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Jovens dizem que pretendiam viver ‘uma aventura’


DaniloDassi

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  • Membros de Honra
Postado

:arrow: FONTE: G1

http://g1.globo.com/Noticias/SaoPaulo/0,,MUL1346551-5605,00-DEPOIS+DE+ENCONTRADOS+JOVENS+DIZEM+QUE+PRETENDIAM+VIVER+UMA+AVENTURA.html

 

Depois de encontrados, jovens dizem que pretendiam viver ‘uma aventura’

 

Casal de namorados deixou SP no último sábado (17) sem avisar os pais.

Adolescentes foram localizados nesta segunda em praia do litoral norte.

 

O casal de namorados localizado nesta segunda-feira (19) na praia do Camburi, em São Sebastião, no litoral norte de São Paulo, disse para a família que pretendia viver “uma aventura”. “Eles queriam viver uma aventura maior, acharam que, com isso, podiam ter a liberdade de viajar e curtir a vida. Foi uma aventura de amor”, contou o administrador Eduardo Eisler, amigo da família da jovem Lívia Pereira, de 17 anos.

 

Os pais dos jovens vieram até a delegacia de Boiçucanga, também em São Sebastião, para pegar os filhos. Eles não quiseram falar com a imprensa e Eisler atendeu aos jornalistas em nome das famílias. Os adolescentes e os pais deixaram a delegacia por volta das 14h30. Segundo o administrador, eles iriam almoçar e retornar para São Paulo. “[Os pais] estão bastante emocionados, abalados, mas felizes por encontrarem as crianças bem e saudáveis.”

 

Lívia e Victor Rodrigues, de 16 anos, namoram há um ano com a permissão dos pais. O casal havia sumido no sábado (17) após ter dito que iria ver um filme. Depois, mandaram torpedos por celular contando que fugiriam juntos, sem dizer o local. Segundo a polícia, eles pegaram um ônibus até Boiçucanga, onde chegaram na mesma noite.

 

O delegado responsável pelo caso, Antônio de Olim, afirmou que uma professora estranhou a presença dos dois na praia. “Eles disseram [para a mulher] que os pais sabiam que estavam fazendo ‘mochilão’ e pediram para dormir na casa dela. Ela os levou para a residência de uma amiga, onde passaram a noite”, contou o delegado. A dona da casa aproveitou que os dois saíram nesta manhã – disseram que iam procurar emprego e “ver a natureza”- e ligou para os pais de Lívia do celular dela, passando o endereço da residência.

 

A Polícia Militar da região foi acionada e localizou os dois andando perto da praia de Camburi, vizinha a Boiçucanga. “Eles estavam tranquilos, passeando”, afirmou o soldado da PM que os encontrou. Segundo ele, os dois confirmaram que eram os adolescentes desaparecidos. Depois, os jovens foram levados para a delegacia, onde esperaram os pais.

 

Segundo Olim, o casal tinha um cartão de crédito e cerca de R$ 300 em dinheiro – o cartão foi bloqueado a pedido da polícia. “Eles saíram com um pouquinho de dinheiro no bolso. Segundo eles, querem levar uma vida diferente. O rapaz é meio místico, comprou uma vara de pescar e ia viver do que desse. Iam andar aqui pela praia, ele [Victor] acha que ia arrumar alguma coisa para fazer e acabariam vivendo aqui, na verdade como andarilhos.”

 

Os adolescentes comentaram com os policiais que alguns filmes influenciaram os dois a buscar a aventura. Um deles seria “Na natureza selvagem”, dirigido por Sean Penn. O filme reproduz a trajetória do jovem Christopher McCandless que, recém-formado no início dos anos 90, decide abandonar a vida junto aos pais para cair no mundo.

 


Para quem não acompanhou a história, dê uma lida nesta notícia também: http://g1.globo.com/Noticias/SaoPaulo/0,,MUL1345884-5605,00.html

 

O que será que esses dois tem na cabeça???? ::toma::

  • 3 semanas depois...
  • Membros de Honra
Postado

esses pelo menos vão ter história pra contar.. haha

 

um tanto quanto irresponsável, porém muito espirituosos...

 

quem algum dia não pensou em dar uma fugida do mundo ??

 

quem algum dia não se empolgou com as histórias de Supertramp em Into the Wild ??

  • Membros
Postado

Fala Rodrigo,

 

E se terão histórias !!! rsrsrsrsrsrs

 

Mas tipo, acho que certas coisas tem limite. Uma coisa é sonhar, outra é ser sem noção.

 

Quando criança eu sempre tive toda a liberdade necessária: na idade desses moleques eu ia parar em outra cidade de bicicleta (a 80 km), acampar com amigos e passar o maior perrengue, fazer trilha noturna a pé a partir das 02:00 da manhã andando cerca de 40 km, o que rendeu muitas histórias. Mas uma coisa era fato, meus pais sempre sabiam onde eu estava me metendo e sempre estava lá para o jantar, sujo, ralado ou molhado não importa, mas estava lá.

 

Esses muleques tiveram muita sorte de encontrar uma pessoa de coração e principalmente muito safa pelo caminho, pois foi esperta em notar o que eles estavam aprontando. Por sorte os 2 não depararam com um doente que poderia notar a situação desses 2 e fazer coisas que nem podemos imaginar.

 

Rodrigo, já somos um pouquinho rodados, sabemos o que têm por ai.

 

Não sou a favor da violência, mas uns tapas na bunda eu dava, com toda certeza. ::toma:: .

 

Esses muleques de hoje estão beirando a burrice já.

 

Abs.

  • Membros de Honra
Postado

Esse filme "Na Natureza Selvagem" é muito bom! Eu quase me mudo pro Vale do Capão depois que assisti. Para quem é meio viajandão é um perigo esta influência cinematográfica! risos.

 

Sei que a atitude do casal foi irresponsável, não muito diferente do Christopher McCandless, do filme.

 

"A liberdade só é real se for compartilhada"

  • Membros
Postado

É verdade Frida,

 

O filme é sensacional. Assisti umas 5 vezes. rsrsrsrsrs

 

E tem muita gente entendendo justamente o contrário sobre o filme. O grande exemplo foram esses dois. O filme deveria servir de alerta e não de exemplo.

 

E é bem o que você falou sobre a influência. Ainda mais para pré-adolescentes que estão na fase de formação do caráter e criação da sua identidade.

 

Tanto que a indústria do marketing nos últimos 3 anos tem focado muito nessa faixa etária, por serem mais "vulneráveis".

 

Os kabeçudim tem que ficar mais esperto, daí o apoio dos pais é essencial.

 

Abs.

  • Membros
Postado

Rsrs!!

Concordo com quem diz que um pouco de aventura é bom.

 

Mas sem avisar os pais......mesmo se vc tiver seus 26 ou 27 anos e sair derepente, os pais ficam preocupados.

E não para menos, nos tempos atuais.

 

E de acordo com o relato, parece que o rapaz sabia que estavam sendo procurados...não acho que eles desistiram de tal idéia.

É bem capaz de algum Mochileiro encontrar estes dois por aí qualquer dia desses.

  • 3 meses depois...
  • Membros
Postado

Acho meio que hipocrisia falar em espancar os dois sonhadores! Será que ter mais idade nas costas é algum sinal de maior responsabilidade ou capacidade de se virar? Conheço tanta gente que foi forçada a se virar sozinha com 13, 14, 15 anos... E estão aí, super de boa, pra contar a história!

 

E é claro que esses dois tinham que fazer isso escondido, os pais nunca aceitariam! Pelo menos avisaram que tinham ido, não deixaram ninguém correndo atrás do IML...

 

marcioebc: Eu interpreto a mensagem do Alexander Supertramp de forma diferente. É, sim, um belíssimo exemplo a ser seguido, e é esse espírito de aventura o que interessa no filme/livro, e não reforçar um discurso televisivo sobre os perigos que você encontrará caso saia da linha, do sistema. Certamente a intenção do filme/livro não era de pactuar com isso. É óbvio que o Alex S. considerava a possibilidade de não sobreviver, se submetendo a tantas condições extremas. Não significa que todos os que se inspirarem no filme vão seguir os mesmos passos e se expor às mesmas condições. Mesmo que o façam, podem muito bem conseguir sobreviver, não acha? ;)

 

Eu mesmo parto no segundo semestre em um mochilão de tempo indeterminado, inspirado por este e mais outros três filmes: Benjamin Button; Foi Apenas um Sonho (tradução infame pra Revolutionary Road) e O Mundo em Duas Voltas (documentário da família Schurmann). Mas antes de ver estes filmes já estava profundamente influenciado pela mensagem do conto O HOMEM DA CABEÇA DE PAPELÃO, de João do Rio,, que foi o começo de tudo.

  • 2 semanas depois...
  • Membros
Postado

David,

 

Eu me expressei mal, eu fiz uma brincadeira e não tenho intenção de espancar ninguém (apenas umas palmadas).

 

Não estou pregando que você deve deixar de seguir seus sonhos, mas que ao realizar a mudança para o desconhecido, que entenda os seus riscos e tenha sempre um plano B. Mas colocar a vida em risco a toa, eu sinceramente não entendo porque nós ocidentais fazemos isso.

 

Eu entendi o seu ponto de vista, você enxerga a situação sob uma perspectiva diferente da minha e eu respeito isso.

 

Entretanto, sinceramente não conheço ninguém que foi forçado a ser virar "literalmente sozinho" em seus 13,14 ou 15 anos e que estão bem. Provavelmente deve ser porque estão mortos, nas ruas cheirando ou na FEBEM e eu não tenho o costume de visitá-los.

 

Mas conheço pessoas que perderam seus pais, família, casa, com 13,14 e 15 anos e precisaram se virar "sozinhos" (em parte) e que estão em melhores condições hoje graças a ajuda de pessoas de bom coração que deram condições básicas para que se desenvolvessem e principalmente responsabilidade. Talvez meu mundo seja diferente do seu.

 

Também tive influência de todos esses filmes que retratou, mas uma característica da minha personalidade é ser crítico de tudo que vejo, leio e ouço, pois na minha opinião a realidade é bem mais complexa que a ficção, mesmo as "baseadas" em fatos reais.

 

Eu não tenho filhos (sou solteiro e não tenho nem uma plantinha pra tomar conta), mas no dia em que o seu filho nascer e rolar um lance muito louco que todo pai conta quando vê a primeira vez o filho vir ao mundo, eu quero ver se você será tão teórico e tão pouco prático frente a essas situaçoes.

 

Espero que você nunca passe por uma situação do seu filho deixar a sua casa. Eu infelizmente já presenciei isso pessoalmente, a mãe chorava, desmaiava e eu lá, sem saber o que fazer, pois simplesmente não tinha nenhuma pista para seguir. Apenas avisar a polícia e tentar mobilizar pessoas que nem se importavam com o fato. E no dia em que eu ví o rosto de desespero daquela mãe, eu entendi qual é o lance.

 

OBS: A filha travessa de 13 anos foi encontrada 4 dias depois, a quase 850 km de distância de casa por um caminhoneiro que desconfiou do fato e a entregou a polícia.

 

Abs.

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