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Olá!!!

Sou a Ellen, tenho 25 anos, casada com o Rodrigo. ::love::

 

Quando começamos a programar nossa viagem, o Mochileiros.com nos ajudou demaaaais a torná-la real! Agora que já passamos pela experiência, venho ajudar novos amiguinhos a se prepararem pra fazer esse roteiro incrível!!!

Também à medida que fomos postando nossas fotos nos nossos respectivos face e insta, muitas pessoas vieram nos perguntar várias coisas e eu fui prometendo que compartilharia tudo timtim-por-timtim aqui. Então cá estou cumprindo promessa ::otemo::

 

 

Pré viagem

 

O orçamento, claro, sempre está apertado e nós começamos planejando nossa viagem pra zoropa, depois leste da américa do norte, depois américa latina e acabou na América do Sul. Inicialmente tínhamos pensado em fazer junto com Peru, Bolívia e Chile, Argentina e Uruguai, mas, como vimos que estávamos só reduzindo os planos, achamos melhor fazer um roteiro po$$ível para viajar de qualquer jeito, ou ia acontecer como no ano passado - programamos, programamos, programamos e ficamos em casa. ::tchann::

 

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Definido o roteiro, pesquisamos quais seriam as melhores opções de passagem:

Passagem de ida - Fortaleza para Lima dia 13/10

Passagem de volta - Santiago para Fortaleza 05/01

*Como/quanto foi?

Compramos com milhas! Precisávamos de 53mil para ida e volta (os dois!)

Já tínhamos 15mil pontos acumulados no multiplus devido ao uso do cartão de crédito e só fizemos a transferência para o Tamfidelidade. A transferência dessa pontuação é gratuita! Então 15mil milhas, ok.

O restante fizemos com os km de vantagem do ipiranga. Tínhamos num sei quantos mil km, precisávamos de 38mil milhas. No final, com a taxa de transferência e as taxas e encargos do embarque, pagamos R$ 1470,94 (repito: ida e volta para os dois!).

Também escolhemos fazer dois trechos internos de avião (e tivemos que acrescentar outro no meio do caminho, mais na frente explico o por quê). Escolhemos esses trechos muito pelo que vimos de relatos por aqui sugerindo isso, questão de custo-benefício.

Fizemos o trecho de Lima para Cusco - R$ 650,97 (valor total para os dois) e

Calama (Atacama) para Santiago - R$ 243,88 (valor total para os dois, juro!) Como conseguimos isso? ANOTEM DICA DE OURO!! Compre sua passagem pela latam.cl ::hãã2:: Conseguimos essa promoção e um amigo chileno disse que elas são frequentes. Comprar pela latam.br é cilada! Você vai acabar desistindo só em olhar kkkkk

 

Para hostel, reservamos tudo pelo Booking.com, exceto o Pariwana em Cusco (O MELHOR!!!), pois não tinha no booking e tivemos que reservar pelo hostelworld e pagamos uma taxinha, abatida na diária no dia. Não é necessário reservar na verdade, sempre tinha vaga e sempre tinham muitas opções. Essa foi nossa primeira viagem e estávamos querendo ter coisas certas, inicialmente....

 

Compras para a viagem: 02 mochilões da centauro (segunda dica de ouro: opte por mochilão que tenha abertura na frente, como uma mala normal. A minha só tinha a abertura de cima, aí se eu queria pegar algo no final tinha que tirar tudo ::putz:: ) e remédios. Roupa de frio pegamos tudo emprestado mesmo, o lance não é economizar?

Dica pra mulherada: catei bota de trekking apresentável em tudo quanto foi canto e não encontrava, tudo ficava horroroso! E, cara, vamos de mochilão, não temos como levar outro sapato, aí tem que usar pra tudo essa bota, se não ficasse bonitinha lascou, né?! Achei uma Macboot na Kanui que me apaixonei! Era mais barata do que as que eu via nas lojas e chegou no prazo. Indico.

 

E assim fomos contando os dias para O GRANDE DIA!!!

 

Dia 13/10 começamos nossa jornada por Lima, no Peru...

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LIMA!!!

 

Assim, em letras garrafais, porque merece!!!

 

Saímos de Fortaleza dia 13/10, às 20h e chegamos em Lima dia 14/10, às 07h10 lá!

A primeira impressão é bagunça... a fila da imigração enorme - o aeroporto é bem rodoviária, o banheiro então! uurr

Já de cara tivemos nosso primeiro problema: nossos dólares estavam "rotos", mofados, e as casas de câmbio não quiseram trocar (tivemos problemas durante toda a viagem por isso). Encontramos uma dentro do aeroporto (se puder, não troque no aeroporto, VOCÊ PERDE MUITO!) que quis trocar o suficiente para pegar o táxi. O Câmbio no Peru é simples - é como um real para um sole.

Fechamos um táxi por 65 soles e lá não tem taxímetro, então você tem que negociar com os taxistas malas. O trânsito é caótico! CA-Ó-TI-CO! Você vai ver quando for, chega a ser bizarro rsrs

Fomo em direção ao hostel TheHouseProject, pagamos por duas diárias com café da manhã 170 reais, por duas camas num quarto compartilhado para 6 pessoas. Fica localizado no bairro Miraflores ::love:: próximo a Calle de La Pizza. A localização do hostel é mesmo EXCELENTE e não tivemos grandes problemas, apenas o quarto era próximo demais do fogão à lenha e o cheiro nele não era bom por isso. Mas nada muito "oooohhh".

Chegando lá, deixamos as mochilas no hostel e pegamos o BRT, que nos custou 10 soles porque tivemos que comprar o cartãozinho inicialmente, depois ficávamos só recarregando, fomos em direção à praça de Armas.

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Ficamos um bom tempo só na praça, é beeem legal lá! Bonito mesmo! E, apesar de vermos muita pobreza, nos sentimos muito seguros. Fizemos o câmbio, e pelo mesmo problema dito anteriormente, sempre nos cobravam uma comissão, então trocávamos por 90 centavos, o sole :roll: Vão com o dinheiro bonitinho!

Mas lá é lindo e o custo de vida não é caro não! Paramos na praça para comer no café "Viva Cajamarca" e pagamos 11,50 soles ::hahaha::

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De lá, fomos conhecer a via costeira de Miraflores, que não é tão costeira assim, porque a cidade tá em cima e o mar tá embaixo. Mas dá um visual lindo e único à cidade esse desnível. Nesse lugar, tem jardins, barzinhos, ciclofaixas... é lindo, é boêmio, tem gente de todo lugar do mundo e o clima é mega agradável - não é quente, não é frio (mas passe protetor solar rsrs). Lá fica também o Parque do Amor...

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Almoçamos no Chilli (indico!!!), no shopping que fica nesse mesmo lugar e voltamos em direção ao hostel e fomos presenteados com um pôr-do sol que não tem como descrever a beleza, só mostrar e ainda assim, não consigo convencê-los que é cem vezes mais bonito... VÃO LÁ! Me emocionei bastante!!! Era minha primeira viagem, o primeiro contato com o pacífico, com o sol se pondo às 8 da noite, com gente falando mil outras línguas em minha volta... cabia poesia alí!

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De lá, fomos jantar na Calle de La Pizza, pertinho do hostel. Comemos chicharon e ceviche, um prato de um restaurantezinho que fica na calle e que é bem legal, foi o mais barato e melhor ceviche que comi no Peru. Pedimos duas cervejas tb e ganhamos, cada um, um pisco sour - a conta deu 50 soles! Barato!!! Não anotei o nome do lugar ::putz:: . Voltamos para o hostel para descansar para o dia seguinte. Afinal, estávamos exaustos da madrugada em conexão em SP.

 

 

DIA 15.10

 

Fomos conhecer o sítio arqueológico que fica em Miraflores mesmo! Fomos à pé!!! Huaca Pucllana o nome dele e pagamos 12 soles cada para entrar com visita guiada. É incrível lá!!! Foi nosso primeiro contato com a história do Peru e já estávamos sentindo que íamos nos apaixonar pela cultura local...

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De lá, fomos procurar um museu e nos sugeriram para ir no Larco. Pegamos um Ônibus na avenida principal de Miraflores em direção a ele, mas nos perdemos ::tchann:: e fomos presenteados com um ainda melhor! Foi sensacional a nossa visita e bem completa. Foi o museu nacional de antropologia. Indico mil vezes!!! Pagamos 10 soles cada, não fechamos guia, mas, LEIA BEM: CONTRATE UM GUIA! Tivemos a sorte de conhecer um peruano apaixonado pela história do local que nos ajudou muito no caminho, mas ele só pode ficar com a gente no início e não encontramos mais guia quando procuramos. Sério, pague! Vale a pena!!! O país só vai fazer sentido se você entender a história dele ::otemo::

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Almoçamos no caminho de volta para o hostel por 24 soles, eu e Rodrigo, num lugar de famoso Prato Feito com refresco. Assim, boa não foi não, mas ruim tb não foi e é aquela velha história de economizar...

Descansamos e à noite fomos para o espetáculo das águas, no Parque de La Reserva. É lindo!!! Lima me ganhou totalmente lá!!! São 13 fontes, com diferentes finalidades, espalhadas por um parque enorme que conta também com 4 monumentos. Para entrar são 8 soles para cada. E tem um show com projeção em uma das fontes, mostrando um pouco do Peru pra você ficar mais e mais apaixonada! Passamos umas 3h nesse parque pra ver tudo e eu queria encher esse trecho do relato com mil fotos, mas não vou ser chata ::mmm:

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De lá, voltamos para o hostel e jantamos no LA LUCHA SANGUCHERIA. Era caro* (53 soles eu e Rodrigo), tava lotado, mas VALE A PENA! É muuuuuito bom e bem tradicional!!! De lá voltamos para o hostel e achamos que íamos dormir, mas chegando lá, sentamos na área comum, conhecemos o Andy (o cara mais legal do mundo), a Katie e o Inácio e, numa cerveja e outra, fomos parar na danceteria ao lado e ficamos até às 5 da manhã dançando salsa e bebendo cuscqueña. Foi o que faltava pra fechar Lima - conhecer pessoas incríveis e having a great time with them!

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Chegamos no hostel de volta e tivemos trabalho em convencer o Andy a ir dormir, desistimos e fomos nós dormir. Acordamos 11 horas, ressaquiados e a primeira pessoa que tava lá era ele. Sem dormir. Amigo, que ritmo!!! Tenho que ir embora que o povo aqui é doido! kkkkkk ::lol4::

Ainda tínhamos um tempinho antes do vôo para Cusco e fomos descer a costa pra encostar no pacífico (sim, sou matuta). E foi só isso que fizemos nesse dia antes de ir embora, além de almoçar. Tínhamos planos de conhecer Barranco, um bairro tb muito boêmio, mas colega, que ressaca era aquela??? ::hein:

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às 17h pegamos nosso rumo para Cusco e este será o próximo capítulo ::cool:::'>

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CUSCO

 

16.10

 

Esse dia começamos em Lima (post anterior) e terminamos em Cusco. Fomos para Cusco de avião e não gastamos muito, compramos pela edreams e, como já falei no início, gastamos 650 por nós dois. O vôo foi tranquilo, todos os assentos estavam ocupados e fiquei longe do Rodrigo, mas ok. Muitos dias juntos, tem pró serparar por uma horinha não :D

 

Chegamos em Cusco umas 19h00 e esse dia decidimos não fazer nada para nos acostumarmos com a altitude, deixamos nossas malas no hostel, PARIWANA (o melhor!!!) e saímos apenas para jantar. Andando pela cidade, o frio era de lascar (pra cearense aqui que nunca tinha pegado temperaturas menores que 22 graus, antes de Lima) lá chegava aos 12 graus à noite. E, caminhando já senti alguns sintomas do soroche... a gente cansa com muita facilidade e a barriga enche de ar, como numa azia... Mas no hostel tinha chazinho liberado, aí misturei anís com coca todos os dias e não senti mais nada em Cusco. Fiquei zerada e aproveitei muito!!

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Voltamos para o hostel para dormir e acordamos de manhã cedinho pra visitar mais lugares na cidade mesmo. Líamos muito no mochilão as pessoas indicando não fazer Machu Picchu no dia seguinte para dar tempo de aclimatar.

 

 

17.10

 

E foi o que fizemos, ficamos na cidade só conhecendo os pontos turísticos do centro e visitamos o museu inka, que foi maravilhoso, mais uma vez ::otemo::

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Só pra lembrar, que se você for tirar a típica foto com as peruanase com as lhaminhas bonitinhas, elas dizem que você deve pagar uma "propina voluntária", mas fique ciente que tem que liberar ao menos 10 soles. Um trocado voluntário aqui no meu Ceará é um real e tá bom demais ::lol4:: Mas vale a fotinha

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Lá mesmo procuramos um lugar pra almoçar e não vou indicar o restaurante porque me parece que são todos iguais e de qualidade... Fomos em um e escolhemos carne de alpaca com risoto de qnoa, é um prato típico. Rodrigo gostou, a mim, digamos que valeu a experiência ::mmm:

Voltamos para o hostel pra descansar um pouco, mas logo voltamos para o centro e encontramos o QORIKANCHA ou convento de santo domingo. Lá era a casa de um inca e quando os espanhóis chegaram, derrubaram tudo e construíram um convento em cima. É sensacional perceber as duas culturas brigando e por fim se miscigenando ao longo do caminho desse museu vivo... A atmosfera do ambiente é incrível e você consegue visualizar parte da cidade de Cusco. Não tem descrição, eu me apaixonei mesmo pelo Peru ::love::

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Perdemos a hora lá, percebemos que era 20h00 e a gente ainda não tinha fechado a van para irmos pra MP no dia seguinte... saímos feito doido pela cidade, mas falamos de manhã com um cara na praça que nos entregou um cartão. Luís Angel o nome dele, nos cobrou 55 soles, ida e volta, eu e Rodrigo ::cool:::'> e fechamos por telefone. Às 7h tínhamos que estar na praça de armas.

 

 

18.10

 

Às 6h00 fizemos checkout do hostel. Eles ficaram com nossas malas de graça (levamos só uma mochila com o essencial, pois faríamos o trajeto à pé para águas caliente/pueblo de Machu Picchu) e ainda nos deram dois kits com café da manhã - tinha em cada kit um suquinho de caixa, uma maçã, uma barra de cereal e um clubsocial ::love::

Às 7h00 estávamos na praça, mas a van só saiu 8h00. Como é esse trajeto? Você tem duas opções: ou você é pobre ou você é rico.

Se você é rico, vai passar apenas duas horas na van até chegar a cidade de Olataytambo e pegar um trem que em outras 2 horas chega em águas calientes ::cool:::'> Custa, APENAS, o trecho, 128 dólares. Ou seja, se você quiser ir e voltar dessa forma, desembolse 256 dólares. :!:

Se você é pobre, cola na gente! kkkkkk. Continuamos nessa van por mais 5 horas (são 7 no total), se encha de dramin, porque o caminho é mais chacoalhado que tudo. Quando terminar a sétima hora na van, você vai ter chegado à hidrelétrica, onde os carros não passam mais. Daí você tem que caminhar por 2h pra chegar em águas calientes! Bora??? ::hahaha::

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Bom, chegamos no hostel ECOPACKERS (indico) - fica bem no início da cidade, o que pra muitos é ruim, porque fica afastada do centro, pra mim foi maravilhoso porque eu tava MORTA e com fome. Deixamos nossas coisas no hostel e fomos comprar o ingresso para Machu Picchu e para o ônibus que nos levaria para lá de manhã às seis da manhã. O ingresso, para cada, custou 250 soles e não fizemos as outras montanhas como Huayna Picchu - primeiro porque você tem que comprar com muito tempo de antecedência, as vagas são limitadas; segundo porque estávamos com medo mesmo, dizem que é bem tenso o negócio. E o ônibus para irmos para lá (só ida) 12 dólares, por pessoa. Dá pra fazer à pé tb, mas não aconselho, enfim. Jantar... Cuidado com Águas Calientes! É uma cidade puramente turística, então tem as enroladas! Fomos comer, e no restaurante pedimos uma porção de tacos, só pra entrada. Mas não veio tão bom, aí resolvemos pedir a conta.Quando veio a conta, o preço tava diferente do cardápio e tinha uma taxa de 15%. Fazer o quê?! Pagamos caro, comemos pouco e ruim, mas estávamos tão cansados que voltamos para o hostel e dormimos.

 

 

19.10

 

Acordamos às 4h30, subimos para o café da manhã antes das 5h e umas 05h30 estávamos em direção à fila dos busão. ENOOOOORME!!! Ficamos preocupados de só conseguirmos subir às 10h, mas deu tudo certo, porque são muitos ônibus e antes das 7h já estávamos no portão de MP, em outra fila para entrar. Nos juntamos com outras pessoas para pagar um guia, deu15 soles pra cada, mas tem que ter guia, galera! ENTRAMOS EM MP! E eu não tenho como explicar pra vocês o que é estar lá. Não vou dedicar uma linha a isso, porque simplesmente não dá... Eu espero que vocês, que estão planejando, consigam ir pra sentir e me perdoem pela lacuna no relato. Não tenho como fazê-lo ::love::

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Ficamos até umas 11h lá e eu aconselho que você passe um dia todo. PASSE UM DIA TODO!!! Fique até 17h, até fechar. Mas tínhamos combinado com a van que às 15h do mesmo dia estaríamos na hidrelétrica para voltarmos, então descemos MP abaixo. Demorou 43 minutos e levou 2 km para chegarmos à saída de Águas Calientes. Na saída, tinha um restaurante. Paramos para comer uns sanduíches e logo estávamos na trilha de volta. Tínhamos tempo, tava tranquilo... Mas de repente passamos por uma ponte e o rio corria por baixo de nós tão bonito que não pudemos nos conter e paramos para uma "tainha". Foi renovador!!! O gelo era grande, mas valeu a pena, fechou o pacote do quanto Machu Picchu pode ser mágico...

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Mas passamos mais tempo do que devia nessa parada e tivemos que fazer o resto do percurso dando algumas "carreiras" e chegamos a minutos de a van sair... Foi cansativo esse final. A van saiu pouco antes das 15h e só chegou em Cusco umas 22h30. Choveu muito e o motorista precisou ser mais cauteloso. Eu quase fiquei louca dentro da van, estava surpreendentemente cansada física e mentalmente. E "quase fiquei louca" não é metalinguagem, quase fiquei mesmo, concentrei pra não ter ataque de pânico... a gente não chegava!!! Não é frescura, vai, eu apenas não tinha me preparado psicologicamente como me preparei fisicamente. Treinei por quase 6 meses antes para conseguir fazer a trilha, mas não me preparei pra tanto tempo rodando, em meio a chuva e desconfortável.

Chegamos no hostel, Pariwana (amém) e jantamos por lá mesmo. Dormimos não, morremos.

 

 

Dia 20.10

 

Acordamos meio dia e não fizemos nada. Tudo doía. Mas conhecemos um casal de cariocas em MP e saímos com eles de noite. Fomos para o pub Ukuku's e não tinha ninguém, mas era happy hour e a bebida era dobrada, ou seja, ficamos. Foram umas 5 rodadas de pisco sour, ou 10 piscos para 3 (Geane não bebeu), e quando acabou happy hour partimos pra cerveja, que era mais barata. O bar foi lotando, a banda era maravilhosa e o dj depois tocou salsa, mas já estávamos alegres demais pra achar alguma coisa ruim, né?! kkkkk

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21.10

 

Ressaca. Apenas. Tínhamos a intenção de conhecer outros sítios arqueológicos, maaaaasss.... vocês não sabem o que é uma ressaca na altitude. Fizemos o checkout e ficamos no hostel até a hora de pegarmos o busão para Copacabana, na Bolívia. Fomos pra Rodoviária de Cusco e todo mundo grita AREQUIPAAREQUIPAAREQUIPA PUNOPUNOPUNO, aaaaahhhh que agonia! Nossa passagem deve ter custado uns 65 soles e a poltrona era super confortável. Dormimos o caminho todo, no outro dia chegamos na Bolívia, mas isso é cena próximo capítulo... ::tchann::

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Copacabana da Bolívia

 

22.10

Meu irmão, se eu senti a altitude em Cusco, em Copacabana eu já cheguei pra morrer. Tava tudo tranquilo, passamos a noite dormindo no ônibus, nem sentimos a viagem que durou 12 horas. O problema foi quando eu tive que descer o bus pra imigração, que não pode ser feita dentro dele, né?!

A gente desce antes do arco que divide o Peru da Bolívia e ali estamos a 3840m acima do nível do mar ::hein: . Desci e não conseguia ficar em pé na fila, não entendia o porquê. Você pega a fila pra sair do Peru, atravessa o arco à pé e pega fila pra entrar na Bolívia. Gravei um vídeo cruzando esse arco e já dá pra notar nitidamente nele que eu já não tava na minha melhor forma ::mmm:

Passamos pela imigração na Bolívia, voltamos pro bus e mais 40 minutos chegamos em Copacabana. Lá, ficamos hospedados no hotel estelar del titicaca, muito bom, quarto só pra gente. Eu não tava bem, mas tava dando uma de durona, achava que era fome. Tomamos banho e fomos atrás de comer. Comemos HORRÍVEL, uma truta na mostarda que, misericórdia, tava ruim aquele troço. Mas tinha sido muito caro e decidimos tentar comer depois. Enquanto isso fomos passear, a cada 100 metros eu parava pra respirar, mas chegamos na catedral branca, muito bonita, mas gente, eu já tava bem mal pra me animar com as coisas. Mas tava lá ::otemo::

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Aí tivemos a excelente ideia de subir o calvário. Amigos, façam isso depois de se aclimatar. A vista é linda, mas o caminho que é pra ser feito em 40 minutos eu fiz em quase duas horas. Cansa muito estar em altitudes elevadas. Eu via os relatos aqui e pensava "nossa, que fresca, isso não vai acontecer comigo" e de repente estava eu lá, no topo do calvário, sem nem conseguir curtir o visual. Olha minha cara ::lol4::

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Aí, como eu tava mal, só via defeito, né?! Fiquei logo com raiva, porque fui olhar num telescópio e um véi que simplesmente botou uma cadeira do lado do bicho tava querendo me cobrar 7 bolivianos. Mandei logo um "no compreendo" e internamente "vá pra pqp" e saí sem pagar. Descemos e fomos tentar comer de novo, comemos um sanduíche, menos arriscado e eu bebi um cházão de coca, mas mesmo assim, pedi ao Rodrigo pra voltar pro hotel, porque eu tava me sentindo muito mal. Era umas 18h quando deitei na cama, e umas oito o pôr-do -sol apareceu na minha janela fazendo chacota com minha cara, como quem dissesse "você vai ficar de molho e vai perder tudo de bonito daqui!". Vê só... ::ahhhh::

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À noite eu já estava com febre. Foi o pior frio que passei nessa viagem. Nada me aquecia, eu tava muito mal, mas pensava que era só o soroche. "Deixa de frescura, Ellen!" eu pensava, mas não conseguia sair da cama. Mesmo deitada ainda estava difícil a respiração. No dia seguinte íamos fazer a isla del sol... não deu! :(

Antecipamos nossa ida para La Paz, tomei soroche Pills, almocei no hotel, e me senti melhor para fazer a viagem. Pegamos o ônibus para La Paz às 13h e chegamos lá às 18h.

 

Cenas para o próximo capítulo... SPOILER: Façam seguro viagem ::mmm:

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LA PAZ

a má sorte

 

Chegamos em La Paz e eu preciso primeiro me apresentar contextualmente para prosseguir. Eu não sou rica, nem perto disso, morro num bairro da periferia de Fortaleza e nunca tinha feito grandes viagens e nunca passei mais de uma semana longe dos meus pais. Sou formada em Serviço Social, então sempre tive contato com a pobreza extrema. Portanto, estive sempre cercada de cuidados, porém nunca financeiramente falando, mas de proteção mesmo. Por que eu tive que falar isso? Porque vocês precisam entender que eu não sou uma pessoa de cruzeiros, por exemplo, ou tive uma realidade abastada falar da Bolívia, mas eu vou ter que falar. Vão me chamar de fresca, vou fazer o quê?! ::mmm:

Então: No ônibus ainda, você começa a se aproximar de La Paz e a população vai adensando... Esgoto a céu aberto nos dois lados da pista, não tinha asfalto, casas sem reboco etc. Não que no Peru não tivesse isso, não que aqui onde moro não tenha isso, mas você vai entrando na cidade e vai chegando num lugar bonito, né?! A "área nobre" ou turística do lugar... La Paz tem isso não ::hãã2::

Chegamos lá e a primeira coisa que fizemos foi procurar uma agência para fechar a Carretera de la Muerte, ou a DownHill, sei lá, tem vários nomes. Pagamos, eu e Rodrigo, quase 200 dólares pra fazer isso, mas tava incluso equipamento de segurança, a bike, fotos, blusa de brinde "survivor", alimentação, hotel para o descanso, enfim, tudo por um dia. Fechamos para o dia seguinte. Fomos para o hostel.

Nessa hora eu já comecei a me sentir mal de novo, o soroche pills tinha passado o efeito, pensei. Hospedamo-nos no Loki e chegando lá eu subi e fui comer. Comi um sanduíche. Terminei de comer, Rodrigo ficou conversando com um sueco que falava a cada duas frases "país de mierda" e eu pedi licença e desci, passando mal. Era umas oito da noite.

Às 22h eu tava tãaao mal que Rodrigo me perguntou se eu não queria acionar o seguro (FECHAMOS COM A MONDIAL/ALLIANZ ::love:: ). Eu tava evitando ir pro hospital porque eu pensei "gente, imagina como é o hospital daqui" e eu sou meio medrosa pra essas coisas de médico e evitei ir. Evitei ao máximo. Até que não consegui mais... as 00h00 pedi pra Rodrigo acionar o seguro.

Rodrigo disse que o seguro cobria a melhor clínica da Bolívia, a clínica Alemana e fomos pra lá. Ele disse que conseguia ver a "party" rolando das câmeras de segurança e as mulheres dançando em cima das mesas e nesse momento ele deve ter se arrependido de estar casado ::lol4::

A clínica era mesmo muito boa! Fui atendida, eu tava muito nervosa, chorava muito - caramba! Eu tava em outro país, esse país em questão era a Bolívia, e tava só com o Rodrigo ::sos::

Me examinaram por cima, eu tava com 39 graus de febre e apresentava sinais de desidratação, tinha vomitado tb e estava com infecção intestinal. Aí decidiram me internar.

A médica fez um atestado para que o Rodrigo pudesse cancelar a Carretera e recuperar pelo menos parte do dinheiro de volta... A EMPRESA SE CHAMA MADNESS e eu vou ser honesta: não conheci o serviço deles, mas peço que vocês NÃO A CONTRATEM por empatia. Eles não devolveram NEM UM CENTAVO e foram super grossos. SUPER. A empresa que recomendo: Barracuda ou Gravity ::cool:::'>

Fiquei a segunda feira toda lá e fiquei tão mal que quis voltar. Dei piti! Achava que eu não teria forças pra continuar. Estava só no soro, nada de água nem de comida.

Na terça feira resolveram que eu podia almoçar. Pareceu uma coisa! Depois de comer eu recuperei meu ânimo, o médico voltou a falar comigo e eu desisti de voltar pra casa, depois de ele me dizer que eu estaria apta para cruzar o deserto de sal no dia seguinte. Na terça mesmo tive alta e fomos para o Loki de volta, ver como eu reagiria pra saber o que faríamos em seguida.

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Cheguei no hostel, geral tava sabendo que eu tava internada ::tchann:: , aí fui super bem recebida, parecia que a sorte ia virar a nosso favor... Subi, tomei um banho e dormi. Foi sério. Contando aqui, não dá pra imaginar como me senti mal - por termos perdido o dinheiro, pela possibilidade de terminar ali nossa jornada, por estragar os planos do Rodrigo, pela minha mãe aflita em outro canto do mundo. Tudo. No fim, deu tudo certo e CUIDADO quem vai :!: porque o médico fez muita hora com a minha cara dizendo que era super comum com os turistas esse tour pelo hospital lá. Então galera, vão com calma! Muita água, gatorade e alimentação cautelosa!!! ::mmm:

 

 

27.10

 

Acordamos umas 8h, tomamos café no hostel, só umas torradinhas e fomos conhecer La Paz, pra ver como eu reagiria. Fomos primeiro ao Valle de La Luna. Eu gostei de lá! O cheiro não é bom, por conta do musgo que junta nas pedras, mas é um lugar bem único (na minha limitada visão) e bem pitoresco. No caminho, continuou feio, mas eu comecei a enxergar com outros olhos aquele lugar. A gente tem que ampliar nossos horizontes pra visitar lugares como a Bolívia, percebi isso a tempo de aproveitar o lugar, graças a Deus! Pagamos, acho que oito bolivianos pra cada pra poder entrar no parque e passamos mais ou menos uma hora e meia lá.

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De lá, fomos conhecer o teleférico! É super contrastante, porque é muito moderno! E a cidade não tá no patamar da modernidade daquele negócio, mas isso só deixa mais interessante! É muito legal! La Paz tá a mais ou menos 3400m e quando chegamos no El Alto estávamos a 4095m acima do nível do mar e eu nem morri. Bom sinal!!! Vamos prosseguir a viagem!!! ::hahaha::

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Descemos, fomos almoçar. Escolhemos o restaurante Sol e Luna e eles foram suuuuper atenciosos comigo. Disse que eu tinha ficado internada e que eu não podia ousar... me prepararam um frango bem grelhadinho, com legumes cozidos e uma batata assada. Olha, uma delícia! E aí tinha o veredicto: eu tava bem mesmo pra fazer o deserto de sal!!!

Só tivemos que decidir ir de avião, porque não conseguiríamos cumprir o restante da agenda se não fosse isso, e Rodrigo sabia que eu ainda estava fraca demais pra passar tanto tempo dentro do ônibus. Bom, essa decisão nos custou 650 bolivianos, para os dois, avião de La Paz para Uyuni. Não é caríssimo, mas já tínhamos perdido quase 200 dólares... Ainda assim eu vou sugerir que se vocês puderem, façam de avião(!!!), porque não durou nem uma hora o vôo e todos que encontrei no caminho que fizeram de busão disseram que é bem desconfortável o trajeto.

 

Esse dia terminou sem traumas e no dia seguinte voaríamos para Uyuni!!! OBAAAA

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Olá Ellen Luna,

Uma dúvida em relação aos trâmites de saída Peru e entrada Bolívia.

Qdo o ônibus deixou vcs no lado peruano(dar saída) e atravessaram a pé até o lado boliviano (dar entrada), neste deslocamento a pé, vcs tiveram que pegar as mochilas que estavam no porão(bagageiro) do ônibus, ou estas atravessaram com o ônibus.

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