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Em março deste ano fiz um mochilão de um mês para a América Central, muitos dos lugares incríveis que visitei foi devido as dicas que peguei aqui no Mochileiros, então achei que devia meu roteiro a vocês como forma de agradecimento.

Eu sempre gostei de viajar e um dia escolhendo o próximo destino fiz várias buscas de lugares mais baratos para mochilar, lugares menos visitados e muitas destas listas comuns que tem rodado na internet. E em uma delas vi sobre a Guatemala, até então nunca tinha ouvido falar, e me apaixonei. Por outras razões não pude ir em 2012 (quando fiz as pesquisas), e fiquei 3 anos sonhando com a Guatemala. Até o dia que resolvi que não tinha mais como adiar.

A passagem estava cara, mas era o que queria, então resolvi que aproveitaria pra ir a outros países da região. Hoje, não me arrependo nenhum minuto das minhas escolhas.

Eu esqueci de marcar alguns detalhes, valores, etc. mas espero que ajude 

 

Sobre viajar sozinha

Viajar sozinho é uma experiência incrível, é algo que envolve tudo, sua relação com você mesmo, os relacionamentos que você tem que manter com sua família e amigos (que você tem que mantê-los informados).

Viajar sozinho ou estar sozinho por um tempo te faz pensar em coisas engraçadas e absurdas ao mesmo tempo, você pensa se vai deixar seus filhos fazerem algo tão grandioso assim, porque você teme que ele tome as mesmas decisões malucas que você esta tomando naquele momento.

Você percebe que o não é realmente não, e o sim é sim. E na maioria das vezes você vai estar mais aberto a novas opções, você vai se ver a 143 metros do solo, pulando de bungeejump ou sentado com uma galera que um esta falando italiano, o outro em espanhol e você em português.

Estar sozinho te muda, te fazer apreciar mais as coisas. Você não se preocupa em estar indo em uma ilha isolada sem ter reserva para dormir ou como voltar. Você adquire uma confiança surreal. Mas isso não quer dizer que você é invencível, porque na hora que você sente medo, você sente muito medo! E é um medo absurdo.

A saudade bate forte, às vezes no começo, às vezes no jantar e principalmente no final, de uma forma que não surgiu em nenhum momento, você chega a “empurrar” as pessoas no avião para sair logo e chegar em casa.

O mais engraçado é que viajar te faz parar no tempo, faz você ter mais tempo, 23 dias viram meses. Fui aos lugares que queria, me apaixonei pelo pôr-do-sol de Caye Caulker. Adorei acordar e passar frio 5h da manhã para ver o nascer do sol no Lago Atitlan. É tudo lindo! Tudo possível! Tudo válido! O principal é que você pode ser quem você quiser, e no fim você percebe cada vez mais que a possibilidade de fazer ou ser uma pessoa diferente, não é o que você realmente quer. Porque quanto mais você viaja mais você se aproxima de a você mesmo. Não sou aquela pessoa atrás de um computador vivendo uma rotina diária, eu sou aquela garota alegre que não tem medo de enrolar o inglês e conhecer gente nova, viver novas experiências, cheiros e lugares. Você se liberta da rotina, se encontra, e quando você volta... Ah! Quando você volta dói... Como sempre, e você só pensa em quando vai de novo. Porque sabe que quando você viaja olhar no relógio não vale de nada...

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Guatemala

 

9/3/2015 – Cidade da Guatemala e Antigua

Peguei um avião Copa Airlines de São Paulo as 5h20, com escala no Panamá, e cheguei na Cidade da Guatemala as 13h, no aeroporto troquei US$ 20 por 125 GTQ, na empresa Global Exchange.

O Shuttle para Antigua estava US$ 10, mas eu preferi ir de Chicken Bus paguei apenas 10 GTQ (eu consegui uma carona até o ponto de ônibus). A viagem durou umas 2hs, o ônibus estava vazio no começo, então achei bem estranho quando começou a lotar e as pessoas foram sentando de 3 no banco que deveriam ir 2, é bem cheio mesmo!

Fiquei no Hostel Tropicana (6 calle Poniente Casa 2) por 70 GTQ por noite, era mais carinho que outros da região, mas topei porque era mais badalado e eu queria fazer amigos na primeira noite! Neste dia visitei o “El arco de Santa Catalina”, “Igreja La Maced” e fui no mercado La Bodegona. Troquei mais um dinheirinho (US$ 1 – 7.52GTQ) e descobri que a pronuncia de Quetzal é algo parecido com Katezale.

Almocei em um lugar chamado Pollo Campero, que tem bastante por lá, uma Pepsi, um pãozinho, duas tirinhas de frango e muita batata deu 43GTQ.

A noite conheci um pessoal e fomos para outro hostel, mas não estava muito enturmada, e queria acordar cedo para ir no passeio do vulcão então voltei para o hostel. Chegando descobri que não tinha vaga para o passeio da manhã então fechei para a tarde.

Os horários são 6h, 9h e 14h por 75GTQ e shuttle 50GTQ o ingresso. Escolhi o passeio das 14h às 20h, sendo 3h entre subida, admirar a vista e descer.

Neste caso, já que não tinha mais que acordar cedo, fui para o bar do hostel, e conheci outra galera. E fomos para um lugar chamado “Lucky Rabbit”, muito legal, era um bar com vários jogos (pebolim, jenga, pingpong). A galera já estava muito bêbada e paramos o bar inteiro (ta, tinha umas 20 pessoas, era uma segunda né gente!!) só para tirar uma foto. Foi bem legal.

 

10/3/2015 - Antigua

Apesar da ressaca acordei cedo, não tinha tempo para ficar dormindo. Pela manhã andei por Antigua em busca do Cerro de La Cruz, é uma “montanha” que você vê grande parte de Antigua e os vulcões Agua e Fogo. Vale a visita e a vista. Me falaram que não era bom fazer a trilha até o topo sozinho, então fiquei uns 10 minutos no começo da trilha esperando alguém para subir comigo. É coisa de 5 ou 10 minutos no máximo, não vi nada de perigo ali, mas vale evitar. Naquele dia estava tendo uma comemoração na praça, era aniversário de 472 anos de Antigua, e um colégio estava prestando uma homenagem com dança e música. Depois fui para o passeio no Vulcão Pacaya, a subida não é tão íngreme, mas é cansativa. Assim que a gente chega já tem umas crianças oferecendo um Stick (5GTQ), tipo uma bengala de apoio, e também uma senhora com um cavalo oferecendo “Táxi natural” (100 GTQ). O passeio não chega na boca do vulcão, só da para ver de perto, mas a vista é incrível, e eu gostei bastante. Na volta, tinha gente nova no hostel, e fomos para o bar Monoloco, neste dia era ladies night e os drinks custavam só 4 GTQ.

 

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11/3/2015 – Lago Atitlan (San Pedro)

Finalmente no Lago Atitlan, a viagem foi comprida e cansativa. No ônibus conheci a Cathy e o Ondrey, e fomos contando na nossa viagem, e nisso descobri que já tinha visto o Ondrey. Ele estava do meu lado naquela foto que falei no bar do dia 9/3, rimos muito!

Ao chegar no lago tive uma sensação muito boa, é uma região bem legal, cheia de hotéis, os tuk-tuks nas ruas, é tudo tão diferente da minha realidade. Tentamos vaga no Mr. Mullets, que é um hostel bem recomendado, mas estava cheio, então fomos para o “Casa Elena” (40 GTQ), o quarto era bom e tinha um grande terraço com vista para o lago. Fomos num mirante no final da rua e depois pulamos no lago.

A noite passamos em um bar e ficamos lá um pouco, depois encontrei uma agência que fazia o trajeto para o mercado de Chichicastenango, e acabei comprando lá com volta para San Marcos por 70 GTQ.

 

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12/3/2015 – Chichicastenango e Lago Atitlan (San Marcos)

A saída do shuttle era as 8am, mas definitivamente é um tour que deve ser feito, até para quem não quer comprar nada. É tudo tão colorido e bonito, os trajes, os caminhos de mesa, as bolsas, os artesanatos, eu simplesmente adorei.

Se você chorar com certeza ganha um preço amigo, vi pessoas que compraram produtos de 200 GTQ por 70 GTQ. Vai do seu bom senso também, eu achei um povo bem simples, nem tudo vale pedir tanto desconto, porque muitas vezes são trabalhos manuais, ai você economiza no seu, mas tira o sustento deles. É meio triste...

Chegando em San Marcos, procurei o hostel Pacho Mama, que tinha visto que era barato, mas já estava cheio, então fiquei no Del Lago, muito bonito e roots, era 60 GTQ com café da manhã. Encontrei o Ondrey de novo, ele ficou nas redes do Pacho Mama.

No meu hostel estava rolando um lual, a vista deste hostel é incrível, nunca vi um céu tão estrelado como vi ali, cheguei até ver uma estrela cadente!

 

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13/3/2015 – San Marcos

Neste dia eu vi o por do sol, começou umas 6am, a vista estava linda e já tinha alguns barquinhos de pescadores no lago. Então estava parecendo um quadro! Era lindo ver os vulcões, as cores, o ceú. San Marcos ganhou meu coração.

De manhã aproveitei para já comprar o Tour para Semuc Champey (150 GTQ) com saída as 5am. Como eu ia sair muito cedo, achei que não valia a pena pagar 60GTQ pelo mesmo hostel, então fui para o Pacha Mama por 20 GTQ a rede.

De tarde fui no Cerro Tzankujil, que tem o trampolim de 6 metros para o lago, mas esta tão frio, tão frio, que não tive coragem de pular. Me arrependo, mas achei melhor ouvir minha consciência e não pular. O lugar funciona de segunda a domingo das 8 as 18h por 15 GTQ para estrangeiro e 10 GTQ para nativos.

A noite fui no bar do hostel Del Lago porque era noite do DJ. Deu pra perceber que tinha muita gente que tinha usado droga naquela noite, mas cada um fica na sua, e não vi nenhuma briga ou problema.

Quanto a dormir na rede só digo uma coisa: FRIO! Não, não, duas: MUITO FRIO!

 

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14/3/2015 – Semuc Champey

Durante a noite os tuk tuks não podem circular dentro dos povoados, então tive que andar até a “portaria” de San Marcos, a iluminação era precária, e eu fui morrendo de medo até la, é uma subidinha difícil para fazer com a mala nas costas, acho que levei uns 10 minutos. E essa hora da manha (5am) é muito frio.

Um tuk tuk me levou até San Pedro, depois peguei uma van até Antigua, onde esperamos 30 minutos até a outra van chegar. Na van para Lanquin conheci a Ruth e o Igor, descobri que o Igor era brasileiro e fomos conversando até Lanquin.

Resolvi ir para o Hostel El Retiro, que era lindo e grande. Lá conheci a Sarah, a Lisa e a mãe dela. Também fechei o pacote para Semuc Champey por 185 GTQ, com saída 8 am. O hostel tinha uma pinta de natureza mesmo, tanto que encontrei uma aranha enorme na minha cama! Tentei dar uma chinelada nela, mas ela sumiu, então dormi com falta de ar a noite inteirinha com 500 cobertas, temendo a volta daquela sem vergonha!

 

15/3/2015 – Semuc Champey

No hostel eles vendiam uma lunchbox por 25 GTQ, que tinha um sanduiche, uma banana e cookies. Eu achei meio caro então acordei cedo e fui procurar um mercado, no caminho encontrei uma Agência que fazia Semuc Champey – Tikal por 85 GTQ. Quanto ao lanche comprei um muffing e 4 bananas por só 3 GTQ, valeu muito a pena! De volta ao hotel pegamos o “ônibus” para o Semuc, era tipo um caminhãozinho e todos foram na traseira, foi engraçado mais depois de um tempo você cansa e não vê a hora de chegar.... A primeira atração é a caverna, a água é morna e as vezes fica meio fundo, o chão é de cascalho, eu fui de chinelo então tive que tirar mas não me machuquei. Todo mundo entra com uma vela na mão (que eles dão na hora). Pra mim foi uma experiência bem diferente, eu gostei muito e percebi que é um passeio (da caverna) que só faz com guia, então para quem gosta é interessante dar uma pesquisada antes de se aventurar sozinho e perder isso.

Uma outra coisa é que na saída da caverna o índio pinta nosso rosto com uma semente.

Depois nós caminhamos na beira do rio, onde tinha uma espécie de balanço, muito grande (a foto fica show), é meio difícil de explicar, mas eles puxam você ate lá longe e ai te soltam, e você não tem opção de voltar e tem que se jogar no rio haha! A minha queda doeu muito, eu achei que tinha sido atropelada, tudo ficou sem sentido por alguns segundos, fiquei toda roxa, mas eu iria de novo hahaha... só de lembrar já doi, mas eu cai de cara na agua, fazer o que, na hora até conferi se não perdi nenhum dente hahaha...

Depois a gente tem um tempo livre no rio próximo a cachoeira, lá é mais frio, mas a paisagem era de cair o queixo (apesar que depois do balanço acho que se encostassem em mim já caia meu queixo hahaa, brincadeira, podem ir tranquilos lá. Pro resto da galera foi tranquilo o salto).

Depois fomos em uma espécie de boia cross, no final tem um ônibus que trás de volta e tem a opção de pular da ponte, eu queria muito ter pulado são 10 metros, mas o tempo fechou, tudo me doía e a agua era muito fria...

Depois pausa pro lanche e fomos para o mirante, meu deus como cansa subir aquele negócio hahaha... Depois desce e pode curtir as piscinas naturais. Apesar de todo o cansaço foi muito lindo e gratificante poder ter ido lá, a paisagem, a experiência com a natureza, tudo vale muito a pena!

A noite, de volta para o hotel, procurei um lugar para jantar, indo na direção do centro encontramos um restaurante com prato por 20 GTQ e fanta por 5 GTQ, muito mais barato que no hotel e muito gostoso também!

 

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16/3/2015 – Flores

Hoje o dia não estava bom (chuva), mas tudo bem eu iria pegar estrada mesmo. Encontrei o Igor novamente, e ele teve um contratempo com a van, falaram pra entrar ele na van, ai deram a maior volta para pegar as outras pessoas nos hotéis, e depois voltaram pro ponto inicial e pediram pra ele descer que tava na van errada. Só que ate ai todas as outras já tinham ido embora, então ele teve que pagar novamente, foi chato demais, então é bom perguntar várias vezes se está na van certa, porque eles falam que sim e depois pode acontecer isso... A viagem foi longa e cansativa. Ao chegar em Flores o motorista faz de tudo para te levar para outro hostel, eu não tinha reserva para o Los Amigos, e todos os outros por um preço legal já estavam se vaga também. Acabei ficando nas redes do Los Amigos por 35 GTQ, não vale a pena o lugar apaga as luzes 21h e fica próximo aos banheiros e no caminho pro bar, ou seja movimento e falação a noite toda... mas depois troquei e fiquei nos sofás la no fundo, foi bem melhor... Do lado do hostel tem uma loja de turismo que comprei a passagem de ida para Tikal sem guia por 60 GTQ (no parque a entrada é mais 150 GTQ). Também comprei a passagem para Belize por 100 GTQ. Encontrei o Igor e passeamos por Flores, o lugar é lindo e acabamos encontrando o lugar da Sra. Olga, super simpática, que vendia tacos. É na frente do rio e próximo a ponte. 3 tacos eram 15 GTQ e tinha a opção de comida por 20 GTQ.

 

17/3/2015 – Flores

As 4h30 da manhã saia o ônibus pra Tikal. Chegando la era por nossa conta (tinha combinado de ir com o Igor), o único problema é que o mapa era 20 GTQ, então realmente foi por nossa conta, o que resulta a se perder algumas vezes, mas tudo sobre controle (depois que achamos o caminho de volta, lógico, haha)... A praça central é incrível, pode subir em duas pirâmides, o parque é muito grande, a vista do topo, da natureza, da arquitetura é indescritível. Por termos ido de manha conseguimos aproveitar bem o tempo e vimos tudo, então voltamos na van do 12h, porque o sol já estava demais. Como tinham me falado que Belize era caro, resolvi comprar os quitutes pra comer lá. Encontrei a Sarah, e chamamos ela e o amigo dela Erthan para ir conosco na Olga. Depois disso ela me ofereceu a cama dela, porque tinha reservado duas e no fim o Erthan acabou mudando de hotel. Engraçado como você vai reencontrando muita gente pela viagem, encontrei a Ruth também, que tinha conhecido no Semuc.

 

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Impressões gerais:

Guatemala: é um dos países mais incríveis que já visitei. Eu fui em varias partes dele e pude conhecer um pouco da belíssima e rica cultura deste povo. Em todos os lugares fui bem recebida, com sorriso no rosto e alegria. Eu me senti em casa. A única coisa que achei triste foi perceber um pouco da pobreza. Com relação as estradas achei que são bem perigosas (não no sentido de segurança).

 

- Antigua: é um lugar mágico, que parece que em cada casa tem uma historia a ser revelada. Eu realmente gostaria de ter passado mais tempo lá para desvendar os “segredos de Antigua”, é um lugar lindo, tradicional e acolhedor. E pela quantidade de turistas ta sempre bem movimentada e agitada.

 

- Lago Atitlan: o lugar mais lindo (na minha opinião) da Guatemala, a vista para os povoados, a sensação de liberdade, de natureza. Passaria um ano lá e ainda seria pouco. Gostei mais de San Marcos do que San Pedro.

 

- Semuc Champey: o lugar é muito bonito, até para quem não gosta de natureza acho que vale a visita, as piscinas naturais são coisa de outro mundo!

 

- Tikal: um paraíso para quem gosta de história. É simplesmente lindo, assim como Flores, onde me hospedei. Vale muito a pena conferir é como dizem: “vir para cá e não ver Tikal é como ir para o Peru e não ir em Machu Picchu”.

 

- Chichicastenango: se não me engano é a maior feira indígena da Guatemala, é linda, colorida e rica em cultura. Mesmo para quem não quer comprar nada vale a visita.

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Belize

 

18/3/2015 – Caye Caulker

Vixi! Perdi o ônibus!!! Agora é engraçado lembrar isso, mas na hora fiquei furiosa e tive que comprar outra passagem para 7h30. A saída da Guatemala foi tranquila, assim como a entrada para Belize. Algumas pessoas foram enganadas nessa fronteira, porque os cambistas dizem que não aceitam Quetzales para sair, mas é tudo mentira, aceitam as duas moedas na fronteira... Depois de chegar na fronteira são mais 2h30 de ônibus até Belize City. O ótimo é que o ônibus para na frente do porto do water táxi (paguei 20 doláres e recebi 11 Belize dólar de troco). A cotação é US$ 1 para 2 Belize dólar. Eu fiquei muito confusa no começo, porque lá eles falam dólar, então nunca sabia se estavam se referindo ao americano ou ao de Belize. Quanto ao water táxi ida e volta é mais barato, eu dormi mas acho que a viagem é de no máximo 40 minutos. Aqui tinha lido diversas recomendações para o hostel Dirty Mcnasty’s, então fiz a reserva, só que chegando lá o hostel estava em reforma e não foi bem o que eu esperava, mas o quarto era amplo, limpo e tinha banheiro, então quanto a isso não tive o que reclamar (paguei US$ 49 por 3 noites). Fiquei chateada porque o Bellas (que eu tinha lido que não era bom) estava me parecendo muito mais divertido e organizado, de qualquer fora era possível entrar lá a noite para conversar com a galera.

Outra coisa que depois descobri foi que o café da manhã estava incluso (realmente eu podia ter checado isso antes das minhas mini compras...), e era muito bom, tinha um cozinheiro que fazia omelete, panquecas, entre outras coisas que você pedia, e depois você tinha que lavar sua louça suja.

 

Ahh! Caye Caulker tem a pronuncia parecida com “Ki Coulqui”.

 

O bar Split é o point da ilha, fica bem na ponta, tem o melhor lugar para nadar e uma ótima vista do por do sol, e provavelmente deve ter do nascer do sol também!

No RaggamufinTours, eu acabei fechando os dois tours que eles tinham (US$ 100), um era o dia inteiro e outro meio período.

 

19/3/2015 – Caye Caulker

Em Caye Caulker você pode “adotar” um cachorro por algumas horas para dar uma volta, você não paga nada, e eu achei essa ideia muito legal. Peguei a “Girlie” para passear.

O meu primeiro passeio “Hol Chan” começava as 10h, e a primeira parada era a 1h30 de distancia no “Canal Gardens”, que é a segunda maior barreira de corais do mundo, é linda grande, cheia de peixes, mas não é colorida. Durante toda a viagem eles vão oferecendo refeições, primeiro deram melancia, depois o almoço, que você escolhe previamente se quer peixe ou frango. Depois fomos para o “Shark Ray Alley”, onde se pode ver os nurse shark, quando barco para de se movimentar, muitos tubarões se aproximam pois eles jogam peixe para eles, e depois eles vão para o fundo do mar, mas você pode nadar nessa região e se tiver folego chegar mais perto. A terceira parada é no “Hol Chan Park”, que é outra barreira de corais com muitos peixes. O passeio foi muito bom, acho que vale a pena se tiver tempo!

Jantei na Frans, que é um quiosque na praia, com várias mesas de piquenique. Em Caye Caulker o lema é “Go slow”, então não espere que a comida chegue rápido, mas quando chega: Nossa que delicia de jantar <3. Depois ainda fui para o The Split e encontrei uma galera bem legal por lá.

 

20/3/2015 - Caye Caulker

Aproveitei para curtir um pouco da ilha, nadei até a ilha que fica de frente para o The Split, e nossa como ela é cumprida não da para ir até o final, fora que ela é mais vazia, então não gostei de ficar perembulando por lá sozinha, e acabei voltando.

Hoje fiz meu segundo passeio, que era o “Marine Reserve”, em 10 minutos já estávamos na primeira parada, que é uma barreira de corais (também não é colorida), com peixes muito diferentes e alguns até florescentes. Depois o segundo ponto era o das raias e dos tubarões, desta vez eu já desci assim que o barco parou então fiquei perto dos tubarões, e pude sentir que a pele deles é muito áspera. Como esse lugar é mais raso, você consegue ver melhor e ter mais acesso aos animais, inclusive o guia segura um para você tirar foto. Depois fomos em outra barreira de corais, onde uns eram tão grandes que passavam do nível da água. Eu achei o passeio muito legal, basicamente ele é igual ao do dia interior, mas feito em um tempo menor, eu recomendo os dois, mas se tiver sem tempo o da Marine Reserve é a minha indicação.

A maioria dos restaurantes lá fecham das 13h as 17h, achei estranho, mas consegui encontrar um para almoçar. Mais tarde encontrei o Igor e mais dois brasileiros (Amanda e Rodrigo), e muitas outras pessoas lá no The Split, já falei que lá o ponto mais movimentado da ilha né? Nesse ponto da viagem nós conhecíamos quase todas as pessoas da ilha (exagero, mas você acaba conhecendo muitos turistas hahaha), e estávamos com o Pablo, que era guia de viagem e nos levou para o I and I reggae bar, um bar com balanças, cadeiras e pista de dança, o ambiente era muito legal, tocava black e hip hop, e vendia run punch que acho que é a bebida mais famosa de lá.

 

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Impressões Gerais:

Belize: é um país pequeno, e ouvi que tem lugares muito bonitos como Placencia, San Pedro, Punta Gorda. O povo é bem educado e sempre tentam puxar assunto. Passei muito rápido por Belize City, e o que eu vi não me agradou muito, então não sei se voltaria para esta parte. O aeroporto é muito, mas muito pequeno!

 

- Caye Caulker: um dos lugares mais bonitos que já fui, parece cenário de filme. Em 30 minutos você conhece a ilha inteira, o povo é bem educado e esta sempre puxando assunto. Alguns homens você sente que vem falar com uma “maldade”, mas se você ignorar e continuar andando eles já te ignoram também a procura da próxima garota que aparecer para jogar um “Hi beautiful”. A água tem uma coloração muito bonita, assim como todas as casas que são coloridas. Se eu pudesse ficaria um mês lá. Realmente é um pouco mais caro, mas não achei tão exagerado como tinham me falado.

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Costa Rica

 

21/3/2015 – San José

Dessa vez não perdi o horário, iupi! Eu iria de avião para a Costa Rica, então peguei o water táxi de volta para Belize City, e um táxi até o aeroporto por 5 Belize Dolar (na verdade fui em uma van junto com um grupo de alunos que estavam fazendo projeto voluntário). Quando cheguei na Costa Rica já tinha fechado um shuttle com o hostel Costa Rica Backpackers (shuttle + hospedagem US$ 49). Eu esperava mais dos quartos, mas a área social é muito boa. Como já cheguei mais tarde, não fiz muita coisa na cidade, que também era só um ponto de passagem pra mim. Fiquei no hostel com a galera, e depois fomos numa rua que tinha vários bares. Parecia um pouco com a Augusta em questão de movimentação, mas os bares tinham uma estrutura bem simples.

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22/3/2015 – La fortuna

Sai do hostel as 5am e o táxi deu 3 mil colones (10 minutos). Se não me engano US$ 1 – 500 colones. O ônibus era 6h15 e eu não anotei quanto foi. Cheguei em La Fortuna as 11h, a rodoviária é bem próximo da praça, onde tem vários hotel. Fiquei no Arenal Hostel Resort, muito bonito por US$ 16/noite.

comprei o passeio para o parque Arenal e o Rio Celeste por US$ 104, na agência de turismo Jungle Tour. E também comprei a passagem para Monteverde e o Parque Xtremo por US$ 120.

Como meu passeio para o parque Arenal era só meio período, nos não fomos próximo ao vulcão, deve valer muito a pena, mas eu estava sem tempo. Nós fomos em um observatório, andamos pela área para ver os animais e as árvores. Fomos em uma cachoeira, e depois voltamos para ver o pôr-do-sol no observatório. Muito bonito!

Neste mesmo passeio depois eles levam a gente para as hot springs públicas, é bem legal e bem cheio. Só que é um lugar que você não consegue levar nada, porque não tem onde deixar seus pertences e é super escuro, eu não indicaria ir sozinho.

 

23/3/2015 – La Fortuna

Como meu tênis estava sujo, eu acabei indo de chinelo para o passeio do Rio Celeste, e o guia me apavorou dizendo que eu não iria conseguir fazer a trilha, que esperava que estivessem alugando botas lá. Eu até falei que meu hotel era perto, e dava pra eu trocar, mas ele disse pra eu tentar a sorte. Mas ai tinha uma garota no passeio com um tênis a mais e acabou me emprestando. Quando chegamos no parque o guia falou que só alugam botas em dias de chuva, eu fiquei meio irritada, porque poderia ter trocado e falaram que não precisava. A caminhada de ida e volta é de 3h. Vimos muitos animais, tem um mirante para o Vulcão Tenório, depois passamos pela Laguna Azul, é incrivelmente azul, quando você vê fotos você nunca espera que vai ser exatamente assim, mas realmente é muito azul! Depois passamos por uma área que dá pra ver o encontro dos rios, onde contém os minerais, que fazem a água ficar azul. A última parada é para ver a cascata, que é incrivelmente linda. Em nenhum momento pode tocar na água. No final das contas percebi que dava pra ter arriscado no chinelo, inclusive vi outras pessoas com o calçado. Mas enfim... Essa noite fui novamente para as hot springs, em um passeio organizado pelo hostel por US$ 10.

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24/3/2015 – Monteverde

Meu ônibus saia as 8h30, não sei quanto foi o tempo de viagem, pois eles param em muitos hotéis para pegar o pessoal. Depois fomos para um ponto onde pegamos um bote, e vai pra outro ônibus, onde é uma mega confusão, pois são muitas pessoas, muitos ônibus e você não sabe para onde ir. Perdi uns 15 minutos só pra achar meu ônibus, fora que o motorista desta rodada para em tudo quanto é lugar, lugar pra tirar foto, restaurante, chegamos lá 12h.

Fiquei no hotel da mesma rede, desta vez por US$ 14, e chamava Santa Elena Hostel, eu gostei muito. De lá pedi para chamarem a van do Xtreme, que não é paga. Eles iriam me buscar as 13h30, e eu aproveitei para comprar o bilhete para San José (é minha viagem realmente foi muito rápida!) para as 6h30 por 2.905 colones.

Eu tinha optado pelo Bungejump e canopy. E pelo horário o canopy tinha que ser primeiro, era um trajeto de 4 horas, se não me engano 14 cabos, 1 tarzan swing e 2 superman. Sendo que o Tarzan swing é um cabo que parece um cipó, e o superman um que você vai preso nas costas e vai deitado. É bem legal, alguns são mais altos, outros tem que ir em dupla, mas tem uma hora que eu já tava meio cansada.

Depois o bungejump, o salto é de 60 metros em um abismo de 143 metros, eu sou muito assustada e gritei do começo ao fim, inclusive o cara teve que me empurrar que não tive coragem de me jogar.

A noite fiz o passeio noturno do Kinkajou para ver os animais (US$ 25), eu achei bem bacana, vimos muitos animais. É um passeio de quase 2h. Comprei na recepção do hostel.

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25/3/2015 – Puerto Viejo

Peguei o ônibus para San José as 6h30, e cheguei lá por volta das 11hs. Depois eu já iria seguir para Puerto Viejo, a passagem foi 5615 colones, para o meio dia. O ônibus atrasou, e chegou lá por volta das 19h. A região pareceu muito bonitinha, com vários bares e lojinhas. Fiquei no Rocking J’S por US$ 11 o quarto compartilhado, me arrependi de não ter pego as barracas, que era um preço bem bacana e pareciam bem confortáveis. Com o prazo apertado eu já iria para Bocas del Toro no outro dia, e paguei US$ 30 na passagem com a Exploradores Outdoors. Voltei para o hostel onde teve um lual na praia com o pessoal. É um hostel bem movimentado, super indico.

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Impressões Gerais:

Costa Rica: Realmente é um pais muito bonito, cheio de cultura e áreas naturais. Gostaria de ter tido mais tempo para explorar mais algumas regiões, como o Parque Manuel Antônio, ou Limon, onde queria ter ido ao santuário dos bichos preguiça. Além das praias, que faltou no meu roteiro. O engraçado é como você encontra o lema “Pura Vida” em todos os lugares que vai, inclusive quando liga para alguém a pessoa fala isso antes de desligar, tipo tchau se cuida. E quanto a valores, percebi que aqui é mais caro.

 

- San José: eu passei só uma noite, andei na rua e não vi nenhum perrengue. Vale a mesma atenção eu você teria em SP ou RJ. Ouvi historias de que se você não der uma esmola para os pedintes de rua eles podem te bater, mas eu realmente não vi nada acontecer, mas o fato de ter muitos policiais na rua pode levar a acreditar que isso acontece.

- La Fortuna: É uma cidade muito fofa, se eu tivesse mais tempo passaria mais alguns dias, iria no parque aquático, no passeio completo do vulcão. Tem muita coisa a se fazer.

- Monteverde: aqui eu só procurei o parque Xtremo, então não tenho muito o que falar, basicamente acho que só tem uma rua principal, e não a muito a fazer. Mas eu não sei na verdade, não procurei muito mais coisas por lá.

- Puerto Viejo: se eu tivesse lido mais sobre esse lugar, eu com certeza teria colocado pelo menos mais 1 dia aqui. Eu gostei muito do clima do lugar.

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Muito bom seu relato!!!!! :D::otemo::

Me identifiquei com o início do seu post, quando já vinha namorando esse lugar há 3 anos, estou mais ou menos nesse tempo tb paquerando a América Central, tenho vontade de começar um mochilão no Panamá e terminar na Guatemala ou em Belize. Como vc disse, os preços sempre estão caros, aí acabo sempre pegando uma promoção para outro destino e adiando esse mochilão pela América Central.

Qual o próximo destino?

Abraço! 8)

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