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Vou escrever esse relato aos poucos enquanto ainda lembro dos detalhes da viagem que fiz em Fevereiro deste ano (2012) para a Argentina/Uruguai.

 

Eu pesquisei bastante aqui no site sobre as viagens para estes locais e, por recomendação de um amigo meu que voltou da Argentina no dia em que viajei para lá, usei o Guia do Viajante Independente na América do Sul, afinal, fiz o mochilão todo sozinho. O trajeto escolhido foi: Rio de Janeiro - Mendoza - Bariloche - El Chaltén - El Calafate - Ushuaia - Buenos Aires - Rosario - Punta del Este - Montevideo - Rio de Janeiro.

 

Por não querer fazer longas conexões nem perder tanto tempo, resolvi optar por fazer todos os vôos diretos e pegar alguns ônibus noturnos.

 

Buenos Aires/Mendoza:

Dia 1 - Meu vôo para a Argentina saiu do Galeão de manhã cedo, aterrisando em Buenos Aires por volta das 9h30/10h. Como eu tava sem peso nenhum, troquei na Global Exchange em frente ao free shop, troquei pouco dinheiro, um erro! A cotação foi horrível, algo próximo a 2 pesos para 1 real. Saindo da área do free shop, encontrei um amigo meu que estava voltando para o Rio de Janeiro no aeroporto de Ezeiza mesmo, ele me alertou sobre notas falsas e conseguimos trocar uma nota de 100 pesos falsa que ele recebeu num taxi em BsAs e não tinha conseguido passar adiante. Compramos logo dois lanches completos no McDonalds do aeroporto (uns 35/40 pesos cada) e a mulher nem olhou direito a nota, logo, cuidado com as notas altas que os taxistas passam.

 

Ele fez o check in e foi pra área de embarque e eu, que tinha comprado o ticket da Tienda del Manuel Leon para Puerto Madero ($60), fui ver aonde saia o tal ônibus. Próximo ao local de saída do ônibus, tinha o banco de la Nacion, fui lá averiguar qual era o câmbio e vi que estava 2,5 para 1 (que raiva de ter trocado afobado na Global Exchange, ainda bem que tinha trocado pouco dinheiro, só para pagar o ônibus a puerto madero). Enfim, a gente vai aprendendo né. Como troquei no banco la nacion do aeroporto, peguei o onibus direto para Puerto Madero para atravessar a Praça e chegar no terminal de onibus Retiro.

Comprei a passagem antecipada aqui no Brasil por uns $425, só que os ônibus saem a partir das 18h. Fiquei lá de 12h às 18h30 comendo alfajor e lutando contra o sono do remédio que tinha tomada pra voar até que peguei o ônibus da Cata Internacional para Mendoza.

 

Grata surpresa, tinham me falado que era bom viajar de ônibus pela Argentina, mas fiquei impressionado, banco de couro, cadeira única, serviço de bordo com ótimas refeições, filmes, excelente opção! Depois de 13h cheguei em Mendoza e fui para o Hostel Campo Base. Uma amiga minha que estava em Córdoba fazendo intercâmbio foi conhecer Mendoza comigo e me encontrou lá no hostel, negociamos com os caras da recepção pq no site constava uma promoção de dois passeios e três noites (ganhava uma noite a mais de graça). Logo, no final das contas, ficamos num quarto pra 8 com ar condicionado por $50 a diária.

 

Dia 2 - Como não tinhamos nada para fazer naquele dia, fomos conhecer as cinco plazas da cidade. Formam um quadrado com a Plaza San Martin, a principal e maior, no meio. Muito legal ver a tranquilidade que é Mendoza. Ia ter Boca x River no estádio das Malvinas naquele dia, às 14h já tinham torcedores na rua cantando e pulando, mas mesmo assim a cidade estava calma. Depois de conhecer as plazas, voltamos para o albergue para jantar e fomos num bar/restaurante próximo tomar uma cerveja e dormir cedo pq no dia seguinte iamos para o parque Aconcágua.

 

Dia 3 - No dia seguinte cedo acordamos em cima da hora, a sorte é que o nosso hostel era o primeiro que o ônibus ia passar e que separamos nossas roupas nas mochilas antes de dormir! Pegamos o que conseguiamos carregar na mão do café da manhã e rumamos rumo ao tour. Fomos parando ao longo do caminho por Potrerillos, Uspalatta, Puente del Inca, até chegar no Parque Aconcágua. A primeira parada na estrada já mostrava o que ia ser o passeio, depois em Potrerrilos com o lago azul deu mais água na boca. Uspalatta foi a parada seguinte onde provei o melhor alfajor da viagem - Entre Dos. Paramos também em um local que no inverno vira estação de esqui, era o restaurante do almoço do tour, mas levamos nossa própria comida pq custava $70 o almoço. Legal também foi parar na Puente del Inca onde tem uns souvenirs legais pra comprar, fora a história do local que é muito legal também.

 

Finalmente, chegamos ao Aconcágua que é magnífico. Sentimos o vento do interior da Argentina pela primeira vez, mas o dia estava lindo e nada podia ter sido mais bonito. Uma pena que fizemos apenas a trilha menor de 1h, se não me engano. Poderia ficar no parque o dia todo. Saimos do parque e voltamos para o restaurante pro pessoal almoçar. Depois, com o pessoal do hostel, fomos para um irish pub e conhecemos um dinamarquês legal que passou o Carnaval aqui no Rio, duas paraguaias, alguns chilenos e pessoas de vários locais. Pessoal bem interessante, mas ficamos pouco tempo pq iamos pro Wine Bike Tour no dia seguinte. Só que ao chegarmos no quarto teve um incomodo que classifico como: Brasil x França - a guerra fria.

Ao chegarmos no quarto, tinha um casal de franceses que queria desligar o ar condicionado pq fazia muito barulho, só que a janela do quarto não abre, logo, imagine duas triliches e uma beliche com oito pessoas respirando num calor da porra (verão seco argentino) sem correr um vento! E tentamos conversar, levamos o cara da recepção que achou um absurdo tbm e disse pra gente esperar eles dormirem e ligarmos. Só que a mulher não entendia isso, reclamou pra caramba nos xingando em francês achando que não entendiamos nada e reclamando de quartos compartilhados, vai pra um privativo, porra, eu hein!

No final, não teve Zidane que ganhasse e trocamos de cama com eles pq estávamos no canto oposto do ar e dormimos ao lado do ar (que era barulhento, mas gelava que era uma beleza) que permaneceu ligado até sairmos de manhã pro Wine Bike Tour .

 

Dia 4 - No Wine Bike Tour do dia seguinte, acordamos na hora e fomos no nosso ônibus, sempre os primeiros a serem pegos (parecia que só nós contratávamos os passeios no albergue). Fomos à primeira vinícola num dia nublado que ameaçava chover a qualquer momento, o que era ruim porque iamos estar de bicicleta na estrada. Ao descermos da van, fomos recebidos por Matthew que nos apresentou a vinícola. Muito simpático, mostrou como é feito o vinho em uma bodega artesanal e de família. Após mostrar tudo, até a mulher que colocava os rótulos nas garrafas e quase deixou cair uma delas ao fazer isso, fomos degustar vinhos. Ele explicou como degustar vinho e provamos três deles, ótimos vinhos. Acabei comprando um vinho branco e um azeite artesanal. Ao sair de lá, hora de pegar as bicicletas e ir para a segunda bodega pela estrada. Era um percurso de 15 minutos no acostamento de uma estrada, muito legal ir assim, só que fomos acompanhar um casal que não teve muita sorte, o garoto acabou passando mal no acostamento (pelo vinho, eu acho, botou tudo pra fora) e foi socorrido pela nossa van, acabei sendo o último a chegar pq tava indo no ritmo dele e a namorada preocupada na porta junto com a minha amiga.

 

Chegando lá vimos como é uma bodega moderna, é um contraste incrível com a artesanal. Todos os processos são diferentes, parece que tá fazendo outra bebida! Conhecemos as instalações e fomos para a degustação, ótimos vinhos também, provei o melhor vinho da minha vida - um Vistandes carbenet sauvignon de 2005 - que não comprei pq minha amiga disse que nos shoppings era mais barato (e não encontrei no shopping, fiquei fulo da vida). Depois de algumas fotos, rumamos para a última bodega do dia, a maior das três, mas não gostamos muito não. Era meio que um restaurante e só queriam vender vinho, apesar de muito bons, cada um podia escolher uma taça só dos diversos vinhos, acabei escolhendo um e minha amiga outro, e trocamos as taças na metade. Como não iamos comprar nada, tiramos umas fotos lá fora no vinhedo. Voltamos ao albergue e fomos para o shopping pq minha amiga queria comprar chocolate en rama e os de Mendoza são os melhores.

Choveu nessa noite e ficamos no albergue, até pq ela ia embora cedo no dia seguinte.

 

Dia 5 - Após o retorno da minha amiga para Córdoba, como estava sozinho, resolvi conhecer o parque principal da cidade, só que o conceito de parques dele é bem errôneo, o negócio era enorme, demorei umas 4 horas naquilo lá, mas foi uma ótima volta. Peguei um mapa e sai andando pela rua até chegar no portal dele, depois fui na Universidad de Cuyo, que é a federal deles lá. Dei uma volta pelo campus e segui estrada à frente até onde é o zoológico. Só que não acho muita graça em zôos, logo, peguei minha câmera e tirei umas fotos dos animais pela grade do lado de fora e segui pro Cerro de la Glória, ao lado do zôológico. É um cerrinho que fica 1000 m acima do nível do mar, rapidinho vc sobe e consegue ver o Cristo Redentor deles. É um marco histórico pq tem a escultura da guerra de independencia da Argentina. Lá eu encontrei o melhor guia turístico da viagem, o guardinha do monumento. Ele explicou que tem pessoas que vão lá só para correr e cospem no pé do monumento, fatos inusitados de lá e explicou para uma família a história do monumento e que muita gente não sabe o que significa. Muito legal, foram uns 20min explicando pra família a verdadeira história e eu ao lado escutando tudo com eles.

 

Depois pedi orientação para saber como ia ao Estádio das Malvinas (onde teve Boca x River) e desci o Cerro para lá. Dá pra chegar bem perto, nas entradas das arquibancadas. Depois fui para o parque tentar achar o tal lago para voltar para o albergue, impressionante como andei andei andei e não achava. Até que achei um parque de diversões onde uma senhora simpática me orientou como chegar, vi a fonte e o rosedal que fica no lago, muito legal e tranquilo, mas fiquei pouco tempo pq a bateria da máquina descarregou e tava morrendo de fome depois de andar tanto, fora que tava muito quente. Tomei um gelato no parque e voltei para o albergue.

 

Pela noite, fui comer um pancho na esquina e resolvi conhecer a Plaza San Martin a noite. Fui andando depois de comer até o final do minicentro deles e vi que a praça a noite fica muito bonita iluminada e com feirinhas. Voltei ao albergue e fui pegar a máquina, tirei as fotos que pude e fiquei rodando a praça por mais de 1h e retornei para o albergue porque ia para Bariloche no dia seguinte.

 

Dia 6 - Fiquei no albergue até metade da tarde e fui pra rodoviária de tax ($10) umas 18h pra pegar o ônibus das 20h45. Embarquei na hora prevista e fui apreensivo porque tinha o jogo de volta do Flamengo pela pré libertadores, lutando contra o sono do remédio pra saber o resultado do jogo, quando soube, cai num sono pesado no meu cobertor e travesseiro da Andesmar (transporte executivo igual ao da Cata, ótima escolha).

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Bariloche

Dia 7 - Depois de um longo tempo de viagem, cheguei na cidade por volta de umas 14h. Já comecei mal pq peguei um taxi que deu $30 da rodoviária até o centro cívico, deixei tudo no hostel Marcopolo Inn. Ótimo quarto para 6 com banheiro, o hostel dava café da manhã e jantar, o único porém é que cai num quarto com 4 caras (dois de israel, um da austrália e um de algum outro lugar) que só falavam hebraico e tinham um péssimo inglês - tirando o australiano, ai já viu né, complicado se comunicar.

 

Eu fui logo aos informes turísticos no centro cívico e peguei mapa e lista de preços, acabei fechado o Camino de los Siete Lagos ($225) para o dia seguinte e ia decidir se fazia o Cerro Tronador ou Circuito Chico no dia posterior. Dei uma passada no Museu da Patagonia no Centro Civico, legalzinho para quem se interessa, tem de cachimbos à armas.

Como começou a esfriar no final da tarde, fui ao mercado e voltei para o hostel pra ver se os hebreus animavam de ir para algum lugar, afinal, eles tinham saído na noite anterior e estavam animados pra sair, me chamaram até.

 

Fui tomar banho, secar o banheiro (quando tomava banho, alagava o banheiro e o corredor quarto, então tinha que usar o rodo pra secar tudo) e descer pra jantar. Tinha uma mesa de sinuca no salão de jantar, mas eu sou péssimo e nem me aventurei, fiquei vendo Boca x Santamarina e, nisso, fiz amizade com dois argentinos de La Plata e com a bartender que tinham entre 22 e 24 anos também. Ficamos lá até acabar o trabalho dela e ela nos levou pra conhecer Bariloche, fomos pra um bar subterrâneo legalzinho e ficamos conversando lá (eu tava com um frio absurdo com dois casacos e os argentinos tavam só de camiseta e um deles de bermuda jeans, pqp), depois um pub onde um cão entrou pra se aquecer enquanto bebíamos e depois pra um boliche chamado La Cañita, onde só tinha argentinos. Lá descobri que as boates que tanto recomendam, como a Grisu, são para estudantes de terceiro ano do ensino médio de lá e festas de 15 anos fechadas, por isso ficam fechadas no verão. E descobri também que las chicas argentinas adoram os brasileiros.

 

Dia 8 - Voltei para o albergue sozinho e cheguei por volta das 6 da matina, resultado? Perdi a van para o Camino de los Siete Lagos que passou por volta das 8h. Até tentei ir, mas ao chegar na recepção já tinha ido embora e tentei chegar ao hostel da rua debaixo para pegar a van, mas não consegui chegar a tempo, dai como não estava sóbrio o suficiente ainda, fui comer no café da manhã e voltei a dormir até 15h30. Acordei, fiz um almoço qualquer e fui tentar fazer o Circuito Chico que, nada mais é que um circuito de uns 24km ida apenas. Peguei a máquina e os casacos e fui andando pela estrada. Como já eram 16h e não iria conseguir andar isso tudo a tempo, resolvi fazer 12km só, parando nas praias.

 

Andei 1h30 pela estrada e cheguei ao km 8, comprei umas frutas na estrada e fui ver a Playa Bonita. Realmente, o nome justifica ela, muito legal a praia, fiquei lá um tempinho antes de voltar, ela fica exatamente em frente a Isla Huemul, muito legal lá. Fiquei lá até o tempo fechar de vez e voltei andando pela cidade antes que caísse a chuva, o que só ocorreu quando cheguei na cidade, ainda bem!

 

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Playa Bonita com a Isla Huemul em frente

 

Os argentinos tinham ido embora nesse dia, então fiquei vendo filme e fui dormir cedo.

 

Dia 9 - No dia seguinte fui dar uma volta pra achar bancos que pudesse sacar dinheiro com a bandeira do meu cartão e aproveitei pra comprar uma camiseta temática da argentina bem legal. Num mercado provei um chocolate de bariloche bonzinho e a noite, no jantar, conheci uma paraguaia, duas alemãs e dois canadenses. Ia ter um festival local e as alemãs nos animaram pra ir, só que foram na frente, nisso eu fui com os canadenses e quando chegamos lá parecia que tinha terminado pq muita gente tava indo embora, nisso acabei levando os dois no bar subterrâneo que tinha ido (tinha uma apresentação de The Beatles cover, tavam até de terno os músicos), mas tava muito cheio. Acabamos indo pra outro bar e voltamos cedo pra casa pq ia para El Calafate cedo no dia seguinte de avião.

 

Dia 10 - Peguei meu primeiro ônibus na Argentina com as moedinhas, só que não sabia quanto era e o motorista me cobrou 6 pesos quando eram 2,25 apenas. Enfim, como isso é o preço de uma passagem aqui no Rio de Janeiro, era o únicos ônibus pra chegar a tempo no aeroporto, era mais barato que taxi (que não tinha nenhum, aliás) eram 7h e tava um frio da porra, nem liguei tanto. Peguei o vôo para El Calafate fiquei imaginando como iria para El Chaltén, tava totalmente sem ideia de como fazer isso.

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El Chaltén

Dia 10 - Desembarquei no aeroporto de El Calafate e veio o problema. Como ir para o centro de El Calafate já que o aeroporto fica bem distante da cidade. Tinha um taxi que era um roubo e um shuttle direto para El Chaltén que custava $125 só a ida. Só que não tinha ninguém no balcão. Nisso eu fiquei batendo cabeça pra ver o que fazer, acabei pegando um shuttle da VatPatagonia por $35 a ida pra rodoviária de El calafate, mais barato impossível. Fui nessa opção, acabei chegando lá umas 14h e fui comparando o preço/horário das passagens ida e volta para El Chaltén. Peguei o mais cedo que tinha, que era o de 16h30 na Taqsa e custou $170, o melhor CxB.

 

Cheguei em El Chaltén em uma viagem de umas 3h e fui pegar os informes das trilhas. Peguei as duas mochilas e fui lá andar por toda El Chaltén até chegar no hostel Rancho Grande. Peguei um quarto com 2 holandesas e 1 alemã com banheiro, um bom quarto, só que não tinha locker. O wifi só pega em cima do restaurante (sim, é um restaurante), então não dá pra ficar na internet no quarto. Como tava cozinhando a viagem toda, me dei ao luxo de comer um cordeiro que tinha visto a placa na rua, fui lá depois de me alocar no quarto, custou $50 e tava ótimo. Depois decidi que ia fazer o Cerro Torre no dia seguinte, só fiquei receoso pq choveu a noite toda e o tempo tava horrível.

 

Dia 11 - Felizmente, o dia seguinte, amanheceu com um dia bem ensolarado e fui fazer a trilha da Laguna Torre. Uma trilha muito bem sinalizada e bonita, muito tranquila de se ir sozinho.

 

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Tirei algumas fotos e segui o ritmo, após passar por várias trilhas, cheguei no entrocamento que desemboca a outra trilha que passa pelas Lagunas Madre e Hija (essa trilha é maior do q a que eu fiz, dura 5h indo por lá, a minha demorava 3h até a Laguna). Segui até onde pude, mas a falta de um underwear e de uma companhia, me impossibilitaram de terminar a trilha. Cheguei à um ponto que tinha mais uns 45min de trilha até a Laguna e começou a ventar muito, um frio absurdo que minha camiseta dri fit, minha camisa normal, meu casaco e meu corta-vento não suportaram. Eu tinha a opção de mais 1h quase no frio até chegar na Laguna, ficar lá um tempo e mais quase 1h pra voltar até onde estava mais 2h até a cidade, logo, resolvi voltar e deixar para uma próxima visita à El Chaltén para fazer essa trilha e a da base do Fitz Roy. E ai eu voltarei com a roupa adequada para as trilhas e ficarei mais tempo em El Chaltén.

 

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Cerro Torre

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Onde tudo terminou.

 

Enfim, retornei pro albergue e tinha final do Super Bowl. Era engraçado que tinha um cachorrão que ficava assustado com as palmas do pessoal e tinha um americano que torcia pro New England Patriots que se exaltava em cada jogada. Ninguém, absolutamente ninguém estava torcedo no restaurante durante o jogo até esse americano começar a assistir o jogo em pé, moral da história? Em pouco tempo, o restaurante inteiro começou a torcer pro New York Giants até que eles ganharam e o torcedor do Patriots saiu puto pra rua que tava fria pra caramba.

 

Dia 12 - No dia seguinte o tempo estava chuvoso e não tinha como sair pra fazer nenhuma trilha, acabei ficando no albergue pq meu ônibus saia 18h da rodoviária daquele dia, e nisso minha preocupação de não ter locker veio à tona. O checkout era às 10h, arrumei tudo e sai do quarto, deixei no quartinho lá pra guardar as mochilas e fui procurar meu óculos esportivo que comprei só pra viagem na mochila que estava trancada com um cadeado. Como não o achei depois de revirar tudo e a caixinha dele tava vazia, pensei que uma das mulheres do meu quarto tivesse pego pq o saquinho dele não estava lá também, fiquei fulo da vida e a recepcionista do albergue me ajudou a procurar no quarto pq tinha sido ela que arrumou e não tinha como achar as mulheres, eles até desconfiaram da holandesa, mas no fim achamos dentro do mochilão no meio das roupas. Todavia, o hostel não tinha locker individual, não tinha café da manhã nem nenhuma refeição (o café da manhã era carinho, uns 20 e poucos pesos), era barulhento pq o restaurante funcionava até as 2 ou 3 da manhã e foi o mais caro da viagem.

 

Bem, voltando ao relato, fui para a rodoviária e peguei uma viagem tranquila de ônibus de volta à El Calafate, o problema é que chegando lá na rodoviária de El Calafate, desembarquei do ônibus num frio danado, todo mundo correndo pra dentro da cidade pq venta muito na rodoviária. Só que eu não conseguia achar o albergue, andei para o lado errado da rua e estava com uns 16kg em duas mochilas e uma sacola, com um frio de 4°C e sensação térmica de -1°C. Dei graças quando me informaram onde era e consegui achar o albergue, que ficava numa ladeirinha. Mais ainda quando cheguei no quarto e pude tomar um banho e comer pra dormir.

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El Calafate

 

Dia 13 - Eu tinha reservado com o hostel America del Sur, o passeio do Mini trekking no Big Ice e saiu por $675. O café da manhã é ótimo lá e logo peguei o transfer até a lancha do mini trekking. Na entrada do parque eles cobram $50 de entrada para sul-americanos ($30 para argentinos e $100 para o resto do mundo).

 

O passeio consiste, basicamente, em chegar na costa de ônibus, pegar um catamarã muito bom e confortável, ir para a ilha do Perito Moreno e andar até o big ice. Eu e um casal de brasileiros ficamos divididos na hora de dividir o grupo pq era um em espanhol e outro em inglês, acabamos indo no grupo mais da frente, que era o de espanhol. Muito legal colocar os grampons e aprender a andar no gelo. Engraçado que eu ando com os pés meio abertos, e era assim que se andava no gelo, então não tive nenhuma dificuldade pra andar, só que tinham algumas pessoas com muita dificuldade, como uma senhora de uns 40 anos que deixou eu ir na frente pq eu tava ajudando ela e o marido a subirem, e toda hora ficava me puxando pra não cair.

 

Ficamos 1h30 caminhando pelo gelo e vimos um resgate de um cara que se machucou, nisso os guias tavam correndo no gelo para realizar o salvamento e todo mundo com dificuldade pra andar no gelo! Depois disso, todo mundo pedia pra eles correrem no gelo pra gravarem e tirarem fotos. No final da trilha tinha um pote de ouro, digo, uma caixa com whisky e alfajor!

 

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Guia da Hielo y Aventura preparando os whiskys e alfajors.

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Vista do Glaciar Perito Moreno da ilha de desembarque.

 

Voltamos para almoçar e fiquei numa pedra vendo o Glaciar Perito Moreno desprender seus pedaços. Pegamos a lancha e demos uma volta próxima ao paredão do Glaciar para tirarmos fotos e voltamos para o onibus para chegarmos no mirador. O problema é que tivemos apenas 1 horas no mirador e são vários níveis, então tive que correr pra conseguir ir em todos os pontos do mirador pra tirar fotos. Felizmente, consegui! ::otemo::

 

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Vistas do Glaciar Perito Moreno do mirador.

 

Na volta ao ônibus, cheguei na hora e o motorista ainda esperou uns 15min, mas um dos passageiros ficou para trás.

 

No hostel América del Sur rola um churrasco em noites específicas por $70 e calhou de ser essa noite. Comi muito bem e vi que o churrasco argentino é bom, mas é salgado demais. E são porções, as pessoas comem uns dois pratos e só. É um bom churrasco, valeu o jantar e ainda conheci um casal de finlandeses e uma mulher de Israel, eu acho!

 

Dia 14 - Dormi e fiquei enrolando no dia seguinte até a hora de pegar o vôo para Ushuaia de tarde, peguei o VetPatagonia até o aeroporto (quem compra o translado do aeroporto até o centro ganha um ticket com desconto pagando $25 para a volta ao aeroporto, ai o pessoal do hostel liga e agenda pra vc, ótimo serviço dos dois). No final das contas, o hostel é ótimo, queria poder ficar mais dias em El Calafate para aproveitar mais o hostel.

 

O vôo é curtíssimo, 45 minutos, mas teve turbulência durante todo o percurso e ainda tinha uma equipe de filmagem amadora que tava fazendo um filme no avião não querendo desligar a câmera com os comissários putos (se um dia fizer sucesso, cobro pela participação hehehe).

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Ushuaia

 

Dia 14 - Depois de um vôo de 45min com turbulência sem parar, desembarquei em Ushuaia, fin del mundo! Já estava de noite, contudo, na Patagônia só anoitece às 22h, uma beleza isso, tirando o vento frio.

Não pensei duas vezes ao pegar meu mochilão na esteira, peguei o primeiro taxi que vi na fila e fui direto para o hostel, mas, como lá é diferente daqui (as malas vão no banco da frente ao lado do taxista e vc vai atrás), o taxista acabou ficando meio estressado comigo. Eu sempre tentava levar meu mochilão atrás junto com a outra mochila tendo êxito em todas as cidades, só que o taxista parece que achou isso uma ofensa e meio que me obrigou a deixar o mochilão na frente. Por sorte, minha preocupação se mostrou desnecessária e o taxista fez o trajeto rápido e tranquilamente (e diferente de Bariloche, o taxista cobrou o preço correto sem ter taxímetro adulterado).

 

Cheguei ao albergue, Freestyle Hostel, paguei tudo ($450) e rumei para o meu quarto. Uma coisa inusitada, não esperava contar com uma senhora no meu quarto, ela devia ter uns 60 anos e era argentina. Bem simpática, aliás. Escolhi logo a cama de cima no quarto de 6 camas (banheiro interno) e desci para ver na internet as melhores opções para passeios. Fui verificar os mesmos na recepção e ele me deu todas as informações dizendo que quando eu escolhesse, pra falar que ele marcava por telefone mesmo na hora, eu tinha que falar só até às 21h do dia anterior ao passeio. Meus planos iniciais eram: Parque Nacional Tierra del Fuego, Pinguinera desembarcando na ilha, Glaciar Martial e Museo Presidio/Maritimo em 3 dias.

 

Como não tinha decidido se faria a Pinguineira desembarcando na ilha ou a navegação do Canal de Beagle sem pinguineira (os que tavam no meu quarto disseram ser desnecessário e chato andar com pinguins, fiquei na dúvida), resolvi que iria para o Parque Nacional Tierra del Fuego no primeiro dia, depois faria a navegação no Canal de Beagle no segundo dia (teria um dia inteiro analisando as opções e decidindo qual navegação fazer), deixaria o terceiro dia para o Glaciar e o último para o Museo Presidio/Maritimo.

 

Dia 15 - Acordei e fui direto para os informes porque me falaram no albergue os horários aproximados de saída das vans para o Parque Nacional. Chegando lá peguei os preços e horários e, aproveitando que estava um dia claro, ensolarado e firme, rumei para o Parque Nacional. Você deve seguir para o ponto final das vans e ônibus que fica uns 5min dos informes voltando contra o fluxo, ali vc paga ao motorista e ele te dá um ticket com o nome da empresa. Todas as empresas de van cobram o mesmo valor pelo translado, o que variam são os horários de saída e retorno, vc desce e pega a van onde quiser, tem pontos de parada, mas se vc vir sua van, pode fazer sinal que eles param tranquilamente em qualquer lugar.

 

A viagem foi bem tranquila e estava animado para fazer a Senda Costera, pois dias ensolarados são raros em Ushuaia. Descemos para pagar a entrada do parque e 5 minutos depois foi a minha parada, a motorista era bem simpática e explicou para todos o que era melhor fazer para curtirem seus passeios. Ah sim, ela explicou que vc pode descer em um ponto, ficar um tempo lá e pegar a van para outro ponto do parque. Ela me deixou na entrada da Senda Costera.

 

É muito bonita quando ensolarada, vc vai por uma trilha média de 3h30 em que segue por toda a costa em aclives e declives. Passei por uma praia de pedras muito bonita onde pude avistar uma montanha de gelo do outro lado do mar. A trilha é bastante verde e quando o mar aparece, é uma grata surpresa, a água é clara, um paraíso, recomendo à todos essa trilha para conhecer o Parque Nacional.

 

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Uma dica é, quando chegar ao final da trilha e vir que a estrada tá ao seu lado, siga pela estrada porque não tem nada demais em seguir a trilha, gastei 10min atoa onde podia ter chego ao Lago Roca mais rápido. Cheguei ao final da trilha e segui o mapinha que vc ganha na entrada do parque, decidi ir pro Lago Roca por recomendação da motorista. Parei no restaurante que tem logo no início, é uma boa ideia para quem ir ao banheiro, é uma boa pedida...e ainda tem algumas coisas (caras) para comer se quiserem repor as energias, mas como levei comida, fui só ao banheiro e fui para o Lago Roca.

 

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Lago Roca.

 

O Lago Roca é um lago em que, ao atravessá-lo, está em terras chilenas. Tem camping com várias churrasqueiras entre o restaurante e o lago (são uns 10min desse percurso). Existe uma trilha em que chega-se à fronteira dos dois países, mas depois de chegar ao Lago, dá vontade de ficar ali o dia inteiro. A única coisa que não gostei é que há vários tours para o Lago Roca em ônibus grandes de turismo, eu cheguei no momento em que um deles tava indo embora, então me senti tranquilo lá, só que como fiquei na entrada do lago, de 15 em 15 minutos chegava outro grupo com mais velhinhos para tirar fotos e não conseguia tirar a foto perfeita, até que num desses intervalos, após tentativas de um casal americano em tirar uma foto minha com o lago, apoiei a máquina num "corrimão" de madeira que tinha lá e tirei a foto que tanto queria, chegou mais um grupo e fiquei lá com eles e esperei eles irem embora ficando mais uns 10min e indo embora para poder ver mais alguma coisa antes de pegar a última van (18h).

 

Voltei andando, tava quase na hora e nem sinal da van. Acabei encontrando um casal de americanos que estavam no meio da estrada e pegaram a van deles para outro local do Parque, entretanto, era de outra empresa. Dei uma brasileirada e entrei com eles, eles ficaram conversando com o motorista, quando foram descer, eu mostrei meu papel e falei que tinha pensado que podia pegar qualquer empresa. Ai o motorista explicou que não, mas me deixaria num local pra eu pegar com a outra empresa que tinha comprado, por sorte, ao chegar no local, a van da minha empresa estava lá e acabei desembarcando para embarcar. Agradeci ao motorista e, cansado de andar, fiquei no meu banco na janela aproveitando para ver os outros locais. Demos uma volta no parque e voltamos para a cidade. A motorista, muito educada, me deixou no mercado no inicio da cidade ao invés do terminal de vans, mãezona ela.

 

Voltei para o hostel, tomei banho, fiz meu jantar e fiquei na internet no hall vendo um jogo da NBA. Decidi por fazer a navegação do Canal de Beagle no dia seguinte porque se o tempo estiver ruim, eles ligam pro hostel pela manhã dizendo que foi cancelado e remarcam para a tarde, caso vc não queira, eles devolvem o dinheiro.

 

Dia 16 - A navegação pode ser feita por catamarã ou iate. No Iate, vc pode ir para a pinguineira e descer lá. Só que tem um "engana turista" nesse preço. Vc paga apenas pelo iate, mas eles passam pela Estancia Haberton onde deve pagar mais $75 ou $80, não me recordo, inflacionando o passeio. Além disso, o iate comporta 12 pessoas apenas e é mais difícil de conseguir ser realizado porque é menor, então qualquer adversidade climática inviabiliza o mesmo. Dizem valer muito mais a pena do que o catamarã, porém também é mais caro, por isso, pese o que quer ver. Eu decidi pela Pinguineira sem descer na ilha porque ficava $100 e pouco mais barato.

 

Infelizmente, no dia seguinte o tempo mudou consideravelmente (o dia anterior tinha sido o dia mais bonito e ensolarado sem tanto vento desde o início de dezembro), cheguei no porto no guichê da agência que tinha marcado o iate e falaram que não teria o passeio pela manhã porque ventava muito e o barco era pequeno demais para aguentar o tranco, mas que seria remarcado para a tarde, se eu quisesse. Preferi assim e, aproveitando que estava na rua já, antecipei a visitação ao Museo Presidio/Maritimo. O erro foi ter deixado minha carteira de estudante universitário no albergue na outra carteira. Paguei $70 para entrar no Museo, se tivesse a carteirinha, teria sido $35 ou $40. Paciência, já tava lá, não ia voltar para o hostel porque a visitação guiada saia naquela hora em que cheguei (é gratuita, em espanhol e ocorre às 11h todos os dias).

 

Achei muito legal a visita guiada, eles contam sobre os presos famosos, mostram a ala antiga que continua preservada, contam a história do presídio e do farol que funcionava ali. Uma curiosidade é que o farol foi substituido por um outro que é nomeado de El Faro del fin del mundo, porém, o verdadeiro faro del fin del mundo é um outro em que é o farol mais ao sul do mundo.

Depois da visita guiada que termina no farol, fui ver com calma todo o museu.

 

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Tem uma ala de artes com obras fantásticas, quem gosta, recomendo. Contém pinguins enormes e pintados nessa ala também, e os quadros não são tão caros, dá pra levar uma lembrancinha. Em outra ala encontra-se a história dos presídios do mundo, eu gosto muito dessa história e foi um prato cheio, mostra os presídios mais seguros em vários países, o nosso foi o de Pernambuco em que agora funciona uma feira de artesanatos bem famosa por lá. Na última ala tem os objetos marítimos antigos ao lado de várias roupas usadas em expedições partindo de Ushuaia, além dos vários barcos ao longo do tempo.

 

No retorno ao hostel, perguntei para a recepção se teria o passeio, mas as condições climáticas continuavam feias, então fiz meu almoço e fui para a rua ver o preço do free shop, além das lojas de rua. Vale muito a pena comprar bebida e cosméticos lá, tem uma variedade maior do que o free shop do aeroporto nesses quesitos.

 

Dia 17 - No dia seguinte, como não tinha tempo ideal para a navegação do Canal de Beagle, fui ao Glaciar Martial. Sinceramente, não sabia muito como era, por isso não tinha grandes expectativas, mas era a única coisa que faltava fazer, logo, peguei a van até lá e subi de aerosila (teleférico). Foi a parte mais emocionante do passeio. Quando chega lá, fiz a trilha à esquerda que todo mundo faz, mas ela termina em 10min e vc se vê em um caminho de pedras até o Glaciar. Eu cheguei lá em cima do Glaciar em pouco tempo, é uma subida chatinha por ser muito íngreme além de deslizar um pouco em alguns momentos, mas nada de outro mundo. Lá em cima não tem nada além de pedra, mas até que a vista da cidade lá do alto é bonita, porém, na minha opinião, totalmente dispensável.

 

Como eram 12h na hora em que desembarquei do teleférico, resolvi descer a estrada andando até a cidade, o meu único erro foi ter comprado o ticket de ida e volta (vai às 9h30 e volta às 16h30, impossível ficar esse tempo todo lá em cima porque não tem nada pra fazer - comprem só o de ida). Foi uma descida longa porque não peguei nenhum atalho na estrada, visto que o primeiro que peguei era sem saída. Passei mais tempo descendo a estrada do que no Glaciar em si e eis começa a minha sina com os cães da cidade. Depois de muito tempo descendo andando, eu cheguei numa parte mais humilde da cidade. Como tinha que pegar a rua do meu hostel ou a principal para chegar lá, acabei virando na primeira ou segunda rua depois da descida da estrada pro Glaciar, puts, que furada! ::putz::::mmm:

 

TODOS os cães da rua estavam soltos com uma gradezinha mínima nos quintais, alguns na rua, daí quando o primeiro começou a latir pra mim, todos latiram juntos pq eu era O estranho na rua. ::ahhhh:: Um pequeno começou a correr atrás de mim e eu comecei a ameaçar avançar/chutá-lo pra ele não me morder e ele recuava (lembro que, na onda de pitbulls aqui no Rio, sempre falavam que se vc ameaçar ir pra cima do cachorro, ele recua...caso ele vá te morder, bata no fucinho que ele perde a visão por alguns momentos), só que os outros 10 cães da rua começaram a ficar em pé latindo, nisso, quando vejo, vem um outro cão tentando me morder do por trás de mim, ai ameacei avançar neles enquanto eles vinham pra cima e os dois recuaram, foi a brecha! Corri desembestado rua abaixo com os dois na minha cola até chegar na esquina da rua. Segui pela transversal e parece que todos os cachorros eram contra a minha pessoa, todos, sem exceção, latindo, comecei a andar pelo meio das duas pistas para não dar de cara com um canino abusado.

 

Juntando isso ao fato de estar perdido por não achar a rua em que tava no mapa, tava tudo uma maravilha, imagina minha felicidade. :o Felizmente encontrei uma moça que me deu orientações de como chegar, rapidinho cheguei ao centro andando que nem uma flecha. Quando achei a rua que tinha pego na volta do mercado no dia anterior (sem cães), fiquei tão aliviado que só sai do hostel a noite. ::lol3:: É rir pra não chorar.

 

Não queria fazer nada para comer já que ia pegar um vôo no dia seguinte, então fui andar pelo centro e resolvi comer uma pizza numa galeria que tem um letreiro luminoso na calle principal (creio que seja a San Martin). Nessa galeria tem uma loja de couro ótima, várias carteiras e cintos de couro, procurando dá pra achar uma barbada.

 

Dia 18 - No meu quinto e último dia em Ushuaia eu acordei cedo para tomar o café da manhã e ir ao aeroporto logo em seguida. A moça da recepção chamou o taxi e fui para o aeroporto onde achei um chocolate branco ótimo. Cheguei no aeroporto e tive que pagar $32 para embarcar à Buenos Aires, uma taxa cara, ao meu ver.

 

Valeu muito a visita à Ushuaia, principalmente o Parque Nacional Tierra del Fuego, mas eu tiraria o Glaciar Martial da minha lista e teria feito o passeio de catamarã só pra ter tido a sensação de navegar no Canal de Beagle, o máximo que consegui foi uma foto com a plaquinha de Fin del mundo no porto. E teria levado mais dinheiro para compras no dufry free shop que tem lá, melhor que o de Buenos Aires.

 

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Buenos Aires

 

Dia 18 - O vôo de Ushuaia até Buenos Aires foi o mais longo, umas 3h30. Foi bem tranquilo e como foi bom não ter que usar mais casaco. Incrível a mudança climática que peguei dos ventos frios de Ushuaia para o calor abafado de Buenos Aires.

Eu desembarquei no Aeroparque por volta das 14h, fui para os informes do aeroporto para pegar o ônibus para Palermo, pertinho do aeroporto, não vale a pena pegar um taxi. Peguei um mapa da cidade e segui para Palermo já que o ponto de ônibus era na saída do aeroporto. Só que eu desci errado, distante do hostel, então acabei tendo que carregar o mochilão e a mochila, além do saco com comida, por 6 quadras. Para terem uma ideia, eu desci no Hipódromo, ao lado da ponte que tem, sendo que o hostel que fiquei (Tango Backpackers) ficava seis quadras antes dessa ponte, daí já viu.

 

Foi o primeiro hostel que peguei um banheiro ruim, na verdade, não gostei muito da estrutura do hostel não. Além disso, a cozinha fechava às 22h e só tinha um ventilador de chão para seis pessoas num quarto que não tinha uma janela que pudesse abrir totalmente. Enfim, dá pra quebrar o galho e paga-se muito mais pela localização do que pela estrutura do hostel, entretanto, consegui me virar no tempo que fiquei lá.

 

Fiquei no último andar cozinhando naquele calor abafado do verão de Buenos Aires no terraço. Desci e fiquei tentando buscar informações da delegação do Flamengo e dos torcedores que foram para Buenos Aires assistir o jogo no dia seguinte pela estréia na fase de grupos da Libertadores contra o Lanús (marquei a chegada à Buenos Aires para o dia anterior ao jogo). Estava sem ingresso, sozinho e tinha que ir para o outro lado da cidade, uma aventura.

 

Pela noite fui comer algo pelas redondezas por volta de 1h30, bem residencial o bairro de Palermo. Me informei com o vendedor de um quiosco como chegar em Lanus e fiquei matutando como ir no dia seguinte.

 

Dia 19 - Ao acordar, conversei com a moça que limpava o quarto em como chegar em Lanus, ela me ajudou bastante. Pedi informações ao pessoal da recepção e, juntando as três informações, segui rumo à Lanus. Peguei um ônibus na Plaza Italia e fiquei até sair de Buenos Aires e sair da autovia. Pelas placas vi que tava chegando, como nos pontos de ônibus tem uma plaquinha dizendo as paradas e a ultima era o Estádio, fui na janela acompanhando, quando chegou próximo, perguntei ao motorista e ele disse pra atravessar o trem e ir reto. Fiz o que ele disse, mas andando à duas quadras da rua que daria no estádio porque iria direto na área de entrada dos torcedores deles. Andei umas 10 quadras e dei na entrada do visitante, por sorte, tinham vários torcedores do Flamengo bebendo e comendo antes do jogo numa sedezinha do Lanus em frente a entrada de visitantes. Comprei o ingresso ($100) e esperamos dar a hora do jogo para entrar.

 

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Vários argentinos foram assistir ao jogo porque tinha o antigo astro Ronaldinho Gaúcho.

 

O jogo foi 1x1 onde o Flamengo poderia ter vencido. Na volta, os argentinos da sedezinha do Lanus arrumaram uns carros para os torcedores do Flamengo voltarem ao centro de Buenos Aires. Voltei com um brasileiro que foi de Rosario só para ver o jogo e outro que estava a trabalho em Buenos Aires. Foi muito legal ver o jogo como visitante na Argentina, realmente, eles não param, mas cantam músicas toscas como a música da Xuxa. Vale a experiência, se puder ver seu time jogando na Argentina, recomendo que o façam. Não fui em La Bombonera como todos vão, mas valeu muito mais ver meu time jogar em um estádio argentino.

 

Dia 20 - Depois da aventura futebolística, de volta ao turismo. Resolvi conhecer o centro de Buenos Aires. Fui de metrô para o centro, peguei na Plaza Italia mesmo o subte, comprei ida e volta o ticket. Desci na Plaza de Mayo para tentar pegar a visita guiada à Casa Rosada às 15h, só que tava tão quente que eu resolvi desencanar de uma visita guiada. Fiquei na praça tirando foto da Casa Rosada, da Piramide de Mayo e fui dar uma volta na praça, pois estava para começar a lamentação/protesto das mães que tiveram seus filhos mortos na ditadura (La Madres de la Plaza de Mayo).

 

Acabei indo pro outro lado da praça pra tirar foto de tudo junto. Depois de tirar algumas fotos, vi o Cabildo. Nessa hora, achei o segundo melhor guia da viagem. Vi um senhor humilde tirar foto de uma moça e duas crianças, que percebi serem seus filhos e esposa, logo, pedi para ele tirar uma foto minha com a Casa Rosada e a Piramide de Mayo. Ele tirou e perguntou se eu não queria uma do Cabildo, respondi que não precisava, ai ele começou a me explicar a importância do Cabildo e tiramos a foto.

Ficamos uns 20min conversando já que perguntava da economia argentina, da ditadura como tinha sido, da Kristina Kischner, do desenvolvimento do país (em toda cidade do interior da Argentina tem uma placa com os dizeres "Aqui tambien la nacion cresce"). Enfim, ele me contou sobre a situação atual da Argentina, a história deles desde a libertação dos criollos e tudo que pôde passar, incrível a história argentina.

 

Após a conversa, fui visitar a Catedral. Ela tem doze pilares onde cada um representa um apóstolo e tem vários líderes do exército argentino, como o próprio Gen. San Martin, enterrados. Vale muito uma visita.

 

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Casa Rosada ao fundo com Las Madres de La Plaza de Mayo na Plaza de Mayo.

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Catedral.

 

Segui pela Florida, passei pelas Galerias Pacifico, vi pq o Subway de lá não faz sucesso como aqui e dei na 9 de Julio onde pude tirar uma foto do Obelisco. Nisso começou a chover, então peguei o subte de volta a Palermo, que tristeza...mais cheio do que o metro daqui do Rio de Janeiro, imagino que no nível do metro paulistano em hora do rush. Desci na Plaza Italia e fiquei no hostel a noite toda, onde encontrei uma holandesa que fez o wine bike tour comigo em Mendoza (ô mundinho pequeno).

 

Como meu albergue ficava próximo ao zôo, fui dar uma volta por aquela avenida a noite após comer um pancho ($7) ali na mesma calçada do Burguer King. Estava descendo a avenida do zôo até a estátua iluminada porque queria ver como era de noite já que na noite anterior passei pelo Obelisco de carro e o mesmo estava todo iluminado. Só que um indivíduo passou por mim e dez passos depois deu meia volta e começou a voltar atrás de mim. Eu tinha reparado e atravessei a rua como se fosse o meu caminho normal e fiquei observando o caminho dele do outro lado da rua, ele me acompanhava. Até que parei atrás dos ônibus pra ver se ele ia continuar reto (vai que ele esqueceu alguma coisa em casa e tava querendo buscar), nisso voltei para o meu hostel na minha calçada...não é que o safado deu meia volta quando viu que eu não passei dos ônibus e tava voltando e começou a me seguir do lado da rua dele. Eu apertei o passo e voltei para o hostel onde era seguro ficando por lá mesmo, afinal, já eram 1h da manhã e tinha que dormir pro dia seguinte.

 

Dia 21 - Dia de seguir para a Recoleta. Desci na parada de ônibus da UBA - Faculdad de Derecho. Fiz algo incomum, ao invés de tirar fotos e ir embora, entrei na universidade, afinal, como toda faculdade pública no mundo, qualquer pessoa pode entrar livremente. Já tinha andado pela Universidad de Cuyo em Mendoza, também federal, então vi que é bem tranquilo. Fui ver como são as salas de direito lá, melhores que das federais daqui, mas tem muito partidarismo nos diretórios acadêmicos de lá, pelo que vi. Sai e fui na Flor de Prata rapidamente e voltei para o Cemitério da Recoleta para ver o túmulo da Evita Perón na visita guiada (nada demais). O passeio é bem chato, para chegar ao túmulo dela, vá para a esquerda ao entrar e conte 6 "vielas" depois do famoso general lá que tem placa indicando.

 

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Ao lado tinha a Iglesia de Nossa Senhora, porém, depois de ver a Catedral no dia anterior, a Iglesia não me impressionou tanto. Comprei um souvenir e segui pela praça voltando para a Flor de Prata. Tirei mais fotos lá e segui reto para o Malba. Vale muito a pena entrar no Malba, estudante paga meia entrada (dessa vez lembrei de levar a carteirinha ::otemo:: ). Estava tendo uma exposição de imagens em 3D, praticamente. Conforme ia andando o desenho da tela ia mudando de acordo com o ângulo de visão, uma doideira só. Fora a sala de luzes fazendo arte, incrível o Malba. Não pode tirar fotos lá dentro, então deixe por último, são 3 andares de muita arte até pra quem não gosta de arte.

 

Voltei para Palermo de ônibus (subte nunca mais) e comi no Burger King que ficava na esquina da rua do hostel. Acabei não saindo com o pessoal do meu quarto para poupar um dinheiro, pois no dia seguinte era sábado de carnaval e iria para Rosario, onde todos os argentinos dizem ter las chicas más guapas de toda Argentina. Fora as festas.

 

Dia 22 - Acordei tomando um café da manhã e segui para a rodoviária, não aguentava mais ficar em Buenos Aires, cidade quente, abafada e sem nenhum atrativo que faça a cidade ser inesquecível, foi a cidade que menos gostei na viagem.

Era um dia nublado e abafado, pra variar, então segui para o Terminal de Retiro logo quando acabou o desayuno. Resolvi descer na metade de Puerto Madero porque era um dos poucos lugares que não tinha ido, realmente, é bonito aquilo lá, tirei uma foto da Puente de la mujer e segui carregando as mochilas por todo o Puerto Madero. Só que resolvi ir andando até o terminal, que idiotisse! Andei igual um condenado num calor danado em um local em que não parecia muito seguro (eu só segui por ali pq quando cheguei na Argentina no primeiro dia, a Tienda del Manuel Leon desembarcava no final de Puerto Madero e era só atravessa a praça pra chegar no terminal).

 

Quando cheguei no terminal, tava um corre corre para comprar passagem pq era feriado, então um cara na minha frente ia pra Rosario e ia perguntando em todos os guichês, acabou que eu ia atrás dele e ao ouvir a resposta, guardava quantos assentos tinha e que horas partia. Acabou que comprei o mais cedo/barato possível e fiquei sentado na rodoviária de 14h até 18h na hora de saída. Dessa vez era ônibus normal, sem os mimos que tava acostumado, mas foi uma viagem boa, como uma brasileira pro interior da cidade em ônibus de turismo.

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Rosario

 

Dia 22 - Após 4 horas de viagem, cheguei a Rosario por volta das 22h e fui direto pro hotel no primeiro taxi disponível, afinal, era sábado e eu queria sair porque não saia tinha tempo e as noitadas de Rosario são famosas.

Cbeguei no La Casona de Don Jaime 2 e tenho a agradável notícia que minha reserva tinha sido cancelada pq eu não confirmei o horário e não tinham vagas lá. Eu tava tão cansado que nem me dei ao trabalho de ficar puto, ela ligou para o Cool Raul, que ficava a 100m e disse que tinham sido canceladas 4 reservas lá naquele momento e que eu poderia ir pra lá pagando $320 pelas 4 noites com bebida liberada na primeira noite, o sábado, e uma festa que iria ter entre 10 hostels de Rosario no domingo.

 

Não pensei duas vezes, fui tomar meu banho e já tava pronto pra sair. Tinham umas meninas de Rosario, que eram amigas do dono do hostel, e estavam lá bebendo antes da festa. Como estava sozinho, fiz amizade com o pessoal que, em sua maioria, eram argentinos de La Plata e Buenos Aires. Acabou que ficamos bebendo e fomos à um boliche para maiores de 25 anos muito bom chamado Taura, recomendo para quem for à Rosario! Custou $40 para entrar apenas e é melhor que muita noitada brasileira, alto nível mesmo!

 

Dia 23 - O pessoal se amarrou no fato de eu ser brasileiro, então só me chamavam de "Brasiiiil". Isso me rendeu a ida de carro com uma das meninas que morava em Rosario e tava no hostel só pra beber antes da festa e a carona de volta de carro com o dono do hostel. Nessa noitada eu vi que é verdade quando dizem que as mulheres de rosario são as mais bonitas, o bom é que adoram brasileiro. Tinha uma que tinha retornado do Rio de Janeiro com a família tinha um mês, até arranhava um português comigo. Dormi até tarde esse dia, nem me preocupei em acordar cedo pq iamos sair pra festa interhostel a noite mesmo. Acordei e fui no terminal tentar ver como eu iria para Punta del Este no final do feriado de carnaval e quanto custava, acabei pegando as opções e voltando para o hostel tarde, pelo menos cheguei a tempo de pedir uma pizza na loja ao lado e comer a tempo de me arrumar pra festa interhostel.

 

Fui com os argentinos para a festa e, reafirmo, como las chicas gostam de brasileiros. Tinha um argentino malandro do meu albergue que tinha descendência italiana. Numa dessas viagens, visitou Portugal e gostou do português, aprendeu a falar um pouco e numa visita ao Brasil aperfeiçoou. Bem, ele começou a fingir que era brasileiro na festa, acabei convencendo uma mulher lá que ele era brasileiro como eu e não é que colou?! ::lol4::

Acabamos essa noite num albergue alheio tomando café da manhã com um colombiano e umas amigas argentinas dele.

 

Dia 24 - Outro dia acordando tarde sem preocupação nenhuma. Fui na rodoviária, comprei a passagem pra Punta del Este na EGA (só tem ela e uma outra que fica no guichê ao lado, as duas alternam os dias de saída entre si), e voltei para o hostel. Foi um dia chuvoso em que a galera ficou morgada vendo filme e tocando violão na cozinha. Muita gente tinha ido embora do albergue, quase todos os argentinos, ficaram duas cariocas e dois motoqueiros que tinham chegado no final da tarde.

 

Dia 25 - Era uma terça-feira, tinha parado de chover e começou a sair um sol, eu fiz meu checkout e pedi pra deixar minhas coisas no locker pq ia conhecer a cidade (finalmente :D ), só que deixei meu chinelo com umas meias embaixo da cama depois que arrumei tudo pra sair, ai na arrumação do quarto acabou indo pro lixo junto!

 

Enfim, fui conhecer o Parque onde tem o estádio do Newell Old Boys, muito legal o parque, vale uma visita com certeza. Depois de um tempo no parque e de conhecê-lo por completo, resolvi ir ao Monumento de la Bandera, atravessei a cidade andando até que encontrei o dito cujo. Comi um chorizo, que coisa gordurosa! Mas alimentou muitíssimo bem!

 

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Entrada do estádio dos Newell Old Boys.

 

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Encontrei um coroa chamado Rogelio que era legalzinho no início, mas ele não sabia tanto da história do local e só falava do carnaval brasileiro que tinha visto na tv, que morava lá com um amigo e se eu quisesse não precisava gastar dinheiro em hostel na proxima vez que fosse a Rosario, perguntou quanto era pra ficar no Rio de Janeiro, gasto diário, tentou "cavar" uma hospedagem aqui em casa. Era aquele tipo de pessoa simpática demais, só consegui me livrar dele quando ele me deixou perto do meu hostel. O pior era que ele não entendia que eu já tinha passagem comprada pro Uruguai e não queria opções, menti que ia comprar uma passagem no dia, um saco ele.

 

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Monumento a la Bandera

 

Voltei pro meu hostel depois de fazer umas compras na loja Havanna (comprem Havannets, melhor que alfajor Havanna!), peguei minhas coisas e arrumei um taxi pra me levar já que não tinha dinheiro trocado pro ônibus. É muito rápido, mas na altura da faculdade de medicina, um pouco depois dali, quando tava quase chegando no terminal de omnibus, o taxi bate no carro de umas universitarias que seguiam a frente e frearam bruscamente! Ô sorte, ainda bem que tava no banco de trás e estávamos desacelerando já. Enfim, desci, atravessei a rua e cheguei no meu onibus, embarquei depois de um tempinho e rumo ao Uruguai.

 

Um problema foi o meu passaporte, na hora da fronteira o cara do onibus pede o passaporte de todo mundo, eu tava viajando com o passaporte nas viagens e identidade pra ficar rodando nas cidades, mais barato de fazer outra, só que o cara se enganou e carimbou a saída do Uruguai junto com a entrada no mesmo país, então no meu passaporte aparece como se eu tivesse entrado e saído no mesmo dia do Uruguai, sendo que só a entrada tá assinada, pq o idiota errou de carimbo. Enfim...

 

O ônibus ia direto pra Punta del Este, deixou um pessoal em Montevideo e seguiu viagem, tava vazio, não tinha nem metade dos lugares ocupados. Sai 20h45 de Rosario e cheguei em Punta del Este por volta das 10h.

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