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Em primeiro lugar quero agradecer aos Mochileiros que contribuem com seus relatos e dicas e fazem desse espaço virtual uma das melhores fontes de informação sobre viagens e também ao pessoal que “organiza a casa” (administradores, editores & cia).

 

Quando fiz meu primeiro mochilão não existia internet, nem foto digital (tá bom, acabo de entregar a minha idade ::bruuu:: ). Tudo isso para dizer o quanto era difícil montar um roteiro de viagem, estimar os gastos, evitar as “roubadas” e saber o que eu iria encontrar no destino. Era tudo meio às escuras. O máximo que se conseguia era algumas dicas de amigos que já tinham ido antes, ou alguma National Geografic encontrada em um sebo. Com isso gastava-se mais e aproveitava-se menos. O maior prejuízo era deixar de conhecer lugares sensacionais, mesmo estando bem pertinho, por falta de informação.

 

Entre o primeiro e o último mochilão passaram-se muito anos e poucas viagens (infelizmente), porque eu estava ocupada com coisas menos interessantes. Agora inauguro um novo ciclo e para começar escolhi cinco países da América Central para tirar as teias de aranha da mochila: Panamá, Costa Rica, Nicarágua, Honduras e Guatemala.

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A idéia era chegar de avião ao Panamá e fazer o trajeto até a Guatemala por via terrestre utilizando, sempre que possível, o transporte público. Existe uma empresa de ônibus chamada Ticabus que faz a ligação entre as capitais desses países e disponibiliza ônibus confortáveis e uma estrutura de hotéis para os passageiros. Os turistas utilizam esse transporte para se deslocar entre as capitais e contratam pacotes turísticos ou serviço de shuttle para chegar aos locais de interesse. Cheguei a viajar de Ticabus entre a Nicarágua e Honduras, mas apesar da comodidade (e do alto custo), não era esse o tipo de viagem que eu queria fazer. Queria estar em contato com a população local, conhecer seus costumes e percorrer estradas onde eu pudesse ver a realidade do país. Eu já imaginava que não haveria muitos turistas embarcando em chicken bus e micro ônibus lotados, mas o fato é que não encontrei nem um mochileiro sequer se aventurando nessas rotas alternativas. Na minha opinião vale a pena fugir da linha convencional recomendada pelos manuais de viajante, essas jornadas torturantes foram o tempero perfeito da minha viagem.

 

Economizei bastante no transporte, mas não poupei muito na hospedagem, primeiro por falta de tempo para pesquisar lugares mais baratos e segundo porque achei que eu merecia uma boa noite de sono, com conforto, depois de um dia cansativo. É possível fazer essa viagem gastando bem menos, mas acho que é legal fazer uma compensação: nem só conforto, nem só sacrifício.

 

Essa viagem solo aconteceu entre os dias 14/03/2014 e 15/04/2014 e foi tão legal que quero compartilhar a minha experiência, para que mais pessoas se animem a conhecer esses lugares maravilhosos. Espero que gostem.

 

A PREPARAÇÃO

 

Sabendo que boa parte do deslocamento seria feito em ônibus lotados, com dificuldades para acomodar e controlar a bagagem, eu separei apenas o essencial e coloquei tudo em uma pequena mochila. Tive que exercitar o desapego e me libertar da vaidade. Nada de hidratantes, cremes, chapinha, escovas, maquiagens, acessórios. Cortei tudo, inclusive a minha cabeleira rebelde.

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O que eu levei:

- 3 camisetas de manga curta

- 1 camiseta de manga comprida

- 1 short

- 2 regatas

- 2 biquinis

- 1 canga

- 1 camisão

- 2 calças-bermuda

- 1 jaqueta impermeável

- 2 meias

- 4 calcinhas

- 2 sutiãs

- 1 chinelo

- 1 tênis (que foi substituído por um novo no Panamá)

- 1 papete (doei no início da viagem)

- 2 toalhas pequenas (daquelas que são bem leves)

- escova de dente, pasta, sabonete, alguns remédios (shampoo, protetor solar e repelente comprei no Panamá)

- máquina fotográfica, carregador de bateria

- passaporte, dólares, cartões

- cópia do passaporte, passagens e reservas de hotéis impressas.

 

Tudo isso ocupou metade da mochila (veja na foto o tamanho em relação ao gato). Na volta veio a mais o snorkel, garrafas de rum e os presentes.

 

CUSTO

 

Total gasto em 32 dias US$ 2.700

 

- Passagens aéreas São Paulo/Panamá (ida e volta) e Guatemala/Panamá (ida): US$ 1.000

- Hospedagem, comida, passagens de ônibus, despesas de fronteira e outros gastos de viagem: US$ 1.700

 

Sexta-feira , 14 de março de 2014

CHEGADA NA CIDADE DO PANAMÁ

 

Com uma mochila tão pequena não precisei que ninguém me levasse ao aeroporto de carro. Fui de metrô até a estação Tatuapé e de lá peguei a linha 257 que vai para o aeroporto de Guarulhos. Tranquilo.

 

Parti de São Paulo às 12:15 rumo a Cidade do Panamá em um voo da Copa Airlines que levou cerca de 6h30min. Cheguei às 16:45 (lá são duas horas a menos) no aeroporto de Tocumen. Antes de pegar o táxi fui até um banco e troquei algumas cédulas de US$100 por outras de menor valor. A moeda oficial do Panamá é o Balboa que circula só em forma de moedas, apesar de tudo ser pago em dólar, as notas de 100 não são aceitas em lugar nenhum.

 

Dividi o táxi com uma moça que ficou no centro da cidade. A corrida custou US$ 20 para cada uma. É possível chegar ao centro utilizando o Metrobus, mas tem que ter o cartão, pois não é aceito pagamento em dinheiro. Existe um posto de recarga no aeroporto, mas não vende o cartão. Parece proposital para obrigar as pessoas a ir de táxi.

Se não fosse tão tarde eu teria me aventurado em um “Diablo Rojo”, antigo ônibus escolar americano, pintado de forma extravagante e que anda em alta velocidade pelas rodovias. Aceita pagamento em dinheiro, mas a maioria dos estrangeiros detesta esse tipo de transporte que ainda é muito utilizado pela população. Eu sou apaixonada pelos “Diablo Rojos”, pena que aos poucos estão saindo de circulação para dar lugar aos confortáveis Metrobus.

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Fiquei hospedada no Hostel Panamericana que fica na parte antiga da cidade, conhecida como Casco Viejo – US$ 12 cama em dormitório. O hostel é muito barulhento, assim como toda essa região, então se busca tranquilidade, fique em outro lugar. Conheci um italiano que se hospedou em um hotel na Cinta Costeira em uma suíte confortável e pagou cerca de US$20. Uma boa opção é se hospedar na Cinta Costeira na parte que fica mais próxima ao Casco Viejo e da Plaza 5 de Mayo de onde partem os ônibus para vários pontos da cidade e também tem uma estação de metrô. Quando eu estava lá, o metrô ainda não estava em operação, mas foi inaugurado no dia 05 de abril. Nessa fase inicial não será cobrada a passagem, mas é necessário usar a fatídica “tarjeta” para ter acesso. Se for utilizar ônibus, metrô e também pegar ônibus para outras cidades do Panamá a partir do Terminal Albrook, então vale a pena comprar a “tarjeta 3 em 1”.

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Sábado, 15 de março de 2014

ALBROOK MALL E CASCO VIEJO

 

Segui para a Plaza 5 de Mayo a fim de pegar um ônibus para o Albrook Terminal, onde há um grande shopping chamado Albrook Mall. Eu precisava comprar um tênis e uma máscara com snorkel.

Antes de tomar o Metrobus, eu passei em uma bilheteria para comprar o cartão que custa US$ 2 e carregar algumas passagens. Os cartões tinham acabado, não havia mais nenhum para vender. A atendente me perguntou se eu era brasileira e quando eu disse que sim, deu um sorriso enorme, dizendo que adora o Brasil. Pegou sua bolsa, tirou de dentro o cartão de uso pessoal e disse que ia me vender. Olha aí, que demonstração de carinho pelo Brasil.

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No Albrook Mall comprei a máscara/snorkel por US$ 26, mas não encontrei o tênis do jeito que eu queria. Havia tênis Nike por um preço acessível, mas eu queria um tênis resistente para aguentar as trilhas. Almocei por US$ 5 num daqueles restaurantes em que a gente aponta para a comida, peguei o ônibus de volta a Plaza 5 de Mayo e de lá segui a pé pela Avenida Central até o Casco Viejo. Essa avenida é uma via de pedestres e comércio popular. Lá encontrei o tênis “cascudão” que eu queria, de couro, solado resistente, US$ 45. Cheguei no meio da tarde no hostel, deixei as compras e fui conhecer mais um pouco do Casco Viejo. Fui até o Paseo Las Bovedas onde as índias Kuna vendem seu artesanato, as famosas molas. Caminhei pela Plaza de Francia, tirei mais algumas fotos do Casco Viejo e voltei para o hostel, onde providenciei a ida para San Blás na segunda-feira. Paguei US$ 5 para o hostel que tratou de todas as reservas e os demais pagamentos deveriam ser feitos no decorrer da viagem:

- Transporte 4x4 ida e volta – US$ 55 pago na chegada ao cais

- Pedágio – US$ 10 pago na estrada

- Taxa de uso do cais – US$ 2 pago na entrada do cais

- Barco para a Isla Iguana ida e volta– US$ 20 pago na ilha

- Hospedagem (3 noites em dormitório compartilhado com 3 refeições diárias) – US$ 105 pago na ilha

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Domingo, 16 de março de 2014

CINTA COSTEIRA E AMADOR CAUSEWAY

 

Este foi um dia para desenferrujar as pernas. Primeiro fui caminhar na Cinta Costeira, um espaço na orla marítima, onde há um calçadão para caminhadas, passeios de bicicleta e que possui alguns parques ao longo do trajeto. De lá pode se ver claramente a divisão entre a moderna Cidade do Panamá com seus edifícios altíssimos e o Casco Viejo com suas construções em estilo colonial.

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Na volta dei uma passada no Mercado de Mariscos e experimentei o famoso ceviche de pescado(US$ 1,25 o copinho pequeno) acompanhado de uma cerveja Balboa(também US$1,25). O ceviche estava delicioso, no copo pequeno vem uma quantidade generosa, mais que suficiente. Pena que ainda era muito cedo para almoçar, pois existe um restaurante no andar superior do Mercado onde são servidos pratos a base de frutos do mar a um preço bem acessível.

Caminhei até a Plaza 5 de Mayo onde tomei um táxi compartilhado para a Calzada Amador Causeway (US$1,50). Dá pra ir de Metrobus, mas como eu não sabia onde era o ponto peguei o táxi mesmo. Esse táxi fica ao lado da Caja de Ahorros e só parte quando tem 4 passageiros. A Amador Causeway é uma via asfaltada com uma calçada para pedestres e ciclistas que liga 4 ilhas que ficam na entrada do Canal. Essa via foi construída com o material que sobrou da construção do Canal do Panamá como um quebra-mar para a entrada de embarcações. O lugar é muito bonito, tem restaurantes, bares e um Duty Free. Almocei um marmitex com pescado por US$ 3,50 e ainda tive que dividir com três gatos que ficaram na volta com cara de fome. Voltei pro centro de Metrobus.

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Segunda, 17 de março de 2014

A CAMINHO DE SAN BLÁS

 

San Blás é um arquipélago formado por 365 ilhas no mar do caribe, habitado e administrado pelos índios Kuna, que tiveram que lutar contra o governo panamenho para garantir a soberania sobre essas ilhas e a preservação de sua cultura. Os índios tem exclusividade para explorar o turismo no arquipélago e autonomia para estabelecer suas próprias leis.

Às 6:30 já havia várias camionetes estacionadas em frente ao hostel, muita gente estava a caminho de San Blás, mas o motorista que me levaria ainda não havia chegado. O trajeto é feito em duas horas e meia, mas houve uma demora enorme porque o motorista tinha que buscar dois gringos em um hostel e acabou se perdendo na cidade. Também houve muita demora na hora de comprar coisas no supermercado, o povo comprou comida para um mês. Eu comprei só uma garrafa de água e não foi necessário mais que isso.

A estrada que leva ao cais é quase toda asfaltada e está em bom estado, mas é uma estrada sinuosa e que requer muito cuidado do motorista. Eu tive sorte, tanto na ida quanto na volta os motoristas foram cautelosos, mas tem uns que andam em alta velocidade. Na volta vimos um veículo que caiu num barranco e as pessoas se machucaram muito. Portanto, se perceber que o motorista está indo rápido demais, peça para ele diminuir a velocidade. É perigoso sim.

Outra coisa, tenha seu passaporte à mão, pois ao longo da estrada há postos de fiscalização onde o documento é solicitado.

Chegando ao cais tem que esperar o barco que vai te levar para a ilha escolhida. Essa espera pode ser longa, tem muita gente. Esperamos cerca de vinte minutos para embarcar e uns 50 min para chegar na Isla Iguana.

 

ISLA IGUANA

 

Lá pelas 11:00 chegamos a Isla Iguana. É uma pequena ilha com praias em toda a volta, sendo que é possível percorre-la em 5 min. Há quatro ou cinco cabanas pequenas para casal e uma cabana grande com 10 camas, mas não há muitos visitantes. Para quem busca sossego, esse é o lugar ideal. Quando a refeição fica pronta um dos índios sopra em um búzio gigante para chamar o pessoal para comer. O almoço estava delicioso, arroz, salada e um peixe frito. Ao contrário do que li em alguns relatos, todas as refeições estavam ótimas, bem variadas e muito fartas. A bebida não está incluída no valor da diária – refrigerantes, cerveja e água de coco por US$ 2.

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Após o almoço uma soneca à sombra de um coqueiro (de preferência sem cocos, para evitar acidentes) e à tarde snorkelling em torno da ilha. Oh, vida difícil...

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Os índios da Isla Iguana são muito simpáticos, gostam de conversar, são divertidos e tratam os visitantes muito bem. A estrutura existente na ilha é boa: cabanas simples, mas limpas (não sei nas outras, mas na cabana compartilhada tinha tomada); a luz sofre algumas interrupções, que podem ser prolongadas, então é bom ter uma lanterna à mão; barzinho com bebidas geladas; banheiros e chuveiros satisfatórios (não é preciso carregar balde de água para dar a descarga e nem tomar banho de canequinha).

 

Só não dou nota 10 por um motivo: os passeios para outras ilhas são muito limitados. Apesar de haver tantas ilhas lindas para visitar, só há dois passeios disponíveis: visita a comunidade Kuna US$ 6 e passeio para a Isla Perro US$15 (se houver um mínimo de 6 pessoas).

 

Terça, 18 de março de 2014

PISCINA NO MEIO DO MAR E ISLA PERRO

 

A primeira parte do passeio leva a uma piscina no meio do mar. Não tem ilha, é só um banco de areia com água muito cristalina onde se pode ver peixes, estrelas do mar e pepinos do mar.

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A Isla Perro tem praias lindas, águas cristalinas e um excelente local para mergulho e snorkelling em torno de um barco afundado. Tanta beleza atrai muitos visitantes, a ilha fica lotada. Mesmo assim vale a pena passar algumas horas aproveitando a praia, vendo peixinhos coloridos, tirando fotos dessa ilha e também da Isla Diablo que fica muito próxima.

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Quarta, 19 de março de 2014

COMUNIDADE KUNA

 

A beleza das ilhas paradisíacas contrasta com o cenário encontrado nas ilhas que abrigam a comunidade Kuna. Algumas ilhas próximas ao continente são totalmente ocupadas por cabanas e palafitas feitas com bambu e palha de coqueiro. Não há ruas pavimentadas, apenas vielas estreitas entre as cabanas que formam verdadeiros labirintos. Não há praias, nem coqueiros. Também não há energia elétrica, mas algumas cabanas contam com placas solares.

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Existem poucas construções de alvenaria, geralmente são instalações públicas como escolas e postos de saúde. Por falar em saúde, quando passei por uma das cabanas ouvi um canto e um dos barqueiros explicou que era um ritual de cura e quem estava cantando era o pajé. Muito interessada nesses rituais, fiquei escutando por alguns instantes, mas tive que apressar o passo para alcançar o meu grupo. À noite, um dos índios da Isla Iguana me contou que metade dos índios ainda se trata com os pajés, utilizando ervas e cânticos, apesar de haver postos de saúde nas comunidades com a medicina do homem branco.

 

A sociedade Kuna é matriarcal. Existe um conselho de anciões composto por homens e mulheres, mas são as mulheres que tomam as decisões mais importantes. Com tanto prestígio, o nascimento de uma menina é muito festejado e quando ela atinje a maturidade sexual a festa é maior ainda.

As mulheres Kuna são mesmo especiais. Enquanto na maioria das culturas as vestes típicas são abandonadas, para as Kunas as suas roupas e seu artesanato são parte de uma herança sagrada. Diariamente é possível vê-las circulando pelas ruas da Cidade do Panamá com suas vestes coloridas, enfeitadas com as molas(uma espécie de patchwork exclusivo produzido por elas) e seus adereços de miçangas. Pena que é tão difícil fotografa-las(só pagando).

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Quinta-feira, 20 de março de 2014

A Caminho de Bocas del Toro

 

Adeus San Blás! O barco partiu às 9:00 e vi a Isla Iguana se distanciar me sentindo muito feliz pelos três dias maravilhosos que passei ali. Às 13:00 eu já estava no Terminal Albrook e fui logo comprar a passagem para Almirante (US$28), que só sairia às 20:00. Teria uma longa espera pela frente. Aproveitei e passei no guichê da Ticabus e comprei a passagem entre Leon e San Pedro Sula (US$ 32) para o dia 04 de abril. Depois de fazer um lanche, fui para o segundo piso do terminal e aproveitei para relaxar e ver o desfile dos Diablos Rojos que eu tanto gosto. Com tempo sobrando, atravessei a passarela e cheguei ao Albrook Mall e fui ver o que estava passando no cinema. Não tinha nenhum filme naquele horário, então fiquei passeando no shopping. Mais algumas horas na sala de espera e chega a hora de embarcar. Eu já sabia pelos depoimentos na internet que, para acessar a área de embarque, seria necessário passar por uma catraca utilizando um cartão específico para o terminal. Eu comprei o cartão do Metrobus achando que também serviria para o terminal, mas estava enganada. No final das contas eu tive que pedir para um senhor que tinha o cartão para pagar o meu acesso. Eu quis pagar, mas ele não aceitou, dizendo: “- Hoje eu te ajudo, amanhã alguém me ajuda ou ajuda alguém da minha família. Então tá tudo certo”. Eu concordo com essa idéia, então agradeci a ele pela gentileza e desejei, em pensamento, que aquele senhor recebesse o pagamento da melhor forma possível.

 

Já dentro do ônibus constatei que o alerta dos mochileiros em relação ao ar-condicionado gelado tinha fundamento. É muuuuuito frio mesmo! ::Cold:: Ainda bem que eu estava preparada: calça comprida, blusa térmica e jaqueta com capuz. A maioria das pessoas não imagina que com o calorão que faz no Panamá, vá passar frio dentro do ônibus, mas a temperatura é tão baixa que há risco de ter uma hipotermia, afinal são dez horas de viagem.

 

Sexta-feira, 21 de março de 2014

Cayo Zapatilla - Bocas del Toro

 

Cheguei em Almirante às 6:15 e logo peguei um táxi compartilhado até o porto (US$ 1). O porto é longe, não dá prá ir a pé. O barco para Bocas custa US$ 6 e leva 45 min.

A cidade de Bocas del Toro é muito feia, há muito lixo espalhado pelas ruas, há esgoto a céu aberto e as praças tem aspecto de abandono. É comum ver urubus bicando o lixo.

Me instalei no hotel Cayo Zapatilla (US$25), próximo a praça central . Tomei café em um lugar muito simples em frente ao Hotel Cristina (não lembro o nome) e paguei US$ 2 por uma hojalda (uma massa frita) com salsicha e café puro. Em seguida contratei o passeio para Cayo Zapatilla e Cayo Coral que também incluía uma passada na baía dos golfinhos (US$ 30). Às 10:00 eu fui para o cais e nesse instante começou a cair uma chuva torrencial. Foram distribuídos sacos de lixo para improvisar uma capa e o barco partiu em meio a tormenta. O trajeto não foi nada agradável, além da chuva, o mar agitado e o vento deixaram as pessoas com frio e completamente molhadas.

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Para quem vive no Brasil e já cansou de ver golfinhos dando piruetas na praia, a baía dos golfinhos é um tédio. Após longos períodos de espera é possível ver uma ou duas barbatanas ao longe e os turistas gritam, aplaudem e tiram fotos, hahaha.

Cayo Zapatilla é uma ilha deserta com muita vegetação, areias brancas e mar azul que em dias de sol deve ser maravilhosa. Então se estiver chovendo deixe esse passeio para outro dia. O mesmo vale para Cayo Coral, um local ótimo para fazer snorkelling, com corais coloridos e muitos peixes. Na volta, o barqueiro passou por algumas ilhotas onde pudemos ver centenas de estrelas do mar e também um bicho preguiça.

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De volta ao hotel eu só queria saber de um banho e uma boa noite de sono, o que não aconteceu. Um bando de argentinos bêbados e/ou drogados que estavam nos quartos próximos ao meu, passaram a noite toda gritando e fazendo baderna.

 

Sábado, 22 de março de 2014

Isla Bastimentos

 

Levantei cedo, tomei café e tratei logo de arrumar outro hotel para ficar. Dessa vez fiquei mais distante da região central. Arrumei um hotel pelo mesmo valor, mas com muito mais conforto e o mais importante, silêncio para dormir.

Resolvido o problema da hospedagem, peguei o barco para a Isla Bastimentos (US$7). Ao contrário do dia anterior, o sol brilhou o dia inteiro e a travessia de barco de 20 min foi tranquila. Paga-se US$ 3 para entrar na ilha, considerada um parque nacional. Atravessando a ilha por uma trilha na mata chega-se a Red Frog Beach. Não vi nenhum sapinho vermelho, mesmo assim gostei muito do lugar, algumas praias são bem desertas e selvagens.

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Domingo, 23 de março de 2014

Playa de las Estrellas – Bocas del Toro

 

Depois de duas noites mal dormidas, finalmente consegui descansar meu esqueleto. Agora era aproveitar o domingo, último dia em Bocas e o lugar escolhido foi a Playa de las Estrellas. Para chegar lá pega-se um ônibus na praça em direção a Bocas de Drago (US$ 5 ida e volta) e o trajeto leva 45 min. Do ponto final do ônibus pode-se pegar um barco até a praia (US$ 3) ou caminhar 15 min por uma trilha a beira-mar.

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Nessa praia costuma haver muitas estrelas-do-mar (o Jay, que conheci na Isla Iguana, esteve ali há algumas semanas e disse que havia tantas estrelas que tinha que cuidar para não pisar nelas), mas nesse dia não vi muitas. Talvez a chuva que caiu na sexta tenha alguma coisa a ver com o sumiço ou elas sabiam que no domingo a praia ficaria lotada e se esconderam. Muitas estrelas morrem devido a falta de consciência dos turistas que tiram as estrelas de dentro da água para fazer pose em fotos. Encontramos vários exemplos disso ao pesquisar as fotos na internet: mulheres adoram fazer sutiã com as estrelas, homens adoram empilhar e crianças enfeitam seus castelinhos de areia. As estrelas-do-mar tem razão em sumir.

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Pretendo fazer em setembro outubro algo semelhante... mas gostaria de partir da Colombia e percorrer ate Costa Rica e se der Nicarágua. .. em 30 dias! Gostaria de ir até Belize, mas acredito que vai ficar muito corrido! Seu relato me deu mais uma instigada! Obrigada!

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Pretendo fazer em setembro outubro algo semelhante... mas gostaria de partir da Colombia e percorrer ate Costa Rica e se der Nicarágua. .. em 30 dias! Gostaria de ir até Belize, mas acredito que vai ficar muito corrido! Seu relato me deu mais uma instigada! Obrigada!

Oi Cris! É mesmo muito difícil montar um roteiro de 30 dias quando há tantos lugares legais para ir, mas acho que Colombia, Costa Rica, Nicarágua e Belize dá pra fazer tranquilo. A Colombia também está na minha lista. Em seguida posto o restante do relato.

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Valeu Su estou acompanhando, vou fazer Panamá e Nicarágua em Outubro, a passagem já esta comprada por 1.239 com tarifas, promoção né ? Honduras , Guatemala e México já fui, quero ir ao México pela terceira vez mas não agora, Honduras também quero voltar. Me diz uma coisa ? O gato vc fez como para levar ? E como se virou com apenas uma meia, um tênis e uma Sandália ? um pé sempre ficou descalço não ??? ::lol4::::lol4:: Brincadeira viu ? ::kiss::

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Segunda, 24 de março de 2014

A caminho de San José - Costa Rica

 

Peguei o barco das 7:30 para Almirante e de lá uma van para Changuinola (US$ 1,45). Na rodoviária de Changuinola peguei o ônibus das 10:00 para San José (US$ 14). No embarque o motorista já entrega os formulários que devem ser preenchidos e entregues na fronteira. Depois de 1 hora chega-se a fronteira. O nome do lugar é Guabito(Panamá) e do outro lado Sixaola(Costa Rica). Os passageiros devem descer do ônibus, passar pela imigração do Panamá para pegar o adesivo (US$3) e carimbo de saída e atravessar a ponte a pé até chegar a imigração da Costa Rica para receber o carimbo de entrada. Não houve nenhuma dificuldade para entrar na Costa Rica, não houve interrogatório, nem foi solicitado comprovante de saída do país.

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Cheguei em San José às 16:00. No banco da Costa Rica, dentro da rodoviária, troquei alguns dólares por colones (US$ 1 = ₡ 550) e peguei um táxi (US$ 7) para o Hostel 1110 (US$ 12 dormitório compartilhado). Escolhi esse hostel por ficar perto do terminal de onde partiria o ônibus para Manuel Antônio, meu próximo destino. Em San José, dependendo do destino, há um terminal de ônibus específico. Esses terminais ficam distantes uns dos outros, então informe-se bem de onde vai partir o seu ônibus para evitar atrasos e gastos desnecessários com táxi.

Antes de chegar ao hostel, o taxista passou no terminal para que eu comprasse a passagem para Manuel Antônio(US$8).

Depois de me instalar no hostel fui caminhar um pouco nos arredores e procurar algo para comer. Perto dali havia um calçadão com várias lojas chinesas, segui por essa rua e próximo da igreja Soledad encontrei uma pequena padaria onde comi um croissant acompanhado de café puro (U$S 2,50).

Em San José é bem friozinho à noite.

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Terça, 25 de março de 2014

Manuel Antônio

 

Tomei café no hostel e fui a pé para o terminal que fica a três quarteirões dali. A minha passagem estava marcada para 9:00 e pouco depois do meio-dia eu já estava no Hostel Backpackers Manuel Antônio. O hostel fica na estrada que liga a cidade de Quepos e o Parque Nacional Manuel Antônio, mais ou menos na metade do caminho. Existem várias pousadas e hostels nessa estrada, mas, a menos que a pessoa não se importe em ficar confinada no hostel, não recomendo a hospedagem nesse lugar. Essas pousadas ficam no meio do nada, com alguns bares e restaurantes caríssimos em volta. Mesmo que você esteja disposto a gastar, é muito arriscado sair caminhando pela estrada, pois não existe acostamento. Para ir a qualquer lugar, mesmo sendo perto, é preciso ir de carro ou pegar o ônibus (US$ 1). O ideal é ficar hospedado na entrada do parque, próximo à praia Espadilla. Ali há restaurantes mais acessíveis, quiosques de artesanato e lugares para caminhar, ou então ficar em Quepos.

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Depois de almoçar uma comida + ou – por um preço +++ (US$ 8 por uma enchilada) em um restaurante mexicano em frente ao hostel, resolvi tentar chegar a praia Biesanz.

No caminho tive uma amostra daquilo que me aguardava no dia seguinte no parque Manuel Antônio: macacos, muitos macacos caminhando sobre os fios e sobre os muros das casas.

Me perdi nas trilhas e acabei chegando na ponta da praia Espadilla. Caminhei em toda sua extensão e já no final da tarde peguei o ônibus de volta ao hostel. À noite, nada a fazer a não ser bater papo com o pessoal que estava no hostel, entre eles um brasileiro e duas irmãs canadenses que eu viria a reencontrar em La Fortuna.

 

Quarta, 26 de março de 2014

Parque Nacional Manuel Antônio

 

Às 9:00 eu já estava na entrada do parque onde se paga um ingresso de US$10. Eu tinha uma garrafa de água pequena na mochila, mas como não há bares dentro do parque e eu ia ficar o dia todo ali, decidi comprar uma garrafa grande de água (US$ 1,80).

Logo na entrada já era possível ver a trilha que leva ao interior do parque completamente lotada. Grupos de turistas atrás de seus guias com telescópios, um falando mais alto que o outro. Todos ansiosos por ver algum bicho no meio do caminho. Obviamente todos os bichos fugiram daquela muvuca e eu tratei de fugir também. Caminhei rápido e só diminui o passo quando cheguei às trilhas menores que levam às praias. As principais praias são Espadilla Sur, Manuel Antônio e Gêmeas. A trilha para as praias Gêmeas estava interditada, então fiquei só nas duas primeiras praias.

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Percorri todas as trilhas e como estava muito calor resolvi dar um mergulho em um canto mais sossegado da praia. Quando eu me virei, vi um guaxinim carregando minha mochila para cima do barranco quase entrando na mata. Sai correndo e gritando feito uma louca e nem assim o ladrão desistiu, eu tive que arrancar a mochila das mãozinhas dele. Só faltou eu dizer: perdeu, perdeu! Mas não, o bichinho ficou me olhando desapontado e eu acabei me sentindo a bandida da história.

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Refeita do susto, fui para a outra praia e passei por uma área muito movimentada, com algumas mesas, onde as pessoas faziam lanche. É claro que os macacos e guaxinins estavam presentes, roubando comida e garantindo a diversão dos turistas.

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A partir das 14:00 as pessoas começam a deixar o parque que fecha às 16:00. Às 15:30 comecei o caminho de volta para ir embora e foi completamente diferente da chegada. Sem ninguém nas trilhas foi possível curtir o parque como ele realmente é. Os animais iam surgindo, iguanas, pássaros, serpentes e também os macacos, agora mais calmos.

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Quinta, 27 de março de 2014

De volta a San José

 

Não foi possível pegar o ônibus para San José a partir de Manuel Antônio, pois eu teria que ter comprado a passagem antes. A única alternativa seria ir até Quepos de onde pegaria outro ônibus para San José.

Chegando em San José voltei ao Hostel 1110 onde ficaria mais uma noite, para no dia seguinte seguir para La Fortuna. Faço um alerta aqui: Não posso afirmar com certeza, mas tenho uma forte suspeita que fui atacada por carrapatos no Hostel 1110, fiquei com o corpo coberto de picadas horríveis. Pesquisando na internet vi que há várias reclamações sobre isso, se tivesse visto antes, não teria ficado lá.

Almocei em um restaurante barato, mas com uma comida boa e gente simpática atendendo (US$ 3,60). Como ainda era cedo fui dar uma volta no centro de San José, passei pela Plaza España e pelo Parque Morazan.

No hostel conheci o Henke, um holandês que também estava indo para La Fortuna e que fala inglês, alemão, francês, mas não fala nem entende uma palavra em espanhol. Ele me acompanharia nos próximos 3 dias, pois estava convencido que o meu espanhol é “mui bueno” e que, estando em minha companhia, a sua viagem seria mais fácil. Coitado, se ele soubesse que o meu “portunhol” mal dá pro gasto, hahaha!

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Sexta, 28 de março de 2014

Primeiro dia em La Fortuna

 

Eu e Henke pegamos um táxi para o Terminal San Carlos de onde saem os ônibus para La Fortuna e a corrida foi por minha conta (US$ 7). É que o Henke havia me dado de presente algumas notas de vinte reais que sobraram da viagem que ele fez para o Brasil e eu retribui pagando o taxi.

Pouco depois do meio-dia já estávamos em La Fortuna, onde eu já tinha uma reserva no Hotel Dorothy. O Henke não tinha reserva, mas conseguiu um quarto.

Nesse mesmo hotel encontrei as irmãs canadenses que estavam no hostel de Manuel Antônio e depois haviam seguido para Puntarenas. Ficamos felizes em nos encontrar novamente.

Fomos para o centro da cidade almoçar e depois pegar informações sobre os passeios. Os passeios para o vulcão Arenal estavam muito caros e com o tempo bastante nublado, não nos pareceu interessante gastar e não ver quase nada. Mas eu queria ir até o Parque Vulcão Tenório ver o Rio Celeste e justamente esse era o passeio mais caro US$ 100.

Algumas pessoas nos disseram que seria mais barato chegar lá indo de ônibus comum e decidimos que faríamos isso no dia seguinte.

 

Sábado, 29 de março de 2014

Segundo dia em La Fortuna

 

Depois de perguntar para os motoristas de ônibus sobre os horários de ida e volta, descobrimos que seria impossível ir até o Parque Vulcão Tenório, fazer a caminhada e voltar no mesmo dia. Decepcionados, desistimos do passeio.

Resolvi ir até o centro de informações turísticas para confirmar as informações dos motoristas e também perguntar sobre a melhor maneira de ir para a fronteira com a Nicarágua. Lá o rapaz me falou que seria uma perda de tempo eu ir até o Rio Celeste e depois voltar a La Fortuna, uma vez que já estaria a caminho da Nicarágua. Sugeriu que eu pegasse um ônibus na rodoviária em direção à Upala e descesse no vilarejo de Katira e de lá tomasse um táxi até o Parque Vulcão Tenório. Depois do passeio ao Rio Celeste eu poderia pernoitar em Katira e seguir no dia seguinte para Peñas Blancas na fronteira. Achei um ótima idéia e Henke, que permaneceria na Costa Rica, resolveu ir também até Katira e de lá seguir para Tilarán.

Henke resolveu tirar uma soneca e eu fui dar uma caminhada pela cidade. Olhei algumas lojinhas de souvenir e sai caminhando por uma estrada na tentativa de ver melhor o vulcão Arenal. No meio do caminho vi uma placa indicando o caminho para a cascata La Fortuna e resolvi ir até lá. Quando cheguei próximo à cascata já era bastante tarde e resolvi voltar para a cidade. Voltei por um caminho diferente, bem mais bonito ao lado do rio.

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Domingo, 30 de março de 2014

Katira

 

Pagamos o ônibus para Upala bem cedinho e por volta das 08:15 chegamos em Katira, um vilarejo com um pequeno comércio e algumas casas a beira da estrada. Logo que descemos do ônibus já avistamos o Hotel Mavi, a única opção de hospedagem do local.

Fomos atendidos por um senhor muito simpático que provenciou nossas acomodações (US$ 20 suíte com A/C e TV a cabo) e também nos indicou um taxista (o Sr. Pastor) que mora ao lado hotel que poderia nos levar até o parque. Combinamos a corrida (US$ 40 ida e volta) e fomos até o armazém comprar água e algum lanche para levar.

Depois de 45 min percorrendo uma estradinha de terra chegamos à entrada do parque onde pagamos US$10. A caminhada levaria cerca de 3 horas e o Sr. Pastor ficou de nos pegar às 13:30. A trilha é fácil, mas havia muita lama. A primeira atração é a Cascata do Rio Celeste e para chegar pertinho tem que descer uma escadaria (o problema é subir na volta). A combinação do carbonato de cálcio com enxofre é responsável pela cor fantástica dessas águas. Caminhando mais um pouco chega-se a um mirante onde é possível ver o vulcão Tenório e ao final da trilha o encontro das águas que formam o Rio Celeste, onde se pode ver claramente a mudança de cor.

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De volta ao hotel, banho e descanso o resto da tarde. Às 19:00 saímos em busca do jantar. A única opção foi uma pequena pizzaria e a única pizza disponível era uma pizza gigante de carne moída com champignon. Não sei se era a fome, mas a pizza estava deliciosa, só sobrou um pedaço que o Henke guardou para o seu café da manhã. Nos despedimos na entrada do hotel, Henke pegaria o ônibus para Tilarán às 6:00 e eu só pegaria o ônibus para Peñas Blancas às 8:30.

 

Segunda, 31 de março de 2014

A caminho da Isla Ometepe

 

Cheguei em Peñas Blancas, fronteira da Costa Rica com a Nicarágua, pouco antes do meio-dia. Não se paga nada para sair da Costa Rica e já com o carimbo de saída no passaporte fui tentar gastar os ₡2.000 que sobraram (cerca de US$ 3,60). Só havia um restaurante no local, um lugar obscuro cheio de caminhoneiros. Perguntei o que tinha para comer e quanto me custaria. “-Arroz, frijoles, ensalada e patitas de cerdo. ₡2.000”. A comida estava ótima, mais uma vez confirmada a teoria que diz que onde tem caminhoneiro tem comida boa.

Caminhei um bom pedaço até chegar a imigração da Nicarágua. Lá tive que pagar US$ 1 pelo formulário e US$ 12 pelo carimbo de entrada.

Passei no banco, troquei dólares por córdobas ( 1US$ = ₡$25,46) e peguei o ônibus para Rivas (US$ 0,80). Chegando em Rivas peguei um táxi até o porto de San Jorge (US$ 2) e de lá o barco para o porto de Moyogalpa na ilha de Ometepe (US$ 1,80).

Fiquei no Hostel Ibesa quarto com banheiro privativo (US$ 16).

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Terça, 01 de abril de 2014

Isla de Ometepe

 

Infelizmente eu teria somente uma manhã em Ometepe. Ao meio-dia eu teria que pegar o barco de volta a San Jorge e seguir para Granada. Pensei em ir até o Ojo de Água, mas enquanto eu tomava café, o ônibus passou e ao perguntar sobre o próximo horário constatei que não daria tempo de ir e voltar ao meio-dia. Optei por um lugar mais próximo e que dava pra ir caminhando. O lugar escolhido foi a Punta Jesus Maria, uma praia tranquila de areias escuras onde há uma estreita faixa de areia que se estende por quase 1 km dentro do Lago Nicarágua. O caminho que leva a Punta Jesus Maria é muito agradável, com árvores formando um túnel verde e ao chegar a ponta da península é possível ver os vulcões Concepcion e Maderas.

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Na hora de deixar Ometepe, consegui chegar cedo e me acomodar no parte de cima do barco, que por ser aberta, possibilita ver a paisagem e aproveitar a brisa. No dia anterior entrei no barco já lotado e passei o maior sufoco viajando na parte de baixo.

Do porto de San Jorge, a melhor opção é pegar um taxi até a rodoviária e de lá pegar um ônibus até Granada. Não foi o que eu fiz. No porto peguei um ônibus rumo a Guanacaste (US$ 1,18), desci na entrada da cidade e peguei outro ônibus para Granada (US$ 0,30). Saiu bem mais barato, mas é uma opção bem menos cômoda, ainda mais se estiver com muita bagagem.

 

Em Granada o ponto final do ônibus ficava no meio de uma área de comércio popular muito tumultuada. Junto aos estabelecimentos comerciais, havia todo tipo de negócio nas calçadas, venda de frutas, celulares, roupas, comida, sapateiros e até relojoeiros.

Atravessei essa confusão em direção ao centro. Me hospedei no Hostal Entre Amigos, quarto com banheiro privativo (US$ 18).

À noite, o lugar mais procurado pelos turistas é a Calle La Calzada onde há vários bares e restaurantes.

 

Quarta, 02 de abril de 2014

Vulcão Massaya e Laguna de Apoyo

 

Peguei o ônibus para Manágua no terminal que fica perto da praça Central (US$ 0,80). Não aconselho pega-lo depois que sai do terminal porque já sai de lá lotado. Pedi para o motorista me deixar em frente ao Parque Vulcão Masaya (+- 1 hora de viagem).

O parque abre às 9:00, cheguei um pouco antes e tive que esperar. Enquanto isso paguei a entrada (US$ 4) . Não havia nenhum carro para ir até a cratera do vulcão, então o jeito foi ir a pé mesmo. Depois de 30 min chega-se a um museu bem legal com maquetes que mostram a formação geológica da cadeia vulcânica da Nicarágua, exemplares da flora e da fauna existente no parque e também uma área externa onde se pode desfrutar de uma linda vista do lago Masaya.

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Após uma hora de caminhada avistei a cruz que fica ao lado da cratera e vi que faltava muito para chegar lá e o pior: a parte íngreme começava a partir dali. Por sorte funcionários do parque em uma camionete estavam passando e me ofereceram uma carona. Que carona abençoada, o calor tava demais!

 

Tem que olhar rapidinho a cratera, os gases tóxicos não permitem ficar mais que 15 minutos. Tem uma escadaria que dá acesso a um mirante próximo a cruz, mas que está interditada. Segundo a vendedora da banca de frutas, houve uma erupção em 2012 e algumas pessoas que estavam no mirante foram atingidas por rochas incandescentes e desde então o local foi fechado. De fato houve uma atividade vulcânica em 2012, mas não encontrei nenhuma notícia sobre pessoas feridas na ocasião.

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Na volta peguei carona com um simpático casal de nicaraguenses e sua filha. Minha intenção era ficar na entrada do parque e de lá pegar o ônibus de volta a Granada e descer no acesso a Laguna de Apoyo, mas a família também estava indo para lá e mais uma vez me levaram junto. Chegando ao lago, agradeci a carona e me despedi do pessoal.

Há vários restaurantes e bares na beira do lago, onde se pode comer e beber desfrutando de uma bela paisagem. Aproveitei para beber uma cerveja Toña bem gelada e comer um franguinho básico, com tostones (banana frita) e queijo branco (US$ 10).

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Peguei um tuctuc(US$ 6) até o Mirador Catarina. No caminho o condutor passou em sua casa e seus dois filhos subiram no veículo. Achei aquilo estranho, mas chegando no mirador ele me explicou que estrangeiros pagam uma entrada para visitar o local e que, vendo as crianças, os fiscais pensam que é só a família dele passeando e não cobram nada. Uma pequena trapaça, uma grande gentileza.

O Mirador Catarina é um lugar para relaxar vendo a beleza do lago que se formou em uma cratera de vulcão extinto e de onde se vê também o vulcão Mombacho.

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Próximo ao Mirador há várias barracas de artesanato com preços mais baixos que em Granada. Descendo a rua onde estão as lojinhas de artesanato chega-se a estrada onde passam os ônibus.

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Em Granada aproveitei a passagem pela região de comércio popular para comprar o famoso rum Flor de Caña. Comprei o de 5 anos e paguei US$ 2 a garrafa de 200 ml . Na Calle Calzada o mesmo rum estava US$ 18.

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Quinta, 03 de abril de 2014

Leon e Hervideros de San Jacinto

 

Peguei o ônibus para Manágua (US$ 1) até o terminal UCA e de lá mesmo peguei o ônibus para Leon (US$ 2). No terminal de ônibus em Leon peguei uma caponera (bici-taxi) por US$ 1 até o centro e me hospedei no Hotel Madrid (US$ 16).

O passeio que eu escolhi para fazer nos arredores de Leon foi o Parque Hervidero de San Jacinto, um local onde existem poços de lama em ebulição, possivelmente ligados ao vulcão Telica e ao vulcão Santa Clara.

Para ir ao hervidero voltei ao terminal de ônibus só que dessa vez fui de pau-de-arara (US$ 0,15). De lá peguei o ônibus para Malpaisillo/San Isidro e desci em San Jacinto(US$ 0,50).

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Da estrada é uma curta caminhada até a entrada do parque onde o visitante é recepcionado pelas crianças que vivem no povoado. Essas crianças fazem a cobrança da entrada do parque (US$ 2) e também trabalham como guias. Para guiar os visitantes eles não estabelecem preço, apenas aceitam o que o turista lhes oferecer de gorjeta. É recomendável contratar um desses guias mirins porque o terreno é bastante instável e há o risco da pessoa cair nos poços de lama fervente.

Um lugar desagradável aos olhos, insuportavelmente quente e insalubre, impregnado de gases tóxicos, mas ao mesmo tempo fascinante e onde é possível sentir de perto a força da terra em seu estado mais primitivo.

No entorno do parque apenas uma paisagem árida e um pequeno povoado muito pobre.

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Meus guias me presentearam com um saco de lama, de propriedades medicinais e estéticas. Em seguida me levaram até o El Chorro, uma fonte de águas termais onde tomei um banho relaxante.

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De volta a Leon passei em uma confeitaria e pedi o doce típico “Três Leches” e um chá gelado (US$ 2,80). Tirei algumas fotos da cidade e voltei para o hotel. Tomei um banho, assisti um pouco de TV e fui dormir, no dia seguinte teria que acordar às 4:00 para pegar o ônibus para San Pedro Sula.

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Valeu Su estou acompanhando, vou fazer Panamá e Nicarágua em Outubro, a passagem já esta comprada por 1.239 com tarifas, promoção né ? Honduras , Guatemala e México já fui, quero ir ao México pela terceira vez mas não agora, Honduras também quero voltar. Me diz uma coisa ? O gato vc fez como para levar ? E como se virou com apenas uma meia, um tênis e uma Sandália ? um pé sempre ficou descalço não ??? ::lol4::::lol4:: Brincadeira viu ? ::kiss::

Legal Trota, conseguiu um preço ótimo de passagem. Quanto ao gato,infelizmente teve que ficar em casa, pois além de ser muito idoso é muito gordo. Um chinelo, um tênis... ficou horrível mesmo! :lol: Deve ser influência da viagem: de tanto andar de chicken bus e sentar só com meia bunda.

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Sexta, 04 de abril de 2014

San Pedro Sula

 

Às 5:00 o táxi passou no hotel para me levar a Bahia San Benito (US$ 1) onde eu pegaria o ônibus da Ticabus rumo à San Pedro Sula em Honduras. A passagem eu havia comprado no início da viagem no Terminal Albrook na Cidade do Panamá. O ônibus que vinha de Manágua passou às 6:30 no ponto e chegou às 13:00 em Tegucigalpa. Pausa de meia hora para o lanche, seguindo para San Pedro Sula onde chegou às 17:00.

Peguei um táxi (US$ 5) para o Hostel La Hamaca que fica meio afastado de tudo, mas com acomodações bem confortáveis. Fiquei em um dormitório compartilhado (US$ 15) bastante espaçoso e com um banheiro enorme. O ar-condicionado no quarto permitiu uma boa noite de sono, pois o calor estava demais.

 

Sábado, 05 de abril de 2014

Copán Ruínas

 

Combinei com o mesmo motorista de táxi do dia anterior que fosse me buscar às 7:00 para voltar ao terminal de ônibus. O ônibus da empresa Casasola que vai para Copan Ruínas sai às 8:00 de San Pedro Sula e chega ao meio-dia (US$ 7). A Hedman Alas também faz esse trecho, com mais conforto e bem mais caro.

Chegando em Copán Ruínas peguei um tuc-tuc (US$ 2) para ir ao Hostal El Albuelo onde fiquei em quarto privativo com banheiro (US$ 15). O hostal não fica muito longe da praça central, mas para chegar lá tem que enfrentar uma boa subida.

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Copán Ruínas é uma cidade pequena, mas muito simpática, com uma praça central, alguns restaurantes e lojinhas de artesanato.

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Domingo, 06 de abrill de 2014

Parque Arqueológico de Copán

 

O Parque Arqueológico de Copán fica na entrada da cidade e é possível chegar lá caminhando (20 min) ou pegar um tuc-tuc na praça.

O valor do ingresso no parque depende do que se quer visitar : Parque Arqueológico (US$ 15); Museu de Esculturas (US$ 7); túneis (US$ 15).

Primeiro visitei o Museu de Esculturas: simplesmente imperdível.

No centro do museu há uma réplica em tamanho natural do templo de Rosalila com as cores vibrantes originais. Os principais templos de Copán eram construídos sobrepondo as estruturas mais antigas. Ao contrário da maioria dos edifícios ocultos que eram destruídos para apoiar o novo, o Templo de Rosalila foi deixado intacto.

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Nos dois andares do museu há várias fachadas de construções, esculturas e elementos decorativos que chamam a atenção, ora pela riqueza de detalhes, ora pela diferença de estilos.

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O Parque Arqueológico de Copán não é tão grande quanto o Parque Arqueológico de Tikal (Guatemala) e os templos não são tão altos, mas nem por isso é menos interessante. Enquanto Tikal impressiona pelas construções imponentes em meio a floresta, Copán requer um olhar mais atento aos detalhes, pois as ruínas são repletas de esculturas e inscrições.

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Não visitei os túneis, mas, se chegar cedo ao parque, é possível visitar todos os pontos em um só dia.

De volta a cidade passei no Comedor Mary, logo que atravessa a ponte. Almocei uma deliciosa carne grelhada com legumes acompanhada da cerveja hondurenha SalvaVida (US$ 7).

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Segunda, 07 de abril de 2014

A caminho de Flores

 

Quando me levantei às 4:30 não podia imaginar que nesse dia eu faria a viagem mais bizarra de todas nessa trip pela América Central. Eu não quis pagar US$ 70 por um shuttle de Copan Ruínas até Flores e decidi fazer o trajeto nos ônibus de linha comuns. Foi muito louco, mas adorei a experiência.

Às 5:30 eu já estava na garagem de onde saem as vans (US$ 1) para El Florido na fronteira com a Guatemala. Meia hora depois já estava na imigração onde se paga US$ 3 para sair de Honduras e passar por um interrogatório no lado guatemalteco. Foi a única fronteira onde eu tive que responder várias perguntas e ainda apresentar os cartões de crédito (que tem que ser nominais) . Existe um controle mais rigoroso nessa fronteira, porque há um fluxo muito grande de imigrantes ilegais para os EUA oriundos de El Salvador e Honduras passando pela Guatemala e pelo México.

Entrada liberada, peguei a van para Chiquimula (US$ 3) onde eu pegaria o ônibus para Flores.

A van estava completamente vazia e eu me acomodei confortavelmente em um dos bancos. Isso foi por pouco tempo, pois o motorista ia parando na frente das casas e buzinando e lá vinha uma criança de uniforme. Era o horário de ir para a escola e não demorou muito para a van ficar lotada, crianças em pé, no colo de outras e o pior: penduradas na porta que ficou aberta o trajeto todo. No meio do caminho me mandaram descer e pegar outra van, pois aquela demoraria muito tempo levando as crianças em diferentes escolas. Outra van foi interceptada e o cobrador pagou a minha passagem para o outro cobrador. O problema é que estava lotada e dessa vez eu é que tive que ir pendurada na porta.

Cheguei em Chiquimula às 9:00 e comprei a passagem para Flores(US$ 14) na empresa Maria Elena (saída às 10:00). Com tempo de sobra fui tomar café e comer pão com ovos mexidos (US$ 2).

O ônibus saiu do terminal lotado, muita gente em pé. Ao passar por um posto policial, tivemos que nos identificar e mais da metade das pessoas que estavam no ônibus tiveram que descer por não possuir nenhum documento. Depois de uma hora, muita choradeira e bate-boca, as pessoas voltaram para o ônibus e seguimos viagem.

O ônibus não pára em nenhum lugar para os passageiros usarem o banheiro, nem fazer lanche. Quando o ônibus encosta em alguma paradas, há uma invasão de vendedores ambulantes trazendo refrigerantes, frutas e doces. Os homens descem e fazem xixi ali no acostamento mesmo, as mulheres tem que aguentar. Em doze horas de viagem houve somente uma parada para as mulheres usarem o toalete. Mesmo assim não fiquei com vontade de ir ao banheiro, acho que o calor e a transpiração excessiva retiraram todo o líquido do meu corpo.

Ao meio-dia uma senhora carregando um tabuleiro de comida sobe no ônibus e começa a vender o almoço servido em um pequeno pratinho plástico: carne, frango ou peixe acompanhado de arroz, feijão e tortillas. A mão que recolhe o dinheiro é a mesma que pega a comida e põe no prato e da mesma forma, o passageiro usa a mão que entregou o dinheiro para comer, porque não há talheres, tem que comer tudo com a mão. Acho que todos que estavam no ônibus, menos eu, pegaram um prato de comida, inclusive o motorista, dirigindo e comendo com a mão. Terminada a refeição, joga-se tudo pela janela: pratinho, restos de comida, latinhas de refrigerante. :shock:

No meio da tarde o ônibus pára no acostamento junto a outro ônibus que vinha em sentido contrário, igualmente lotado. O cobrador do nosso ônibus informou que haveria uma troca de ônibus e mandou todos descerem e entrarem no outro ônibus. A troca de passageiros foi rápida, o que demorou foi tirar a bagagem de um ônibus e colocar no outro. Alguns passageiros estavam levando cargas enormes.

Meia hora depois estávamos prontos para seguir viagem, mas sinceramente achei que não íamos sair do lugar. O ônibus estava destruído: lataria amassada, janelas soltas, quase caindo, vidros estilhaçados. Certamente havia sofrido um acidente, mas contrariando todas as expectativas, andou.

Escureceu e nada de chegar a Flores. O que mais iria acontecer? Para fechar com chave de ouro, baratas começaram a passear sobre os bancos. ::ahhhh:: Senti algo subir pela minha perna, me sacudi toda e consegui me livrar do bicho. A solução foi enfiar a calça dentro das meias para bloquear o acesso.

Às 19:00 o ônibus chegou em Flores, ou melhor em Santa Elena. Ainda tive que pegar um tuc-tuc(US$ 0,70) para chegar a ilha de Flores. Eu tinha uma reserva no Hotel Green World (US$ 15).

Flores é um lugar encantador, uma pequena ilha no lago Petén Itzá ligado a Santa Elena por uma ponte. É possível dar a volta na ilha em 15 minutos e apesar do tamanho, há um grande número de pousadas e restaurantes.

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Terça, 08 de abril de 2014

Tikal

 

Tikal é o maior complexo arqueológico da civilização maia e é considerado patrimônio da humanidade. As ruínas encontram-se em meio a selva e mais de 80% das construções ainda estão encobertas ou semi encobertas.

A única maneira de chegar a Tikal é contratando o passeio por uma das agências de turismo e o preço varia conforme o horário de visita (amanhecer e entardecer custam mais caro). Paguei US$ 12, partida às 8:00 e retorno às 15:00.

A van leva mais ou menos 1 hora de Flores até o estacionamento do parque. É bom pegar um mapa do parque na recepção e obter o máximo de informações, porque o lugar é enorme e corre-se o risco de deixar de visitar lugares interessantes.

Dentro do parque tem banheiro e venda de bebidas (cara e pouco gelada) perto dos templos II e IV, mas não tem comida, então o melhor é levar tudo.

Tikal é completamente diferente de Copán. As poucas esculturas existentes em Tikal não tem o refinamento artístico encontrado em Copán, aqui a grande atração são as construções e o clima envolvente da floresta.

Na extensa área do parque é possível caminhar por horas sem encontrar ninguém e ter as ruínas só para você. Com exceção do templo IV que é concorridíssimo, os demais são bem sossegados. Outra coisa legal são os animais que podemos ver nas ruínas e na mata : quatis, macacos, raposas.

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Quarta, 09 de abril de 2014

Lanquim

 

Achei que valia a pena pagar US$ 18 no shuttle para Lanquin, pois a ida para lá em ônibus comum não seria tão simples, no mínimo 3 ônibus e sabe lá quanto tempo demoraria. Deixei o hotel em Flores às 9:00 e cheguei em Lanquin às 15:45. Lanquin é um pequeno vilarejo em meio a uma região montanhosa e que serve como base para quem quer visitar o monumento natural Semuc Champey.

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As pousadas são bem distantes umas das outras e, a maioria, além de não serem acessíveis a pé, estão sempre lotadas. O ideal é fazer reserva com antecedência e não deixar para procurar hospedagem ao chegar em Lanquin. Eu tinha uma reserva no Hostel El Retiro, dormitório compartilhado US$ 7. O local é bem agradável às margens do rio com cabanas rústicas e um restaurante. O que não é agradável é o chuveiro gelado, porque lá de noite é bem friozinho.

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Depois de deixar a mochila no hostel fui dar uma volta em Lanquin e conversar com as pessoas do local. Encontrei pessoas muito simpáticas, como os meninos que trabalham em pequenos armazéns e uma senhora chamada Teresa que tem uma agência que oferece transporte para Guate e Antigua. Falamos entre outras coisas a respeito da dificuldade enfrentada pelo povo guatemalteco em conseguir estudar e na falta de boas oportunidades de trabalho no país.

Na volta passei no Comedor Champey, onde a comida é mais barata que no hostel e o transporte para o parque Semuc Champey também. Paguei US$ 6 pela janta(preço no hostel US$ 9) e US$ 2 pelo transporte (preço no hostel US$ 3,50).

 

Quinta, 10 de abril de 2014

Semuc Champey

 

A saída para Semuc Champey estava marcada para as 8:30 em frente ao Comedor. O transporte é feito em pequenos caminhões e as pessoas vão em pé mesmo, mais conhecido como pau-de-arara.

O trajeto não demora mais que uma hora, mas nesse dia estavam fazendo terraplanagem na estrada e acabamos chegando quase 10:30 no parque.

A entrada do parque custa US$ 7. As trilhas são bem demarcadas e o lugar é bem cuidado.

Levei um tempão para chegar ao mirante, porque estou completamente fora de forma, mas valeu a pena o esforço ::mmm: . A vista lá de cima é demais, nenhuma foto faz jus ao cenário. Tem que ir lá para conferir.

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Próximo às piscinas há um espaço com vários armários onde podemos guardar os pertences e assim dar um mergulho sem preocupação. Um funcionário do parque se encarrega de chavear os armários e cuidar de tudo. Também há um vestiário ao lado.

Ao contrário do que parece, a água não é gelada, tem uma temperatura muito agradável e é cristalina. Me sentei embaixo de uma queda dágua e fiquei um tempo aproveitando a massagem nos ombros, enquanto vários peixinhos faziam a limpeza de pele. É como um spa natural.

Fiz o caminho de volta por uma trilha que passa ao lado do rio e de algumas mini cavernas que dão uma idéia de como é a formação rochosa do lugar.

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Sexta, 11 de abril de 2014

Purulhá

 

Meu próximo destino seria a Pousada Ranchito del Quetzal próxima ao povoado de Purulhá. O objetivo era ver de perto o Quetzal, o pássaro sagrado dos maias e astecas.

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Saí de Lanquin às 7:30 numa van com destino a Cobán (US$ 3) e de lá peguei um ônibus da empresa Monja Blanca para a Cidade da Guatemala (US$ 2), descendo em frente ao Biotopo do Quetzal, uma reserva de bosque destinada a preservação da ave. A pousada fica ao lado do Biotopo e conta com alguns chalés e algumas suítes bem simples (US$ 20). Eram mais ou menos 11:00 quando cheguei e fui recebida por Júlio, proprietário da pousada e sua família, todos muito amáveis. Enquanto o almoço estava sendo preparado fui fazer uma caminhada em uma das trilhas que leva ao rio e a uma pequena cascata. Apesar do frio há uma quantidade enorme de mosquitos, quase que não dá para abrir os olhos. Depois do almoço o frio ficou mais intenso e eu fui me aquecer embaixo das cobertas, até porque não havia mais nada para fazer ali. Já estava escuro quando me levantei e fui pedir umas dicas pro pessoal de como chegar em Panajachel no dia seguinte. O Júlio me convenceu de que indo pela Cidade da Guatemala a viagem seria muito chata e que seria muito mais interessante ir para San Cristóbal Verapaz, depois Santa Cruz del Quiché e finalmente Panajachel, apenas 3 ônibus e uma paisagem linda. Comprei a idéia.

 

Sábado, 12 de abril de 2014

Panajachel via fim do mundo

 

Conforme orientação do Júlio, acordei às 5:30 da manhã para ver os quetzales. Sai no escuro e dei de cara com vários hóspedes já acordados, perambulando ao redor da pousada feito zumbis. O dia clareou e para decepção de todos, nenhum quetzal.

Só me restava tomar café e partir para Panajachel.

Fui para a parada de ônibus e comecei a conversar com um senhor que estava indo para Cobán e que me informou que ali não passava nenhum ônibus para San Cristóbal Verapaz e que eu teria que descer em Santa Cruz Verapaz (ai,ai,ai, a viagem mal havia começado e o roteiro do Júlio já estava furado). Em Santa Cruz Verapaz havia um casal no ponto que estava indo para Santa Cruz de Quiche. Perguntei se teríamos que ir a San Cristóbal Verapaz e eles me disseram que não, teríamos que ir até a cidade de Uspantan e somente lá pegaríamos o ônibus para Santa Cruz de Quiché. O micro ônibus demorou e quando finalmente veio, estava lotado. O casal conseguiu embarcar, mas não havia mais lugar para mim. O cobrador vendo a minha cara de tristeza, mandou as duas mulheres que estavam no banco da frente com o motorista se espremerem e gritou: - “Venga, venga!”. Rapidamente joguei minha mochila para dentro e consegui sentar de lado. A porta fechou no meu traseiro e seguimos para Uspantan. Em 15 min minha perna já estava formigando e eu não conseguia mover nenhuma parte do meu corpo. Em um movimento brusco puxei a mochila que estava nos meu pés e consegui coloca-la no meu colo. Assim, consegui reposicionar minhas pernas e me ajeitar melhor no banco, mas mesmo assim metade do meu corpo estava do lado de fora da janela. Estrada de terra, a poeira estava me cobrindo de branco. Amaldiçoei o Júlio por ter me colocado naquela situação e no instante seguinte agradeci, pois começava uma sequência de paisagens de tirar o fôlego. Montanhas, penhascos, cachoeiras, vales cortados por rios cristalinos, estradinhas serpenteando as encostas. Esqueci o desconforto e me senti como se estivesse voando sobre aquela paisagem, como em um sonho. Infelizmente sem fotos, naquela hora era impossível pegar a máquina fotográfica.

Muitas horas depois chegamos em Uspantan e em seguida embarquei em outro micro ônibus para Santa Cruz del Quiché, dessa vez consegui ir melhor acomodada dentro do veículo.

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Mais algumas horas e ao chegar em Santa Cruz del Quiche já fui perguntando onde pegar o ônibus para Panajachel. Quase cai dura ao saber que teria que pegar mais 3 ônibus para chegar lá: Los Encuentros, Sololá e finalmente Panajachel. Essas 3 viagens foram de chicken bus completamente lotados.

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Para quem nunca viajou de chicken bus eu conto: tem um banco com dois lugares dos dois lados do corredor, mas eles colocam 3 pessoas em cada banco. Depois que duas pessoas sentam, só sobra um espacinho para o terceiro passageiro sentar com meia bunda, a outra metade fica no corredor. Meia bunda de um lado e meia bunda de outro, fecha o corredor. Só que não, tem pessoas em pé no corredor e mais o cobrador que precisa passar. É isso aí. No final das contas foram 6 ônibus para chegar em Panajachel às 16:00.

Almocei, contratei o transfer para ir a Chichicastenango no dia seguinte (US$ 12) e peguei o tuc-tuc para o Hostel El Sol, onde fiquei em quarto privativo com banheiro (US$ 22).

 

Domingo, 13 de abril de 2014

Chichicastenango

 

A van leva cerca de 1:30 para chegar a Chichicastenango. Sai às 8:00 e retorna às 14:00.

O mercado de artesanato de Chichicastenango acontece às quintas e domingos e é uma festa de cores.

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Em meio as ruas tomadas pelas bancas de artesanato encontramos a igreja de São Tomás, construída sobre a base de um antigo templo maia. Os dezoito degraus que levam a entrada da igreja representam os meses do calendário maia. Na escadaria e no interior da igreja, rituais indígenas se misturam aos cultos católicos, tudo em meio a fumaça dos incensos e das velas.

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Segunda, 14 de abril de 2014

Antigua

 

No meu último dia na Guatemala eu já não tinha mais tempo e nem ânimo para encarar uma maratona de chicken bus. Resolvi ir para Antigua de shuttle, mesmo pagando US$ 35, um preço exorbitante por conta da Semana Santa (normalmente esse trecho sai por menos de US$ 20). Saí de Panajachel às 9:00 e cheguei em Antigua ao meio-dia. Fiquei no Hotel La Sin Ventura na região central de Antigua (US$ 20).

Almocei um prato típico da Guatemala chamado Pepian, que estava muito bom (US$ 12). Depois caminhei pela cidade para conhecer alguns dos pontos turísticos.

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Em algumas ruas da cidade, as pessoas desenhavam tapetes coloridos com flores e serragem em frente as suas casas, para a procissão que aconteceria à noite, muito parecido com o que é feito no Brasil.

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E assim terminou minha viagem pela América Central. No dia seguinte eu iria para Guate onde pegaria um voo para a Cidade do Panamá e de lá para São Paulo.

Sete dias é pouco para visitar um país como a Guatemala que tem tantas coisas interessantes. Não deu tempo para conhecer melhor Antigua, Panajachel e os outros povoados do Lago Átilan, assim como outros lugares que ficaram de fora do roteiro. Seria bem complicado e bem caro ficar mais alguns dias por causa da Semana Santa. Mas valeu a pena, cinco países tão próximos, mas tão diferentes entre si. Foi mesmo uma viagem sensacional.

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