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Viagem feita em maio e junho de 2013 por Chile e Peru.

 

Bom galera essa é a segunda mochilada descrita pelo viagens de um gordo. Dessa vez eu viajei sozinho pelo Chile e Peru. Vou começar com um resumo geral da viagem e depois detalharei cada parte.

 

Cidades visitadas: Santiago - Calama - San Pedro de Atacama (deserto do Atacama) - Arica - Tacna - Arequipa (Canions del Colca) - Cuzco - Aguas Calientes (Machu Pichu) - Cuzco - Lima

Transporte: Rio - Santiago - Calama e Cuzco - Lima - Rio (Avião) / O restante foi feito de ônibus.

Hospedagem: Sempre em quartos coletivos de hostels

 

Perído: Entre 25/05 e 13/06 de 2013 (20 dias)

 

Despesas: Entre R$5.000,00 e R$5.500,00 toda a viagem.

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Peguei um vôo direto do Rio até Santiago pela LAN. Cheguei em Santiago por volta das 10 da noite.

Logo que se chega em Santiago, no aeroporto, um milhão de taxistas quase te atacam para fazer sua corrida até a sua hospedagem. Vira um capeteiro de taxista te cobrando os mais diferentes preços (lá não tem taxímetro), você pode até tentar negociar, mas da bastante trabalho. O que eu fiz foi procurar um trasfer para me levar até o meu hostel. So para explicar para quem precisa, no aeroporto tem algumas empresas que organizam vans que te levam ate a porta do seu hostel, o preço é bem melhor que o dos taxis e a segurança é legal. Você so tem que esperar um pouco até a van encher, mas com certeza vale a pena. So para ter uma noção, o taxi saia por 12 mil pesos enquanto a van saiu por 5 mil.

5 gordinhos para o transfer

1 gordinho para a bagunça dos taxistas e do aeroporto.

Cheguei até um hostel no bairro de Bellavista, onde 2 amigos meus estavam hospedados, e fomos direto para a rua. Eu tinha pouco tempo para aproveitar Santiago, já que logo no dia seguinte cedo já tinha meu vôo até o deserto do Atacama. O bairro Bellavista é excelente para se hospedar, o bairro é muito vivo e tem bastante coisa para se fazer a noite. Comemos um sanduíche tomando uma cerveja num bar próximo, aliás foda o sanduíche! E fomos aproveitar um pouco o bairro. A noite em Santiago é boa e animada, voltamos por volta das 3 da manhã para cochilar um pouco e seguir viagem.

4 gordinhos para o hostel e o bairro

4 gordinhos para a noite em Santiago

5 gordinhos para o sanduiche! Tava foda!!

Acordamos cedo no dia seguinte e seguimos em um vôo as 8 da manha para Calama, o aeroporto mais perto de San Pedro de Atacama.

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Chegamos em Calama aproximadamente 10 da manha e arrumamos um transfer do aeroporto para San Pedro do Atacama por, aproximadamente 10 mil pesos. Para informação dos próximos viajantes, você pode ir de Calama até San Pedro por esses transfers, que é uma van e você tem que esperar eles encherem ela para partir, ou então por taxi, ficam alguns taxistas na porta do aeroporto oferecendo por um preço a negociar. É mais caro que o transfer, mas é claramente mais rápido e confortável. Há também a opção de ir até a cidade de Calama e de lá pegar um ônibus para San Pedro, mas parece uma idéia muito ruim.

 

Chegando em San Pedro pouco antes de meio dia e fomos direto tentar fazer um passeio nesse primeiro dia. A agência que conversamos disse que podíamos fazer a Laguna Cejar partindo as 2 da tarde. Almoçamos em um restaurante simples na porta do Hostel, tomamos um chá de coca, e partimos para o passeio. O caminho até a primeira parada já é muito impressionante, vamos por uma estrada de terra, bem boa porque não chove no lugar, e no entorno da estrada você vê uma terra misturada com sal. No fundo tem as montanhas das cordilheiras cobertas por neve. Uma paisagem indescritível. A primeira parada é na Laguna Cejar, nessa parada na verdade tem 3 lagunas, a quantidade de sal que há nelas é enorme, então quando você entra na água vocÊ não afunda, é muito interessante. A água é bem gelada, então para entrar na laguna e comprovar esse fenômeno tem que ter coragem! ::Cold::

5 gordinhos para a Laguna! é magnífica

2 gordinhos para o tanto que a água é fria!

 

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A segunda parada é nos Ojos de Cejar são duas lagunas uma do lado da outra, redondas e em um nível um pouco mais abaixo do chão, então olhando de uma certa distância realmente parecem olhos. Essas lagunas já não tem a mesma quantidade de sal das anteriores, mas a ideia de pular essa altura e nadar um pouco me pareceu boa, até porque tinha bastante gente fazendo isso. O problema maior é que a água dessa era umas 10 vezes mais fria que a anterior. Meus amigos já chegaram e foram logo pulando, eu precisei, literalmente de um empurrãozinho de um deles para acabar indo também. A sensação quando você entra na água parece a mesma de quando você enfia a mão em um isopor cheio de gelo para pegar uma lata de cerveja! Com a diferença de que nesse caso você enfia o corpo inteiro, tem que nadar um pouco para conseguir sair e, quando sai, não tem cerveja! Sei que saí dessa lagoa e comecei a correr em círculos protagonizando uma cena ridícula de um gordo tentando correr, mas precisava tentar de alguma maneira esquentar o corpo. Pra piorar a situação um pouco, o frio e a altitude acabaram com o meu fôlego. Só me restou me vestir e entrar de novo na van.

4 gordinhos para a laguna

1 gordinho para a idéia ruim de pular dentro dela!

 

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A última parada é em uma laguna que não me lembro mais o nome, sei que ela é toda muito rasa, não passa da altura do pé. Por trás dela se tem a bela visão do vulcão Licancabur, que reflete sua imagem na água. Essa imagem ainda ao por do sol é uma cena novamente indescritível, pois, como se diz, as palavras foram feitas para descrever coisas normais, as fora do normal, como essa, só vendo ao vivo para entender.

5 gordinhos para o passeio.

5 gordinhos para esse por do sol.

 

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Por fim pegamos de novo a van e voltamos para o Hostel, mortos de cansaço e de frio mas o passeio foi espetacular. Um ótimo primeiro dia de viagem. Acertamos com a agência os passeios do dia seguinte: Geiseres del Tatio e Valle de La Luna (sai as 4 da manha o passeio pelso Geiseres). Fomos na cidade arrumar algo para jantar, achamos um restaurante muito bom, comemos um bife grandasso com batata e ovo, pagamos um pouco caro, mas valeu. Voltamos para dormir no hostel, o dia seguinte começaria cedo.

5 gordinhos para o jantar.

3 gordinhos para o preço. (deu uns 11 mil pesos para cada).

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Esse dia começa cedo e o principal sentimento que ficou dele é o frio. Confesso desde já, que sou um pouco exagerado quando falo das coisas que eu odeio! E eu ODEIO, ODEIO, ODEIO frio!

 

Acordamos logo as 4 da manha pois a van já estava na porta para nos buscar. De madrugada o deserto já é muito frio, com certeza ali em San Pedro do Atacama a temperatura ja deveria estar muito próxima a zero, se já não estivesse negativa. Não bastasse isso ainda os geiseres ficam a mais de 4 mil metros de altitude o que abaixa consideravelmente os termômetros. Logo no início do passeio, o guia para com a gente em um ponto de apoio logo na entrada dos geiseres, ali a gente paga a taxa de entrada e toma um cafe da manha antes de ir efetivamente para o ponto de visitação. Nessa parada eu quase não conseguia me mexer de tanto frio. Segundo o guia a temperatura era de -9°. Tirar as luvas para me servir de comida era um esforço absurdo. A única coisa que me passava pela cabeça era que o lugar tinha que ser muito bonito para valer aquele sofrimento. ::Cold::::Cold::::Cold::

3 gordinhos para o café da manha! (era meio fraco, mas ainda era comida!)

0 gordinhos para o frio!! Odeio Frio!

 

Dali seguimos para a primeira parada. Confesso que achei bonito, mas o frio atrapalha bastante de aproveitar. Ali comecei a me perguntar pra que o passeio tem que sair tão cedo, tava escuro ainda e você não vê muita coisa mais no escuro. Resumindo essa primeira parada eu senti frio e vi, meio na penumbra, muita fumaça saindo de buracos no chão. É muita fumaça mesmo!

2 gordinhos para essa parada achando que merecia só um!

 

Depois voltamos para a van para seguir para a segunda parada. Sinceramente, dentro da van, mesmo meio apertado, fica maravilhoso, bem menos frio...

Bom, seguimos para a segunda parada e, ali sim eu vi porque fazemos esse passeio, vemos geiseres enormes, muita fumaça também, mas essa hora, como o Sol já estava nascendo, fica muito bonito o efeito do sol nessa fumaça. Além disso, claro, o frio diminui. ::hãã2::

Tem alguns pontos muito interessantes nessa parada, um é um geiser pequeno, diz que esta meio desativado (não sei se é a palavra que usa), mas fica jorrando pouquíssima água o tempo todo, essa água sai fervendo da boca do negócio e já cai congelada. O efeito é impressionante! Outro foi uma poça de água congelada que vimos. Bom, isso nem é tão interessante, mas como eu nunca tinha visto e o relato é meu, eu digo que gostei. Depois de muito rodar por ali e bater as devidas fotos voltamos para a van pois tínhamos mais algumas paradas.

4 gordinhos para essa parada porque é legal.

4 gordinhos para o geiser pequeno

5 gordinhos para a poça de água congelada, só de raiva!

 

A parada seguinte foi em um rio com águas termais, chamado o "Geiser Blanco". A temperatura externa ainda estava muito baixa, tipo uns 3°C., mas a temperatura da água ficava perto de 40°C. O pessoal que entrou na água disse que era muito foda, mas como já tava meio resfriado do dia anterior preferi não entrar, fiquei so por fora tirando umas fotos da região. A parte ruim é depois voltar para a van, pois tivemos que descer um pequeno morro até o rio, depois subir esse morro, mesmo pequeno, na altitude, é tenso, da trabalho, tive que parar umas 3 vezes no meio do caminho para recuperar o fôlego.

3 gordinhos para o rio porque eu não entrei.

1 gordinho para o morro que eu perdi o fôlego.

 

Depois dali ainda paramos em uma comunidade no caminho, que eu já esqueci o nome, para comermos alguma coisa. Comemos um churrasquinho de llama magnífico! Indico demais churrasquinho de llama. E umas empanadas fritas. Valeu também pelo chá de coca que deu uma recuperada no fôlego. Por fim ainda paramos em um lugar cheio de cactus gigante, eles são realmente gigantes e o mais interessante é que crescem apenas 1cm ao ano. Então, além de gigantes são muito velhos pois devem ter mais de 3 metros de altura. É... esse eu tenho que concordar que não é muito interessante, eu também não achei.

5 gordinhos para o churrasquinho de llama

3 gordinhos para a parada

3 gordinhos para o cactus gigante.

 

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No mesmo dia da visita aos Geiseres, fomos para o Valle de la Luna. O passeio dos geiseres terminam por volta das 2:00 da tarde e o do Valle de la Luna inicia as 4:00 da tardem então da tempo tranquilo. Porém, já começo esse relato recomendando a todos que não façam o mesmo. O passeio dos geiseres é extremamente cansativo, você passa muito frio, a altitude é muito grande, e o passeio começa muito cedo. Então, você volta morto! Fica ruim para aproveitar o segundo passeio. Mas vamos lá, me pareceu interessante fazer assim, principalmente para ganhar tempo, então vamos a descrição.

 

Quando o passeio chegou para nos buscar estávamos meio dormindo ainda, tentamos convencer o cara da agência a trocar o dia do nosso passeio, mas, como já estava em cima da hora não deu, aí levantamos e fomos. O guia que nos levou era o mesmo de manhã. O cara é muito bom guia, mas pareceu estar cansado também, e com um pouco de má vontade, então isso influenciou negativamente o nosso passeio.

 

A primeira parada foi num lugar chamado Três Marias, são 3 pedras feias que não têm nada demais. O guia falou que não gostava daquele lugar porque não significava nada, concordei com ele. Paramos, tiramos 1 ou 2 fotos e seguimos.

1 gordinho para as 3 Marias. Pareciam mais 3 sapos.

 

Na sequência paramos em um local para fazer uma caminhada pelo valle, passamos por trás de uns morros e conseguimos algumas boas fotos. O lugar realmente é muito bonito, de novo uma paisagem com muito sal e alguns morros, só que agora vista de cima. Vale muito a pena! Voltamos para a van para a última parada.

3 gordinhos para essa parada

 

Por fim, paramos onde se vê o por do sol. Realmente algo inacreditavelmente belo, absurdamente lindo, estupidamente deslumbrante. Poderia ficar listando adjetivos por mais algumas linhas aqui e não conseguiria explicar realmente o que é. O cansaço do passeio da manhã dá uma quebrada, mas esse por do sol vale muito. Queria estar mais descansado para aproveitar melhor esse passeio. Mas seguem algumas fotos para vocês entenderem o que eu vi.

5 gordinhos para o por do sol.

 

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No dia seguinte ao passeio ao Geiser del Tatio e Valle de la Luna, o 5° dia de viagem, eu e maus amigos decidimos passar um dia só a toa na cidade para descansar. Esse dia foi bom pra dormir e tomar algumas decisões quanto a continuação da viagem. Minha ideia inicial era seguir dali para o Deserto de Sal na Bolívia, porém, algumas coisas me afastaram de lá. A primeira e principal era o frio, segundo os guias locais o deserto de sal era mais alto e mais frio que os geiseres del Tatio, outra, é que só dava pra fazer o passeio por la de 3 dias e 4 noites. Achei que era tempo demais no deserto e passando frio, não valia a pena e eu não estava preparado para tanto frio. Nesse dia resolvi fazer o roteiro chegando no Peru por Arica.

 

Nesse dia no Hostel teve um churrasco a noite muito maneiro. Nesse churrasco deu pra conhecer uma galera que tava hospedada lá, inclusive 2 garotas de campinas, com quem fiz amizade e combinei de fazer o passeio do dia seguinte até a Quebrada del Diablo. E de bike! Isso que é um gordo aventureiro! há!!

 

No dia seguinte acordamos por volta das 9 da manhã para fazer o passeio. O aluguel da bike custava 3 mil pesos por 5 horas, tempo mais que suficiente. Nessa hora enfrentei o primeiro problema, nenhum capacete da loja que alugava bikes cabia na minha cabeça! Bom, fui sem capacete mesmo. O dia estava bom e o passeio parecia agradável, o destino final ficava a 8km de distância, de acordo com o mapa que tínhamos, o que não é muito para andar de bike.

2 gordinhos para a loja de bike! (pela falta de capacetes grandes)

 

Saímos da cidade pedalando e, muito perto já tem a primeira parada, a Pukara de Quitor. Nesse lugar tem umas ruínas de uma fortaleza antiga dos povos antigos que habitavam o deserto do Atacama. Não deu pra saber muita coisa porque fomos sem guia né, então só tínhamos as informações das placas do local. Mas ainda sim vale o passeio, o lugar é muito interessante e muito bonito. Tem uma vista bonita quando se sobe toda a fortaleza.

3 gordinhos para a Pukara de Quitor

 

Nessa primeira parte, apesar de curta já deu pra perceber que não seria muito fácil o caminho. A estrada tinha muita pedra e alguns trechos com muita areia, o que dificulta bem de pedalar, além disso o clima quente e seco do deserto maltrata a gente, tem que beber muita água, e a altitude tira o fôlego rapidamente.

 

Depois conferimos o mapa, compramos mais água, pegamos as bikes e seguimos o passeio. Até porque chegou uma turma, parecia de escola, para conhecer o local e já chegaram fazendo uma barulhada da porra. Vimos que tinha mais de uma opção de estrada e fomos perguntar o caminho. De acordo com uma informação que conseguimos, teríamos que pedalar bastante ainda para chegar no destino, e ainda atravessar um rio 2 vezes. Confesso que comecei a pensar duas vezes se queria fazer aquilo, mas uma das meninas estava muito animada, e acabou me convencendo.

 

Seguimos o caminho e já tivemos que atravessar o rio pela primeira vez, tirei a bota e puxei a calça para cima, a água do rio era gelada pra porra, o chão cheio de pedras, mas atravessamos sem problemas. Fomos pedalando e o que parecia longe foi ficando cada vez mais longe, o sol castigava e a sede ia apertando. A gente tem que ficar administrando a água que leva e isso não é bom. O pior é ir pedalando, não chegar, e as pessoas que a gente perguntava no caminho diziam que era "ali". Me senti de volta a Minas Gerais, o estado onde o "ali" nunca chega! Depois de atravessar o rio mais uma vez e pedalar um tempinho finalmente chegamos. O lugar é maneiro, é como se você tivesse no meio de um canion. As paredes no entorno são bem altas e o melhor é que fica com sombra. Tiramos fotos, esse gordo recuperou um pouco de seu fôlego e voltamos pedalando. Na volta vi que nem era tão longe, era um tanto de drama meu mesmo. O passeio é legal e vale muito a pena, para os mais animados parece que tem mais pontos para se visitar de bike, só aconselho levar bastante água!

4 gordinhos para o passeio de bike. (meio incoerente um gordo gostar de exercícios, mas nesse caso eu gostei)

4 gordinhos para a quebrada del diablo.

 

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Esse foi meu último passeio pelo deserto. Dali, nesse mesmo dia a noite peguei um ônibus e fui pra Arica. Dali pra frente eu estava sozinho.

O passeio pelo Deserto do Atacama é realmente fantástico, cada cenário que você vai é mais deslumbrante que o outro. Ainda deixei de fazer 3 passeios que parecem incríveis: Salar de Tara, Lagunas Altiplânicas e O Tour Astronômico.

A cidade de San Pedro do Atacama é bem cara, cada refeição que vai fazer na rua voce gasta pelo menos uns R$20,00. Uma água já custa uns R$10,00. Os passeios também não foram baratos, os três que eu fiz pagando agência gastei, aproximadamente, R$200,00 no total. Eu confesso que não fui com dinheiro contado, então gastei legal. Mas, resumindo, esse não é um passeio barato.

Outro conselho que eu dou é evitar de ir no inverno, e, se for, leve muitas roupas de frio! O lugar realmente é muito frio, isso não é drama.

Por fim, sacar dinheiro lá é bem facil e a cidade é muito pequena, mas procure hospedar-se o mais próximos possível da rua Caracoles, é onde tem tudo na cidade.

 

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Bom, depois do meu passeio de bike, as meninas seguiram para um outro passeio no Atacama e eu esperei, num tédio da porra, até o horário do meu ônibus a noite. Eu não queria dormir para me dar sono no ônibus, porque a viagem seria longa, 10 horas. Cheguei na garagem da saída do ônibus e minha viagem começou com uma boa notícia, quatro espanholas, que eu tinha conhecido mais cedo em uma lanchonete, iam no mesmo ônibus que eu, ou melhor, nas poltronas próximas a minha. Bom, o ônibus é muito confortável e a viagem é bem tranquila, aliás foi o melhor trajeto de ônibus que eu fiz no caminho. O único problema que teve nessa viagem, é que uma das espanholas acabou descobrindo que tinha sido roubada na rodoviária, alguém abriu a mochila dela, que estava nas costas, e roubou dinheiro, passagem, máquina de retrato e mais algumas coisas. Portanto, cuidado com bolsas nas costas em todos os lugares. A parada de ônibus de San Pedro de Atacama é um lugar que parece não ter nenhum perigo, mesmo assim teve esse roubo.

 

Cheguei por volta das seis da manha em Arica e fui direto para o Hostel, que era pequeno e bem próximo a praia. Logo que cheguei, deixei minhas coisas lá e fui dar uma volta na cidade para comer alguma coisa e começar a conhecer. Arica é uma cidade pequena e bem tranquila, a praia é meio feia, parece que é destino de surfista, mas não deixa de ser feia.

 

Mais para o final da manha voltei para o hostel e conheci duas meninas que estavam hospedadas lá, uma peruana de Lima, e uma da Lithuania (Não faço idéia de qual cidade). Aliás parecia que só tinha nós 3 lá. E fomos de tarde passear pelo ponto turístico principal da cidade: O Morro de Arica. Comemos alguma coisa no caminho e rumo à subida do morro. Não sou lá muito fã de subir morros, é meio cansativo, mas como não tinha muita opção do que fazer topei subir. A subida é um pouco íngreme mas é rápida, sem muito drama cheguei lá em cima.

 

A subida valeu a pena, da vista para toda a cidade e para o mar. Essa vista é muito bonita mesmo. Lá em cima também tem um pequeno cristo e um museu. Esse museu retrata a guerra que teve entre o Peru e o Chile pelo domínio do território. Não sei muito sobre essa guerra, mas o Chile ganhou, afinal a cidade é chilena.

3 gordinhos para o morro (como não é difícil de subir, o custo benefício vale a pena).

 

Ficamos umas 2 horas lá por cima e fomos descer para caminhar na beira da praia atrás de um restaurante para beber algo. A cidade não dá muitas opções, só um calçadão no centro com algumas lanchonetes e restaurantes. Achamos uma lanchonete excelente, comi um lanche muito bom! E o preço também era bem barato. Sem nenhuma opção de noite, fui dormir depois dessa.

5 gordinhos para a lanchonete! (Bom demais!!)

 

No dia seguinte, meu último nessa pequena cidade, fui para um museu que tinha na região. Era um museu que pertencia a uma universidade local e tinha algumas múmias Incas bem antigas. A visita foi bem interessante, aproveitei que tinha um grupo com um guia e fui acompanhando-os. O guia, que na verdade era o professor da universidade, deu boas explicações sobre todo esse processo de mumificação e, no final, ainda nos levou ao laboratório dele onde tinha o estudo sobre as ossadas encontradas na região.

3 gordinhos para o museu.

 

Por fim, voltei ao centro da cidade para comer alguma coisa, e dar mais uma volta. Tentei comprar uma camisa do Colo- Colo la pra mim, um time chileno, mas não encontrei nenhuma que me servia. Malditos chilenos pequenos que não pensam nos gordos brasileiros fãs de futebol. Encontrei ainda uma lanchonete tocando Roberto Carlos em espanhol, um francês esquisito reclamando de dor no cu, uns pelicanos caminhando tranquilamente pela calçada, comi um ceviche bem do ruim, so tinha gosto de limão e, claro, o que me deixou muito feliz, voltei a encontrar as espanholas.

3 gordinhos para Arica

1 gordinho para a camisa que não me servia.

 

Algumas informações úteis sobre Arica: A cidade é pequena, da pra fazer quase tudo a pé. Para os que não querem andar, taxis são bem baratos. Lá não tem ônibus, são uns carros com placas grandes em cima que fazem as lotações. Não da pra entender direito o funcionamento, so peguei uma vez voltando para o centro e segui as indicações de uma pessoa na rua. Como eu disse antes, as coisas lá são muito baratas, bem diferente de San Pedro. Por fim, parece que lá tem umas lagunas bonitas e uma rota, passando por essas lagunas, por meio da qual pode-se chegar até o deserto do Atacama. Alguns turistas vem fazendo isso. De lá também da pra pegar um ônibus até La Paz, dá 10 horas de viagem.

 

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Bom, resolvi fazer um tópico só sobre a ida de Arica para Arequipa porque tem algumas informações importantes para passar para os próximos que pretendem fazer esse mesmo caminho que eu.

 

Em primeiro lugar existem 2 opções para fazer esse trajeto, ou ir direto de ônibus de Arica para Arequipa ou pegar uma lotação de carro até Tacna, primeira cidade Peruana depois da fronteira, e de lá pegar um ônibus até Arequipa. Eu escolhi essa segunda opção por dois motivos:

1) Essa opção fica mais barata, o ônibus partindo do Peru sai pela metade do preço e a lotação de carro é bem barata.

2) O tempo para passar a fronteira é muito menor de carro. O motivo é obvio, é bem menos gente para apresentar a documentação e passar a bagagem pelo raio x.

Bom, portanto eu acordei cedo, arrumei uma carona com um chileno que estava no Hostel até o ponto de lotação de carros, e parti para Tacna. Minha ideia inicial era chegar até Tacna, dar uma volta e conhecer a cidade, e de lá sair para Arequipa no mesmo dia. Eu soube que lá tinha umas roupas baratas para vender e eu queria verificar essa história.

 

Bom, acertar o carro lá para viajar é bem fácil, você pega uma fila para comprar um bilhete de embarque, entra numa confusão de gente lá e espera sobrar um lugar em um carro para você seguir viagem. Em aproximadamente meia hora você chega no primeiro posto de fronteira, o de saída do Chile. Aqui tem um ponto importante! O funcionário do posto de fonteira chileno te pede o documento que você recebeu na entrada do país. Esse documento é importante para a burocracia interna do país e controlar a entrada e saída de imigrantes. Eu, burro que sou, tinha perdido o tal documento (pela segunda vez), tive que dar uma chorada la com o cara para ele me arrumar outro. Como eu estava viajando de passaporte e lá tinha registrada a data da minha entrada no país, o cara quebrou um galho e me deixou preencher outro documento. Mas tomem cuidado com isso, algumas fronteiras simplesmente não deixam você seguir viagem, o que te gera um bom atraso, outras te cobram uma grana. Portanto, não percam o documento! Caso perca, siga até a aduana da cidade onde você está hospedado e peça outro, eles te arrumam na hora sem custo. ::putz::

2 gordinhos para o carro de lotação!

1 gordinho para minha burrice de perder o documento 2 vezes! #GordoSujoDaPorra

 

Bom, depois do pequeno aperto que passei, fui para a parte chilena da fronteira onde a gente pega uma fila maior ainda. Apresentei o documento que o motorista do carro tinha me dado ainda na saída de Arica, apresentei também o passaporte, passei as malas no raio x, e segui viagem. Esse processo todo nas duas fronteira leva aproximadamente 1 hora, enjoado ein!!

1 gordinho para essa burocracia

 

Depois, com mais uma meia hora de viagem a gente chega em Tacna. Esse caminho até Tacna é muito curioso. Trata-se de uma paisagem desértica, um terreno bem plano e arenoso, mas com umas cercas dividindo supostos lotes ou sitios e, dentro de cada área, algumas poucas construções inacabadas. De acordo com o que uma pessoa no carro me explicou, aquilo se devia a um programa de incentivo agrário que o governo peruano estava promovendo para incentivar pessoas a ocuparem aquelas áreas rurais. Porém, devido ao clima extremamente adverso muitas não deram certo e acabaram abandonadas daquele jeito.

 

Finalmente cheguei à feia Tacna. A cidade não tem nenhum atrativo, talvez por isso o governo peruano transformou-a em uma Zona Franca. Bom, cheguei e vi uma cidade feia, cheia de gente procurando produtos baratos para revender em suas cidades e mais nada para fazer. Acabei mudando de ideia, não animei entrar naquela confusão, procurei o ônibus que saía mais cedo para Arequipa e fui embora seguindo viagem, melhor não perder tempo em Tacna.

1 gordinho para Tacna!

 

Peguei um ônibus da viação "Moquegua", e ali começava o pior trecho de ônibus que eu fiz em toda a viagem. Para começar, me deram um lugar lá na primeira poltrona, o lugar mais apertado do ônibus, onde não tinha espaço para eu colocar minhas pernas direito e eu não conseguia enxergar a TV. Além disso, tava um calor da porra, o ônibus não tinha ar condicionado, e desse lugar onde eu estava assentado, pegava sol em mim da janela do lado e da janela da frente, uma merda! Para piorar era daqueles ônibus bem paradores, parava até para cachorro abanando o rabo na beira da estrada. Depois de uma viagem de 6h30min que pareceu que durou dias, finalmente cheguei em Arequipa.

0 gordinhos para a viagem e para a Companhia de ônibus! Nenhum gordo merece uma viagem ruim dessas.

 

 

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Cheguei em Arequipa já no início da noite. Arrumei um táxi na rodoviária para me levar até o hostel. Os táxis no Peru são bem baratos, mas sempre vale a pena negociar antes de entrar em um, eles sempre põem os preços acima do normal. O hostel onde eu fiquei era excelente, realmente o melhor que fiquei até esse momento da viagem, ele era completo, com mesa de sinuca, sala de cinema, video game, computadores e internet wifi, entre outras facilidades, além de ter muitos quartos com muitas pessoas hospedadas. A princípio esse monte de facilidades parecem besteira, você sempre pensa que tem muitas coisas para fazer na viagem e nunca vai ficar perdendo tempo no Hostel, mas quando se viaja sozinho a gente acaba ficando bastante tempo a toa e meio entediado, nessa hora essas facilidades ajudam a passar o tempo.

5 gordinhos para o hostel.

 

No primeiro dia, depois dessa viagem bem cansativa, só quis tomar um banho, comer alguma coisa que eu pedi para entregarem no hostel, e ir dormir. Só para localizar os dias da viagem, eu tinha pouco mais de uma semana de viagem, cheguei no sábado de noite em Arequipa, o oitavo dia de viagem e ia começar o nono dia, e essa era a primeira cidade do Peru que eu ia efetivamente conhecer.

 

Acordei no domingo de manha e fui combinar o passeio pelos cânions, tinha a opção de fazer o passeio por 2 dias, dormindo em uma cidade pelo caminho, ou de 1 dia só, saindo as 4 da manhã. A melhor opção disparado é fazer o passeio de 2 dias , dá tempo de ver as coisas com mais calma e a gente não precisa acordar as 4 da manhã. Mas, como eu teria que ir embora no terceiro dia e fiquei com medo de não dar tempo de voltar, fechei mesmo o passeio de um dia só e fui pra rua conhecer a cidade.

 

Nesse dia passei um aperto fodido, eu estava viajando sem dinheiro no bolso, ia sacando direto da minha conta do Banco do Brasil por meio do eu cartão. Tinha levado apenas U$400,00 no bolso caso alguma emergência acontecesse. Só que eu tinha esquecido de um detalhe muito importante, existe um limite de saque diário da minha conta, e o pior é que esse limite diário, no caso de final de semana, sexta, sábado e domingo contam como um dia só e como eu já tinha sacado bastante na sexta, fiquei sem nada para o domingo! E até eu descobrir tudo isso que contei, perdi umas 3 horas entre tentativas de saque em todos os tipos de caixa eletrônico da cidade e tentativas de ligação para o telefone internacional do meu cartão de crédito. Que drama...

0 gordinhos para o aperto que eu passei! ::mmm:

 

Depois disso eu fui relaxar e conhecer um pouco a cidade, a plaza de armas é fantástica, e as construções históricas da cidade são muito bonitas mesmo! Acho que é a cidade mais bonita que eu visitei, as construções feitas em tijolo branco da um tom fantástico para a cidade. Para melhorar a cidade é muito limpa e bem cuidada!

5 gordinhos para a beleza de Arequipa!

5 gordinhos para a limpeza da cidade!

 

Almocei em um restaurante na plaza de armas que tinha uma sacada do segundo andar que dava uma vista magnífica da plaza. Escolhi o restaurante pela vista, mas também queria começar a experimentar alguns pratos da famosa culinária peruana. A vista do restaurante era magnífica, mas o prato eu não gostei muito. No cardápio parecia bom, eram camarões com batata cozida e mais um molho de não sei o que. Mas na prática não tinha muita graça e era pouca comida, saí meio com fome do restaurante e pagando caro, só a vista valeu a pena!

3 gordinhos para o restaurante. (5 para a vista, mas so 3 para o prato e 2 para o preço!)

 

Depois do almoço, fui até o museu da cidade onde tinha a famosa mumia da Juanita, no Peru tem muitas mumias, mas essa parece ser a mais famosa, por estar em excelente estado de conservação. O museu é muito interessante, antes de entrar eles passam um filme sobre a expedição do cientista que encontrou a mumia da Juanita, e lá dentro, além da mumia, tem vários objetos históricos dos incas. Nesse lugar eu conheci uma mexicana e um israelense, os dois muito gente boa. Eles já estavam viajando pela América do Sul por alguns meses. É sempre bom conhecer gente assim, eles te animam a sempre querer viajar mais. Depois do museu só comi mais alguma coisa, e voltei para o hostel para dormir, afinal o dia seguinte começaria bem cedo.

4 gordinhos para o museu da juanita.

 

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