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Peru e Bolívia - Sozinha e 1º mochilão - ¿Por qué no? - 17 + 5 dias - AGORA COM FOTOS =D


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Primeiro mochilão... sozinha... mulher... Peru e Bolívia? Todo mundo me taxando de doida antes da viagem! Mas posso confessar? Foi a melhor coisa que eu fiz na minha vida!!!

 

Vou dividir com vocês a minha experiência nos 17 + 5 dias de uma viagem um pouco diferente dos relatos que eu encontrei quando fui programar o meu mochilão baseado no Mochileiros. Fui pra curtir a paisagem, pra entender a cultura, pra interagir com o povo, mas não nego uma boa cervejinha e uma balada no fim da noite ;)

 

Já peço desculpas pelo fator preço, no começo eu anotei, mas depois virou uma bagunça tremenda. Eu não fui com muita restrição de grana, então confesso a vocês que poderia ter economizado... O resumo da parte monetária foi USD 630 na parte aérea (SP – Lima / Lima – Cuzco / La Paz – SP) – pela TACA/Avianca - sem a “cagada” que eu fiz no fim da viagem (fica a expectativa.. rs) + USD 1000 que deram pros 22 dias e sobrou um pouco menos de 100 dolares pro free shop.

E ah, o roteiro é clássico e manjado... Lima – Cuzco – MP – Puno – Copa – La Paz (17 dias)

 

1º dia – Saída de SP

 

Bom, vivo em São Carlos, interior de SP, peguei um onibus de madrugada e comecei a peregrinação. Peregrinação mesmo... Pra pegar aquele voo com precinho esperto (e comprado de forma não tão esperta, uns 40 dias antes da viagem!) eu peguei um vôo da Avianca com escala em Bogotá! Jesus, demorou, viu... Saí de SP as 8:45 da manhã e cheguei em Lima as 4:45 da tarde (no horário local). Como vcs já devem saber, no Peru são 2 horas a menos que no Brasil, então dá pra entender o lixo humano que eu cheguei em Lima.

 

Dicas certeiras em Lima: 1) Cambie apenas uns 25 – 30 dólares no aeroporto, é a pior cotação que vcs vão encontrar! 2) Busque muito bem o taxi pra Miraflores (alguém se hospeda em outro bairro???). Tinha taxista cobrando 40 dólares até lá... no fim, paguei 40 soles (li gente falando que pagou menos aqui no Mochileiros mas por lá, não vi ninguém que conseguiu nada melhor). 3) Meninas/mulheres: só se vcs falarem espanhol MUITO BEM pra que as pessoas não notem que vc é brasileira. Eu falo razoavelmente bem e todo mundo me pegava pelo “acento”. Aí, descobriu que é brasileira, ferrou, cantada de todos os taxistas! Convivam bem com isso, chicas, foi em 100% da viagem. Depois de um tempo quando eu ouvia a cantada já ia perguntando se a esposa tava bem, quantos filhos ele tinha... aí melhorava! Hahaha

 

Em Lima fui direto pro Loki (loki loki oi oi oi). Excepcional! Ambiente bacana, atendimento nota 10 e um pessoal muito animado! Tava um pouco acuada com a situação de não conhecer ninguém, num país diferente... subi, vi meu quarto, tomei aquele banho e desci pro bar do hostel pra comer alguma coisa. A comida de lá é bem boa! Comi um hambúrguer com papas fritas e uma cusqueña, sentei nos sofazinhos e fiquei lá de boa. Em pouco tempo já tinha feito amizade com a gringaiada, ia todo mundo pra HELP (era uma quinta, dizem que eh a melhor balada... ;) ). Balada estilo mochileiro (= havaianas! hahaha). Nem sei como agüentei ficar lá até mega tarde.. mas foi bacenérrimo, um lugar simples mas tava superanimado! Fizemos amizade com uns peruanos (eu e uma inglesa doida que se tornou uma amiga) que nos deram carona pro hostel (maluquice, né?) mas sobrevivemos a essa cagada... Não deu nada, mas contamos com a sorte! E agora os peruanos viraram nossos amigos tb, converso sempre com eles pra “entrenar mi español”, rs.

 

Gastei 10 soles na única cerveja que eu paguei na Help, o resto foi barganhado.. hahaha. E 2,5 soles de taxi pra ida até lá.

 

2º dia – Lima

 

Acordei lá pelas 10 da manhã, tomei aquele café da manhã do hostel (pão com geléia e café foooooooooorte) e fui pra rua conhecer Lima. Super fácil andar em Miraflores, sem segredo! Pegue um mapinha e vá! Parque Kennedy e Larcomar, checked! Esse dia eu comi no La Lucha, uma lanchonete muito boa lá em Miraflores... delicinha de lanche! E dos pouquíssimos sucos naturais da viagem... A questão da qualidade da água no Peru e na Bolívia me incomodou um pouco então a parte liquida da viagem se resumiu em refri e cerveja =) /comi um sanduiche de jamon + papas + suco de pêssego = 18,9 soles.

 

Comprei o pacote pra fazer o tour “Lima de noche y circuito mágico del água”. Bem turistão mesmo, naqueles ônibus que vc vai na parte de cima que é ao ar livre. 60 soles. Valeu a pena, o parque das águas é lindo e a ver Lima a noite é totalmente diferente do que de dia. E andar naquele ônibus é bom porque não podemos esquecer que Lima é cidade grande, com todos os problemas de segurança que isso traz. Não me senti bem na Plaza de Armas ao anoitecer quando estava a pé... dá uma tensão que eu acho que é normal. Ah, o único ponto negativo do tour é o lanche que é bem fraquinho! E o transito de Lima é maluco... sério! Dá desespero de tanta buzina que vc escuta o tempo td. Acho que os taxistas pensam que se eles buzinarem vão convencer vc a pegar um taxi oO. Fim de tarde, um Starbucks de leve... 13 soles.

 

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Circuito Mágico del água

 

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Plaza de Armas a la noche =)

 

De volta ao hostel, a balada do dia era no Larcomar. Uma das duas baladas de lá, a Gotica. Ah, não paguei pra entrar em nenhuma balada nem em Lima nem em Cuzco. Sempre usem a desculpa de “sou turista, quero conhecer!”. Funciona sempre! Quer dizer, me falaram que na Aura (lá no Larcomar mesmo) não funciona... mas acabei nem tentando tb.

 

Esqueci de mencionar que essas 24 horas foram as únicas sem nenhum brasileiro. Vitória! Hahaha. Aí encontrei o Márcio na beira do bar do Loki com uma camisa do Corinthians (eca!)... Fomos com uma menina que trabalhava na recepção do Loki pra Gótica... o lugar é bem legal... mas o traje de balada de mochileira não funciona muito bem pq lá é balada mesmo, mas foda-se, nos divertimos demais!

 

3º dia – Lima

 

Dia turismo. Acordamos “cedo” (já tá no plural pq brasileiro é uma merda e gosta de andar junto... hahahah) e fomos visitar Huaca Pucclana (as ruínas pré incaicas em Lima - 10 soles a entrada+ 2,5 soles numa agua). Lugar bem cuidado, guias super bem informados. Tem que conhecer. Dica: Dá pra ir a pé de qualquer lugar de Miraflores, é bem perto.

 

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Huaca Pucclana

 

Depois, uma andada no Parque Kennedy e comprinhas no centro de artesania que tem ali perto.. perto mesmo, só não vou saber explicar direito! Mas procura em mapa, no Guia (o do viajante independente da América do Sul) tem! Almoço no Bembos, uma rede de lanchonetes peruana... comi um dos típicos de lá, beeeeeeem bom! E eles tem uns molhinhos ótimos pra batata tb... E não deixe de pedir a Inka Kola... é doce, é enjoativa mas eu gostei!!! Tem que provar! 19 soles.

 

Resolvemos conhecer o centro de Lima (dessa vez de dia). Taxi até a Plaza de Armas – 15 soles (eu paguei a ida, o márcio a volta) . Linda! Não tão linda quanto a de Cuzco, mas muito imponente! Depois Iglesia de San Francisco com suas catacumbas (imperdível – 7 soles) e mais um mercado de artesanato onde experimentamos o pisco e o pisco sour.

 

Eu queria ter ido no “El estádio de Futbol” que fica no centro tb, passamos na porta mas acabamos não entrando porque tava mega tarde e tínhamos que voltar pro hostel pra nossa necessidade diária de balada. Antes, janta de leve no kfc, hahaha, 17 soles. Ah, comprei uma toquinha pra mim em Lima por 6 soles, foi bem mais barato do que em Cuzco, se eu soubesse teria comprado todas as p presente lá...

 

A noite ficamos no bar do Loki onde eu aprendi o jogo alcoólico mais bacana. Fuck the dealer. Muuuuuuito bom. Tava tendo campeonato de beer pong tb, eu me diverti demais lá no bar. No fim, já eram 2 da manhã e não tínhamos saído pra balada, no mais alto grau de alcoolismo resolvemos sair pro Parque Kennedy e buscar alguma coisa... e não é que achamos? Mas agora, pls, não me perguntem onde fica isso, impossível de lembrar! Era a ultima noite do Marcio, então ficamos na balada atéééééé tardão. 20 soles de cusqueña.

 

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Eu, Caz (England) e Márcio

 

Faltou contar um fato importantíssimo, talvez o mais marcante (com o perdão do trocadinho que vcs já vão entender) de td a viagem. Quando chegamos do passeio por Lima,6 gringos tinham tatuado no pé um ¿Por qué no? (tá bom que acho que nenhum com acento e tinham poucos com a interrogação no começo.. rs). Meu, foi a frase mais bem sacada e a filosofia da viagem (e agora pra vida). Os gringos de quase todos os lugares do mundo não se importam muito em aprender o español, eram poucas frases que eles sabiam. O ¿Por qué no? Era uma delas. Prometi pra mim mesma que faria assim que chegasse no Brasil... começou em 6, agora já devem ter uns 11... tem um contador na parede do Loki que deve estar desatualizado, rs.

 

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¿Por qué no? crew @Loki Lima

 

4º dia – Lima

 

Um brasileiro foi embora, mais 4 chegaram! E essas 4 meninas me acompanharam por qse toda a viagem! Alguns desencontros, mas estávamos sempre lá, bebendo uma cerveja (muitas vezes quente) juntas. Era meu último dia em Lima, aproveitei pra dar mais uma caminhada, conhecer mais algumas coisinhas e curtir meus últimos momentos em Lima. Foi um dia de “bundar” mesmo, tava cansada e tinha mais vários dias pela frente. E ah, eu tinha chegado umas 7 da manhã da balada do dia anterior, eu dormi até um pouco tarde, rs.

 

Pela noite, mais vááááárias rodadas de Fuck the Dealer depois resolvemos sair... mas olhe, domingo não tem balada aberta em Lima! Rodamos por Barranco e não achamos, fora que fomos em 3 taxis e nos perdemos, foi uma beleza... Voltamos pro hostel, eu tinha vôo as 9 da manhã (isso já devia ser quase 2) e eu resolvi ir dormir. O povo teve fé e foi pra alguma das baladas do Larcomar.

 

No check out do Loki gastei uns 90 dólares que incluíram 4 x 12 = 48 de hospedagem pelos 4 dias e o resto em cerveja e comida pelos outros dias.

 

5º dia – Lima – Cuzco

 

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Ah Cuzco, eu viveria pra sempre por aí =)

 

Taxi pro aeroporto: 30 soles. Pra ir pra lá sai mais barato pq é certeza que o taxista pega alguém pra Miraflores na volta, o contrário é que não é garantido aí eles ficam no “preju”. Peguei meu vôo cedinho (o aeroporto de Lima é bem ajeitado) fui alternando entre e cochilo e uma curtida de paisagem. O vôo é incrível, bem pertinho das montanhas.

 

3 mil e tralalá de altitude. Niiiiiiiiiiiiice. Não tive problemas graves com aclimatação, só a noite que eu ia alternando chá de coca com cerveja pra ver se passava a dor de cabeça (passou! hahaha). Mas toda subida é um sofrimento, a subida do Loki então (sim, eu bati cartão em todos os Lokis por onde passei, apaixonei!). Mas não se ache super homem e vá fazer várias coisas assim que chegar. Você está na altitude e entenderá quando o Galvão fica fazendo aqueles cometários bizarros em jogos do Brasil na Bolívia.. rs. Uma menina passou muito mal no dia do City Tour, tinha chegado e ido fz o passeio. Totalmente não recomendado!

 

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Plaza de Armas - Lindíssima

 

Peguei um taxi pro Loki (20 soles) e já fui papeando com o taxista (ótimo pra treinar o espanhol e pra aprender a fugir das cantadas “lãs brasilenas son lãs mas guapas del mundo” x 1000) sobre aclimatação. A dica dele foi “chega no hostel, almoça uma sopa e fica lá a toa por umas duas horas” e obviamente, encha a cara de chá de coca. Lições cumpridas a risca (bela sopa no Loki, hein... a comida de lá era excelente, jantei lá varias vezes!!!), comi a sopinha assistindo um filme que tava passando no telão.

Como depois disso já era umas 4 da tarde, só peguei minha câmera e meu mapinha e fui atrás da Plaza de Armas. É bem fácil, mas me perdi porque as ruas mudam de nome e aí fiquei td confusa =X. Fiquei lá na Plaza de Armas por um belo dum tempo, tava um sol bacana, uma temperatura legal... Mas, eis que começa a anoitecer e fica FRIO. Sério, tava um frio medonho! -4ºC na minha primeira noite... ::Cold:: Dentro do quarto e dentro do bar do Loki, belezinha, dava até calor por ser fechado, agora do lado de fora, credo.. friaca! Esse dia conheci um monte de gente no hostel, uma galera que ia fz Salkantay, um carioca (o Marcos) que tava indo pra MP no dia seguinte e a Izabel e o Felipe que estavam no fim de um tour de mais de mês. Muito legal ficar lá falando sobre as experiências e escutando as histórias dos outros. Conheci um monte de gringo tb, sempre gente boa. Acho que pra fz esse tour tem que ser bem desapegado e acabamos tendo muitos pontos em comum com td mundo que encontramos. Tanto quanto as imagens, as pessoas vão ficar marcadas pra sempre como lembranças sempre boas da viagem.

 

Essa noite foi frio e cerveja... ficamos como se num boteco, batendo um papo entre amigos recém conhecidos (e passando frio pq não tinha mesa dentro do bar... ainnn).

Sobre os quartos, no Loki tem uma área que se vc não quiser estar na festa vc não dorme, preste atenção nisso se vc não é uma party person. Mas todos os quartos são bem a cara de Cuzco, o prédio é antigão, reformado... mas não perde a alma. E os cobertores são MEGA QUENTES daqueles que de tão pesados te deixam dormir na mesma posição por preguiça de se mexer, hahaha. Aprovadíssimo!

 

6º dia – Cuzco

 

Acordei e encontrei um casal de Porto Riquenos tomando café no bar do hostel. Começamos a conversar e acabamos saindo pra andar em Cuzco juntos esse dia. Eles ainda não tinham comprado a ida para MP e queriam resolver. Eu queria acertar o City Tou r e o Valle Sagrado (pro dia do meu trem... aquela coisa clássica, Valle Sagrado, desce em Ollanta e pega o trem). Achamos uma agência que ofereceu um preço bacana e fechamos td por ali mesmo (só a cagada que eu fechei o guia de MP com eles tb, no fim,

me arrependi profundamente de ter ido na dos Porto Riquenos). Foram 17 soles p o city tour e 77 dolares a entrada em mp + guia + valle sagrado.

 

Tomei mate de coca no trotamundos na plaza de armas, muito bom! 5 soles.

 

E o City Tour sairia naquele mesmo dia um pouco mais tarde. Bom... bora! Tinhamos tomado café da manhã um pouco tarde e não queríamos almoçar aquela hr. Fomos num mercado e compramos besteirinhas, deu pra passar bem o dia.

 

O City Tour eh bem bacana, mas isso vai depender muito do seu guia. Bom, Cuzco e em geral são só pedras e pedras... o que é bacana é a historia, toda a historia por traz daquele tanto de ruinas. É, além de tudo, é tudo lindo! Adorei o City Tour e não vou ficar falando muito pra não dar spoiler... ahhahaa.

 

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Na volta, procuramos um restaurante pra comer alguma coisa típica. Carne de alpaca delicinha. Valeu a pena tb pq tinha uma banda tocando lá, achei bem típico. O nome é Imperio de los inkas e gastei 30 soles no prato + pisco sour.

 

Sabe as 4 meninas que eu conheci em Lima, então, elas chegaram em Cuzco esse dia. Ficaram hospedadas no EcoBackpackers (o qual elas odiaram do fundo do coração... rs) e foram a noite pra curtir o bar do Loki. Bom, já éramos em 5, achamos mais 3 companheiros lá. 3 amigos de faculdade (2 meninas e um menino) que estavam viajando juntos tb.... Pronto.. brasileiro demais por metro quadrado. Causamos muito.

 

Era aniversário de um dos meninos que trabalhava no bar e ele queria uma lap dance... ah tah (pensamos nós), que alguém vai lá. O menino tava sentado numa cadeira no meio do bar esperando. Aí vieram duas americanas e arrancaram a calça do garoto, ficou só de cueca e começou a baixaria... e a gente gritando no fundo (suas kengas, piranhas, vagabundas... e a brasileirada rachando de rir... uhahuauhah). No fim, depois de esfregarem td o que podiam, cada uma senta numa perna do menino e se dão um beijaço. OMFG! Eu achava que essas coisas era de filme americano... pode até ser, mas agora eu tenho certeza que é baseado em fatos reais.. rs.

 

No aniversário ainda teve um ligeiro drink pra galera (cada um contribuiu com 10 soles e ganhava um copo). Tenso.

 

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Aí a gente resolveu beber shot de pisco. “EEEEEEE shot pros brasileiros”. Tensíssimo!

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Pisco - antes

 

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Pisco - depois

 

O fim da noite se resumiu em ir pro Mama Africa rolando as ladeiras de Cuzco... LITERALMENTE.

 

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Minhas lembranças do Mamma Africa são bacanas, mas já tínhamos bebido tanto que nem pegamos o free pisco sour.. uhahuauhah. Se for em Cuzco tem que ir no Mamma Africa! FATO!

 

7º dia – Cuzco

 

Ressaca. ::essa::

 

Isso resume 70% do meu dia.

 

Quando acordei (pegando o fim do fim do fim do café da manhã) encontrei o trio de SP no bar, fomos curtir nossa ressaca andando em Cuzco. Fomos em uma das igrejas na Plaza de Armas, fomos em vários mercados de artesanias (e compramos um moooonte de coisa). Fomos em um dos mercados municipais de Cuzco tb.

 

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Foi um dia meio que pra entender como aquilo funciona mesmo, esquecendo a turistagem. É outro mundo, eu não consigo comparar Cuzco com nenhuma outra cidade que eu já conheci.

 

Incrível.

 

E, como paulistanos e paulistas que somos... Pizza de janta! E um bolo espetacular de sobremesa! (Um pedaço de bolo pra 4 pessoas.. uhahuau).

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A noite foi meio parada... eu tava cansada (acho que com um pouco de febre) e no dia seguinte eu tinha Valle Sagrado. Fui dormir antes da meia noite (MILAGRE!).

 

Check out no Loki deu uns USD 85 também – 3 x 11,50 de hospedagem e o resto de comida e bebida.

 

8º dia – Valle Sagrado e Aguas Calientes

 

Vou começar falando de algumas modificações que eu faria se eu tivesse mais tempo e mais informação. 1) Eu ficaria uma noite em Ollantaytambo. 2) Eu ficaria um dia em Aguas Calientes.

 

As duas cidades foram só passagem pra ir pra Machu Picchu, mas meu... fantásticas! Ollanta é excepcional, linda... uma energia incrível! As ruínas são um show a parte.

E Aguas Calientes tem todo um charme que eu acabei não conhecendo muito bem... só uma voltinha muito rápida. Não cheguei a ver onde ficam as tais águas calientes, não tive tempo, mas se eu pudesse eu dormiria lá mais uma noite e, depois de andar que nem uma doida em MP, iria ficar de molho nas tais águas.

Voltando ao Valle Sagrado... Muito foda o passeio tb. Imperdível! Não dá pra tirar do roteiro por nada nesse mundo. Eu não gostei do guia do passeio, achei que ele tava muito nem aí com nada... mas mesmo assim, foi foda!

 

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Único detalhe, detestei o restaurante que fomos. Eles sugeriram um e acabamos indo nele mesmo. Willkamayo Horrivel! Preço único (20 soles) e comia a vontade. Mas tava td ruim, não gostei! Comeria no restaurante da frente (fui na onda dos porto riquenhos e me ferrei de novo... devia ter confiado um pouco mais no feeling).

 

Desci em Ollanta e fiquei lá esperando o trem. Assisti muita TV, tava passando uma transmissão ao vivo de MP, era o dia em que completava 100 anos da descoberta da s ruínas. Eu, em particular, achei que foi td um exagero... muito marketing mas que trouxe muito prejuízo pras ruínas, no dia seguinte tava uma bagunça por lá. Fora o risco dos operadores que tava carregando caixas enooooormes de som escadaria abaixo. Eu tava desesperada vendo eles desmontarem td e prevendo um acidente bizarro.

 

Bom, cheguei em AC bem de noite, o pessoal do Pirwa me buscou na estação. Tudo tranqüilo. Banho delicinha, internet e dormir pouquíssimo pq eu queria subir o Wayna

Picchu! Gasto no Pirwa – USD 11.

 

9º dia – Machu Picchu

 

Deitei e acordei. Ir dormir meia noite e acordar as 3:30 da manhã foi uma coisa que nem eu tava acreditando que daria conta de fazer. Bom, as coisas quando eu fui eram diferentes do que são agora referentes a Wayna Picchu, aquele esquema de só as 400 primeiras pessoas conseguiriam subir.

 

Eu tentei ser uma delas.

 

Tentei e não consegui.

 

Eu tava pseudo sozinha aquele dia, já que tinha fechado com os Porto Riquenhos o guia (sabe se lá deus porque) e combinei com eles de pegar o primeiro ônibus (porque eles não queriam subir a pé). Bom, eu fiquei na fila pra comprar o ticket e eles na fila do ônibus. Fomos no 3º ônibus e mesmo assim não fui uma das 400 primeiras. Fiquei puta da vida. Mas ok, vamos a visita.

 

Ficamos esperando a guia até as 9:30 da manhã (sim, ela atrasou, biscate.. era as 9). Entramos e ela explicou certinho, mas fiquei um pouco mal humorada porque ela tinha atrasado e eu não ia conseguir subir no Wayna Picchu. Tá, acho que a encrenca td foi o mau humor de não ter dormido, mas eu faria diferente e fecharia o guia por lá, muito mais prático e tem um monte.

 

Bom, vamos ao resumo de MP.

 

Mágico. E foda.

 

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Pronto, é isso. Nada mais pra comentar.

 

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Fiz as trilhas da ponte inka e da porta do sol. Por falar em sol, pls, não esqueçam de passar o protetor solar. Eu esqueci e fiquei com uma marca ridícula de óculos de sol.

A trilha da ponte inka é tranqüila mas tem um pequeno abismo bem perto do caminho, aí rola sempre um medinho (mas nada como downhill em La Paz).

O da porta do sol é a mais bacana, só desse caminho devo ter tirado umas 100 fotos. É bem lindo e no final tem um lugar bacana pra descansar e curtir a paisagem de novo.

Depois de andar das 9 da manhã até as 4 da tarde peguei o ônibus de volta pra AC. Paguei os melhores 4 soles da vida pelo melhor banho da vida, lá no Pirwa, já que tinha deixado as minhas coisas lá no hostel (coisas de banho, o mochilão ficou no Loki mesmo).

 

Fui procurar uma coisa pra comer, enganei com uma pizza em um dos inúmeros restaurantes lá na rua principal de AC. Nem idéia do nome do lugar, mas tb, foi uma coisa rápida, só pra matar a fome mesmo. Não foi nada excepcional tb. 23 soles.

 

De volta, peguei o trem pra Ollanta (peguei o Vistadome porque só tinha este mesmo, já tinha comprado do Brasil). Outra coisa que eu mudaria, eu viajaria de dia no dia seguinte, pra curtir a paisagem, que parece ser linda mas eu não vi nada pq viajei no escuro o tempo todo. O vistadome é bacaninha, tem uma comidinha melhor que a do expedition (que é só beliscos mesmo) e umas apresentações de dança, uns desfiles... é engraçado! Mas eu tava podre, precisava descansar e acabei cochilando.

Tem um detalhe... eu, a principio, não tinha como voltar de Ollanta pra Cuzco. No terminal de trens eu fiquei procurando por brazilian faces pra raxar taxi ou qualquer coisa nesse estilo. Aí, naquela sorte que me acompanhou a viagem toda, achei uma porrada de brasileiro que tinha van de Ollanta até o hotel em Cuzco. Dei 10 soles de “propina” pro guia e 10 pro motorista e me infiltrei na van... sorte demais! Foi barato e super divertido porque os meninos tinham um monte de historia pra contar. Eles tinham ido surfar no norte do Peru... só risada! =)

 

Cheguei morta no Loki. Mais um banho e cama! E mais USD 12 de hostel.

 

Do trem, paguei USD 33+60 no cartão de crédito antes, pela internet.

 

10º dia – Cuzco e Puno

 

Passei meu ultimo dia na cidade mais foda de todas do universo =( fui atrás de compras, presentinhos pra galeire, almocei no Yajuu (ou algo assim 13 soles) e tomei a tal de Chicha Morada (péssimo, ruim mesmo e sem gelo.. eca!) e comprei a passagem pra Puno com a empresa Tour Peru que é a melhor sem dúvida! Viagem tranqüila (2 dramins pra ajudar.. rs). 40 soles a passagem.

 

Esse dia se resumiu em compras, andanças e Plaza de Armas. Incrível como vc pode perder muitas horas só sentada lá fazendo nada. Fazendo nada mais ou menos, falando “No, gracias” para todos que te oferecem uma das milhões de coisas que vendem nas ruas. Dica: Faça uma camiseta escrita “No, gracias”, vai ser de grande ajuda!

Ah, quando for comprar os regalos, pechinche! Você consegue pelo menos 25% de desconto em qualquer coisa. Não tenha vergonha! E se tiver viajando com dólares, pergunte a cotação que eles fazem (nas barracas nos mercados) porque cheguei a cambiar melhor em compras do que em casa de cambio.

 

Um ponto que faltou comentar de Cuzco é que vc precisa estar atento aos seus pertences. Eu não tive nenhum problema e em nenhum momento me senti insegura lá mas tiveram alguns ocorridos com pessoas do hostel que me deixaram mais atenta. Uma menina teve a mochila roubada por um taxista, a mochila tava apoiada no ombro e um cara num taxi puxou e levou... e saiu correndo. Nessa a gringa perdeu netbook, passaporte e dinheiro. Foda =/ Então fica a dica, não dê mole! Cuzco é tão inseguro quanto São Paulo, talvez até menos, vc só precisa prestar atenção.

 

11º dia – Puno e Copacabana

 

Eu odeio Puno.

 

E não sou a primeira nem a última pessoa que fala isso. Puno me deu raiva, me fez me sentir extremamente insegura e tensa. Não curtir!

 

Cheguei na rodoviária as 5 da manhã e fui fechar o clássico – passeio pelas islas flotantes de manhã e viagem pra Copa as 2 da tarde por 40 soles tudo. Na crença que tava tudo seguro, deixei meu mochilão na agência que eu tinha comprado o pacote (Titicaca Bolívia) e fui só com a mochila pro passeio.

 

Bom, o barco do passeio é bacana, bem ajeitado... nem comparação com o que se pega pra ir pra Copacabana. O grande problema do passeio é que eu não acreditei em nenhuma palavra do que eles me falaram. É tudo muito teatral (como já tinha ouvido por aqui) e pra mim, falso. Em algum momento alguém já deve ter vivido nas ilhas de totora, mas eu duvido que hj em dia alguém viva lá. Pra mim é mentira e aí é foda... fico me sentindo enganada. Seria mais legal se eles admitissem que isso era passado, talvez eu gostasse um pouco mais.

 

Pra começar, não vi um sinal de alimento e água em toda a isla.. como se pode viver sem água e comida???

 

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Isla de Uros

 

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Chola e barco de totora

 

Bom, passeio feito, fui pra Plaza de Armas de Puno (sim, td cidade tem uma Plaza de Armas) e comi a minha primeira (de inúmeras) truchas do Titicaca. Excepcional. Bem de frente à igreja da Plaza, tem que subir uma escada e tem uma sacada pra Plaza, não tem erro. Fui bem atendida e a comida é bem saborosa.

Agora a parte chata. Cheguei na rodoviária e não tinha ninguém no guichê da empresa que eu tinha comprado o pacote e o ônibus, fiquei esperando uns 10 minutos e nada. Aí uma moça do guichê do lado perguntou com quem eu tinha comprado o pacote, eu falei o nome do cara (que obviamente eu não lembro) e ela falou que não conhecia. Chegou uma moça e abriu a porta da sala onde eu tinha deixado meu mochilão... E cadê? OMFG! Subiu o sangue, comecei a berrar e meu, sério, eu quase destrui toda a frente do guichê. Depois de me esguelar de gritar e chorar (uns 15 minutos isso e eu qse chamando a policia) chegou o cara... ele tinha mudado meu mochilão de lugar porque, diz ele, que tava sem a chave daquela porta... ah tah... enfim, fiquei puta da vida e queria ir embora pra Copa o mais rápido possível. Já comecei o meu esquenta de dieta boliviana ali mesmo, comprei um toblerone e uma pringles pra viagem e fiquei mais feliz.

Bom, a viagem é uma aventura! Num ônibus brasileiro em sua, há muito passada, juventude.

 

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A prova!

 

Mas foi até que tranqüilo, paisagens absurdamente incríveis entre um cochilo e outro. Passamos pela fronteira e cheguei em Copa.

 

Direto pro Utama, indicação fantástica aqui do Mochileiros. Vale a pena mesmo! 15 dólares a diária com o melhor café da manhã de toda a viagem. E tv a cabo, banho quente, cama de casal... delicinha!

 

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Vista da janela do quarto do Utama

 

A noite fui jantar numa pizzaria que acho que chama “Alax Pacha” ou qualquer coisa assim. MUITO BOA A TRUCHA! Recomendadíssimo! Rolou um preconceito por ser pizzaria, mas meu, voltei lá vaaaarias vezes depois. E tem wi-fi pros clientes (foi o que me fez escolher lá, pra falar a verdade) o/ 35 bs a trucha + 18 bs a pacena.

 

Ah, refri quente e cerveja quente. Não há outra opção! =(

 

12º dia – Isla Del Sol

 

Acordei cedo e comi o excepcional café da manhã do Utama. Ah, pra chegar lá, não tem segredo, com o lago a sua esquerda, segue ao lado do “ginásio”, sobe a rua e vira a primeira a esquerda. É na próxima esquina.

 

Fechei pelo próprio Utama o passeio e fui lá pegar o barquinho. Que quebrou 2 vezes. Tivemos até que trocar de barco, o que foi ótimo porque eu acabei indo em cima na ida, curtindo a paisagem e o ventinho gelado do lago.

 

O lado boliviano é infinitamente mais bonito que o lado peruano, Copa é incrível e a Isla é fantástica. Conheci uns pernambucanos super gente boa no barco e um deles topou fz a travessia da isla. Conhecemos o Mario do http://trekking.marionery.com/ e tb o @JeffRAlmeida no barco... eles fizeram o trekking bem na nossa frente (não tem comparação, né, hahaha) mas ficamos felizes em alcança-los no finalzinho. Conheci mais uns paulistanos no meio do caminho, fomos conversando, parando e respirando, andando e tirando fotos, numa alternância maluca entre tudo isso. Sobrevivemos e eu recomendo que todos façam essa travessia, é linda e vale muito a pena! Tivemos que pagar 3 pedágios ( 5, 15 e 10 bs)durante a travessia, acho que a cada vez mais vão ter mais... levem moedas e boas!

 

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Isla del sol - lindíssima

 

Uma trucha básica na chegada ao lado sul (30bs) e uma Paceña que eu to devendo até hoje pro Mário e pro Jeff (hahaha) e a volta no barco com toda a brasileirada papeando.

 

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Mario e Jeff com muito mais pique que a gente!

 

Chegando em Copa eu queria ir no Cerro Calvário mas faltou pique...

 

Mais uma trucha no Alx blo blo blo (não lembro o nome mas é mais ou menos o que eu tinha falado – uns 50bs) e caminha. Pelo meu roteiro original eu iria pra La Paz esse dia mas resolvi aproveitar mais um dia de luxo, uhauhauha, e ir só no dia seguinte pela manhã.

 

Check out no utama – USD 15 x 2 + 25bs do passeio a isla + 38 bs de lavagem de roupa.

 

13º dia – Ida pra La Paz

 

Resolvi pegar o ônibus local (15bs), é bem tranqüilo, não tem segredo. Ele sai do meio da cidade em qualquer horário (vulgo quando enche). Se vc não ligar pras Cholas e suas roupas... hmmm... espalhafatosas ocupando todo o banco, mais tranqüilo ainda.

 

O não tranqüilo foi colocar o mochilão em cima do ônibus. Eu fiquei meio receosa e acho que o motorista percebeu... aí ele colocou o meu no mini bagageiro atrás do ônibus que, no fim, foi a minha sorte. Já explico o porque!

 

Sério, foi surreal! Tenho dificuldades em acreditar no quanto é bizarro aquele lugar. O motô tinha colocado minha mala no bagageiro e eu fiquei toda feliz esperando o busão, sentadinha na calçada... Comecei a conversar com dois franceses e chegaram 3 cholas com uns baldes de peixinhos. Até aí, beleza... Elas começaram a transbordar os peixes vivos, com as mãos, pra umas latas tipo de construção, sabe? 12 latas de peixes depois, o inacreditável.... todos esses peixes foram em cima do ônibus! Junto com os mochilhões e todo o resto. OMG! Eu e os franceses estávamos segurando pra não rir de gargalhada do bizarro que tava sendo a cena, juro que eu queria tirar uma foto mas eu tenho medo da ira assassina das cholas.. auhhuauha.

 

Cheguei em La Paz (sem muitos problemas de aclimatação.. só as subidas mesmo). Os ônibus convencionais descem no cemitério, em El Alto, então precisamos pegar um taxi pro centro de La Paz. Encontrei um argentino e uma brasileira que foram assaltados por lá, por taxista, então acabei ficando com um pé atrás e rachei o taxi com eles mesmo a gente não indo pro mesmo lugar. Acabei nem pegando muito taxi por lá então nem sofri muito com isso...

 

Loki loki loki oi oi oi. Lá vou eu de novo. Dos 3 que eu conheci, o de La Paz é o piorzinho... mas não deixa de ser bom. Curtir! Cheguei no meio da tarde e fui comer alguma coisa (veeeerrrde de fome), desci a rua do Loki e cheguei na 16 de Julio, lá eu comi no Dumbos... um lanchinho bem aceitável e um pedaço de bolo excepcional.

 

Voltei pro hostel e fechei o downhill pro dia seguinte. Fechei lá no hostel sem pesquisar muito porque as 4 amigas que eu fiz na viagem estavam lá, fizeram o mesmo percurso que eu (puno – copa – La paz) um dia antes e me falaram que iam fz o downhill no dia seguinte. Divergencia de informações, quando elas chegaram no Loki (me dando um montinho.. uhauha) elas não tinham fechado o passeio e a agencia jah tava fechada, acabei indo sozinha (mas ok, to viva pra contar). O problema foi que paguei caro... USD 90 pelo downhiil no dia seguinte e o Chalcataya no outro. Mas ok, já foi...

 

A noite uma Paceña quente no hostel e uma bagunça incrível com um monte de gente que achamos por lá, todo mundo trebado menos eu que tava me segurando porque não queria morrer no abismo! Mas mesmo assim, deu pra curtir bastante!

 

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14º dia – La Paz – Downhiil

 

Putaqueopariu, de longe um dos dias que eu mais passei medo em toda a minha vida! Mas não me arrependo, achei excepcional.

 

Fui com a Gravity e foi tudo perfeito... fora o tempo que nos trollou lindamente.

 

Marcamos as 7:30 (por aí) lá no Alexander Coffee da 16 de Julio. Sinceramente, não curti, viu... Todo mundo fala super bem mas achei tudo lá um pouco enjoativo. Vai do gosto de cada um. De lá nos levaram pro início da aventura e começamos.

 

O começo é no asfalto. Fantástico. Dá pra correr bastante, uma delícia aquele vento gelado e a sensação incrível que a velocidade dá. O que pega mesmo é quando começa a terra. E o abismo! E, no meu caso, a neblina!

 

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A parte fácil...

 

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A verdade...

 

Eu fiquei muito tempo pensando se foi bom ou ruim isso... eu não enxergava uns 3 metros à frente mas tb não enxergava o precipício. Bom, foi medonho, eu achei que ia morrer! Uhahuauh! Mas é incrível, a adrenalina é sem comparação! Curti muito!

 

Depois de muitas horas de descida, chegamos num local onde eles fazem serviço voluntário cuidando de animais que foram retidos antes de serem vendidos pelo tráfico.

Cheio de macaquinhos, muito legal. Almoçamos por lá e voltamos já estava de noite. Voltei dormindo no busão... rs.

 

Na volta, joguinho do Brasil pela copa América e baladinha lá no Loki mesmo. Em La Paz deu preguiça de sair a noite porque fazia muito frio... acabamos ficando sempre no hostel, o que já garantia bastante diversão =)

 

15º dia – La Paz

 

Acordei um lixo. Sério, gripada e com uma tosse que não passava por nada. Desisti do Chalcataya porque não tinha condições de fazer nada. Dormi mais um pouco, acordei tarde e aproveitei pra almoçar (numa rede na 16 de Julio, um pouco pra frente do dumbos, na mesma calçada, um pouco pra frente.... a comida era muito boa e o prato muito bruto, pedreiragem mesmo!). Dei um passeio lá por perto, fui até o museu da coca (simples mas bacaninha), andei na Illampu e por todo o centro mas já sabendo que no dia seguinte eu ia voltar pra aqueles lados mesmo, nem fiz muita coisa.

 

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La Paz

 

A noite, bar... pra variar! =)

 

16º dia – La Paz

 

Compras e andança (aos arredores da Illampu e tb Plaza Murillo) no meu ultimo dia. Arrumar as coisas pra voltar e aproveitar a ultima noite do mochilão...

É, mais ou menos isso.

 

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Eu chola! hahahaha

 

Um detalhe é que isso tudo ocorreu dia 15 de julio, véspera de feriado em La Paz. Então, a noite, resolvi ir pro Alexander Coffee da 16 de Julio tomar um café e quando saí me deparei com a avenida toda fechada, sem carros. Ia ter um desfile cívico em comemoração da data! Muuuuuuuuito legal! Deu muito pra sentir como os paceños são orgulhosos (no bom sentido) e foi tudo muito organizadinho. Viva La Paz! Viva Murillo! Viva 16 de Julio!

 

De dia não tenho nada demais pra acrescentar pra vocês, a noite é que foi o começo do fim.. hahaha. Na onda maluca de “vou encher a cara, é meu ultimo dia de viagem” juntamos em 6 (que alguns estavam voltando pro Brasil, outros indo pra outra cidade no dia seguinte) e bebemos de verdade. Eu já tava decidida em não dormir (porque senão era certeza que eu perderia o vôo) fiquei lá até o bar fechar, depois fiquei conversando com um dos meninos que eu conheci lá, o Thomas... papo vai, papo vem.. “por que vc não fica mais uns dias?” “¿Por qué no?” e foi assim... resolvi ficar. Simples e alcoólico.

 

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Os brasileiros!

 

17º dia – 22º dia

 

Quando eu acordei e percebi a cagada que eu tinha feito, fodeu. Bateu um desespero... Liguei na Taca e não consegui remarcar meu vôo porque era promocional... FODEU!

No fim, achei uma passagem de La Paz pra Sta Cruz de La Sierra bem barata e de lá pra SP pela Gol... uns 350 reais. Bom, foi. A cagada foi minha... rs. Mas não me arrependo não, esses dias a mais foram muito importante pra mim! =D

 

Em resumo, acordei com ressaca (inclusive, ressaca moral) e, depois de resolver a situação da volta, fui pensar (junto com o deabo que me tentou a ficar.. uahhua) no que iríamos fazer. Bom, a idéia era voltar pra Copa ou ir pra Arequipa (que não tava no meu roteiro). O ruim é que os horários de ônibus pra Arequipa não batiam, aí não ia dar pra curtir nada por lá pra conseguir pegar os vôos pro Brasil (que eu não podia perder dessa vez, né?).

 

Check out no Loki USD 65. 4 * 7,5 + bebidas (as comidas lá no bar em La paz são ruins =/ )

 

No fim, resolvi voltar pra Copa... ahhh... eu amo Copa! A cidade é minúscula, mas é tudo uma fofura lá. Super segura, nem precisa pensar em se preocupar em voltar tarde pq é tranqüilo. Passei mais 4 dias lá, refiz a Isla, subi no Cerro Carvário e descansei bastante... foram as férias das minhas férias! Tava tendo Copa América tb e eu sou uma apaixonada por futebol, deu pra aproveitar!

 

Só alguns detalhes... Esse dia fatídico que eu perdi o vôo era o famosíssimo 16 de Julio, o feriado. Ou seja, não tinha nada com porra nenhuma funcionando. Tentamos passagem pra Copa pelo terminal de buses, nada! Fomos pro cemitério tentar de lá... Nada! Achamos uma família que veio se oferecer pra raxar o táxi com a gente... Mãe, pai e duas crianças. Tá, eu até raxo mas tem gente demais, não?

 

É... as crianças foram no porta mala! RISOS! Sim, a mãe falou isso como se fosse a coisa mais normal do mundo!!! Mas, minimizando o problema, era tipo uma palio weekend (obviamente era algo semelhante e MUITO mais velho). 300 bolivianos o carro... Fechou! A gente pagou 75 (baratérrimo) and be happy! São 3 a 4 horas de viagem...

 

Um outro detalhe desse período foi a volta pra casa... o avião da Aerosur atrasou infinito... Jesus! Fiquei umas 4 horas esperando... Pelo jeito é comum! Assim como é comum bloqueio em fronteiras (em Puno principalmente) e em rodovias por protestos e outras coisas...não deixe seu roteiro muito quadrado, imprevistos acontecem demais nessa região.

 

Bom, foi mais ou menos essa a minha aventura por Peru e Bolívia! Para dúvidas, esclarecimentos, zuação pelas cagadas que eu fiz... a vontade nos comentários! Espero que seja útil pra alguém assim como foram os relatos daqui ;) ¿Por qué no?

 

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Um beijo!

 

Camila

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Camila, parabéns pelo relato!!! Muito bem escrito e muito divertido tb!!!

Eu gostei demais de Copacabana tb!! Pretendo voltar.... Mas achei que se vc fosse para o sul, fazer o passeio do Salar de Uyuni vc ia pirar, coisa linda demais!!!! Mas com certeza vc terá oportunidade de conhecer!!

Abraço.

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Camila, parabéns pelo relato!!! Muito bem escrito e muito divertido tb!!!

Eu gostei demais de Copacabana tb!! Pretendo voltar.... Mas achei que se vc fosse para o sul, fazer o passeio do Salar de Uyuni vc ia pirar, coisa linda demais!!!! Mas com certeza vc terá oportunidade de conhecer!!

Abraço.

 

Entãããão... tava nevando no Uyuni! Maior complicação pra ir pra lá, uma galera foi e teve que voltar sem fz o tour... e eu tava mega gripada! Juntou isso td, preferi deixar pra próxima... é bom pq eu tenho duas boas desculpas pra voltar, o Salar e o Chalcataya =)

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Puxa Camila, faz 1 semana que voltei de lá e fiz que nem vc, só queo contrário, eu subi de Santa Cruz para La Paz e Cuzco (MP) nao fui pra Lima e tbm nao fiz o Salar por falta de tempo.....

Seu relato ficou muito legal, ainda estou escrevendo o meu antes de postar..............

O mais legal é que apesar de todo mundo te por medo por viajar sozinha, no meio do caminho acabamos conhecendo tanta gente que nunca estamos sozinha........

Quem sabe agente nao marca uma volta para o Salar?

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Puxa Camila, faz 1 semana que voltei de lá e fiz que nem vc, só queo contrário, eu subi de Santa Cruz para La Paz e Cuzco (MP) nao fui pra Lima e tbm nao fiz o Salar por falta de tempo.....

Seu relato ficou muito legal, ainda estou escrevendo o meu antes de postar..............

O mais legal é que apesar de todo mundo te por medo por viajar sozinha, no meio do caminho acabamos conhecendo tanta gente que nunca estamos sozinha........

Quem sabe agente nao marca uma volta para o Salar?

 

Respondendo em uma frase

 

¿Por qué no?

 

::otemo::

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