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La Paz, Titicaca, Cusco e Machu Picchu - Set./Out. de 2008


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muito maneiro o seu relato cara!!

eu e mais 2 amigos estamos dispostos a fazer algo parecido ao seu, mas indo pro chile, argentina e uruguai dps (se der né!!) hhahaha

po, a dica ali até machu picchu, é mto boa... vamos economizar bem para poder rodar para os outros países!!

 

pretendemos ir em julho/2009...

 

continua aí!! hahahaha

 

tudo bem se te mandar um email dps pra tirar outras dúvidas???

 

abs

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Sou mais um fã desde aventureiro muito gente boa!

 

Quanto a sacar dinheiro com visa, pode ser o visa eléctron? No meu cartão tem o rede plus, mas ele é liberado automaticamente? Meu cartão não internacional, será que o débito funciona em qualquer lugar?

 

Se alguém puder me ajudar, fico agradecido, e mais uma vez parabéns ao Tobias!!!

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  • 3 meses depois...
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DE VOLTA NA ÁREA!! CONTINUANDO O RELATO...

 

Galera, finalmente tô de volta!!

 

Em primeiro lugar, quero pedir as mais que devidas desculpas a todos que esperavam pela continuação do relato, especialmente sobre a parte da trilha alternativa.

 

Infelizmente tive que deixar o relato de lado por uns tempos. Questão de prioridade, afinal decidi que tava na hora de passar num concurso de responsa e então meti a cara nos livros. Felizmente, consegui me manter concentrado nos estudos por todo o período (de novembro de 2008 a março de 2009), e agora aguardo os resultados pra saber se valeu a pena.

 

Enfim, tô bastante otimista e acho que vai dar certo. De qualquer maneira, foi um momento importante da minha vida e não me arrependo de ter deixado o relato de lado, apesar de me sentir um tanto frustrado por não ter podido ajudar alguns colegas leitores do relato que a esta altura já devem ter feito a viagem, como thyagotpt, mahcelo, FridaKahlo, nanyw e alinemaian. Espero que ainda possa ser útil de alguma maneira aos que ainda não iniciaram a viagem, como samanthavas, .Mariana. e bernardomartins31. E também àqueles que não sei se já foram ou se ainda irão, como Ms. Jimenez, Rhulian, erich.augusto, Dickens e carlanog.

 

Outra coisa que atrapalhou um pouco foi que acabei me machucando feio num jogo de futebol (rompi os ligamentos do joelho direito). :( Tive que operar o joelho e ainda tô em fase de recuperação, mas o motivo principal mesmo foram os estudos. Portanto, deixo aqui minhas mais sinceras desculpas por todas as expectativas frustradas.

 

Mas bola pra frente!! Vamo lá...

 

Como vcs sabem, já faz um bom tempo que não escrevo e mais tempo ainda que minha viagem terminou, então a memória já não é mais a mesma de quando ainda tava escrevendo o relato. O bão é que tenho quase tudo anotado, e lembro de bastante coisa ainda. E o melhor: tenho as fotos!! :lol:

 

Vou começar fazendo uma revisão do texto já produzido (um dia basta pra fazer isso) e em seguida dou seqüência no relato. Mas antes disso vou abrir um parênteses: vou antecipar o roteiro da trilha alternativa que fiz. Muita gente já me pediu que eu mandasse esse roteiro por mensagem, então vou postar ele aqui, pois pode ajudar mais pessoas. Não se trata do relato de tudo que rolou na trilha, mas apenas um itinerário, uma orientação. Depois, quando chegar a "hora", mandarei tudo sobre a minha experiência na trilha, com os detalhes habituais.

 

A idéia é dar uma acelerada na escrita, até porque vou dar um tempo de um mês nos estudos e o trabalho tá susse. Também vou ficar sem o futebol até outubro, o que vai me dar um tempo a mais pra me dedicar a terminar o relato. Só paro de escrever de novo se arrebentar o outro joelho ou algo parecido.

 

Adianto também que estou iniciando o planejamento mental pra minha próxima viagem, uns 20 dias lá por outubro e/ou novembro deste ano. Ainda tô em dúvida quanto ao lugar, mas tô bem inclinado a me decidir pelo itinerário Santiago/Pucón/Atacama/Uyuni. O salar de Uyuni ficou faltando na minha viagem, e quero muito conhecer. Como fica fácil encaixar nesse roteiro chileno, acho que vai ser isso aí mesmo. As outras opções seriam, a princípio, Patagônia, Equador ou Colômbia.

 

Mas isso vou começar a ver só mais pra frente, então vamos ao que interessa no momento. Domingão vou ver se faço a tal da revisão no texto já postado, e segunda já quero começar a escrever texto novo (o roteiro básico da trilha alternativa). Em seguida continuo o relato propriamente dito.

 

Acho que por hoje é só, moçada.

Abraços a todos!!

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LA PAZ - TITICACA - CUSCO - MACHU PICCHU

Bolívia e Peru, de 18 de setembro a 7 de outubro de 2008

 

TRILHA ALTERNATIVA PARA MACHU PICCHU

1ª PARTE - A IDA

 

Bom, conforme prometido, aqui vai um roteiro bem básico pra quem quer chegar a Machu Picchu de maneira rápida e barata.

Trata-se de uma trilha diferente. Apesar de não ter feito a trilha inca original, aquela cara e concorrida, não acredito que esta que fiz substitua aquela. Só fiz esta trilha alternativa por um motivo: economia!! Economia de tempo e principalmente de dinheiro. Se o viajante tiver tempo e dinheiro, que faça a trilha inca original, que deve ser show de bola. Se não tiver nem tempo nem dinheiro, esta que fiz é uma boa opção.

 

ATENÇÃO: Se vc quer fazer a trilha sem conhecer detalhes, a partir daqui leia somente o que está em vermelho no texto!!

 

Como eu acho que o legal é ir sem saber muita coisa, pra ter surpresas, entendo que cabe a cada um pegar o que está postado aqui e fazer seu próprio roteiro, deixando somente o que considerar necessário e suficiente pra ter uma experiência legal e sem riscos demais. Pra facilitar essa tarefa, coloquei em vermelho os trechos que podem ajudar a montar um roteiro minimalista (um mero itinerário, sem dicas ou qualquer informação que possa estragar surpresas). Foi com um roteiro assim que eu fui, e acho que é legal porque vc tem que se virar pra descobrir como fazer as coisas (como achar o rio, por exemplo).

 

Antes do roteiro, cabe apontar algumas peculiaridades que podem fazer com que vc se anime ou não a seguir esse caminho:

1 – não há qualquer ruína inca no caminho... o máximo que dá pra se ver – e isso se a pessoa tiver conhecimento prévio – é onde fica Machu Picchu, lá em cima das montanhas (dá até pra ver as pessoas olhando pra baixo lá de cima!!), e se tiver um nativo junto, talvez dê pra ver alguma passagem da trilha inca, a famosa e cara (mas não tenho certeza disso, pois acho que a trilha inca fica do outro lado das montanhas);

2 – vê-se muito verde, cachoeiras, montanhas (inclusive o pico nevado do Salcantay), alguns animais (talvez até uns grandinhos, se der sorte), e natureza abundante, pois se estará caminhando por uma trilha no meio da mata e das montanhas;

3 - não se vê muitos mochileiros (na ida só encontramos uma menina argentina e um casal de não lembro onde voltando);

4 - pelo caminho se encontram alguns nativos ribeirinhos;

5 - esporadicamente, durante a primeira parte do trajeto, um ou outro carro passa por vc (não é perigoso quanto a isso, basta estar minimamente atento);

6 – gasta-se muito pouco dinheiro;

7 – caminha-se pacaraio;

8 – parece que esse roteiro está resumido no guia Lonely Planet;

9 – o roteiro que usei como base para fazer o meu foi retirado deste site: http://thanksforthefish.net/machu-picchu-alternative-route/. Lá existe um roteiro básico em inglês. O roteiro abaixo postado é mais completo e contém mais informações úteis. Facilita um pouco a vida do mochileiro. Mais pra frente, quando chegar a hora, postarei a minha experiência com ainda mais detalhes no relato.

 

Bom, então vamo lá:

Vc vai precisar de 3 dias inteiros pra ir e voltar, já incluído um dia inteirinho em Machu Picchu. O primeiro dia pra ir, o segundo pra Machu Picchu, e o terceiro pra voltar. Sai de Cusco lá pelas 21:00 de um dia e chega em Cusco lá pelas 20:00 três dias depois. Eu, por exemplo, saí de Cusco às 21:25 do dia 28/09 (domingo) e cheguei de volta lá pelas 19:00 do dia 01/10 (4ª feira).

Veja o que é melhor pra vc, programe seu tempo e faça o seguinte:

 

Preparativos

- No dia anterior ao da partida, vá até o terminal de bus Santiago e compre passagem pra Santa Maria (o destino final é Quillabamba). Há algumas opções de empresa. Eu fui com a Turismo Ampay, por 25,00 soles peruanos (daqui em diante SOL$). Ao comprar a passagem, certifique-se que o teu ônibus irá parar em Santa Maria. Compre a passagem pro ônibus das 21:00 do próximo dia.

- Pegue sua mochila e coloque somente o básico dentro dela. Não deixe ela muito pesada, porque a caminhada será longa e árdua, com grande parte do trajeto levando sol no lombo. Se possível, leve tua menor mochila, de preferência uma daquelas de ataque. Deixe o resto da bagagem no seu hostal em Cusco (geralmente há um depósito de bagagens - gratuito - nos hostals).

- Não se esqueça dos seguintes itens, quase todos fundamentais: papel higiênico, repelente, calça, camiseta de manga comprida, bota, boné, sunga ou calção de banho, toalha, passaporte, grana (e moedinhas :lol: ), lanterna, muita água, comida (bananas, sanduíches, chocolates e barrinhas de cereais podem ser boas opções), além de umas duas camisetas. Obviamente que levar escova de dentes e desodorante é uma ótima idéia!!

- Não precisa levar blusa muito quente porque faz calor em todo o trajeto. Um anorak resolve eventuais problemas de frio e ainda é útil em caso de chuva.

- Pra levar a água, compre em Cusco ou ainda em La Paz um carregador de garrafa de 2 litros. Com ele vc leva a garrafa de água, pendurada no ombro ou pescoço, ao lado do seu corpo o tempo todo. Não é muito confortável, mas é bem prático e deixa as mãos livres.

 

1. De Cusco a Santa Maria (“velho oeste 1”)

- Ao embarcar, ajuste o seu alarme pra 1:50 da madruga, pra acordar e lembrar o motora de parar quando chegar em Santa Maria, entre 2:00 e 3:00. Fique bem esperto quanto a isso. Não perca a parada. Vale a pena sentar bem na frente do bus e acordar um pouco antes pra ver o caminho. Sinistro!! Um verdadeiro rally de ônibus no meio da selva.

 

2. De Santa Maria até Santa Teresa ("velho oeste 2")

- Chegando a Santa Maria, que é um vilarejozinho, lá pelas 3:00 da madruga, aguarde a chegada de uma van que leva até Santa Teresa. Provavelmente já vai ter um pessoal (nativos) esperando. Se a van já estiver lá, vá negociar o preço. Conseguimos por SOL$ 10,00 por pessoa.

- A van só sai quando estiver cheia, lá pelas 4:00, e leva galinha, cachorro, gente, mudança e tudo o que couber dentro. Sente na frente, ao lado do motorista, pra mais uma aventura pela madrugada escura. Bem mais sinistro do que o busão!!

- Chegando a Santa Teresa (outro vilarejo, este beeeem “velho oeste”), ao clarear do dia, existem vários carros que levam até a hidroelétrica, de onde sai o trem que leva a Aguas Calientes. Aqui vc tem duas opções: a mais fácil, que é pagar o preço e ir de carro, e a total roots, que é descobrir onde fica o rio, caminhar pelo “velho oeste” até lá (10 minutinhos), atravessá-lo e seguir caminhando até a hidroelétrica. Ao perguntar sobre o rio, os caras vão fazer de tudo pra que vc desista da caminhada e pegue um carro. Se estiver a fim de ir caminhando, insista ou pergunte a outra pessoa.

- Em Santa Teresa há águas termais. É possível se hospedar na região e aproveitar estas águas. Pra fazer isso, tem que se fazer algumas adaptações no roteiro. Não tenho como dar mais detalhes sobre isso porque não fiquei por lá.

 

3. Atravessando o rio

- Se escolher a segunda opção (total roots), coma alguma coisa (há um mercado público onde é possível conseguir algo além do que vc tem na mochila), abasteça-se de água (muita água), coloque uma calça e camisa de manga comprida (por causa dos mosquitos) e se mande.

- Atravessando o velho oeste, chega-se a um barranco, e lá embaixo se vê o rio. Desça até o rio, e então há mais duas opções: a racional, que é atravessar a ponte, sólida e segura, e a irracional, que é atravessar o rio usando uma cañastita, uma espécie de tirolesa que te leva numa cesta (cañasta) de um lado ao outro do rio. Aqui cabe um conselho: se quiser certeza de chegar ao outro lado do rio vivo, vá pela ponte. Basta dizer que bem abaixo do barranco onde está a origem do cabo de aço da cañastita há algumas cruzes bem sugestivas. Inclusive, se vc perguntar aos locais sobre a cañastita, eles vão te dizer que ela não existe mais. E os que admitem a existência, desaconselham o uso, dizendo que uns dias antes alguém morreu tentando usá-la. Na verdade a cañastita existe (fica uns 20 metros à direita da ponte), mas ao avistá-la já se vê que não é uma boa opção, e sim uma loucura. Detalhe: a cañastita passa a uns 15 ou 20 metros acima do leito do rio, que é uma corredeira rasa cheia de pedras. Além disso, o vão que se atravessa por ela é de uns 40 metros, ou seja, não é curto, mas bem longo se considerar a situação. Boa sorte se resolver encarar!! Ah, e se resolver encarar, pague algum local pra te assessorar no manuseio do sistema de travessia, que é cheio de cordas, e já deixe as instruções para o caso de acidente. Vale conhecer a cañastita e puxar ela (ela fica “estacionada” no meio do cabo de aço) pra tirar uma foto. Foi o que eu fiz.

 

4. Do outro lado do rio até a estação de trem na hidroelétrica (1º tempo da caminhada)

- Chegando ao outro lado do rio, peque a sua direita e siga a estrada de chão batido que vai margeando o rio o tempo todo.

- Logo no início da caminhada (lá pelos 30 do 1º tempo) é possível ver, de diferentes ângulos, ao longe e imponente, o pico nevado do Salcantay, o que rende ótimas fotos.

- Bem mais pra frente, há uma cachoeira não muito alta, mas bem power, que vc escuta mas não consegue ver. Ela fica escondida, e sai do meio da montanha (talvez tenha sido aberta artificialmente). Fique com os ouvidos atentos, e quando vc ouvir o barulho forte de água caindo, saia da estrada e caminhe em direção ao rio até encontrá-la. Vale a pena tentar ver, porque vc fica muito perto dela. É bem seguro chegar onde dá pra vê-la, mas não abuse, porque cair ali é morte certa.

- Se prestar atenção vc verá outras cañastitas sobre o rio ao longo do trajeto até a hidroelétrica. Os caras são muito lóki!!

- Depois de umas 2 horas (caminhando num ritmo moderado, mais pra rápido do que devagar), vc chegará a outra ponte, onde há um casebre de controle de acesso à área de propriedade da hidroelétrica. Bom lugar pra parar, dar uma descansada, bater um papo com o carinha que cuida do lugar e assinar o livro de entrada (o que não é obrigatório, mas já que ta lá e pode assinar...).

- Só não pense que já chegou. Depois de atravessar a ponte, ainda há um bom trecho de caminhada até a estação do trem. Continue andando e logo (mais uma meia hora) chegará lá.

 

5. Da estação de trem na hidroelétrica até Aguas Calientes (2º tempo da caminhada)

- Quando vc finalmente chegar à estação de trem, dê um tempo, coma mais alguma coisa (há várias barracas de venda de comida e água), reabasteça-se de água e se prepare psicologicamente pra mais umas duas horas e meia de caminhada até Aguas Calientes.

- Quando decidir partir, vá pelos trilhos (esta parte dos trilhos, que tem uns 300 metros, é só uma área de manobras) até a boca de uma trilha no meio do mato, suba o barranco e lá em cima procure o início dos trilhos do trem que vc vai ter que seguir até Aguas Calientes. A dica aqui é caminhar pelas laterais dos trilhos, onde houver terra ou grama, ou então, caso haja pedras, ir pelas tábuas que formam a base dos trilhos (o que não é tão confortável por conta do espaçamento irregular entre elas). Aqui vc vai ver como valeu a pena ter comprado aquela bota de hiking/trekking que custou o olho da cara.

- No caminho vc deparará com uma ponte de ferro sinistra. A ponte é para passagem do trem, mas nela há uma passarela, igualmente sinistra, ao lado dos trilhos. Estufe o peito, tome coragem e encare a travessia. A partir desta ponte, se vc olhar pra sua direita, lááááá em cima, talvez consiga enxergar, bem pequenininhas, algumas pessoas olhando pra baixo. Essas pessoas estão em Machu Picchu. Só descobri isso quando estava em Machu Picchu e olhei pra baixo e vi a ponte, por isso estou dando o toque antes.

- Depois da ponte, os trilhos seguem bem próximos ao leito do rio, e há vários pontos em que dá pra tomar um banho de rio. A esta hora da manhã vc já estará cansadão de caminhar, o sol estará pegando pesado no seu lombo (use o boné!), e um banho de rio será nada mais nada menos que tudo que vc poderia desejar no momento. Se eu soubesse disso antes de ir, com certeza teria levado uma sunga e uma toalha. Vc, que já sabe, aproveite!!

- Quando estiver mais perto de Aguas Calientes, o trem começará a passar por vc vez por outra. Foi aí que meu amigo Ferdinand teve uma idéia irresponsável e fantástica (segundo ele, o pai dele fazia isso quando criança, hehehe). É o seguinte... pegue uma moedinha (ou quantas vc quiser, mas uma de cada vez - o trem passa várias vezes) de SOL$ ou de BOL$, de baixo valor, e coloque no trilho do trem um pouco antes de ele passar. Guarde bem o lugar onde ela está. Depois de torcer para o trem não descarrilhar :twisted: e assim que ele passar, procure a moedinha no chão. Ela vai estar bem próxima de onde vc a deixou, e estará achatada, deformada, desfigurada e quente. Além das boas risadas que vc dará, terá ainda um souvenir show de bola. Eu fiquei com um exemplar de cada (BOL$ e SOL$). ::otemo::

- Quase chegando (alguns quilômetros ainda distante) a Aguas Calientes, há uma propriedade privada onde existem algumas cachoeiras que dizem ser bem legais. Por aqui já dá pra encontrar um povo que vem caminhando desde Aguas Calientes pra visitar essas cachoeiras. Eu não fui porque não sabia que existia. E na volta não deu tempo.

- Finalmente, depois de um tempo que vai parecer interminável, vc avistará, ao longe, Aguas Calientes.

 

6. Em Aguas Calientes

- Chegando em Aguas Calientes, lá pelas 11:30 da manhã ou meio-dia, tome uma Cuzqueña gelada (vc merece!!) e depois procure hospedagem.

- Dê uma descansada e vá até o escritório que tem na Plaza de Armas comprar o ingresso pra subir até Machu Picchu no dia seguinte. O ingresso custa SOL$ 122,00. Estudante paga menos, acho que metade. Aproveite a oportunidade e pegue um guia impresso.

- Se ainda tiver pique, dá pra subir a montanha Putucusi, de onde, dizem, tem-se uma vista livre de Machu Picchu. Eu não encarei essa, porque tava podre depois de 5 horas caminhando.

- Dê um rolê pela cidade, coma bem, compre uns lanches pra levar pra Machu Picchu, descanse e vá dormir meio cedo porque no outro dia vc terá que acordar cedo pra subir a Machu Picchu.

- Em Aguas há umas águas termais onde dá pra dar uma boa relaxada (pagando, claro!). Nós deixamos pra aproveitá-las depois que voltássemos de Machu Picchu, mas acabamos não indo. Fica aqui a dica!

 

Continua no próximo post...

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LA PAZ - TITICACA - CUSCO - MACHU PICCHU

Bolívia e Peru, de 18 de setembro a 7 de outubro de 2008

 

Continuando...

 

TRILHA ALTERNATIVA PARA MACHU PICCHU

2ª PARTE - MACHU PICCHU

 

7. Machu Picchu

- Há duas opções pra ir a Machu Picchu: a pé ou de ônibus. Se vc quiser manter o esquema total roots, vá a pé. É foda? É!! Vale a pena? Depende. Eu fui no espírito de gastar o mínimo possível, então fui a pé e curti. O onibusinho que sobe até a entrada do parque custa umas 7 doletas, se não me engano.

- Pra ir a pé, vc terá que acordar cedo. Quão cedo? Acordando às 5:00 tá bão. Não adianta acordar às 3:00, nem às 4:00, pra chegar lá em cima antes do sol raiar, porque vc não vai conseguir entrar no parque antes das 6:00 (se não me engano é esse o horário), horário em que ele abre à visitação. Ou seja, não dá pra ver o nascer do sol lá de dentro do parque. Eu não sabia disso, então subi no galeto e fui um dos primeiros a estar lá em cima, antes das 6:00, mas tive que esperar o parque abrir. Pelo menos consegui (junto com mais umas 5 pessoas) ficar numa área sem fila, mais adiantado do que todo o resto da galera, porque passei antes de os guardinhas trancarem o portalzinho que dava acesso à área onde eu estava e começarem a organizar uma fila. Assim pude trocar a camiseta, que tava molhada, carimbar meu passaporte e descansar até as 6:00.

- O negócio é sair de Aguas Calientes assim que acordar. Já deixe tua mochila pequena pronta (com um pouco de comida, água, camiseta reserva, repelente, ingresso e passaporte) na noite anterior, então acorde entre 4:30 e 5:00 (se quiser ir bem cedo), pegue o que tiver comprado na noite anterior pra comer (tome seu desayuno durante o caminho), pegue a lanterna e se mande.

- Como vc já vai ter se informado como fazer isso, ainda no escuro (use a lanterna!!) vc caminhará uns 15 minutos até o início da trilha. Já com o dia clareando, vc vai passar a puente Ruinas (acho que é esse o nome da ponte) e no pé da montanha procurar o início da trilha. Aí é só começar a subida.

- A subida é foda. É uma trilha pelo meio do mato, que vai cruzando a estradinha em zigue-zague pela qual o ônibus transita. Há plaquinhas pra indicar a direção. O Desembarga chegou lá em cima uma meia hora depois de mim, segundo o que conversamos depois. Passou mal e até vomitou no caminho. ::putz::

- A única coisa boa de chegar bem cedo lá em cima é que vc vai estar nos primeiros lugares da fila, e assim vai poder sair correndo pra ir pegar a senha pra subir o Wayna Picchu, a montanha vizinha a Machu Picchu, de onde se tem uma daquelas vistas clássicas da cidadela.

- Se conseguir chegar lá em cima antes do parque abrir, e conseguir passar do primeiro portãozinho de acesso, aproveite para carimbar seu passaporte. Há uma mesa onde fica um carimbo à disposição do público. Vc carimba o passaporte e coloca à caneta a data em que esteve lá. Um souvenir bem legal. Se não conseguir, deixe pro final do passeio, quando estiver voltando.

- Quando o parque abrir, se quiser garantir a subida a Wayna Picchu, inicialmente ignore Machu Picchu e vá direto até a entrada de acesso à trilha. Reza a regra que somente 400 pessoas podem subir Wayna Picchu por dia, por isso as senhas. Eu e mais uns gringos loucos fomos correndo e acabei chegando lá entre os 10 primeiros. A fila aumenta rapidinho, e fica bem longa. Aí fiquei aguardando até distribuirem as senhas e esperando o Ferdinand, que não chegava nunca. Como ele não chegou até a hora da distribuição de senhas, peguei a minha pra garantir. Tentei convencer o cara a me dar mais uma, pra garantir a subida do Ferdinand, mas não consegui. Wayna abre às 9:00, salvo engano. Há dois lotes de senhas: de 1 a 200, para subida das 9:00 às 10:00, e de 201 a 400 para subida das 10:00 às 11:00. Com a idéia de favorecer o Ferdinand, e esperando o sol abrir mais, peguei a senha nº 220, para subida a partir das 10:00. Um tempinho depois o Desembarga chegou e ainda conseguiu uma senha mais perto do nº 400. Massa!!

- Aqui, a manha é a seguinte: pelo que pude perceber depois, os controladores do acesso a Wayna Picchu liberam a entrada de qualquer um, mesmo sem senha. Inclusive durante a tarde. Só não garanto que isso valha pro dia que vc for. Portanto, se quiser garantir a subida, chegue cedo, pegue a senha e vá no horário. Importante: para entrada em Wayna Picchu, tem-se que apresentar documento e assinar um livro, portanto não se esqueça mesmo do seu passaporte, ou então da carteira de identidade.

- A subida até o cume do Wayna Picchu é bem difícil, com trechos íngrimes onde há cabos de aço para apoio, mas vale muito a pena subir até o fim. Pra mim, por exemplo, foi o auge da ida a Machu Picchu: ver a cidadela pequenininha lá de cima de Wayna Picchu, sentir-se tão perto do céu, olhar em 360º e só ver montanhas e céu por todos os lados, é realmente muito foda. A energia que rola é indescritível mesmo!! Eu, que sou um cara nada sensível pra esse lance de energia, não senti nada daquilo que falam que se sente ao estar em Machu Picchu. Mas lá em cima de Wayna Picchu eu senti!! Foi foda!! Nunca me senti tão próximo da natureza quanto a hora em que fiquei em pé no cume de Wayna Picchu. Se tiver uma música tesão pra ouvir com fones de ouvido lá em cima, faça isso. Eu levei meu iPod e coloquei aquela música que mencionei no início do relato. Foi demais!! Pra quem quiser, a música é Maggot Brain, do Funkadelic, e tá no disco também chamado Maggot Brain. É uma música de uns 10 minutos, um instrumental muito bonito, e no comecinho dela se ouve uma voz "onipresente" proferindo um pequeno texto que começa assim: "Mother Earth is pregnant for the third time..." Daí continua o trecho falado mais uns segundos e então começa o longo instrumental. Show de bola!! Esse momento foi o ápice de toda a minha viagem, com certeza!!

- Depois que pegar a senha, vc terá tempo de dar um primeiro rolê mais atento por Machu Picchu. Aproveite pra comer alguma coisa também, porque a esta hora, depois da subida até o parque e de aguardar a senha, vc provavelmente estará com fome. Nós fomos sem guia, e pegamos muita informação com os guardinhas que ficam espalhados por todo o parque. Não sei se demos sorte, mas todos foram muito legais e responderam tudo o que perguntamos. Em alguns momentos ficávamos perto de grupos que estavam com guias, e ouvíamos de gaiato algumas explicações (coisa feia!!). Tenho certeza de que com um guia vc aprende muito mais. Só não garanto que aproveite mais, porque, apesar de com guia vc ter mais informação de qualidade, acredito que vc ficará consideravelmente limitado em termos de movimentação. Além de que o guia é pago e foge do esquema total roots proposto. Eu não me arrependo nem um pouco de ter ido sem guia. O Desembarga também não. Ouvimos algumas explicações, pegamos muita informação com os guardinhas do parque (que conhecem bem o negócio), e ficamos livres pra ir, vir, voltar e ir de novo pra onde quiséssemos, além de sairmos de lá com o parque quase fechando e o dia quase escurecendo. Caminhamos o dia inteiro e conhecemos tudo quanto é canto do parque.

- Aproveite Machu Picchu e Wayna Picchu. Caminhe; veja as construções; conheça novas pessoas; converse com a galera; tire fotos e mais fotos; repare, se tiver amanhecido nublado, nos raios de sol entrando por entre as nuvens; vá pra tudo quanto é canto; tome água e coma pra repor as energias; tire fotos com as lhamas e das chinchilas que vivem por lá; faça tudo que puder e conseguir.

- Se vc quiser, dá pra ir até a "porta de entrada pela trilha inca original". Se não me engano, o nome desta entrada da cidadela é Puerta del Sol. É por ali que as pessoas que fazem a trilha inca chegam a Machu Picchu. Parece que de lá se tem uma bela vista de toda a cidadela, parecida com a vista que se tem lá de cima de Wayna Picchu. Não fui até lá porque já tinha subido em Wayna Picchu, e os guardinhas nos disseram que a vista de Wayna é melhor do que a da Puerta del Sol. O cume de Wayna Picchu é, de fato, bem mais alto do que a Puerta del Sol, portanto não me empenhei em ir até ela.

- Em Wayna Picchu também dá pra ir conhecer a Gran Caverna. Eu não fui (queria ter ido) porque acabei pegando uma trilha errada e quando vi tava na porta de saída de Wayna, mas o Desembarga foi e disse que não perdi nada de mais, ainda bem. ::otemo::

- Quando vc já tiver visto tudo e resolver voltar a Aguas Calientes, terá novamente duas opções: descer de bus ou a pé. Vc vai estar cansado e será tentador voltar de bus, até porque se resolver ir a pé, terá que encarar, além da descida da montanha, mais a caminhada de uns 20 minutos até Aguas Calientes. Lembre-se dos dólares e volte a pé!! Nós voltamos a pé mesmo, apesar de podres de cansados. ::dãã2::ãã2::'> Tinha começado uma chuva fina, mas bem molhada ::lol4::, então tivemos que descer a montanha cuidadosamente. Fomos acompanhados por dois dogs até Aguas Calientes. Ao chegar ao seu hostal, vc sentirá que, apesar de todo o esforço, tudo valeu a pena. Dê um tempo pro seu corpo, especialmente pras pernas e pés. E dê também um tempo pra sua cabeça: deixe pra começar a pensar na longa volta (no dia seguinte bem cedo, caminhando pelo mesmo caminho da ida) mais perto da hora de dormir. Relaxe um pouco, vá jantar e se divertir um pouco pela cidade. :lol:

 

Apenas uma observação: antes que vc pense que eu e o Desembarga somos muquiranas, mãos-de-vaca, etc., quero deixar claro que tô dando ênfase à economia de grana nesta parte da viagem porque foi a proposta que acolhemos pra esta parte, especificamente. A economia fica a critério de cada pessoa. Nós, por exemplo, hospedamo-nos e comemos muito bem em Aguas Calientes. Se vc acompanhar o resto do relato, vai ver que em nenhum outro momento da viagem fizemos economia forçada. E digo, inclusive, que mesmo nesta parte da viagem a economia não foi forçada, afinal não foi nenhum sacrifício (pelo contrário, foi pura diversão, aventura e desprendimento :D) abrir mão dos trens e ônibus.

 

Em breve continua, com a volta...

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  • 3 semanas depois...
  • Membros

Molossi, Saudações!

 

Muito bom !!!! Não esqueceu a de continuar né?

 

 

Completando

Abaixo um link para donwload do tracklog do caminho Santa maria- Santa Teresa a Hidroeléctrica disponivel no site wikiloc, quem quiser pode baixar o arquivo KLM e visualizar no Goog Earth. (O problema he que a technologia acaba tirando um pouco da emoção e aventura ... né?)

 

Rapare que pra Quillabamba segue para o mesmo lado que Santa Maria, e Santa Rosa para outro.

 

otf_pic.php?pic_cat=users_pics&pic_id=user_63597_Alternativa_1239557803_737062.jpg

 

Continuação do caminho até Hidro..

 

 

otf_pic.php?pic_cat=users_pics&pic_id=user_63597_alternativa2_1239557833_180891.jpg

 

 

Link para donwload do tracklog. http://www.wikiloc.com/wikiloc/view.do?id=282975

 

 

Abs

tomil

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  • 4 semanas depois...
  • Membros de Honra

Ótimo!!!! Estamos no aguardo da continuação... Gostaria de ver suas fotos na íntegra... Tem um site onde vc as postou?

Sobre sua próxima viagem (Santiago/San Pedro de Atacama e Salar de Uyuni) veja o meu relato: santiago-san-pedro-de-atacama-salar-de-uyuni-em-13-dias-t31916.html

Bjs e até

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  • 2 semanas depois...
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Molossi,

 

Simplesmente maravilhoso seu relato... Minha viagem dos sonhos... Estou vendo se faço pra julho de 2010.

Quero viajar esse mundo!

 

Uma dúvida...: Em Cusco ficou hospedado em um hotel? Deixou um pouco de bagagem lá?

Em Águas Calientes ficou hospedado em outro hotel e deixou mais um pouco de bagagem lá pra subir pela trilha?

 

Depois foi voltando e pegando tudo? Como foi isso? Creio que vou entender no relato de retorno!!!

 

Obrigado!!!

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