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E aí povo!

 

Senta, que lá vem a história. Te aprochega e traz a pipoca, que agora eu vou contar como foi o meu mochilão pela Bolívia e Peru em julho desse ano.

Buenas, tudo começou quando eu descobri o Mochileiros, há alguns anos, depois que voltei de uma viagem na Argentina. Eu passava dias lendo muitos tópicos e acabei me encantando pelos relatos sobre a Bolívia. Decidi que a próxima viagem seria pra lá, depois acabei incluindo o Peru. Acontece que todo ano tinha um problema: ou tempo, ou dinheiro (ou os dois) e a companhia. Mas esse ano eu resolvi que teria tempo e dinheiro, só me faltava encontrar alguém pra ir junto. Como não se pode ter tudo nessa vida, ninguém podia ir comigo (por falta de tempo, ou dinheiro, ou os dois). Li muitos relatos, aqui no Mochileiros, de mulheres viajando sozinhas, o que me deixou bastante confiante. Decidi que isso não seria um obstáculo dessa vez.

 

PREPARAÇÃO

Como eu disse, eu decidi que com ou sem companhia eu iria fazer um mochilão, foi quando eu comprei a minha passagem, em abril.

Primeiro mochilão, bem mais de 2 semanas longe de casa, e ainda por cima sozinha: meu pai quase teve um AVC, mamãe ficou preocupada, minha tia achou que eu ia ser roubada, sequestrada, assassinada, estuprada, ada ada ada...

 

MAS, como vocês devem ter percebido, esse não é um post do além (nem sei se eles tem internet por lá hehehe) e eu estou bem viva (quase virei pastel, mas isso eu conto depois hehehe).

Pra acalmar os nervos do meu pai, fiz um seguro viagem/saúde (confesso que fiquei mais tranquila também :P). Também fiz um seguro pra minha câmera, mas esse não incluí nos gastos totais porque ia fazer de qualquer maneira.

Minha viagem começou dia 7/07 e terminou dia 4/08. Foram 29 dias incríveis.

 

ROTEIRO

Como eu queria pegar o Trem da Morte, resolvi ir até Campo Grande e de lá ir até a fronteira pra poder pegar o trem.

Como eu viva lendo os tópicos do Mochileiros e O Guia do Viajante Independente na América do Sul, eu já tinha um roteiro mais ou menos pronto muito antes de decidir realmente investir nisso, o roteiro ficava ali esperando uma oportunidade. Eu havia montado um roteiro todo fechadinho, com dias certinhos e etc, mas quando foi chegando mais perto eu desencanei com isso. Afinal, nem tudo acontece como a gente planeja e nós mesmos mudamos de ideia no meio do caminho. Portanto, não se apeguem demais a detalhes no roteiro de vocês.

 

Meu roteiro ficou assim:

Porto Alegre - Campo Grande – Corumbá – Puerto Quijarro – Santa Cruz – La Paz – Copacabana – Puno – Cusco – MP – Cusco – La Paz – Uyuni – Potosí – Sucre – Santa Cruz – Puerto Quijarro – Corumbá – Campo Grande – Porto Alegre.

 

 

GASTOS

Passagem de ida e volta POA – CGR pela Gol: R$ 570,00

Passagens ida e volta de ônibus CGR – Corumbá pela Andorinha: R$ 172,00

Seguro viagem/saúde GTA: R$ 162,00

Subtotal 1: R$ 904,00

Levei U$ 1200 em dinheiro, saquei mais U$ 200 no Banco do Brasil, em La Paz. E usei mais ou menos U$ 100 no cartão de crédito

Subtotal 2: U$ 1500

Eu já tinha comprado 1000 dólares em dezembro, antes de o dólar subir enlouquecidamente. É, sempre que eu viajo, atraio alta do dólar.

1000 x 2,00 = R$ 2000

500 x 2,40 = R$ 1200

Total: R$ 4104,00

 

Eu gastei todo o dinheiro que levei, tudo em hospedagem, alimentação, ônibus e avião, roupas e presentes. Eu comprei MUUUITA coisa, muita mesmo, voltei com uma malinha a mais heheheh. Algumas coisas eu não tinha e precisei comprar, tipo mochila de ataque, e algumas roupas pra atividades outdoor

Poderia ter pechinchado mais, mas não levo jeito hehehehe. Comecei a pechinchar de verdade mais lá pela metade da viagem.

No fim, gastei exatamente o que eu havia calculado, 50 dólares por dia.

Levei todo o dinheiro em doleiras, uma na cintura, onde carregava o dinheiro do dia, e uma na perna, onde carregava o resto do dinheiro e o passaporte. Também costurei um bolso interno na minha calça jeans, pra não ter que usar a doleira na cintura hehehehe.

 

COTAÇÕES

O real oscilou MUITO durante a viagem, principalmente na Bolívia, enquanto o dólar continuava igual. Às vezes eu perguntava no câmbio, uma hora estava valendo 2,70 bolivianos, 3 bolivianos, e em Santa Cruz o cara nem queria trocar porque o real tava valendo 2 bolivianos. No Peru eu não cheguei a ver.

O dólar foi mais estável, em média B$ 6,90 na Bolívia e S/. 2,70 no Peru.

Então, só reiterando o que todo mundo diz aqui: LEVEM DÓLAR!

 

O QUE LEVEI

Então meninas, eu levei uma bota de trilha, que ia no pé sempre que estava em deslocamento; um tênis ajeitadinho que dava pra sair à noite e usar durante o dia; 1 bota tipo coturno (não ocupava muito espaço, mas não precisava ter levado); 2 blusas segunda pele; 4 blusas de manga comprida; 2 de manga curta; 1 fleece; 3 blusões de malha; 1 calça jeans; 1 calça de tactel; meia-calça fio 80 pra usar por baixo; pijama (desnecessário, eu dormia de roupa mesmo, pra não encher o saco dos outros de manhã, fazendo barulho), gorro, luvas e roupa íntima.

Toalha eu levei um daquelas super-compactas-mega-absorventes-ultra-secantes.

 

DICAS

- Não abusem nos 2 ou 3 primeiros dias, comam coisas leves, evitem beber demais e se der, não façam coisas que exijam demais de vocês. A altitude pega. Em La Paz até foi tranquilo, caminhar por aquelas ruas pode ser cansativo, mas nada que seja impossível.Tem gente que passa muito mal, eu fiquei ok. Mas subi o Chacaltaya no meu 2º dia e fiquei mal pra caramba, tanto que não consegui subir todo. Mas depois de uns dias, o corpo se adapta.

- Deixem o passaporte sempre em um lugar seguro, o meu andava sempre comigo, na doleira da perna, eu inclusive dormia com ele. E na carteira, ou bolso do casaco ficava o meu RG. Acontece que perdi o RG uma noite e só fui encontrar uns 2 dias depois, a sorte é que foi no hostel. Mas conheci várias pessoas que perderam documentos e depois se complicaram pra sair do país.

- Levem dólar. Nem precisava dizer, mas...

- Remédios: Levei bastante, alguns foram bem úteis no final da viagem. Dorflex, Paracetamol, Neosaldina, Multigripe, Antialérgico, pastilhas e spray pra garganta, Engov, Nebacetin, Carvão Vegetal (pra não dormir no banheiro). Uma coisa muito boa de levar é a pomada Bepantol, depois de um tempo eu desisti do batomzinho da Nivea e só usava Bepantol, era a única coisa que resolvia o problema dos lábios secos (dica que eu vi no relato da Debora).

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DIA 1 – Campo Grande

Meu voo para Campo Grande saiu às 6:07 de Porto Alegre. Cheguei lá às 9h e fui direto pra casa dos meus hosts, do Couchsurfing, onde eu iria passar a tarde. Calor do cão, mas ok hehehe.

Paguei (com o meu rim) R$ 40,00 no táxi até a casa deles. Fui super bem recebida pela Gisele e pelo Rubnei, eles fizeram um churrasco (o Rubnei é gaúcho) e passamos o dia conversando sobre os lugares onde já estivemos, sobre as nossas experiências com o Couchsurfing e claro, muito bem abastecidos de cerveja e churrasco.

Depois eu dei uma cochilada, tomei um banho, jantamos e eles me deram uma carona até a rodoviária. A passagem eu já havia comprado no cartão, pela internet. Meu ônibus saiu às 23h e aí começou o meu drama, que se repetiria o resto da viagem: crianças. Atrás de mim, tinha uma mulher que ficou umas 2h (sem exageros) falando no celular. Quando ela ficou quieta, começou o filho, ele chorou A NOITE INTEIRA. Sem contar o tiozinho roncando do meu lado hahahaha. Não dormi, claro.

 

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OBS: Ao final do relato de cada dia, vou colocar os gastos e informações mais relevantes.

 

- Gastos e endereços:

Táxi em CGR: é caro, se não me engano, do aeroporto até a rodoviária sai uns 30/40 Dilmas.

 

DIA 2 – Corumbá/Puerto Quijarro

O ônibus chegou em Corumbá mais ou menos 5h. Eu saí da rodoviária e comecei a procurar alguém pra dividir um táxi até a fronteira. Foi aí que eu conheci o Patrick. Ele estava parado, fumando, com o mochilão nas costas e eu fui falar com ele. Ele é inglês, tem 22 anos e está fazendo um mochilão de 6 meses pela América do Sul; passou 1 mês e meio no Rio e estava voltando (sim) pra Cusco, via Bolívia.

 

A gente resolveu, então, pegar o ônibus de linha até a fronteira. Pedimos informação pra um mendigo e ele nos indicou o ponto de ônibus. Ele fala inglês e mora no ponto de ônibus do outro lado da rua, pelo que entendi ele fica por ali dando informações pros turistas. Diz ele que é grego, mas não volta pra Grécia pq a crise tá feia; deu umas dicas sobre o Trem da Morte e saiu pra conversar com outro pessoal, bem doido hehehe. E a gente lá, esperando... na verdade, nem sabíamos qual era o ônibus, até que um senhor parado ali disse que ia pegar pra fronteira também, era só a gente entrar junto. O cara é peruano, mora em Campo Grande há anos, é apaixonado pelo Brasil e disse que vai pra fronteira a cada 2 meses. Ele começou a falar sobre a cultura peruana, as linhas de Nazca e ET’s hahahaha. Não lembro o nome dele, só sei que esperamos muuuito tempo, pq o ônibus atrasou, e acabou atrasando também pra chegar ao terminal onde trocaríamos de ônibus. Quando estávamos chegando ao terminal, vimos de longe o outro ônibus saindo (adeus =/) e tivemos que esperar mais uma hora, no frio ¬¬ . Enfim, conseguimos pegar o bendito, não precisamos pagar a passagem pq já havíamos pago a primeira (R$2,40). Depois de uns 20 minutos, descemos perto da Polícia Federal, eram mais ou menos 7h e já tinha fila.

Sentamos por ali e eu comecei a conversar com dois brasileiros que estavam na nossa frente, o Rodrigo e o Daniel, de São Paulo. A Polícia Federal abriu às 8:10, ficamos 1h na fila, depois fomos pra migração boliviana e quando vimos a fila JESUSAMADOSOCORRE, todo mundo xunto incluído na mesma fila, tanto pra entrada quanto pra saída. Foram 3 horas intermináveis nessa fila, até que: LIBERDADE! PARTIU TERRAS BOLIVIANAS! Nesse meio tempo, troquei um pouco de dinheiro no câmbio que tem na frente da migração, o real tava B$ 2,70 e o dólar ACHO que tava uns B$ 6,80 ~painel piscando~ NÃO TENHO CERTEZA. Só sei que a cotação é um pouco menor que o normal ali.

 

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Enfim, depois dessas 3 maravilhosas horas criando raiz na migração boliviana, nós 4 dividimos (esse momento de felicidade) um táxi até a Ferroviaria (B$ 30 no total). Chegando lá, fomos logo pro guichê comprar as passagens do trem. Conseguimos? Claro que não. Só tinha pro dia seguinte (agora pensa numa pessoa #chatiada). Alguns minutos superando essa tragédia (dramática, eu?) e fomos pra rodoviária, onde conseguimos negociar passagens pra Santa Cruz com a Trans Pantanal, de B$ 130 saiu a B$ 110. Antes de comprar, fomos dar uma olhada no ônibus e era muito bom, leito 3 filas, bem espaçoso e limpinho. Deixamos os mochilões na empresa e fomos caminhando até a Zona Franca, lá dentro tem um restaurante com buffet a kg, eles tinham carne de jacaré e eu achei o máximo heheheh. A minha conta deu 28 bolivianos, contando com o café. O lugar é limpinho e a comida é boa, recomendo, fica no subsolo do terceiro prédio, na Zona Franca. Voltamos pra rodoviária, pra descansar nos bancos, até um pombo dar uma carimbada no Daniel heheheheh.

 

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Acabamos pegando um quarto no Alojamiento Para Ti, que fica bem na frente do terminal, pra poder dormir um pouco e tomar banho. Foram B$ 35 pra cada um em um quarto pra 4 pessoas, o lugar era bem meia-boca e a água era gelada, mas tava valendo. Perto das 19h voltamos pra rodoviária e o ônibus saiu às 19:30. Um cara subiu cobrando a taxa do terminal (B$ 2) e depois de um tempo rodando subiu um policial pedindo documentos e passaportes.

A essa altura já nos sentíamos dentro de uma geladeira com rodas. A vendedora havia nos prometido cobertores e a conclusão foi: 4 pessoas enganadas. Na TV eles botaram Os Mercenários (o 1 e depois o 2). Mais uma vez, eu não dormi porque atrás do meu banco tinha (um demônio) uma criança (POR QUE SEMPRE EU? Sabe o Murphy?) que chorou a noite inteira. Pelo menos eu podia ficar olhando o céu, parecia que as estrelas tocavam o horizonte.

 

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- Gastos e endereços:

Ônibus pra fronteira: R$ 2,40 (os meninos disseram que o táxi deles custou R$ 25)

Táxi da migração boliviana até a Ferroviária: B$ 30

Passagem de ônibus Trans Pantanal (leito, 3 filas): B$ 110

Almoço: B$ 28

Alojamiento: B$ 35

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DIA 3 – Santa Cruz

Chegamos em Santa Cruz às 4:30 da manhã, um frio do cão. Nos meus planos iniciais, eu não pretendia me hospedar em Santa Cruz, mas a essa hora e com o frio que tava, eu é que não ia ficar ali sozinha (naquele velho esquema: se eu morrer, minha mãe me mata), porque os meninos iriam buscar algum lugar pra dormir. Fomos todos. Passamos em alguns hotéis e hostels e estavam todos cheios, acabamos ficando no Hotel Amazonas, no centro. Paguei B$ 120 no quarto individual (de longe, o mais caro da viagem, mas na falta de opção...) e os 3 dividiram um quarto entre eles.

De manhã, eu fui até o terminal bimodal comprar minha passagem pra La Paz (B$ 15 de táxi), fechei com a San Miguel por B$ 150. Usei a internet por B$ 3 e peguei um táxi de volta pro hotel (B$ 15), fiz check out e fui bater no quarto dos meninos, eles resolveram fazer check out também. Deixamos as coisas no hotel e saímos caminhando, buscando um restaurante japonês que o Daniel e o Rodrigo tinham visto na internet. Caminhamos até a Plaza 24 de Septiembre e de lá pegamos um táxi até o restaurante (B$ 10). O nome do restaurante é Ken e fica na Av. Uruguay #730, eu fui de Yakisoba (detesto sushi e similares), veio muito bem servido e tava uma diliça (B$ 29). Não deu nem muito tempo pra fazer a digestã e já tava na hora de ir embora. O Patrick resolveu ir também. Nos despedimos do Rodrigo e do Daniel e dividimos um táxi até o hotel, pra buscar as coisas; aí o Patrick resolveu ir pro terminal também, ver se conseguia uma passagem pra La Paz. Pegamos as trouxas e fomos. Ele acabou comprando passagem pro mesmo ônibus que eu.

 

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O ônibus não era dos melhores, era leito 3 filas, mas não era muito limpo; era pra ter saído 15:30, mas atrasou meia hora. Cheguei toda feliz, pq atrás do meu banco só tinha um senhor. Aeeeee, vitóriaaaaaa!!! \o/. Não, definitivamente não. Alguém adivinha o que ele tinha escondido ali nos pés? Aeeeee, bingooooo! Uma criança (porra, Murphy!). O negócio era me conformar com o meu destino. A criança não chorava, mas ficou cantando de madrugada e dando socos no meu banco. Gracinha, né? NÃO.

Dessa vez o ônibus parecia uma fornalha com rodas. Tinha um pessoal com um aparelho de som, que ficou tocando cumbia por 18 horas seguidas (sem mentira). Lá pelas tantas, lembrei que esqueci (oi?) de comprar folhas de coca, pra ir mascando. Perguntei pra uma chola que estava do meu lado, se no caminho tinha como comprar folhas de coca, ela disse que provavelmente não. Fizemos uma parada pra comer e na volta a Saturnina perguntou se eu havia conseguido as folhas, eu disse que não e ela me veio com uma mão cheia de folhas de coca (ahhhh, gente ::love:: )

O resto da viagem não foi nada confortável: tava quente, geral passando mal (algumas pessoas vomitaram), a menina de trás sujou a calça e deixou um cheiro insuportável no ar. Enfim, tenso...

 

- Gastos e endereços

Táxi do terminal até o centro: B$ 15/20

Passagem pra La Paz, em ônibus leito 3 filas, pela San Miguel: R$ 150

Yakisoba no Ken: B$ 29

 

DIA 4 – La Paz

O ônibus chegou em La Paz quase 11h, sendo que ficamos quase 1h só no trânsito de El Alto. Eu tentei reservar o Loki, mas já tava mega lotado, então quem quiser tem que reservar com antecedência se for em alta temporada. Acabei fazendo reserva no Wild Rover, que também foi super bem recomendado. Eu e o Patrick dividimos um táxi até o Wild Rover Hostel, na Calle Comercio (B$ 5 pra cada um). Como o check-in é só às 14h, deixamos os mochilões na Luggage Room, tomamos o café da manhã no bar (o café do WR vai até as 12h, magavilha de Deus), usamos a internets pra dar um alô pras parentada e saímos pra bater perna na rua. Como o Patrick já esteve em La Paz, ele foi o guia da vez. Fomos direeeeto pro Mercado de Las Brujas hehehe. O lugar é demais, as lojas com os famosos fetos de lhama pendurados, remédios e ervas pra TODO tipo de coisa, afrodisíacos, artesanatos, velas de todos os tipos, roupas, prata, antiguidades... enfim, tem de tudo. Prataria é muito barato por lá, tanto que eu já cheguei torrando dinheiro comprei um pingente lindo todo trabalhado por B$ 100, na pechincha. Às vezes, dá até vergonha de pedir mais desconto, pq as coisas já são tão baratas...

 

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Enfim, passeamos por ali e voltamos pro hostel pra fazer o check-in. Pra chegar no meu quarto tinha que, praticamente, fazer um tour, era o último dormitório (peguei um de 8 camas).

De banho tomado, limpinha, voltei a voar as tranças na rua. Fui na Calle Sagarnaga, comprei um casaco The North Fake (hehehe) por B$ 230, paguei um pouco mais caro que o normal, mas achei a qualidade melhor que a da maioria. Na feirinha da Calle Comercio (na peatonal que fica na frente ao Museu de Arte Nacional), por exemplo, eles vendem a B$ 150, mas o acabamento não é tão bom. Ali na C. Sagarnaga mesmo, fechei o Downhill com a Jump, equipamento de primeira e bike com amortecimento traseiro e dianteiro, B$ 450.

Passei na feirinha da Calle Comercio e comprei um tripé por B$ 100, só pra quebrar um galho (mas o que acabou quebrando foi o tripé mesmo hehehehe).

Chegando no hostel, fechei o Chacaltaya pro dia seguinte na agência do hostel mesmo, por B$ 90. Fui direto pro bar, onde encontrei o Patrick e mais umas meninas suecas. O WR tem uma programação diferente pra cada noite, e hoje era a Barbecue Night. Sem mentira, um dos melhores churrascos que eu já comi, e olha que eu sou gaúcha (ok ok, o estilo de churrasco é bem diferente, mais americano, mas sério, sem palavras). Tinha porco, frango, hambúrguer, molho salada de batatas, massa e aquele toque de molho barbecue. Demais, deu fome só de lembrar hahahaha. Depois de encher o bucho, fugi pra dar uma dormidinha e voltar pro bar mais tarde. Mal deu tempo de subir na minha cama e o quarto foi invadido pelos bartenders, que gritavam loucamente: GET UUUUUUUUUP!!! FREEEEEEE SHOTS AT THE BAR! BE THERE IN LESS THAN A MINUTE, NO EXCUSES!!! Tomei um free shot ali mesmo e não teve jeito, levantei e fui pro bar hahahaha. Gastei mais algumas horas ali e fui dormir pra conseguir subir o Chacaltaya na manhã seguinte.

 

- Gastos e endereços:

Táxi terminal-hostel: B$ 10 (5 pra cada)

Casaco North Fake: B$ 230 em uma lojinha na calle Sagarnaga (ao lado da Iglesia San Francisco)

Tripé – B$ 100 (feira na peatonal da Calle Comercio, perto da Plaza Murillo, começa lá pelas 16/17h)

Downhill na Estrada da Morte: B$ 450 com equipamento completo e bike com amortecimento duplo, na Jump (Calle Sagarnaga, perdi a nota e não achei o número ::putz:: )

Chacaltaya: B$ 90, na agência do WR.

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DIA 5 – La Paz (Chacaltaya)

Antes de começar, MAIOR ERRO ter marcado Chacaltaya pro meu 2º dia em La Paz. NÃO FAÇAM ISSO! REPITO, NÃO FAÇAM. Voltamos agora com a nossa programação normal.

 

Acordei às 8h, tomei café e fui esperar o ônibus vir me buscar. Só sei que até passarmos em todos os hotéis e sairmos definitivamente pro Chacaltaya, demorou pra caramba, acho que mais de 1h. Mais ou menos na metade do caminho, paramos pra tirar fotos da cordilheira, daí a guia passou um lero de que o Huayna Potosi é a montanha do logo da Paramount Pictures, até que um dos paulistas que tava do lado disse que contaram a mesma história sobre uma montanha na Itália hahaha (depois, pesquisando na internets, descobri que várias montanhas ao redor do mundo também recebem o título de símbolo da Paramount).

 

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Buenas, depois de subir aquela estradinha estreita e tensa (porém linda), o ônibus nos deixou no refúgio que tem lá em cima e nós só precisaríamos subir mais 100 metros a pé pra chegar no topo. Consegui? Claro que não.

A cada 10 passos eu queria sentar num cantinho escuro e chorar. Muita falta de ar, muita dor de cabeça, e isso que eu tava mascando folhas de coca. A sangria que eu bebi na noite anterior tava querendo voltar, foi tenso. Até que, depois de quase uma hora, eu cheguei na metade do caminho e aceitei que aquele era o meu limite. Sentei ali por um tempo e fiquei contemplando a paisagem. Sabem, não foi de todo ruim, apesar do soroche e de não ter conseguido chegar ao topo, valeu muito a pena, o visual é incrível.

 

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Hora de descer. Igualmente tenso. Uma menina teve que me acudir, eu achei que ia desmaiar ali mesmo. Enfim cheguei ao ônibus, me esparramei no banco e tomei minhas dorgas (calma gente, era só neosaldina e plasil hehehe). No caminho até La Paz, paramos pra tirar fotos da cidade vista de cima. Eu e mais algumas pessoas resolvemos não ir no Valle de La Luna e descemos na Calle Llampu, o resto da turma continuou o passeio. Aproveitei pra dar uma olhada nas lojas. Comprei uma mochila de ataque da Doite em uma dessas lojas de equipamentos de aventura, de B$ 450 por B$ 420, se é original ou não fica sempre aquela dúvida heheheh, mas achei a qualidade ótima. No caminho pro hostel, passei em uma farmácia e comprei uma cartela de Sorojchi Pills, pro mal de altitude, por B$ 37.

 

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Chegando no hostel, tomei um banho e fui direto pro bar, onde encontrei as meninas suecas (não sei nem pronunciar o nome delas, quem dirá escrever hehehe). Dica: a quesadilla do WR é muito boa (toda a comida deles é boa). Enfim, ficamos lá jogando cartas e bebendo até tarde e depois eu fui dormir, pra acordar cedo pro Downhill.

 

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- Gastos e endereços:

Mochila de ataque Doite: B$ 420

Sorojchi Pills: B$ 37

 

TO BE CONTINUED...

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Tá ficando "tri legal" seu relato, kkkk. Veja se continua logo. Seguinte, vc se lembra que hora saiu da fronteira em puerto quijaro? Pretendo pegar o mesmo onibus de campo grande pra Corumbá, mas queria pegar o onibus das 10 horas da manha pra STC, será que rola?

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Estou ansiosa para ler os próximos relatos! Farei um trajeto parecido no fim deste ano, e estou muito em dúvida em relação ao tamanho da mochila que devo levar, uma de 50l ou de 60l! Você levou uma mochila de que tamanho?

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Tá ficando "tri legal" seu relato, kkkk. Veja se continua logo. Seguinte, vc se lembra que hora saiu da fronteira em puerto quijaro? Pretendo pegar o mesmo onibus de campo grande pra Corumbá, mas queria pegar o onibus das 10 horas da manha pra STC, será que rola?

 

Aletucs, eu saí da fronteira era quase 11h. É muito demorado lá, acho que não rola o ônibus das 10h

 

Estou ansiosa para ler os próximos relatos! Farei um trajeto parecido no fim deste ano, e estou muito em dúvida em relação ao tamanho da mochila que devo levar, uma de 50l ou de 60l! Você levou uma mochila de que tamanho?

 

Então, minha mochila é de 60l (50 + 10), eu levei ela cheia só até os 50l, os resto ficaria pras compras. Mera ilusão, precisei comprar uma malinha hahahahahahaha ::lol4::

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ta ficando show!!! e vamo cumeça a sabatina.

seguro para maquina fotografica. quanto e onde?

pelo que viu, equipos la sao baratos?

 

 

Que bom que estão gostando :D

Fiz o seguro pela Porto Seguro, tudo por e-mail. Saiu R$ 374,65 pago em 4x por débito em conta, cobrindo uma Nikon D7000 e a lente do kit (18-105mm).

Como eu comprei no Paraguay, não tinha nota. Eles me pediram algumas fotos do equipamento e mandei também uns links do Mercado Livre pra mostrar os valores. Foi super tranquilo.

 

Pra ser sincera, não vi o preço dos equipamentos por lá, mas pelo que o pessoal diz aqui, o preço lá não é muito mais em conta não.

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Uhmmm... deixa o contato ai que eu vou pensar sobre o assunto, agora você acha que é necessário? tenho uma T3i com uma 18-135mm e uma 50mm. A minha tambem veio de lá... auhauh O periodo da cobertura foi só pelo periodo da viajem?

 

Tinha pensado em comprar mais algumas coisas lá... to sonhando com uma 70-200 L mas para Brasil ta fora de cogitação... quase 4 conto, são duas viajens...

 

Mas valeu mesmo... segue com o relato ai que ta show!!!!!!

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