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Mochilão Peru-Bolívia 15 dias =)


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Queria agradecer imensamente a todas as dicas que os outros mochileiros deram sobre o Peru e a Bolívia as quais com certeza contribuíram, e muito, para o sucesso da minha viagem realizada agora em outubro. Eu pretendo retribuir com o seguinte relato para assim ajudar os próximos mochileiros que resolverem se embrenhar nas belezas e loucuras desses países vizinhos. Eu ainda não terminei mas espero que eu consiga colocar um pouco por dia para assim inspirar quem pretende se aventurar pela nossa América do Sul!

*

Lima

 

A ideia da viagem surgiu em uma conversa que tive com meu irmão Henrique em meados de março. Eu tinha umas milhas para vencer e então eu fiz a proposta: “E ai, vamos viajar?”. Ele não hesitou nem um segundo e ainda emendou: “Quero conhecer Machu Picchu”. Sempre quis conhecer o deserto do Atacama no Chile, mas como tínhamos apenas 15 dias resolvemos colocar a Bolívia no meio – por ser mais barata e mais perto de casa. Pensei que o Chile, com seus vinhos e charmes poderia ser visitado em uma próxima ocasião onde ele seria o único protagonista.

A primeira passagem que compramos foi a volta de Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia, para São Paulo que custou 20.000 milhas e uma taxa de R$ 350,00 pela Gol. Demorou uns dois meses para conseguimos juntar as 24.000 milhas necessárias para irmos para Lima pela TAM/LAN, também saindo de São Paulo, e no final completamos o que faltava com o programa “Quilômetros de vantagens” dos postos Ipiranga.

 

Então o começo e o fim estavam definidos faltava completar o meio. Sabia que seria bom ter Lima como ponto de partida e depois ir descendo rumo ao Brasil. De volta para casa.

O roteiro definido no final foi: Lima – Cusco – Águas Calientes – Cusco – Puno – Copacabana- La Paz- Uyuni - Sucre – Santa Cruz de La Sierra – São Paulo. Quase todas as passagens e hospedagens nós compramos daqui do Brasil o que foi um erro em alguns momentos e um acerto em outros.

 

Nós levamos 3,5 mil reais distribuídos e 340 dólares em dinheiro vivo que colocamos em 6 pacotes. O Henrique andava com uma doleira e eu colocava mais três pacotes, dois na bota e um em uma cinta embaixo do sutiã. Foi uma ótima estratégia. Eu fui furtada em Barcelona e depois disso prometi que para tirar algo que me pertencia ia ter que arrancar de mim. Eu fui um pouco neurótica, não larguei o dinheiro nem um segundo, mas no final deu certo. Com os passaportes idem. Também levamos RG porque é aceito caso acontecesse alguma coisa. E fizemos um seguro de viagem que não é obrigatório para viajar pela AL, mas mesmo assim achamos melhor. Não levamos cartão nem VTM então se acontecesse algo o plano era pedir asilo na embaixada... rs...

 

Quando chegamos a Lima encontramos um clima agradável e a primeira coisa que fez realmente falta foi uma caneta. O voo da LAN foi sensacional, empresa muito boa, chegamos pontualmente na hora prevista, mas a fila da imigração nos deixou uma hora em pé, principalmente porque resolvemos preencher o formulário de imigração depois de descermos do avião. A imigração é ok, mas é importantíssimo guardar o papel que eles te devolvem do formulário – se possível prendam de alguma forma no passaporte. Pelo menos no Peru te pedem passaporte em todos os lugares assim como esse cartão da imigração. Apesar de aceitar RG eu aconselho a levar o passaporte – menos dor de cabeça. Vimos um dos guardas da fronteira encrencando com um casal de brasileiros.

 

O primeiro contato com o Peru foi com o táxi assim que saímos do guichê. Chegamos perto da meia noite (são duas horas a mais) e a primeira oferta foi 45 dólares para irmos até Miraflores onde ficava nosso hostel. Ficava um pouco longe e eu me arrependi momentaneamente por não ter escolhido um local para ficar mais perto do aeroporto porque nosso voo para Cusco ia sair às 8h30 do dia seguinte. Mas no caminho eu vi que Callao, o distrito que fica na proximidade do aeroporto, era um bairro meio estranho e escuro. Achei que foi uma boa então.

 

Quando saímos um taxista nos abordou que fez por 77 solis e como estávamos cansados e loucos por uma cerveja e não discutimos muito. Realmente o caminho era longo e o Orlando, o motorista, foi um verdadeiro guia contando um pouco da história da capital. O câmbio que fizemos no aeroporto foi de R$ 1 para 1,03 Solis contando com os 3% da taxa de câmbio. Isso já deu uma assustada porque eu contava que o Real valesse mais.

DICA: No decorrer da viagem, percebi que a levar dólar em espécie com certeza é a melhor forma de viajar. Eu já sabia disso, mas deixamos para comprar os dólares bem próximo da viagem (dia 09 de outubro,) que por sua vez era muito próximo do primeiro turno então ele estava bem caro e levamos apenas alguns e o resto em Real. Um erro porque o Real varia muito de cidade para cidade enquanto o dólar é estável. Sem contar que muitas coisas podem ser pagas em dólar e vale a pena porque a cotação que eles usam na conversão é muito alta, cerca de 2,91 Solis para US$1.

 

Lima é uma cidade parecida com algumas capitais do Brasil que ficam no litoral. É grande, com ruas largas e construções históricas e tem mais ou menos 8,5 milhões de habitantes. É dividida em bairros que funcionam como distritos e possuem certa autonomia dentre si. Miraflores , onde ficamos, é um deles. É um lugar bem charmoso, com bons restaurantes e me disseram que tem um sítio arqueológico recém-descoberto bem no meio. O hostel que escolhemos foi o Pariwana (Av. Larco 189, Miraflores) e recomendo. Fica em um casarão histórico, muito confortável e tem cara de hostel mesmo: com cozinha e área de lazer. Infelizmente ficamos muito pouco e não podemos aproveitar. Combinamos com o Orlando para nos buscar as 6h00, queríamos marcar mais tarde, mas ele insistiu que deveríamos chegar duas horas antes.

 

Depois do check-in saímos para dar uma volta e eu me senti segura apesar de ser quase uma da manhã. Paramos em uma pizzaria e pedimos uma Cusqueña deliciosa e razoavelmente gelada. Achei cara: 15 Solis uma garrafa de 600ml.

 

No outro dia acordamos e o Orlando estava lá na porta. Ai quando chegamos ao aeroporto o Henrique deu 70 Solis e ele não disse nada apenas pegou. Acho que na realidade o valor era menor, mas estávamos no começo da viagem e ainda não tínhamos pegado o espírito da coisa e o Henrique é muito tranquilo “deixa para lá”. O lance é que no Peru é assim: eles não devolvem troco e eles vão te enganar com o preço. Mas partindo da máxima que turista nasceu para ser enganado, deixamos quieto. Dá um pouco de medo pegar táxi por lá. Não existe um padrão nem uma identificação e taxímetro – lenda. Comecei a achar que o Brasil era um país organizado. Nada como uma imersão em culturas diferentes.

 

No final eu até agradeci ao Orlando porque o guichê da Star Peru estava o verdadeiro caos e se não tivéssemos chegado duas horas antes com certeza tínhamos perdido o vôo. Nós compramos as passagens pela internet direto do site da Star Peru – custou US$ 85,00. Com as taxas de embarque, IOF... ficou mais ou menos R$ 300,00 na época (o dólar estava R$ 2,50). A companhia é aceitável. O avião era meio velho, mas pelo menos eles davam chá de coca e um salgadinho horrível feito de Abas que até hoje eu não sei o que é. O Henrique achou ‘de boa’ mas ele também não é parâmetro porque para ele TUDO sempre estava bem.

 

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Cusco

 

Tudo que eu contar aqui nesse relato eu ouvi da boca do povo peruano. Não fui atrás de saber se é verdade ou não. Cada um que eu encontrava tinha a sua própria versão dos fatos e eu fiquei realmente curiosa em saber com mais detalhes sobre oImpério Inca que se consolidou quando o nono imperador, o poderoso Pachakutic , que em quéchua, principal língua dos Incas, significa “aquele que move a terra” assumiu o trono. Pachakutic era gigante, tinha dois metros de altura, era sábio, um exímio arquiteto, um poderoso guerreiro e “muy mujerengo” como disse nosso guia. Disseram que ele teve mais de 100 filhos. Subjulgou os outros povos e assim ampliou as fronteiras do império Inca que em seu auge abrangia o Equador, a Colômbia, o Peru, uma parte da Bolívia, Argentina e do Chile. A capital desse vasto território ficava concentrada em Quosquo – o umbigo do mundo. Quando chegamos lá, demos de cara com a primeira das inúmeras estátuas do imperador. O taxista (todo taxista no Peru é um guia) começou o relato: Cusco foi construída em forma de um puma, um dos símbolos do Peru ao lado da serpente e do condor.

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Ao contrário do que eu pensei, o apogeu do Império Inca durou apenas cem anos – de 1430 a 1530 quando os espanhóis chegaram. Na época, o Imperador era Ataw Wallpa que caiu em uma cilada ao ser convidado para um jantar com o conquistador espanhol Franscisco Pizzaro encarregado de tornar a região em um vice-reinado da Espanha. Ali, no meio da Plaza de Armas, a praça central de Cusco, Ataw Wallpa jogou uma bíblia no chão ao ser coagido por um padre a se submeter às regras do Reinado da Espanha e aceitar a religião católica. Ele foi preso no Templo do Sol (La Quoricancha – Templo dourado, em quéchua) e condenado. Antes da sua execução, arrancaram os olhos e a língua diante de todo o povo. O nome para a Plaza das Armas em quéchua significa Choro.

 

Os espanhóis destruíram o Templo e hoje funciona uma igreja, o Convento São Domingos. Quem já foi para a Espanha vai notar a incrível semelhança das construções na praça principal a Plaza das Armas. A opressão corre no sangue do povo até hoje: eles são calados, taciturnos, não sorriem com facilidade. Trabalham de Sol a Sol, segunda a segunda. Os comércios sempre estão abertos mesmo aos domingos. Não vi um peruano fumando ou bebendo. É um povo pobre, sofrido, mas não vi uma prostituta, um boteco e muitos poucos mendigos.

 

Ficamos no Wild Rover em uma das ruas centrais. O taxista cobrou 20 Solis mas foi porque eu negociei ele queria cobrar 30. Tenho certeza que é mais barato ainda porque o site do hostel disse que custava de 5 a 8 Solis do aeroporto até lá. Como o check-in abre só as 14h00 nós resolvemos dar uma volta pela cidade e resolvermos a nossa ida para Machu Picchu. Primeiro fizemos o câmbio em um banco que fica nos arredores da Plaza das Armas e foi a melhor cotação do Peru para Real: 1,04. Se por acaso vocês levarem Real não caiam na besteira de trocar apenas uma parte do dinheiro que nem eu e o Henrique fizemos esperando achar um câmbio melhor. Se achar um valor razoável, troca uma quantia razoável porque vai ser difícil achar um valor mais alto.

Almoçamos em um restaurante na rua mesmo do hostel, comemos um ceviche maravilhoso e tomamos pela primeira vez chicha morada – a bebida típica feita de milho. Estava boa.

 

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Meu plano inicial era fechar com alguma agência de turismo o passeio do Vale Sagrado e depois ficar em Ollantaytambo e pegar o trem para Águas Calientes (AC) . Entramos em umas três agências que cobravam preços similares... mas como tudo no Peru era só chorar um pouco que rolava um desconto.

DICA: Um dos principais erros do meu roteiro foi ter reservado o hostel em Águas Calientes aqui no Brasil. As excursões oferecem a hospedagem inclusa no passeio e geralmente são bem baratas. Não sei se são bons ou não. Uma referência legal de hostel que nos disseram é um que chama Supertramp (o nome é de bom gosto...) que um amigo disse que tem um hambúrguer barato maravilhoso e revigorante para quem desce de MP.

 

 

Então eu descobri que existem vários e vários jeitos de chegar em MP e é engraçado que depois que fomos para lá, encontramos muitas e muitas pessoas que tinham chegado de todas as formas possíveis. O jeito mais cômodo, e claro o mais caro, é pagar a excursão padrão que inclui: translado até Ollantay + passagem de trem até AC + entrada para MP + guia + ônibus para chegar em MP +hospedagem. Custa cerca de US$ 250, mas achamos caro e então ficamos na dúvida.

Quando descemos no aeroporto fomos direto para uma barraquinha da Peru Rail que tinha lá e descobrimos que: 1º as passagens para a noite do dia que queríamos tinham acabado e 2º eles não aceitam dinheiro vivo, apenas cartão. Ou seja, a única coisa que merece ser comprada com antecedência do Brasil é a passagem de trem e foi também a única coisa que não fizemos com antecedência...rs.. mas tudo bem. Clima de festa.

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O trecho da estrada que liga Ollantay até AC é monopolizado por duas companhias férreas: a Perurail, um consórcio de uma empresa chilena com uma inglesa, ou a InkaRail que é peruana e mais em conta. Esse trem é caro e é pago em dólar.

Existem outros jeitos de chegar em MP: pela trilha inca de três dias, pela trilha inca de cinco dias, ir de trem descer na hidroelétrica e subir caminhando, pegar o trem até AC e subir caminhando...o jeito mais barato e mais roots é ir de carro até Santa Teresa, uma cidade que fica do outro lado de MP, em uma viagem que demora cerca de seis horas, depois pegar um ônibus ou um táxi até a hidroelétrica e subir caminhando... O que eu sei com certeza: no meio desse leque de possibilidades explicado em espanhol com o sotaque de “quero passar a perna em vocês”, o Henrique estava de saco cheio querendo cerveja. Ele não reclamava de nada apenas quando passava da hora de beber.

 

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Ai por causa do eminente mau humor da abstinência do meu irmão eu resolvemos cancelar a ida ao Vale Sagrado porque não tinha passagem mesmo para domingo à noite. Resolvermos fazer tudo por conta, fomos na PeruRail (fica na Plaza das Armas e é a única agência que aceita dinheiro vivo) porque não achamos a InkaRail (queríamos ter comprado para ajudar a indústria peruana) e compramos as passagens saindo de Ollantay 12h30 e a volta para terça às 8h30 da manhã porque eram os horários mais em conta. Melhor comprar a ida e a volta de uma só vez - custa mais ‘barato’ e foi US$ 114 para cada um. Achei caro. No final, se não tivéssemos reservado o hostel antes dava para pegar uma das excursões que acho que sairia o mesmo preço. A moça da PeruRail nos deu o nome de uma rua que saia as van de Cusco para Ollantay e custavam 10 solis.

Com tudo resolvido, rumo à cerveja.

 

Quando voltamos para o WildRover aconteceu a primeira coisa chata: eles colocaram a gente em um quarto menor e mais caro. Como era o começo da viagem, eu não reclamei. Mas achei chato eles terem mudado sem avisar e nem pedir permissão. O nosso quarto era de quatro camas e ficava bem no meio da área principal. O Wild Rover é um estilo de hostel que acho que ainda não existe no Brasil. Funciona mais como um party-hostel, na real é uma balada, com quartos ao redor. Não tem cozinha, por exemplo.

 

Eu fui dar uma deitada para descansar um pouco e o Henrique saiu para falar com a namorada. Depois de umas duas horas, eu me arrumei, tomei banho e quando estava saindo o desgraçado me aparece bêbado porque tinha começado o Happy Hour... tava tendo October Fest então tinha um milhão de gringos loucos, fantasiados com roupas ridículas fazendo idiotice, tipo se pendurando e dançando pelados no balcão. O Henrique foi dormir até começar o Happy Hour de novo...e eu fui beber umas com um dos nossos companheiros de quarto, um irlandês que até hoje eu não sei direito o nome. Eu me apresentei, me desculpei porque não falava inglês fazia tempo e ele simplesmente disse: “Tudo bem, eu não sei falar português”. Ele era bem legal.

 

Depois o Henrique acordou, conhecemos dois brasileiros, a Gisele e o Thiago, e resolvemos sair do hostel ver como que funciona a balada em Cusco. Quase todas ficam na Plaza das Armas e fomos ao Mama Africa porque ia ter salsa. Queria escutar música latina. Na verdade, queria achar um lugar onde tocasse música peruana ou onde eu descobrisse como eles festejam. Mas aparentemente os peruanos não saem e todas as baladas são voltadas para estrangeiros. Pelo menos as acessíveis. O Mama Africa estava fechado ainda então ficamos em um bar que fica embaixo chamado Mushrooms enchendo a cara de mojitos. A garçonete era argentina e ficava tirando com a nossa cara porque tínhamos achado muito estranho ela não anotar nada nunca. “Vocês, brasileiros, fazem umas perguntas estranhas. Eu estou anotando tudo de cabeça”. A gente que é estranho.

 

Ai ficamos bêbados e resolvemos tentar entrar em uma balada em um outro hostel e no final das contas saímos andando e fomos parar de novo no Wild Rover... era tipo uma da manhã e o ambiente tinha mudado totalmente. Os gringos malucos e pelados ainda estavam lá, mas estava muito mais animado do que estava. Ficamos lá bebendo e conversando e quando deu umas duas eu resolvi dormir. Estava com muito sono já que a gente tinha praticamente varado a noite anterior.

No meio da noite o Henrique me acorda e diz que o cara embaixo do meu beliche estava vomitando na cama. A coisa mais estranha é que não fedia a vômito. A gente pulou e virou o cara de lado. Não sabíamos se a gente o acordava ou não. Como ele estava razoavelmente melhor, a gente deixou ele lá. No dia seguinte, antes de levantar da cama, eu perguntei para o irlandês se o cara estava bem... e o cara respondeu com uma voz de desenho animado que estava muito bem. Parecia uma voz do South Park. Ele falava tipo 897 fucks por segundo e chamava Kevin. Ele era engraçado.

 

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Eu e o Henrique saímos por ai andando... comemos em um café perto do La Quoricancha que chama La Cholita que foi bem barato. Pedimos até uma torta de limão que custou 5 solis e foi eleita 5 vezes pela Revista Veja como a PIOR torta do mundo. Sério, era simplesmente horrorosa.

Resolvemos esperar pelo Free Walk Tour que estava sendo divulgado no hostel. O Kevin (o gringo que gorfava ) disse que não gostava muito dessas coisas mas que tinha achado tranquilo. Eu e o Henrique ficamos enrolando na Plaza das Armas ao lado daquele bando de gringo, sentados na fonte principal, esperando o guia que na teoria ia chegar a 12h50. Uma hora depois a gente estava quase desistindo quando o guia apareceu com o coletinho verde que nem o folheto dizia. Chamava Richard e a primeira parada foi uma igreja que fica no alto da cidade, e lá fomos nós subir uma escadaria de uns 78713897 degraus que dava canseira só de ver. E aquela altitude de boa. Mas foi tranquilo, um pouco de falta de ar, mas nada que umas folhas de coca não resolvam. Lá de cima, vista sensacional.

 

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Depois fomos andando no meio das ruas, da cidade e paramos em uma loja de instrumentos tipicamente peruanos. Que surpresa chegar na porta e ouvir nada menos que Garota de Ipanema! Tinha um brasileiro lá dando uma palinha para o pessoal. Na nossa vez, o dono da loja tocou várias músicas e explicou sobre cada instrumento. Muito muito interessante. Em um determinado momento, ele pegou uma das violinhas e tocou aquela música “Chorando se foi quem um dia só se viu chorar...”. Eu e o Henrique rimos e ele parou e disse meio bravo: “Essa é uma música peruana e vocês brasileiros pegaram e transformaram em uma lambada!”. Foi mal! A última parada foi em um hostel onde o Richard, o guia, ensinou como que fazia piscosaur e nos deu umas doses de graça.

 

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Voltando para o hostel ainda ficamos um tempo sentado na Praça San Braz onde estava rolando uma feira. Depois resolvemos passar na La Quoricancha para tentar entender um pouco dessa loucura de Inca com Espanhol com Quechua..enfim.. o museu é bem legal mas é triste ver que aquilo era um Templo e hoje em dia é uma igreja. Mas ok. Quando chegamos no hostel, o Henrique ficou na área comum e eu fiquei um tempo no quarto deitada.

 

Então o Kevin, o gringo maluco, entrou comendo um crepe. Ele pediu para as moças da limpeza trocarem os lençóis (que estavam vomitado até aquela hora). Ficamos um tempo de boa e ai ele levantou e começou a vomitar. Ficou gemendo no banheiro, falando uns "Oh my God" e voltou para a cama mas eu ouvi que ele estava sofrendo. Ai eu fui, coloquei a cabeça e perguntei " E ai cara está tudo bem?" e ele só me respondeu: "Claro que não está tudo bem. Eu estou me sentindo como um Tiranossauro Rex". As mãos dele estavam grudadas no peito, ele não conseguia esticar os braços e nem respirar. Começou a gritar pedindo ajuda.

Eu pulei da cama e fui até a recepção. Encontrei o Henrique no meio do caminho, só gesticulei algumas coisas, e ele foi buscar uma água enquanto eu e o recepcionista (um cara muito lesado) tentávamos acalmar o Kevin que não parava de gritar que não era mais um humano.

 

Chegaram algumas meninas de uma clínica com um balão de oxigênio que ajudou o Kevin a respirar melhor. Enquanto isso, o recepcionista nos falou que não existe hospital em Cusco (achei essa informação bem estranha maaas não dúvido) apenas clínicas particulares. Sorte que ele tinha seguro de saúde.

Não vi mais o Kevin mas o amigo dele (que tinha tatuado o próprio rosto na bunda no dia anterior) disse que ele tinha falta de potássio no sangue. E que tinha voltado a ser humano.

No dia seguinte, eu e meu irmão partimos rumo a famosa Águas Calientes.

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Ollantaytambo

 

Eu preciso me lembrar do nome da rua que saem as vans rumo a Ollantaytambo, preciso perguntar para meu irmão.

Acordamos então dia 12/10, super cedo. No dia anterior eu calhei de ler o bilhete do trem que dizia que cada passageiro só poderia levar uma mala de 2,5kg! Então nós pesquisamos mais um pouco sobre o assunto e perguntamos na recepção do hostel como que funcionava isso. Eles disseram que é usual deixar as malas em um armário nos hostels de Cusco para ir para MP. E que eles eram, sim, rigorosos com o lance da mala.

Malinha menor feita, deixamos as mochilonas no armário e saímos andando rumo a tal rua pegar a van. Chegamos lá, meio assustador, as pessoas brotam do chão e oferecem tanto a ida na vans quanto em carros. Como somos desconfiados, entramos na van que tinha mais gente. Custa 10 solis essa viagem.

 

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E que viagem!! Os peruanos definitivamente não sabem dirigir além de irem pela contramão!!! Foi assustador, mas respiramos fundo e sempre pensando que fazia parte!

Chegamos em Ollantay com a missão de fazer câmbio e ainda tentar comprar os ingressos para MP. Fail. A cidade era uma vila então desencanamos, sentamos, tomamos um café da manhã simplesmente delicioso e ficamos vendo as pessoas passarem na rua. Era dia da Nossa Senhora Aparecida e rolou uma procissão.

 

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Águas Calientes

 

Fomos andando de boa pela rua até chegarmos em na estação de trem. A viagem é legal mas nada de muitoo extraordinário. As paisagens são bem parecidas com a nossa Mata Atlântica mas os gringos piram né. Fomos conversando com dois canadenses.

Quando chegamos em Àguas Calientes - loucura. É uma vila praticamente, super charmosa, pequena. Saímos aflitos em direção ao nosso hotel (ficamos em um pequeno hotel que fica na avenida Pachakutek - claro - que é a avenida principal da cidade. Chama Pakarina. Instalações confortáveis mais relativamente caras - pagamos cerca de 150 solis cada um pelas duas noites. Mas no final, foi bom descansarmos em um hotel gostoso depois de MP). Deixamos as nossas coisas e fomos tentar comprar a entrada para MP.

 

A bilheteria fica na frente da praça principal, a cidade é minúscula não tem como errar. Ficamos meio ansiosos porque a fila estava imensa e se acabasse, estavámos fritos. Ainda na fila fomos informados que eles não aceitam doláres - apenas Solis - apesar do preço ser cobrado em dolár (vai entender... :? ) e corremos para fazer câmbio. Ali perto, na esquina, tem um correio que ofereceu o melhor câmbio da cidade. Acho que ele pagou 1,03 solis para 1 real. Isso é importante porque encontramos lugares fazendo câmbio por até R$ 0.90!!!! :shock:

 

E depois de toda essa correria descobrimos que na verdade os ingressos para o dia seguinte só começam a ser vendidos depois das 16h00!!! Tem três tipos de ingressos: para a cidade de MP, outro que inclui a visita ao morro de MP e o que entra em Huayna Picchu! Esses não vendem nesse local e tem que ser comprados acho que pelo site com meses de antecedência. Para entrar na cidade de MP custa US$50! Detalhe: eles aceitam carteirinha de estudante!!!

 

Depois disso, fomos procurar o terminal de ônibus que fica bem embaixo, perto da plataforma onde você chega. O ônibus custa US$ 10 o trecho e eles aceitam pagamento em dólar. Não existe uma regra!!! E é melhor comprar em dólar porque a cotação era de 2,91 Solis para 1 dólar!!! Ou seja, se você comprar em Real, vai ser a conversão mais cara da sua vida!

 

Nós compramos a ida e a volta. Então, beer time! Saímos pechinchando em todos os bares; eles adoram brasileiros, chamam você, oferecem brindes, e cervezas 'estupidamente geladas'. Uma garrafa de um litro de Cusqueña custa mais ou menos 20 solis. Mas na ladeira da Avenida Pachakutek nós encontramos um cara com um macaco no pescoço. O saguizinho chama Carlo, o cara chamava Will, e o bar chamaba Inka Pub. E lá, bebemos Cusqueña por 10 Solis o litro! Preço para brasileños! Quando forem para AC, não esqueçam de passar no Inka Pub para tentar um precinho mais acessível!!!

 

Ah, antes de enchermos a cara (porque nesse dia foi bem díficil subir essa ladeira) a gente comprou algumas provisões para MP. Foi a melhor coisa porque tudo lá em cima é CARISSIMO!!!! Compramos nos mercadinhos mesmo - duas mexericas, duas barrinhas, uma lata de salsicha e dois pães. No final, quase não comemos nada e o mais importante MESMO é água. MUITA água!

 

E então, dormimos ansiosos pela cidade perdida dos Incas.

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Machu Picchu

 

 

A coisa mais bizarra que eu ouvi nessa viagem do nosso amigo Rafa (que encontramos depois na Bolívia) é que a palavra Picchu pronunciada do jeito que falamos significa Pinto! Isso mesmo, membro reprodutor masculino e piadinha eterna entre os guias! O Rafa jurou de pé junto que é verdade maaaas...

Pegamos a vanzinha sem grande problemas e lá em cima fomos abordados pelo Dinho - o nosso guia. Ele queria cobrar 60 Solis por pessoa e depois quando não formava grupo o preço foi caindo... nós dissemos que tínhamos apenas 50 Solis pelos dois e ele aceitou. Foi uma das melhores coisas que aconteceu conosco porque um guia é simplesmente essencial. O Dinho era um senhor, devia ter uns 60 anos, de puro MP. Ele sabia simplesmente tudo. E ainda tirava com a nossa cara.

Quando ele soube que o Henrique era veterinário ele gritou "Então você PRECISA VER UMA LHAMAAAAAAAA" e o Henrique "PRECISOOOOOOO!". Tem 16 lhamas lá e elas ficam todas juntas pastando.

 

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Quando eu pensei em escrever esse relato, pensei em contar os detalhes e as coisas que ele nos ensinou. Mas acho que seria muito Spoiler... MP é uma das coisas mais incríveis que eu já vi. É absolutamente estarrecedor saber que aquilo foi construído com tamanha perfeição, no meio da montanha, há mais de 600 anos!!! As construções são simplesmente perfeitas. Uma coisa que eu fiquei muito impressionada foi com o sistema anti terremoto desenvolvido por eles. As casas eram construídas em cima de cilindros para diminuir o impacto dos sismos! E o sistema de irrigação e abastecimento de água funciona até hoje! Os Incas dando um PAU no sistema Cantareira!

 

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De verdade, passeio maravilhoso, guia recomendadíssimo. Chegamos umas 6h30 e o Dinho nos dispensou umas 9h00. Então sentamos em um banquinho, mascando umas folhas de coca, se sentindo os verdadeiros Incas... e vendo o pessoal passar. Encontramos alguns brasileiros... conversamos com outros. Foi legal.

Lá para as 11h00 nós saímos para ir ao banheiro. Você pode sair e entrar do parque a hora que quiser. Encontramos a Gisele (do Wildo Rover) que tinha vindo a pé desde a hidroelétrica e tinha conhecido o Nicco nessa jornada - um francesinho muito gente boa. A Gisele estava indo embora porque a caminhada era longa mas o Nicco ficou conosco porque decidimos subir até a Porta do Sol que é o local onde as pessoas chegam em MP da Trilha Inca.

Fomos subindo conversando com o Nicco e paramos em uma pedra. Ai apareceram mais dois amigos dele que ele conheceu lá na viagem,o Toni, um americano com cabelo comprido maluco, e a Anne que também era francesa. Então nosso grupinho estava formado.

 

Essa trilha é muito tranquila, aliás, tudo em MP é fácil; a altitude é totalmente gerenciável (MP é mais baixo que Cusco), claro que cansa, mas é só mascar umas folhas de coca uma vez ou outra. Disseram que foi com a boca entupida de coca e regados a chicha morada que os incas (que mediam cerca de 1,50) construíram tudo aquilo. Coca, fica a dica! ::otemo::

 

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Vista maravilhosa!

 

Depois achamos as lhamas - o Henrique ficou acho que uns 15 min tentando se aproximar de alguma - e quando vimos o Toni estava deitado em cima de uma!!!

Momento perfeito para uma aproximação!!! :lol:

 

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Quando saímos de MP, nós tínhamos decidido vender o trecho do ônibus para descer e compensar os gastos com o guia; Conseguimos facilmente. Um suíço gente boa confiou em nós. Disse que nas estações de esqui dos Alpes é comum venderem o caminho de volta. Ah, ok! Gracias!!!

 

DICA: Não esqueçam de carimbar seu passaporte com a imagem de MP!! Bem na saída tem um guichê com carimbos de "eu estive lá". Se pode? Acho que pode. Nós arriscamos.

 

A descida também é de boa. Tudo que eu fiquei sem andar direito por dois dias mas é completamente acessível a todos. O Nicco andava com o cajado. Ele disse que ajudava demais. E fomos descendo os 6.000 degraus, dando risada, o Toni contando que dali ia para uma fazenda estudar chás com os xamãs, a Annie falando que achava português lindo, o Nicco contando de quando foi para a índia. Foi sensacional esse dia.

Quando chegamos em AC de novo estávamos com aquela sensação maravilhosa de dever cumprido e tranquilidade que apenas quem visitou uma das maravilhas do mundo pode sentir.

 

Combinamos de tomar uma cerveza no Inca Pub e depois o Nicco queria comer "street food" no Peru. Não sei o que se passa com esses gringos. A gente atravessou a ponte e descobrimos que no lado B de AC as coisas são MUITO MAIS BARATAS que a parte que estávamos. Comemos em um restaurante razoável (eu e o Henrique pedimos salsipapas achando que era algumas coisa como um cachorro quente e fomos surpreendidos com uma porção de babata com salsicha em cima) depois de salvarmos o Nicco de comer algo estranho que estava sendo vendido por uma chola com as unhas enormes e uma tina de óleo da cor de petróleo. Ate parece que o estômago dele de francês ia aguentar aquilo!

 

Nos despedimos dos nossos amigos gringos sabemos que nunca mais íamos nos encontrar! Disse para a Annie - Você tem uma casa para ficar em Campinas agora - e ela respondeu: "E você tem uma casa para ficar em Paris" - na maior humildade!!! :D

 

Despedidas são tristes mas precisávamos ir em frente.

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  • Membros

Oi Marii!

 

Li seu post, reli e ainda preciso perguntar algumas coisas, rs.

 

 

Vamos la:

 

Sigo para MP agora, essa sexta e retorno ao Brasil ate dia 03 ou 04.

 

1ª duvida: sobre o cambio, vc acha ineressante então eu subir com dolares e ir trocando no caminho ou posso subir com poucos dolares e o real e assim fazer a conversao?

 

2ª duvida: vcs fizeram os trechos de onibus? Poderia me informar mais ou menos o tempo que levou para realizarem o trajeto?

 

3ª duvida: acho que me perdi quanto a subida de vcs até MP , vcs subiram por Aguas Calientes e foram de van até a cidade inca? É que havia visto apenas a ppossibilidade de subir a pé de AC até MP...enfim, se puder me ajudar principalmente com essa duvida , fico bem feliz , rs.

 

Obrigada e beijao!

 

Desculpa incomodar!

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  • Membros de Honra

Adorando seu relato até aqui Maria. Parabéns!

Isso de fazer reservas de hospedagens e passeios no Brasil antes de partir não compensa mesmo. Pegar indicações como referências aqui é importante, mas chegando lá e negociando pessoalmente sempre foi melhor; pela variedade para se comparar e pelo poder de barganha pessoalmente.

Quando estive em Cuzco negociei também com umas três agências: (ingresso em Machu Picchu, passagens de trem ida e volta Ollanta/Águas Calientes e transporte ida e volta Ollanta/Cuzco) em todas a hospedagem em Águas Calientes estava inclusa com café da manhã e não tenho do que me queixar pela qual escolhi (não escolhi pela proposta mais barata, mas pela qual senti maior confiança no cumprimento do que estava sendo oferecido). O hostel que pernoitei em Águas era simples, bem organizado, limpo e tranqüilo, um ambiente familiar, bem o que estava querendo e recebi um quarto privativo com duas camas de casal e banheiro, o qual dividi apenas com um amigo que estava me acompanhando nesse trecho do mochilão.

 

-> Vômito no beliche... :( Essa é só uma das razões do porque nunca fico em hostels/party.

E concordo plenamente contigo que um guia em “Machu Pinto” faz todo o diferencial.

 

Ansioso pela sequência. ::cool:::'>

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  • Membros

Nossa, vocês pegaram preços realmente salgados, quando chegamos em Lima queriam nos cobrar no máximo 50 soles até Miraflores, e fomos de busão no final. E em Cusco também, foi bem mais barato.

Conheci uma Gisele no WR de La Paz, ela e um outro brasileiro que não lembro o nome, eles viajavam se hospedando e trabalhando nos hostels, será que são os mesmos?

E quanto ao tiozinho dos instrumentos, ele tocou chorando se foi também pra nós, mas com uma flauta andina, até filmei, mas não sabia que ela era uma música peruana, pra nós ele não disse.

Dá até saudades reler!

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  • Membros

Juliet Jazz: Deixa eu ver se consigo te ajudar!!! Acho que os outros mochileiros também podem palpitar rs...

Pelo que eu entendi você está perguntando como chegar em Machu Picchu saindo de Àguas Calientes, é isso?

 

Eu diria que a melhor coisa que você pode fazer é ir com dólares em cash. Foi ok levar reais mas foi mais trabalhoso ficar andando e procurando lugares para fazer câmbio porque o Real varia MUITO de um lugar para outro! Dólar é muito mais estável! Agora, para subir para MP, a melhor coisa é levar Solis mesmo porque você só precisa pagar o guia!! As comidas e as bebidas lá em cima são MUITO caras então eu aconselho você levar tudo de AC mesmo. Água principalmente!! uma garrafa chega a custar US$ 7,00!

 

Existe linhas de ônibus que levam os turistas até lá em cima. Custa US$ 10 o trecho e demora no máximo 20 minutos. Mas dá para subir e descer a pé. Me disseram que a subida é 'tranquila' mas a gente somente desceu a pé. São muitos degraus mas achei que compénsa se você tiver com tempo... demora uma hora e meia mais ou menos.

 

Agora de Cusco para Ollantay demora uma hora e meia mais ou menos com as vanzinhas, de Ollantay para AC demora uns 1h30 de trem também. Mas nós fomos por conta, eu acredito sinceramente que o ideal é fechar uma excursão.

 

Acho que o Sandro pode te indicar a que ele ficou. O que ele disse é vero.. não se esqueça de pechinchar!!!

 

Beijos

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