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Olá, pessoal.

 

Como forma de agradecer a ajuda recebida aqui do Fórum, seja indiretamente, pelos posts lidos, seja diretamente, pelas respostas fornecidas pela Marina, posto aqui um relato da viagem. Agradecimentos especiais a ela e ao Peri.

 

O roteiro original faria um tour pelas cidades de Lima, Ica, Arequipa, Puno/Copacabana, Cusco e Lima novamente.

 

Contudo, após sugestões (que veremos acertadas), “inverti” o roteiro, fazendo Lima, Cusco, Puno/Copacabana, Arequipa e Lima. Ica acabou cortada do roteiro por razões de gripe. Um infortúnio.

 

A viagem ocorreu durante 15 dias, de 31.01 a 14.02.2012. No dia 14 o vôo saiu cedo de Lima, então foram 14 dias “cheios” e tivemos tempo de fazer as coisas com calma, sem correria, inclusive ficando um dia a mais em Cusco.

 

O relato é feito pela memória, pois não anotei nada, então desculpem se faltar algo. Qualquer coisa perguntem.

 

Algumas dicas prévias:

 

1)Se for levar dinheiro daqui, é mais negócio levar dólares do que reais, que estão desvalorizados por lá. Enquanto a cotação do dólar variou entre 2,56 (a menor, no aeroporto de Lima) a 2,69 (a melhor, em Cusco), o Real variou entre 1,30 e 1,34 – as duas em Cusco, tive até medo de perguntar em outros lugares e encontrar 1 por 1...

2)Em todas as cidades encontramos caixas eletrônicos Global Net (de cor amarela e bem identificados), onde você pode retirar dinheiro facilmente com seu cartão de crédito, mesmo sem conta nem nada (foi a única que testei, por isso falo dela, mas deve ser possível em outros caixas também). Pode retirar dólares ou soles. A taxa é de 10 soles independentemente do valor do saque e o máximo, aparentemente, são 400 soles por saque.

3)No Peru os taxis não possuem taxímetro, então o ideal é acertar o valor da corrida antes de entrar no mesmo.

4)Lá existem taxis, taxis e mais taxis. Passa um depois do outro. Ouso dizer que metade dos carros que vimos, seja em Lima, em Cusco ou em Arequipa, são taxis. Então se não sentir confiança em um, já terá outro chegando.

5)A maioria dos taxis de lá não possuem a tradicional placa em cima, mas apenas tarjas vermelhas e brancas nas laterais.

6)Lá deve ter bastante problema com notas falsas, então eles são chatos com elas. Notas de série mais antigas de dólares eles não aceitam, e tampouco cédulas muito amassadas ou com riscos. Se receber uma de troco ou no câmbio, recuse, peça uma mais nova. Melhor passar por chato.

7)Pechinche e conseguirás bons descontos. Uma boa tática é dar o seu preço, que será negado, dar uma insistida e então dizer que não e ir saindo. Por três vezes o pessoal foi atrás e disse que fechava pelo nosso preço. Facilmente se consegue uns 30%. Isto em Cusco e artesanatos. Não em lojas.

8)Você não terá problemas em conseguir os passeios que deseja, então não precisa reservar tudo com antecedência e pagar mais. Feche tudo por lá e pechinche.

9)Ande sempre com trocados para poder utilizar os banheiros. Uns custam 50 centavos de sol, outros, 1 sol.

10)A identidade é suficiente mas mais burocrática, em alguns lugares pedem xerox dela para ficar, inclusive na fronteira. Se tens passaporte, vá com ele e livre-se deste incômodo.

 

Mas vamos ao que interessa.

 

Lima 31.01 a 02.02.

 

Uma vez que nosso vôo para Lima saía às 07hs do dia 31.01 do aeroporto de Guarulhos, saímos de Porto Alegre no dia 30.01 e ficamos no Hotel Monaco Convention, em Guarulhos. Optamos por ficar em um hotel e pegarmos um vôo mais cedo para termos uma boa noite de sono e podermos aproveitar já no primeiro dia.

 

O vôo durou aproximadamente quatro horas e meia, mas chegamos em Lima às 09hs30min pois há duas horas de diferença do fuso horário que na ida atuam em nosso favor (duas horas a mais para aproveitar por lá). Fomos pela TACA e passaram dois filmes: A Dolphin Tale e Smurfs.

 

Chegamos em Lima e o motorista do Hostal Porta já estava nos esperando. Este serviço é pago à parte e custa 18 dólares ou 45 soles. Não busquei outra maneira de ir do Aeroporto até Miraflores, mas evidentemente deve haver. O trajeto é longo e, com o trânsito ajudando, leva uns 30 minutos. Mas facilmente leva mais que isso.

 

O Hostal tem TV a cabo, café da manhã, fica a umas três quadras da “praia” (logo vocês verão o porquê das aspas) e próximo de tudo em Miraflores. Custa 35 dólares a diária para casal em quarto com banheiro privativo. É pequeno e não achei barulhento. Limpo. Recomendo.

 

Fizemos o check in no Hostal, organizamos tudo e já saímos para conhecer a Plaza de Armas (taxi até lá: 25 soles, talvez se consiga mais barato pegando algum na rua, mas acabamos acertando com o mesmo que nos trouxe do aeroporto).

 

Neste dia conhecemos a Plaza Mayor (de Armas), a sede do Governo, a Catedral (10 soles por pessoa), San Francisco (7 soles por pessoa), a Plaza San Martin e andamos bastante por essa região.

 

Já cansados, voltamos a Miraflores, mais especificamente para o Shopping Larcomar, onde para jantarmos e vermos o por do sol no Pacífico. O shopping em si não tem muitas lojas para os mais consumistas, mas vale a pena conferir. Quanto à alimentação, há os fast food e os restaurantes com a vista para o mar, mais caros mas nem tanto e se come melhor, então compensa. Recomendo o Porto Fino.

 

No dia seguinte, passeamos pela praia (que não tem areia, mas pedras), fomos ao Parque do Amor, também com vista do Pacífico, e fomos para o Parque Kennedy e o Central (um ao lado do outro e pequenos, de um quarteirão). Próximos a eles há uma livraria muito boa, que infelizmente esqueci o nome, mas há uma filial menor dela no Larcomar, e vários bares e restaurantes. Almoçamos por lá. Recomento o El Parquetito.

 

Uma curiosidade a respeito destes parques é a quantidade de gatos que vivem por ali – não se preocupem que é tudo limpo e organizado. A comunidade os adotou e você os verá dormindo e passeando tranquilamente ao lado dos pedestres, sem serem importunados.

 

À noite fomos ao Circuito de Águas (4 soles por pessoa), muito bonito. Fomos e voltamos de busão (1 sol por pessoa o trecho, de taxi, creio que teria saído uns 15 ou 20 soles o trecho, que é longo, levou uns 40 min), indicado pelo funcionário do Hostal, que nos explicou como fazer. Bem tranquilo. O circuito funciona de quarta a domingo. Segunda e terça fica fechado.

 

Depois voltamos para o Hostal, pois no dia seguinte tínhamos o vôo para Cusco, um dos momentos mais aguardados da viagem. O vôo durou pouco mais de uma hora e estranhamente tinha sistema de entretenimento individual, coisa que no vôo de ida a Lima, mais longo, não havia.

 

Cusco, 02.02 a 06.02

 

Logo no desembarque você encontrará agências de turismo oferecendo pacotes. Você pode fechar com alguma delas ou deixar para fechar com alguma das muitas outras na Plaza de Armas ou até fazer por conta própria os passeios.

 

Como eu não havia comprado as passagens de trem, bateu um receio de não conseguir ir a Machu Picchu e fechei com uma das agências dali mesmo, o que pode ter me custado mais. O receio era infundado. A agência é a primeira que vocês encontrarão ao desembarcar no aeroporto: Peru Viajes o Globo. Deu tudo certo, mas eles podiam ser mais organizados. Maiores informações abaixo.

 

Algumas explicações. Os tours mais comuns por lá são o City, o Vale Sagrado e, claro, Machu Picchu.

 

O City, de city não tem nada. Ele não mostrará a cidade a vocês, mas sim ruínas ao redor da cidade: Sacsayhuamán (sexy woman, para os de língua presa), Quen'qo, Tambonchay e Puka Pukara. Dura cerca de 6 horas.

 

O do Vale Sagrado dura o dia todo, e os levará a Pisaq, Urubamba, Ollantaytambo e Chinchero.

 

Para conhecer estes lugares, você precisará do Boleto Turístico, que custa 130 soles e dá direito a visitar 16 lugares (estes mencionados e diversos museus e construções na cidade).

 

Para MP você não precisa desse boleto, apenas da entrada para lá, que custa 128 soles. O Boleto não dá direito à entrada em MP, então se quiser ver tudo, precisará dos dois.

 

Fechamos tudo por 400 dólares para os dois, com passagem de trem e ingresso a MP incluído, bem como uma noite em Águas Calientes e guia. Como só as passagens de trem me custariam 130 dólares para os dois, mais quase 100 dólares duas entradas para MP e o Hotel em AC 60 dólares para casal, achei o preço bom, pois incluiu também os transportes necessários e nos buscavam no hotel. Mas pechinchei, pois inicialmente queriam 600 dólares e falando com um casal colombiano que conhecemos descobrimos que eles pagaram 350 dólares por pessoa, mas estava incluído o boleto (aqui já se vai quase 100 dólares para o casal) e hotel em Cusco também.

 

Bom, pacote fechado, fomos para o Hostel Inti Wasi, que fica na Plaza de Armas, 35 dólares para casal, banheiro privativo. Tem TV a cabo e café da manhã. Recomendo. Ótima localização.

 

Demos uma passeada básica na Plaza, almoçamos e aguardamos o city tour, que saiu às 14hs. Retorno quase às 20hs, com o estômago já se corroendo. Jantamos em um dos muitos restaurantes da Plaza. Não lembro o nome do restaurante, mas em Cusco não encontrei nenhum digno de nota para recomendar. Para os fãs de fast food (eu gosto), há um McDonalds e até um KFC e Starbucks ali.

 

No outro dia já teríamos o tour pelo Vale Sagrado. No caminho o tour parou em lojas de artesanato. Não compre, não tem nada de diferente do que já há na cidade e é mais caro, provavelmente para pagar a comissão da agência.

 

O almoço estava incluído e foi em Urubamba. Chegamos em Ollantaytambo por volta das 16hs. Conhecemos as ruínas e fomos para a estação de trem. Aqui aconteceu o um dos dois únicos momentos tensos da viagem.

 

A agência disse que nos entregaria as passagens na noite anterior, no Hotel. Não deixou. No dia seguinte, pela manhã, nada também. O pessoal do Hotel ligou para lá e disseram que o guia do Vale Sagrado, quando nos buscasse para o tour, nos entregaria.

 

Ele chegou e nada. Disse que em Pisaq nos entregariam. Nada. Depois Ollantaytambo. Nada. Por fim, disseram que estariam na estação. Nada também. Os colombianos que mencionei acima estavam conosco e na mesma situação – haviam fechado com a mesma agência, bem como duas chilenas que conhecemos na hora.

 

A moça da estação, em nada prestativa e com muita má vontade, buscou no sistema se havia as passagens nos nossos nomes e encontrou as dos colombianos e a da minha esposa. Problema parcialmente resolvido.

 

Mas e eu? Por sorte encontramos a senhora Silvia Flores Subileta, que é guia em MP e nos ajudou, ligou para a agência, que nos deu um código, que deveria ser buscado pela mal amada acima, que também nada achou. Resolvi tentar em outro guichê e, surpresa, a outra moça, mais educada, encontrou a minha passagem e a imprimiu. Acho que além de mal educada, a outra era analfabeta e digitou errado meu nome na hora de procurar. Ela também trabalha com tours e foi bem atenciosa. Tenho o contato dela, se desejarem.

 

O problema foi causado pela agência, que comprou de fato as passagens mas não nos entregou, mas também a funcionária foi mal educada e rude, disse que não era problema dela, que ela não tinha obrigação de ver isso e imprimir as passagens.

 

Empregado ruim tem em todos os lugares. Depois a empresa fecha, ficam desempregados e a culpa é do governo...logo contarei uma que se passou em Copacabana.

 

Tudo resolvido, era só aguardar a hora do trem, que partiria às 19hs. A viagem foi tranquila, mas não muito confortável. As poltronas do trem não reclinam (eu sei, reclamação de velho, mas paciência...). E é lento, essas duas horas são para percorrer uns 20km. Isto não seria problema se fosse de dia e pudéssemos apreciar a paisagem. Mas à noite, com um breu lá fora, a monotonia deu o tom. O lanche era uma opção entre refrigerante, café ou chá de coca, com um salgadinho.

 

O ideal aqui é puxar conversa com os vizinhos de poltrona, que ficam de frente, mas ficamos separados dos colombianos e nossos novos vizinhos não eram de muita conversa.

 

Chegamos em Águas Calientes (MP Pueblo) e fomos direto para o Hotel. Bom, com cama confortável, TV a cabo, café da manhã. 60 dólares para casal, incluído no pacote. Já havíamos jantado em Ollanta, então só descansamos porque queríamos pegar o primeiro busão para MP, que sai às 05hs30min, para vermos o nascer do sol.

 

Aqui novo momento de tensão. Novamente estávamos sem o ingresso para MP – e isto é importante, NÃO VEDEM ingressos para MP em MP, então NÃO EMBARQUE para lá sem ele ou terá que voltar.

 

Quando chegamos em AC entregamos nossos passaportes para o guia, que compraria os ingressos e nos entregaria no dia seguinte, no terminal de saída dos ônibus. Os colombianos novamente estavam conosco, bem como duas chilenas, também na mesma situação. E se o sujeito não aparecer? Ficamos sem passaporte e sem ingresso. Mas correu tudo certo, no horário combinado o cara lá estava.

 

O ônibus custa 17 dólares e partem vários, um atrás do outro, então não precisa de desesperar. Em MP, você fica o tempo que quiser e para o retorno, pega qualquer desses ônibus que subiram. A viagem dura uns 40 min.

 

A infelicidade foi termos pego chuva justamente neste dia. E foi chuva. Só vi mais chuva no Rock in Rio ano passado, no show do Guns n' Roses.

 

Mas ela deu uma acalmada quando chegamos e pudemos aproveitar bem. Uma pena não termos podido apreciar a paisagem completa, devido ao nevoeiro. O guia ia nos explicando, muito interessante e bonito. Chegamos por volta das 06hs e ficamos até o meio dia.

 

Do lado de dentro de MP não vendem lanches nem água, então levem de fora. Vi várias placas dizendo que não podia entrar com comida mas vi muita gente passando normal, inclusive nós.

 

Chegamos a AC por volta das 13hs e tínhamos tempo até o trem, que só saía às 19hs. Como estava cansado – acordamos às 04hs, negociei 1/3 de diária no hotel e dormimos até às 17hs, quando saímos e demos uma volta pela cidade.

 

De volta ao trem, chegamos em Ollanta e havia um ônibus da agência nos esperando para nos levar de volta a Cusco. Neste retorno ocorreu o momento mais punk da viagem: um infeliz resolveu ultrapassar em uma curva e quase bateu no ônibus. Por sorte o motorista foi rápido e conseguiu desviar, mas o bus quase tombou.

 

Mas você não terá problemas para retornar, caso vá sem agências: na chegada, inúmeros carros e vans oferecem seus serviços para levá-lo a Cusco, cobrando 10 ou 20 soles apenas (não lembro se era 10 ou 20, mas de qualquer maneira é barato).

 

Chegamos em Cusco e fomos para o Hotel.

 

Para os mais apressados ou com menos tempo, percebam que estes tours principais de Cusco se fazem em dois dias e meio. Aqui se quiséssemos já poderíamos ir para Puno e seguir viagem.

 

Mas, para quem tem mais tempo e interesse por museus e prédios históricos, vale ficar mais um dia ou dois e apreciar tudo com calma. Foi o que fizemos. Nestes dois dias extras conhecemos diversos museus e atrações – todos com entrada garantida pelo boleto turístico, inclusive subimos na estátua de Pachakutec, para uma visão por cima da cidade.

 

Não vi nada nos outros relatos a respeito do Museu do Chocolate. Fica próximo à praça de armas e a entrada é franca, embora você vá gastar lá dentro comendo. Eles oferecem também tours para fazendas de cacau (dois dias) e também você pode fazer seu próprio chocolate, “do grão até a barra”, como eles dizem, por 70 soles por pessoa (mínimo 3 pessoas).

 

O tour era longo e não pudemos fazer. Quanto ao nosso chocolate, infelizmente não apareceu uma terceira pessoa e não saiu. O Museu vale uma conferida para quem tem tempo.

 

Compramos passagem para Puno à noite, para termos o dia inteiro livre. 45 soles por pessoa, semi leito, 55 o leito. Saímos às 22hs30min e chegamos às 05hs30min em Puno. Viagem tranquila, sem paradas. Íamos pela Cruz del Sur, mas chegando lá no guichê da agência nos informaram que eles não estavam mais fazendo este trajeto. Não sei se era temporário ou definitivo, mas eles nos indicaram a … . Acho que se consegue mais barato em outras, mas optei pelo conforto.

 

Puno, 07.02.2012.

 

Chegando em Puno você será assediado por agências que oferecem o tour pelas ilhas do Titicaca. São vários tours e várias agências. Como só ficaríamos em Puno pela manhã, fizemos apenas o das Ilhas Flutuantes de Uros, por 20 soles por pessoa, que saía às 09hs e retornava por volta das 13hs.

 

Aproveitamos para comprar as passagens para Copacabana, 25 soles por pessoa. Compramos pela agência mesmo, mas depois vi que tinha o guichê próprio da empresa, onde talvez fosse mais barato.

 

O tour é legal. Vi muitos reclamarem que é armação, teatro, mas e daí? Mesmo que seja, antes de fato haviam pessoas que viviam nestas ilhas, e andar em uma delas é também uma experiência. Além disso, eles explicam como foram construídas e como é (ou era) a vida ali. Depois você tem a opção de ir para outra ilha ou nos barcos de totora (10 soles, pago a parte) ou no barco da agência (não paga nada). Optamos pela totora.

 

Retornamos à Puno, almoçamos (aqui uma sugestão: saia da rodoviária para almoçar, um taxi até a Plaza de Armas sai por 3 soles. Almoce por lá.) A razão é que almoçamos na rodoviária e não recomendo nada de lá. A comida é ruim e o ambiente é sujo. Isso se der tempo, pois o busão saía às 14hs30min e a viagem dura umas 3 horas.

 

Na fronteira, enquanto uns tiravam xerox das identidades, já estávamos livres. Isto atuou em nosso desfavor, contudo, pois estávamos sozinhos e a polícia peruana nos pegou para exemplo e nos levou para dentro, onde tivemos que tirar tudo dos bolsos e da bolsa, inclusive da carteira. Perguntaram se levávamos droga, quanto dinheiro tínhamos, praxe, mas chato.

 

Depois nos liberaram. Interessante que as malas nem olharam. No retorno não ficamos isolados, ficamos sempre em volta de outros turistas e nada aconteceu. Ainda na fronteira, cambiamos bolivianos (1 dolar = 6,70 bolivianos, 1 real = 3 bolivianos).

 

Copacabana, 07 a 09.02.2012

 

Chegamos em Copa e já fechamos o tour pelas Islas do Sol e da Luna (dia inteiro, 35 bolivianos por pessoa – não lembro direito, mas foi mais ou menos isto). Leve, contudo, mais 10 bolivianos para a entrada na Isla de la Luna e mais 5 para a entrada na Isla del Sol.

 

Ficamos no Hotel El Mirador, 50 bolivianos por pessoa a diária, com TV a cabo, banheiro privativo, café da manhã e de frente para o lago.

 

Passeamos pela cidade e jantamos no restaurante Sabor Latino, de ambiente bem rústico. Quem nos apresentou foi um brasileiro, que há 3 anos mora lá.

 

Saímos para o tour às 09hs. Paisagens magníficas. Mesmo eu que não sou muito afeito à natureza e prefiro cidades, museus, prédios, fiquei impressionado. O tour foi primeiro à de la Luna, que achei mais bonita. Depois vai para a del Sol, onde almoçamos (não incluso, mas pagamos 65 bolivianos para duas trutas e duas cocas).

 

No retorno o barco ainda para em um criadouro de trutas, também feito de totoras, creio. Não desci. Uma dica: se quiser ir na parte de cima do barco, vá pela manhã ou leve roupa de frio. Passei frio. Se for dentro do barco não precisa de muita roupa.

 

Jantamos em um restaurante mexicano e fomos dormir, pois no dia seguinte, às 09hs, tínhamos ônibus para retornar a Puno. Copa não tem rodoviária, então o bus saiu da sede da agência. Enquanto aguardávamos, a atendente tricotava e chegou um casal perguntando a respeito dos tours. Ela nem levantou a cabeça e balbuciou algo inaudível. O casal fez mais umas perguntas e ela com a mesma “vontade”. Só podiam ir embora e foi o que fizeram. Neste ínterim eu vi que eles tinham um tour pelas vinícolas e perguntei para a mesma mulher como era e quanto custava: “não sei”.

 

E isto com “n” outras agências em volta. Um atendimento porco destes. Titicaca Tours. O seu bus provavelmente será deles.

 

Pegamos o bus, passamos a fronteira e por volta do meio dia estávamos em Puno. Chegando lá pegamos o primeiro bus para Arequipa, com a empresa Julsa, 25 soles o leito (cama, como eles chamam).

 

Arequipa, 09 a 11.02.2012.

 

O pior trecho da viagem. 7 horas para 320 km, sem ar condicionado, eu já gripado. Nem dormir podíamos pois o motorista ligou músicas típicas no bus, bem alto. Além disso, parou duas vezes para catar gente. O bus em si era confortável, mas o povo tem que saber usar, ligar o ar condicionado. Nos disseram que a viagem duraria 5 horas, levou 7. Este dia perdemos, pois chegamos em Arequipa às 20hs e ainda estava chovendo.

 

Fomos para o Hotel, taxi rodoviária-hotel, 10 soles: Pousada de Ugarte, 90 soles, a duas quadras da Plaza de Armas. Só saímos para jantar e retornamos, pois a peste (gripe) imperava.

 

No dia seguinte, ainda pesteado, saímos para conhecer a cidade. A Plaza é bonita e há diversos prédios históricos em volta, como a Catedral, Igreja de San Francisco, La Merced. Há um calcadão próximo também, com lojas e restaurantes.

 

O Museu com a múmia Juanita estava aberto mas a haviam levado para restauração/tratamento, e só em março voltarão a exibi-la.

 

À tarde fomos do Monastério Santa Catalina, 35 soles por pessoa. Aqui você passará umas duas horas ou mais. O lugar é imenso e quase um labirinto. Ele tem ruas internas com nome e tudo, para terem uma ideia. Vale a conferida.

 

Peri, o preço do tour pelo Colca era 60 soles para um dia ou 75 soles dois dias, caso tenha interesse. O rafting me informaram que não estavam fazendo momentaneamente por causa da cheia do rio, época de chuvas. Talvez em março já tenha voltado ao normal.

 

Pesteado e com a nova chuva caindo no fim da tarde, comemos e voltamos para o hotel, pois no dia seguinte tínhamos o vôo para Lima (taxi ao aeroporto, 20 soles).

 

Lima. 11 a 14.02.2012.

 

Aqui a ideia era irmos do aeroporto à agência Cruz del Sur, para comprarmos passagens para Ica. Contudo, a peste e o trauma com a viagem Puno-Arequipa pesaram e resolvemos aproveitar e conhecer melhor Lima mesmo.

 

Embora lamente não termos podido ir a Ica, fazer outros passeios por Lima, conhecemos outros lugares, foi bom. E Ica fica próximo a Lima, é só ir de novo algum dia.

 

Gostamos muito da viagem, aproveitamos, não achei corrido e recomendo a quem quiser conhecer, que vá. Fomos sempre bem recebidos e atendidos, principalmente quando descobriam que éramos brasileiros.

 

Bom, podem perguntar caso tenham alguma pergunta. Depois posto algumas fotos.

 

Mais uma vez agradeço à Marina e ao Peri.

 

Abraço.

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Oi, Hugo.

 

Adorei o relato!

Depois vou ler com mais atenção e fazer inúmera perguntas!!!

Mas, por enquanto...rs. O trajeto Arequipa-Lima foi feito por qual cia. áerea? O preço vale a pena? Vocês compraram lá mesmo?

 

Abraços!

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Vivian,

 

O vôo Arequipa-Lima foi pela TACA também. Compramos aqui do Brasil e saiu por R$800,00 (os dois trechos, Lima-Cusco e Arequipa-Lima). O motorista do bus Puno-Arequipa disse que o trecho Arequipa-Lima está levando 25 horas, um absurdo. Então compensa muito fazê-lo aéreo.

 

O problema disto é ficar "amarrado" com estas datas.

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FALA GRANDE HUGO !!!

QUE BOM QUE DEU TUDO CERTO NA SUA VIAGEM IRMAO !!!TIRANDO O LANCE DA GRIPE QUE AS VEZES MESMO ESTANDO EM CASA JÁ É OSSO , IMAGINA NUMA VIAGEM DESSAS QUE EXIGE MUITA ENERGIA , MAS NO FINAL DEU CERTO

HOJE ESTOU COM ALGUNS COMPROMISSOS E DEI UMA LIDA POR CIMA , POR ESSES DIAS VOU LER SEU RELATO COM MUITA ATENÇÃO POIS SEU ROTEIRO É O QUE TENHO ME BASEADO DESDE QUE VC INICIOU COM AS PRIMEIRAS POSTAGENS , A MINHA IDÉIA É BEM PARECIDA COM A SUA EM RELAÇÃO AS CIDADES ,ALIÁS ME INSPIREI NO SEU ROTEIRO A VERDADE É ESSA ..... MAS NAO RESERVEI NADA ANTECIPADO , NEM PASSAGENS NEM OS DESLOCAMENTOS NEM NADA .

TALVEZ FAÇA MUITO PARECIDO COM O QUE VC FEZ

TO PENSANDO EM CORTAR ICA TAMBÉM , GOSTARIA MUITO DE CONHECER O OASIS , MAS TO ACHANDO MEIO FORA DE MÃO EM RELAÇÃO AS OUTRAS CIDADES E EU FICAREI APENAS 12 DIAS .

COMO DISSE A VIVIAN ...DEPOIS QUE EU LER COM CALMA VOU BOMBARDER DE PERGUNTAS HEIN RS RS RS

ABRAÇOOO E AMANHÃ VOU LER COM CALMA

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Oi, Hugo e Péri!

 

Então, da mesma forma que "los chicos" estou pensando em cortar Ica (e talvez Nazca) pra ficar mais tranquilo.

Meu marido não tira férias há 3 anos e seria meio maldade fazê-lo viajar num ônibus noturno, por uma estrada chacoalhenta por 10 horas ou mais...rs.

Acho que vou de Arequipa direto pra Lima mesmo. Desse jeito a passagem fica mais cara, mas pelo menos a gente descansa um pouco da loucura de MP.

 

Hugo, será que dá pra fazer esse roteiro com uma mala de rodinha? Não tenho mochila e, pelo que vi, as melhores são caras. Não queria gastar tanto com isso.

 

Abraços!

 

Vivi.

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::otemo:: Hugo me fala umas coisa irmao .

Voce acha que eu consigo comprar as passagens aéreas na hora nos aeroportos ?

De Lima pra Cusco ? E de Arequipa pra Lima na volta? Pergunto isso pois vc mesmo disse que o lado ruim de comprar antes é ficar preso as datas né?

Outra coisa , iremos apenas com o RG , não tenho o passaporte , é melhor já levar xerox daqui?Onde pediram xerox ? apenas na fronteira pra Bolívia?Ou mais em algum lugar?Cara que saco essa geral que vcs tomaram hein....Só tinham vcs de Brasileiros ? Apenas vcs passaram por isso ?ou todos no onibus?

Começou o bombardeio rs

abraçoooooo

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Olá.

 

Vivian, pode ser feito com mala de rodinha (desde que tenha alça ::lol4:: ). Eu levei uma mochila (5kg e achei muito, teve roupoas que nem usei - mas lavei algumas e as reutilizei) e minha esposa foi carregada com uma mala com rodinhas, 17kg, 3 pares de sapatos ::hein: ...).

 

As malas não são levadas nos passeios, ficam nos hoteis. Talvez uma bolsa um pouco maior para levar para Águas Calientes em vez das malas. Foi o que fizemos, deixamos as malas em Cusco, no hotel, que não nos cobrou nada. Também é possível deixar as malas nas agências, foi o que fizemos em Puno.

 

Peri, quanto ao xerox, vi pedirem apenas na fronteira, mas não sei se não pedem em outros lugares. Neste dia da fronteira, não vimos outros brasileiros e também não vimos se pegaram outros para o exame detalhado, mas o importante é que nada aconteceu. Faz parte nas fronteiras.

 

Os vôos, acredito que seja possível comprarem por lá. Em Lima não vi, mas em Cusco há "n" agências que anunciam vôos para as cidades peruanas e os preços me pareceram atrativos. Estava 84 dólares o trecho para uma delas, não lembro qual, mas de qualquer maneira é barato, cerca de 150 reais. Pode ser que não consigam para o mesmo dia, mas para o dia seguinte acho mais tranquilo.

 

Marina, valeu cada minuto. Às vezes acho que nos preocupamos demais com as coisas. Neste final de semana seleciono algumas das fotos para postar ::cool:::'> .

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