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Visita ao Vale do Reno e do Mosela. Visitamos 8 castelos+Bacharach+Boppard+Cochem+Bernkastel+Trier em 4 dias... Aqui vai o VALE DO RENO destrinchado com fotos.


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Plano de Viagem

 

 

A primeira informação a saber é que o Reno é um dos maiores rios da Alemanha, mas o seu trecho mais explorado turisticamente é chamado de Vale Superior do Médio Reno, que corresponde a um percurso de 65km que vai de Rudensheim/Bingen até o encontro com o Rio Mosela, na cidade de Koblenz.

 

Esse lugarzinho da Alemanha é conhecido por ter uma das mais altas concentrações de castelos do mundo, são cerca de 40 fortificações, algumas em ruínas, outras transformadas em luxuosas residências/hotéis. Complementando a paisagem estão os canyons, cujas íngremes encostas, conhecidas como terraços do Reno, são usadas para cultivar uvas viníferas, responsável pela produção de um delicioso vinho produzido da mesma forma desde séculos atrás.

 

Esta é uma região de pequenos vilarejos, com arquitetura e costumes tipicamente medievais, enriquecidas com o tradicional comércio das embarcações que circulam pelo Rio desde épocas remotas.

 

Semelhante ao Vale do Reno é o Vale do Mosela, funcionando como uma continuação do vizinho mais famoso. Embora menos dramático que o seu vizinho Reno, concentra praticamente os mesmos atrativos : diversas fortificações, vinícolas e charmosos vilarejos  desde Koblenz até a antiga cidade Romana de Trier.

 

Duração do Passeio e Hospedagens

 

 

Embora não seja uma região muito extensa, a grande quantidade e as características das atrações demandam um bom tempo para que o viajante possa visitá-las e apreciá-las adequadamente.

 

Não é uma viagem em que se possa simplesmente esgotar tudo o que tenha para se ver. Pelo contrário, o clima romântico e bucólico da região convida a um passeio mais relaxante. Há sempre de se arranjar tempo para curtir um entardecer com uma taça de vinho sentando nos bancos dos floridos jardins ao longo das margens dos Rios ou simplesmente se perder nas ruínas medievais de um Castelo que parece saído de um cento de fadas.

 

Dessa forma, reservamos 2 noites de hospedagem no Vale do Reno e mais outras 2 noites para conhecer o Vale do Mosela. Nossos planos eram ambiciosos : conhecer a maior quantidade de castelos possíveis intercalando algumas paradas estratégicas nos vilarejos medievais típicos da região.

 

Embora Koblenz possa concentrar a melhor infra-estrutura da região, decidimos procurar hospedagem em cidades menores da região, onde poderíamos ter mais tempo para relaxar e, dentre outros benefícios, ficar mais próximo de ter uma das raras experiências na vida de sentir-se rei por pelo menos uma noite e dormir em um verdadeiro castelo medieval.

 

Meio de Transporte

 

Apesar de ser uma região bem bucólica, é dotada de uma excelente infraestrutura de transporte. É possível fazer praticamente toda a rota de trem, carro, bicicleta e de barco. No nosso caso, como viajávamos com criança e precisávamos nos deslocar um pouco mais rápido, optamos pelo carro alugado.

 

Foi bastante útil em alguns momentos para se chegar em alguns castelos com acessos mais complicados, como o Burg Eltz. Mas com mais tempo na região, certamente não deixaríamos de realizar o passeio de barco. Mas sempre é bom ter um motivo para voltar não é verdade?

 

Custos

 

 

Por se tratar de uma região bastante turística, os custos não são dos mais baratos da Alemanha. Com exceção de Koblenz, uma cidade relativamente grande, a grande maioria das hospedagens possuem poucos leitos, o que contribui para encarecer o preço da hospedagem na região em época de alta temporada. Por outro lado, a grande concentração de Castelos transformados em hotéis pode significar sua melhor oportunidade de dormir uma noite em um castelo de verdade. De uma forma geral, a concorrência é limitada, inclusive em restaurantes, e dependendo da época do ano, isso influencia no custo da região.

 

 

Clima

 

 

O tempo é normalmente chuvoso e bastante frio fora da alta temporada que acontece no quente da Primavera até a época da Vidima, a colheita das uvas, onde ocorrem várias festas em comemoração às colheitas em quase todos os vilarejos ao longo das margens dos Rios.

Roteiro Detalhados

 

 

Para destrinchar bem nossos roteiros, vamos detalhar em várias partes :

 

1) Parte I : Burg Rheinstein

2) Parte II : Burg Rheichenstein

3) Parte III - Bacharach

4) Parte IV - Castelos Liebenstein e o invencível MarksBurg

5) Conhecendo o Vale do Reno : Como é dormir em um verdadeiro castelo medieval, o Burg Schonberg

6) Conhecendo o Vale do Mosela : Burg Eltz

7) Conhecendo o Vale do Mosela : Trier e Bernkastel Kues

8 ) Conhecendo o Vale do Mosela : Cochem

9) Conhecendo o Vale do Reno e Mosela : Koblenz

 

segue...

Editado por mariojr
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  • 2 meses depois...
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Chegada

 

Como falamos no post anterior, escolhemos o carro para essa parte da viagem pela flexibilidade proporcionada. Saimos de Stuttgart de manhã e começamos nossa visita pelo Vale do Reno em  Rudesheim, onde começa a parte mais famosa da Rota Romântica do Reno, considerada Patrimônio da Humanidade pela UNESCO. 

 

Se aproximando pela margem Sul, ficamos encantados com os impecáveis jardins do calçadão ao longo da margem e sua fantástica visão do Niederwalddenkmal, um famoso monumento em homenagem à Unificação Alemã, realizada pelo Kaiser Wilhem I.

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Nesse ponto, é possível pegar a balsa e atravessar o Reno até a outra margem, onde se pode tomar uma gôndola até o topo do monumento ou visitar o Museu do Vinho , localizado em um antiga fortificação da Região. Mas como o clima não estava ajudando muito para passeios abertos, resolvemos seguir pela estrada de onde logo avistamos as ruínas do Burg Ehrenfels e a daMäuseturm, uma torre de vigia localizada em uma ilha no meio do rio. Não nos detivemos muito por ali porque estávamos sedentos para chegar no primeiro castelo que visitaríamos nesse dia : o Burg Rheinstein.

 

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Burg Rheinstein

 

O Burg Rheinstein pode ser facilmente visitado para quem está de carro ou barco, já que tem uma parada bem próxima. No caso do trem o acesso é mais difícil, sendo recomendável pegar um transporte complementar a partir de Bingen ou Trechtingshausen.

 

Deixamos o carro no estacionamento indicado na rodovia e subimos uma trilha bem cuidado em direção ao primeiro castelo do dia. Durante o percurso,  é possível observar o Burg e o Vale do Reno de vários ângulos, e são uma boa distração para a subida um tanto íngreme até a entrada do complexo.

 

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A fortificação data de 1316/1317 e já teve diversos donos, inclusive da Igreja e famílias da Nobreza Real. Hoje é propriedade privada da família Hecher, de um famoso cantor de ópera.

 

Na entrada, o visitante se depara com uma ponte elevadiça e um pórtico bem ao estilo medieval.  Entrando na lojinha, compra-se o ticket que dá acesso ao complexo do castelo, que além da parte transformada em museu, ainda possui um restaurante, que durante nossa visita, estava fechado.

 

O pátio interno é surpreendentemente bem cuidado, especialmente  o parreiral  que produzem as mesma uvas viníferas a mais de meio século. É o chamado de jardim de Borgonha. 

 

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Do pátio se acessa uma Capela Gótica e os demais aposentos do Castelo, que serviu de residência a vários nobres em um período recente. O salão nobre, chamado Sala dos Cavaleiros, tem uma decoração bastante expressiva, com vitrais e pinturas de muito valor e bom gosto.

 

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Mas é do terraço que se obtem as melhores vistas sobre o Rio Reno, só superada pela visão do alto da Torre, um daqueles lugares que você chega e não dá vontade de sair mais...

 

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Ainda extasiados pelas vistas e história do Castelo tivemos que dar tchau para o Burg Rheinstein, pois ainda havia pelo menos mais dois castelos para conhecermos antes de chegamos a Bacharach, nossa primeira cidade de pernoite. Acompanhe como foi o resto do dia no nosso próximo post.

Editado por mariojr
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  • 5 meses depois...
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Burg Reichenstein

 

Na Idade Média, o Rio Reno desempenhava um importante papel no comércio mundial , servindo como uma via natural para o transporte de mercadorias. Na sociedade de costumes feudais eram bastante comum que o senhor outorgasse a terceiros o direito de recolher impostos e taxas sobre as embarcações que navegassem em águas pertencentes aos seus domínios. Assim, era muito comum construir fortificações que tivessem como objetivo garantir que os comerciantes pagassem o tributo cobrado, utilizando a força se necessário.

 

O Burg Rheinenstein foi construído nesta época. por volta do século XII. É um castelos mais conhecidos da região, graças a uma peculiaridade bem interessante da sua história. Entre seus primeiros proprietários no século seguinte, estavam um conhecido grupo de barões, liderados por Dietrich von Hohenfels, que se aproveitaram da sua condição de vassalos da Igreja para extorquir a população e comerciantes, cometendo diversos crimes por  toda a região durante várias décadas.

 

Foi somente com a restauração da monarquia alemã, em 1282. que o Rei Rudolph destruiu o castelo e mandou decapitar  os ladrões em um local próximo a Capela de St Clemente. O Rei ainda deixou a ordem de que o castelo não deveria ser jamais ser reconstruído. Apesar disso, em 1344, o Rei Ludwig II concedeu a possa das ruínas para o Arcebispo de Mainz que reconstruiu parte do castelo que prosperou novamente por um longo período, após o qual foi sendo progressivamente abandonado e até novamente em ruínas no século XVI.

 

Seguindo o movimento de revalorização romântica do passado no século XIX, o Burg foi restaurado em estilo gótico inicialmente por Franz Wilhelm von Barfuss, quando então  a propriedade foi adquirida pela família Kirsch-Puricelli que residiu no local entre 1902-1936 e ainda mantém a posse do complexo até os dias atuais.

 

A Visita

 

O primeiro diferencial que se percebe entre o Reichenstein e os demais castelos dessa Região é a facilidade de acesso. De carro, é possível subir com o carro até a porta de entrada do complexo, que inclusive possui um bom estacionamento.

 

 


 

 

 

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As visitas são do tipo não-guiadas, mas está incluso no ticket de entrada um folder com algumas explicações em inglês sobre a história e localização dos principais atrativos do castelo.

 

 

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 A visita começa pelo terraço, com belíssima vistas do Reno incluindo um espetacular vinhedo abaixo do castelo da época medieval, além de dois canhões da época antiga.

 

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Adentrando a parte do castelo transformada em Museu, logo salta os olhos a imensa coleção de chifres e cornos de cervos, assim como outros animais de chifre, bem compatível com  com o gosto pela caça dos nobres da Região.

 

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A decoração, aliás, é toda baseada em móveis de época, pretendendo recriar a atmosfera de uma família nobre do início do século passado, desde as luxosas mobílias , salas de leitura, jantar até as fotos de família e roupas utilizadas pelos antigos habitantes, o que dá um ar todo especial à visita.

 

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No local funciona ainda um hotel e o espaço pode ser reservado para eventos privados. Quando lá estivemos, parecia que uma festa de Halloween estava sendo esperada para os próximos dias. Os fantasminhas locais deveriam estar ansiosos por este evento... :wink:

 

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Burg Sooneck

 

Sem ainda precisar cruzar para a outra margem do Reno, chegamos ao  último castelo do dia que havíamos programado visitar : o Burg Sooneck. A história desse castelo é quase que idêntica a do anterior. Foram construídos  na mesma época e também passou um longo tempo sob domínio de barões ladrões, sendo inclusive destruído pelo mesmo Rei Rudolph.. Anos depois,  no século XIV, chegou a ser reconstruído, mas foi completamente arruinado em 1636 pelas tropas francesas na Guerra dos Trinta Anos. 

 

 

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Vista do acesso ao Burg Sooneck

 

Sua reconstrução no modelo atual iniciou-se em 1834 pelo então príncipe e futuro Rei Frederick William IV. O monarca parecia realmente gostar de Castelos, pois foi responsável por reconstruir ainda um outro castelo da região : o Burg Stolzenfels e o magnífico Burg Hohenzollern, que já mostramos por aqui. Após a 2ª Grande Guerra, no entanto, o Burg Sooneck foi nacionalizado e sua propriedade foi repassada para o Governo da Alemanha.

 

A visita

 

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Esse foi o castelo que menos conseguimos encontrar informações online nas pesquisas antes da viagem, portanto não sabia bem como faríamos para chegar nele. Aliás, olhando o site oficial da atração agora, continua sem muitas informações a respeito de meios de acesso.

 

Coincidência ou não, foi o castelo mais difícil de se chegar nesse dia. Apesar da estrada que dá acesso estar em excelente condições, fica em uma região montanhosa um pouco escondida, com muita vegetação e estradas secundárias, o GPS às vezes se confundia e a sinalização não ajudava muito. Se de carro não estava tão fácil, imagino para quem esteja utilizando o trem ou barco. Melhor pular para o próximo se não estiver afim de uma boa caminhada montanha acima.

 

Depois de nos perder por essas estradinhas, encontramos uma placa que indicava a entrada do castelo. Estacionamos o carro praticamente na beira da estrada mesmo e seguimos uma curta trilha até darmos de cara com uma charmosa ponte elevada, torres pontiagudas e bandeirinhas tremulando no alto dos telhados. Uau!!! Mal podíamos esperar para visitar esse pedacinho da Idade Média.

 

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A entrada

 

 

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O Castelo

 

 

 

Porém, como em um castigo dos Deuses por não ter feito o dever de casa direito, um dos piores pesadelos de qualquer viajante nos aguardava naquela ponte. Sim, ela mesmo, a famigerada porta fechada, aquela terrível sensação de tentar girar a maçaneta e perceber que ela não se move. 

 

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Ponte elevadiça com o portão fechado

Já reparou que não acreditamos quando isso acontece? Procuramos um guichê aberto, uma placa com uma seta, um sinal de fumaça qualquer para nos mostrar o que fazer. Nada, apenas um papel com um aviso escrito em alemão. Nada animador para quem não sacava nada de alemão (e ainda hoje sei bem pouco). A sorte foi que logo outros dois desavisados turistas que apareceram por lá, bateram na porta, leram o aviso, falaram algo em alemão que não entendi, deram as costas e foram embora.

 

Ficou bastante óbvio que não ia ter jeito. Era Segunda-Feira e o castelo estava fechado, mas a lição foi aprendida, hoje em dia sempre coloco no meu roteiro detalhado o horário de abertura das atrações. Felizmente,  podíamos pelo menos tomar a estrada mais cedo e aproveitar um pouco da cidade seguinte , a pequenina Bacharach. Até o próximo post!!!

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Bacharach

 

Depois de visitar três castelos durante um dia era hora de encontrar um lugar para dormir. Já havíamos pesquisado algumas cidades, entre elas Bacharach, Boppard e St Goar, e acabamos optamos pela primeira. Mas vou logo avisando que não foi uma escolha fácil, pois há opções de hospedagem bacanas em qualquer uma delas. 

 

Nossa principal justificativa para escolher Bacharach era ser a cidade mais próxima da nossa rota naquele momento. Sorte nossa, porque dificilmente poderíamos fazer melhor escolha. Apesar de ser pequena, a cidade possui uma boa infra estrutura, atrações de peso, bons restaurantes, mas tudo isso sem perder o charme de um vilarejo de interior... justamente o que estávamos procurando naquele momento.

 

 


 

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Para quem não está de carro, não há motivo para preocupação, Bacharach possui uma estação de trem e é uma das paradas dos barcos turísticos que navegam pelo Reno. O que mais chama atenção nessa cidade de  muros medievais é o seu próprio castelo, o Burg Stahleck, que hoje surpreendentemente abriga um conhecido hostel.

 

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Hotel

 

Infelizmente, não conseguimos vaga para se hospedar no castelo-albergue, mas ficamos em um lindo hotel histórico bem no centrinho da cidade : o Altkölnischer Hof. O próprio prédio do hotel é uma atração em si, antigo, em estilo enxaimel, mas bastante confortável, possuindo até um elevador interno. Uma mão na roda para quem viaja com criança pequena. O estacionamento não fica no prédio, mas é bastante próximo e o café da manhã é excelente. Aliás , o hotel também possui um restaurante bastante conhecido na região e o salão em que são servidas as refeições é um show a parte. Não é a toa que o hotel número 1 da cidade no Tripadvisor. 

 

 

 

 

 

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Fachada do Hotel

 

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O que fazer?

 

A cidade é pequena e não demora muito para conhecê-la quase que por completo. Chegamos de tardinha e logo saímos para dar uma volta, começando por um dos marcos da cidade - a Igreja de St Pedro, com seus inconfundíveis tijolos vermelhos e curiosa ausência de janelas.

 

Continuamos pela Oberstrasse, admirando os vários prédios de estilo enxaimel. As referência ao vinho estão em todos os lugares da cidade, especialmente nas curiosas videiras repletas de cachos de uva que se espalham nas fachadas, dando um clima ainda mais romântico e inspirador para essa pequena e bela cidade.

 

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Prefeitura

 

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Fachadas com videiras

 

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Uvas

 

Atravessamos então as muralhas medievais para passear pela margem do Reno, onde também fica localizado o maior estacionamento público para carros. De volta ao centro pelo MarkTurm, uma das maiores e mais antigas torres medievais sobreviventes (datada de 1322), continuamos a admirar mais prédios históricos, como a KranenTurm, hoje transformado em hotel e restaurante.

 

 

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MarkTurm

 

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KranenTurm

 

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Caminhando para outro lado, na direção do Steeger Tor, outro dos portões medievais da cidade, surgem lindos jardins das casas que pareciam saídas de um conto de fadas. Ali também está o início do caminho que sobe a colina até o Burg Stahleck, que passa pelas ruínas da WernerKapelle, uma antiga capela construída em homenagem a uma criança que foi encontrada sem vida por moradores. Na época, o assassinato foi atribuído aos judeus e houve um verdadeiro massacre na região. Ainda hoje, há uma placa nas ruínas em memória aos mortos daquele episódio.

 

Como já chegamos de tardinha na cidade, infelizmente, já estava anoitecendo e resolvemos não subir a trilha, contemplando os dois monumentos somente a distância.

 

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Paisagem bucólica

 

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Burg Stahleck ao fundo

 

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Ao anoitecer,  jantamos na mais antiga taberna da cidade (o prédio enxaimel data de 1368) , a Casa Velha ou Altes Haus, um dos poucos restaurantes abertos naquela fria noite de Segunda-Feira de Outubro. Tem um clima bem pitoresco, decoração rústica, campestre, bem estilosa, A comida era boa e seleção de vinhos a preços bem razoáveis. Atendimento simpático, fomos muito bem tratados e foi ótimo para nos recuperar para as emoções do próximo dia. 

 

 

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Altes Haus

 

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WernerKapelle

 

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Mágica cidade

 

 

 

 
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Castelo Liebenstein

 

Nosso objetivo neste dia seria explorar a região entre Bacharach e o Castelo Marksburg. E não tardamos a encontrar as atrações, logo no começo da estrada avistamos o Castelo Pfalzgrafenstein.

 

 

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Burg Pfalzgrafenstein

Construído em 1326, fica situado em uma ilha, e possui um curioso formato que fez Victor Hugo retratá-lo como um barco de pedra. Apesar do aspecto romântico das suas torres e localização, o verdadeiro propósito da construção era bem mais prático : sua atribuição principal era cobrar impostos dos navios que seguiam em direção a cidade de Colônia.

 

 


 

 

Continuando de carro pela margem esquerda logo chegamos em St Goar, onde fica o Castelo de Rheinfels. Da outrora  maior e mais importante fortificação de toda a região, hoje restam apenas as ruínas, resultado de um bombardeio feito pela França em 1797. As imensas muralhas se avistam de vários pontos diferentes da região.

 

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Ruínas do Reno

 

Era chegada a hora de finalmente visitar as atrações da margem direita , e para isso é preciso pegar uma balsa, já que são raras as pontes nessa região. Durante a travessia do Rio Reno avista-se as ruínas de Rheinfels e os Burg Katz e Maus.

 

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Balsa de travessia

 

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Burg Katz

 

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No caminho, fizemos mais uma parada , desta vez em um dos castelos conhecidos pela lenda dos irmãos hostis. Conta-se que dois irmãos se tornaram inimigos por conta da disputa da herança de um conde muito rico. Um deles tomou posse do Burg Liebenstein, e o outro do vizinho Burg Sterrenberg. Mas a hostilidade entre os irmãos era tamanha, que foi necessário construir uma potente muralha separando as duas fortificações. Uma vertiginosa subida leva até o restaurante aberto para o público do Burg Liebenstein, onde curtimos um café acompanhado pela bela vista.

 

 

 

 

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Hotel-Restaurante Liebenstein

 

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Vista para o Burg Burg Sterrenberg

O lugar também oferece hospedagem e o site adverte que eles tem até seu próprio fantasma : a "Baronesa de Liebenstein" que de vez em quando aparece a noite para assustar os turistas na escada que leva aos quartos de hospede. Bem, embora a curiosidade fosse grande, decidimos passar essa experiência e seguir viagem antes de anoitecer.

 

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Nada como um café para se reestabelecer


Castelo Marksburg

 

Ainda pela margem esquerda pegamos a estrada até chegar a Braubach, a cidade que abriga ao castelo melhor preservado de todo o Vale do Rio Reno : o Marksburg. Já da estrada a vista é de tirar o fôlego.

 

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É o único da região que nunca foi invadido por inimigos, graças a sua privilegiada posição. Construído em 1117 e em 1231 , ainda hoje é um importante ponto de referência e sinônimo da grandeza militar medieval. A vista da região é algo espetacular.

 

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Vista do Marksburg para a cidade de Braubach

A visita guiada é outro forte motivo para você visitar esse Castelo. Primeiro, porque há guias que falam Inglês, uma raridade na região e, segundo, porque você estará praticamente em uma grande museu a céu aberto. São mais de 700 anos de história que ficarão muito mais vivas com a visita guiada. As mobílias são bem representativas de época, a sala de armas é um show a parte, mas as torres, vistas e a rústica escadaria dos cavaleiros foram os pontos altos da nossa visita.

 

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Mobílias de época dão um toque especial

 

 

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Fantástico castelo com vistas pitorescas

 

 

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Sala de armas

 

Gostou da nossa visita? Aqui estão alguns sites para você procurar mais informações.

http://www.castle-liebenstein.com/germany/index.html

http://www.marksburg.de/en/circuit/

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