alguns bambus e cipós para trazer para SP.

 

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Foi nossa sorte. economizamos uma pernada de 21 km até a rodovia. Passamos pelo bar do zé pretinho aonde passa o ônibus circular que leva ate itanhaem 2x por dia. Não conseguimos a informação de horários.

 

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Chegamos no posto. ao lado da Breda. aonde as 14:40h o Sandro já conseguiu passagem para Osasco, as 15h o Piacitelli para SP e como não tinha mais passagem, eu, Augusto e Gibson, embarcamos as 16h. Deu tempo até para a cervejinha.

 

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18h todos estavam em SP !

 

Fim de semana com direito a trekking noturno, chuva, lama, atravessamos vários riachos, 2 rios e uma trilha que ninguém conhecia, só seguimos relatos(Beck e Jorge) e mapas.

 

Dá vontade de mandar para o repórter que a classificou como "proibida" e para quem bota a culpa no GPS quando falta bom senso e responsabilidade em levar várias pessoas, sendo que em nenhum momento o meu GPS e o do Piacitelli perderam o sinal. Agora temos o tracklog. De "proibida" é só para pessoas sem noção e despreparadas.

 

Equipos que levei:

Mochila alpina 43l trilhas e rumos

Saco de dormir Micron Lite (passei um pouco de frio) Nautika

segunda pele quechua

botas titã nomâde

banqueta guepardo

parka trilhas e rumos

headlamp guepardo

fogareiro nomad da nautika

barraca falcon 2 nautika

isolante inflável therm a rest

facão 18 polegadas (só foi preciso da trilha do acampamento pós túnel 25)

bastão ultralight quechua

calça climatic trilhas e rumos

3 pares de meia

3 camisetas

2 bermudas térmicas

conjunto panelas backpacker

câmera canon sx 120 (fotos borradas porcausa do vapor dentro da parka)

GPS hcx Etrex

2kg feijão/fubá para entregar aos índios

+ou- 3kg de mantimentos

 

Meu blog com mais fotos: https://www.facebook.com/media/set/?set=a.10150562904044812.404788.576754811&type=3

::otemo:: Valeu Augusto, Gibson, Piacitelli e Sandrão ::otemo::

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  • Membros de Honra

Continua confundindo os rios.

O que passa entre os túneis 25 e 24 é o Rio Branco de Cima, nós não atravessamos o Rio Branco da Conceição.

Após o encontro dos dois o rio segue com o nome de Rio Branco apenas.

Cruzamos o Rio Branco de Cima (margem esquerda/margem direita) no remanso antes da união com o Rio Branco da Conceição, depois cruzamos o Rio Branco antes do encontro com o Capivari (margem direita/margem esquerda), voltamos a cruzar o Rio Branco após o encontro com o Capivari (margem esquerda/margem direita) e por fim cruzamos ele novamente (margem direita/margem esquerda) entre os aldeamentos. Fora a dezena de riachos afluentes.

Lembra-se que eu e o Augusto comentamos que os relatos do Sérgio Beck e do Jorge Soto eram incompatíveis com a Carta Topográfica? Porque eles também confundiram os rios Branco de Cima (Branquinho) e o Rio Capivari.

Maximize para ver melhor:

 

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Depois confere no tracklog aí, mas na Carta Topográfica eu calculei o início da trilha em pelo menos 470 metros após o túnel 24.

 

Abraço.

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  • Membros de Honra

Parabens, mocinhos!

Deu pra perceber que não se trata de nenhum bicho de sete cabeças, mas pede apenas um pouco de preparo e bom senso...

 

E Raffa... se aquela reportagem não fosse tão intencionalmente mal escrita e tendenciosa, eu mandaria sim esse relato para o cara da reportagem ...

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  • Membros de Honra

Bom dia.

 

O Raffa foi educado..... Tenho problemas sérios com água. O Pessoal me deu uma graaaande força para passar o rio. A primeira travessia estava forte.

 

Valeu moçada.

 

Com relação à parte final. Depois da aldeia é bom quem For fazer a travessia em pensar antecipadamente em resgate. Fomos iluminados. Chegamos na aldeia momentos (minutos) antes da condução partir. Senão.....teriamos uma boa pernada..no mínimo até o Bar do Ze Pretinho. Pra quem fez a travessia. Andar por estradinha no final é trash......

 

E são ..segundo o GPS 26,4 km:

 

20110531101149.JPG

 

Abração

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  • Membros de Honra
Parabens, mocinhos!

Deu pra perceber que não se trata de nenhum bicho de sete cabeças, mas pede apenas um pouco de preparo e bom senso...

 

E Raffa... se aquela reportagem não fosse tão intencionalmente mal escrita e tendenciosa, eu mandaria sim esse relato para o cara da reportagem ...

Mas também não é uma trilha para principiantes viu Cris. Com tantas bifurcações na mata fechada e travessias de rios até os mais experientes se confundem como você pode ver na minha mensagem anterior. É fundamental ter um bom senso de orientação, saber farejar a continuidade da trilha quando ela simplesmente acaba e de preferência com a Carta Topográfica nas mãos.

Agora... Depois que o Rafael publicar o Tracklog aqui vai acabar com o mistério da trilha "amaldiçoada"! ::lol3::

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  • Membros de Honra

Algumas informações de altimetria

 

Do terminal da Barragem até a aldeia:

 

Total: 32,5Km

 

Altimetria:

 

Subindo: 5km

Descendo:10,7km

Em nível:16,8km

 

Os números de altimetria não levam em conta a inclinação. O Terminal da Barragem está em 762m de altitude a a Aldeia em 28 totalizando um desnível de 734m.

 

 

Abraços

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