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Diário de Bordo na Europa 2010 - 1 mês e três países na mochila: Portugal, Espanha e França


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6º dia

Porto

 

Passeios:

 

Igreja da Lapa (onde estão os restos mortais de D. Pedro I) Obrigatório

Tomar o funicular que liga liga a Praça da Batalha à Praça da Ribeira. Obrigatório

Cais da Ribeira Obrigatório

Vila de Gaia e prova de vinho em suas caves de vinho do Porto Obrigatório

Terreiro da Sé Obrigatório (3 euros)

 

Quando acordei, abri a janela e fiquei... super contente!!!! As nuvens carregadas cederam e finalmente pude sentir o calor do sol de Porto. Até os portuenses mais sisudos que são conhecidos internacionalmente pelo tradicional mau humor estavam mais descontraídos e simpáticos. Fui à Estação S. Bento e tomei um metrô que me levou à Lapa. Nesse "município" está a igreja que abriga o coração de D.Pedro IV, o nosso D.Pedro I (

). Fiquei surpresa quando soube que o coração dele foi levado para lá pela sua viúva, a Imperatriz D. Amélia de Beauharnais, cumprindo o desejo do marido. O coração fica por trás de uma porta de bronze que é aberta de 4 em 4 anos, para substituição do líquido que o conserva.

 

Foram muitas estações até chegar lá. Desci na estação de mesmo nome e atravessei alguns prédios que pareciam com os de nossas Cohab, três quarteirões de comércio e finalmente a cheguei à igreja. Estava acontecendo um culto dominical e sequer havia onde sentar. Como a missa já estava bem adiantada, preferi dar uma volta pelos corredores da igreja para depois tentar encontrar o "túmulo de D. Pedro IV. Quando alcancei a "porta" que buscava, senti uma emoção indescritível. As lágrimas escorreram sem que eu pudesse contê-las.

 

Saí da igreja e o dia continuava ensolarado, sem uma nuvem no céu. Então, não hesitei em voltar ao centro de Porto para almoçar no Cais da Ribeira. Desci na S. Bento e fiz o trajeto até o cais caminhando (e fotografando freneticamente, pois Porto ao sol é magnífica!) . Nas ruas estreitas e residenciais, as varandas dos apartamentos em antigos edifícios estavam repletas de roupas secando no varal ou com canteirinhos de flores multicoloridos.

 

Cheguei à praça da Batalha e tomei o funicular que me levaria para o Cais. Ah! Eu usei um bilhete (Andante) que comprei na máquina de autoatendimento e que valia para ônibus, metrôs e funiculares de Porto. Desci no Cais da Ribeira e fiquei ENCANTADA!!!! Na margem em que eu estava do Rio Douro havia uma orla repleta de restaurantes e comércios de souvenirs para todos os gostos e bolsos, lotada de turistas e na outra, à qual se chega atravessando a ponte D. Luis I, está a Vila Nova de Gaia onde estão as mais famosas caves de vinho do Porto (ai, ai...)...

 

Almocei em um restaurante razoavelmente cheio e com um preço de menu turístico mais compatível com o budget de mochileiros... Tomei uma deliciosa sangria, comi uma saladinha e um bem servido bacalhau a moda e fechei a conta com um espresso (báaaaaaaaaaasico!), tudo por 8 euros. A sobremesa me aguardava do outro lado do rio: as provas de vinhos que começariam pela cave Ferreira...

 

Caminhei um bom pedaço até chegar lá, passando por diversas outras caves. Ao chegar na Cave Ferreira, paguei 5 euros para provar dois tipos de vinho do porto, o branco e o tinto com direito a orientação de como degustá-los e a um apanhado histórico da cave... Já meio "altinha" mas insaciada entrei em outra cave, Sandeman, nessa foram mais dois cálices... Fiquei aleeeegre, atravessei a ponte de volta para Cais flutuando... Meus dedos do pé incharam de tanto tropeçar nos paralelepípedos das ruas... Bom, fui andando meio errante até parar no Terreiro da Sé, praça espaçosa onde está a Catedral da Sé, a Casa do Cabildo e o palácio episcopal. Entrei na catedral, que tem um órgão gigantesco ao fundo de sua bela nave. Depois paguei 3 euros para visitar os claustros (ligados por um pátio estranho e interessante) e a um museu de peças sacras que vale a pena ser visto.

 

Quando me dei conta já eram 7 horas da noite (o sol ainda estava alto), voltei andando para o centro, no caminho vi boa parte da cidade que estava coberta por uma película de luz dourada e laranja, linda... Cheguei ao Hostel às 9 da noite, quando rolava um jantar de integração e tudo estava super agradável... Comemos, bebemos e conversamos muito até alta madrugada...

 

 

[picturethis=http://www.mochileiros.com/upload/galeria/fotos/20101017162658.JPG 375 500 Legenda da Foto]Fachada da Igreja da Lapa.[/picturethis]

 

 

[picturethis=http://www.mochileiros.com/upload/galeria/fotos/20101017162337.jpg 353.088480801 500 Legenda da Foto]Placa com homenagem à D. Pedro IV, atrás dela fica a porta de bronze que guarda o coração do imperador.[/picturethis]

 

 

[picturethis=http://www.mochileiros.com/upload/galeria/fotos/20101017163434.JPG 375 500 Legenda da Foto]Órgão ao fundo da igreja...[/picturethis]

 

 

[picturethis=http://www.mochileiros.com/upload/galeria/fotos/20101017163837.JPG 500 375 Legenda da Foto]Porto visto da Vila Nova de Gaia.[/picturethis]

 

 

[picturethis=http://www.mochileiros.com/upload/galeria/fotos/20101017164229.JPG 500 375 Legenda da Foto]Vila Nova de Gaia vista da ponte D. Luis I.[/picturethis]

 

 

[picturethis=http://www.mochileiros.com/upload/galeria/fotos/20101017164644.JPG 375 500 Legenda da Foto]Pois é...[/picturethis]

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7º dia

Porto

 

Passeios:

 

Ônbus Turistico ( City Sightseeing), http://www.douroacima.pt - 12 euros Obrigatório

Almoço na Vila de Gaia Obrigatório

Palácio da Bolsa, http://www.portoxxi.com/cultura/ver_edificio.php?id=32 - 4,5 euros Obrigatório

Igreja de São Francisco Obrigatório

Livaria Lello Obrigatório

 

A alegria ensolarada durou pouco... Quando abri a janela de meu quarto pela manhã, estava garoando. Bom, era o meu último dia em Porto, então, eu não quis nem saber"quem esticou o pescoço da girafa", como dizia a minha avó, confisquei o guarda-chuvas da recepção do hostel e saí.

 

Havia um quiosque turístico na praça D. João I, em frente ao hostel, então aproveitei para comprar um ticket para o passeio turístico de ônibus (hop-on/hop-off, 12 euros) e mesmo com chuva, fui para o andar de cima. Nesse tipo de passeio você opta por dois roteiros: o vermelho, que vai até o castelo do queijo e o azul, que faz um circuito maior dentro de Gaia. Eu optei pelo itinerário vermelho, pois queria conhecer mais monumentos e parte das praias de Porto antes que começasse a chover para valer.

 

O passeio foi super bacana e eu tive muita sorte, desci em Gaia depois de duas voltas inteiras sem me molhar. Já era 1h da tarde e eu estava morta de fome. Nesse dia eu estava disposta a enfiar o pé na jaca, então almocei num restaurante sofisticado e delicioso em frente ao Rio Douro, em forma de container, chamado Ar de Rio (http://www.arderio.pt). Comecei os "trabalhos" com uma sangria deliciosa e uma deliciosa e bem servida fatia de queijo da Serra da Estrela (é obrigatório experimentar!!!!!) e depois, bacalhau na nata com cogumelos, ai, ai... E para variar, um cafezinho espresso para fechar.

 

Depois da esbórnia gastronômica do dia, subi no ônibus e desci na parada perto do Palácio da Bolsa, que disseram ser passagem obrigatória. A fachada é realmente bonita e imponente, mas apenas quando eu entrei em seus salões, descobri o porquê desse local ser um dos pontos turísticos mais interessantes de Porto: ali há uma variedade de estilos arquitetônicos impressionante. O Salão Árabe é simplesmente de cair o queixo, "com estuques de cor do final do século XIX, legendado a ouro em caracteres arábicos que cobrem praticamente todo o teto e as paredes".

 

Saí do Palácio e fui à Igreja de S. Francisco, única de arquitetura gótica da cidade. Ela começou a ser construída em 1383 e demorou quase 30 anos para ficar pronta. Ela é gigantesca e linda por fora e por dentro, com sua decoração toda em talha barroca dourada. O que me intrigou foi o fato de São Francisco, que fez voto de pobreza, ser homenageado com uma igreja com demasiados "requintes de opulência".

 

E por fim, fui conhecer a fomosa livraria Lello (e Irmão), simplesmente a livraria mais incrível em que eu já entrei. Para se ter uma idéia, a Lello não só serviu de inspiração para a escritora J.K Rowling quando morou em Porto, como dizem que ali foram rodadas cenas do filme Harry Potter.

 

Decidi voltar caminhando para o hostel, mas antes perambulei mais um pouco pelas ruas. Cheguei quase às 9h da noite na recepção do Rivoli, quando estavam servindo coquetel para os hóspedes. Ótima pedida!

 

Importante comentar que havia 2 dias que o vulcão islandes tinha dado mais uma baforada. Portanto, o hostel estava caótico porque vários hóspedes não puderam regressar aos seus países ou continuar suas viagens. E outras pessoas que tinham reservados os quartos estavam chegando. Havia duas meninas, das quais fiquei mais próxima (uma americana e uma alemã), que iriam ficar sem onde dormir caso não embarcassem, como eu estava sozinha no quarto já garanti um teto para elas caso o pior acontecesse.

 

 

[picturethis=http://www.mochileiros.com/upload/galeria/fotos/20101030231842.jpg 500 348.314606742 Legenda da Foto]Salão Árabe, Palácio da Bolsa.[/picturethis]

 

[picturethis=http://www.mochileiros.com/upload/galeria/fotos/20101030234937.JPG 375 500 Legenda da Foto]Fachada da Igreja de São Francisco.[/picturethis]

 

[picturethis=http://www.mochileiros.com/upload/galeria/fotos/20101030234110.JPG 375 500 Legenda da Foto]Pátio interno da Igreja de São Francisco.[/picturethis]

 

[picturethis=http://www.mochileiros.com/upload/galeria/fotos/20101030235317.JPG 375 500 Legenda da Foto]Livraria Lello.[/picturethis]

 

[picturethis=http://www.mochileiros.com/upload/galeria/fotos/20101030232211.JPG 375 500 Legenda da Foto] Interior da Livraria Lello.[/picturethis]

 

[picturethis=http://www.mochileiros.com/upload/galeria/fotos/20101030235903.JPG 500 375 Legenda da Foto]Aguardando o Papa... [/picturethis]

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8º dia

Porto - Lisboa

Trem de Porto para Lisboa - 20 euros (3 horas de viagem)

http://www.cp.pt

 

Albergue: Travellers House (http://web.mac.com/travellershouse/iWeb/Site/main.html)

1 noite: 20 euros (quarto com 4 camas)

 

 

Na noite anterior, arrumei a mochila e deixei de fora apenas a roupa que iria usar para viajar para Lisboa.

 

Depois de tomar o café da manhã, tranquiiiiila, fui buscar minhas coisas para poder fazer o check-out. Quando procurei a chave para devolver na recepção, cadê? Abri minha mochila, tirei tudo, chacoalhei, virei de ponta-cabeça e nada... Fiquei desesperada porque já estava perto da hora de tomar o trem para Lisboa. Não a encontrei e tomei o meu primeiro prejuízo da viagem ou seja, 10 euros para pagar a chave perdida.

 

Corri para a estação S. Bento e tomei o metrô que me levaria até Campanhã. Ufa, o trem ainda estava lá... Eu entrei e achei muitíssimo "elegante" para quem iria viajar de 2ª classe. Eu não conseguia achar o meu assento, então resolvi pedir ajuda a um dos fiscais, daí recebi a notícia: "o seu trem saiu há 30 minutos. Este aqui também vai à Lisboa, mas é de outra linha". Lá fui eu comprar outro ticket, mais 20 euros perdidos no dia, e daí fiquei de molho por mais uma hora até embarcar.

 

A viagem foi bem tranquila, mas assim como na ida para Porto, eu fiquei decepcionada com a paisagem.

 

Quando desci na estação Santa Apolônia não havia táxis, metrôs ou qualquer outro tipo de transporte disponível para me levar à Praça do Comércio. Guess what? Por razões de segurança, nada funcionaria naquele bairro, pois a V.Santidade Papa Bento XIV estava em Lisboa naquela tarde e iria abençoar os fiéis logo ali, a menos de 100 metros do Travellers House, albergue no qual eu iria pernoitar. O policial da estação disse que eu iria andar 15 minutos, eu acreditei.

 

:roll:

 

Foram cerca de 40 minutos de caminhada com quase 13kg na mochila. Quanto mais eu me aproximava da Praça do Comércio, mais difícil era andar no meio da multidão. Eu cheguei à rua do hostel, mas não pude atravessá-la porque não podia interromper as procissões intermináveis. Quando ameacei atravessar, um guarda ralhou comigo e disse que eu teria que andar mais cerca de 1km para poder dar a volta. Eu estava tão cansada e minhas costas doíam tanto que andei apenas mais 50 metros e quando vi uma brechinha, cruzei a rua correndo junto com outros "oportunistas" de plantão.

 

Quase subi as escadarias do hostel ajoelhada em agradecimento por finalmente ter chegado... Larguei as coisas no quarto, tomei um longo banho e fui comprar o meu almoço no mercado. Depois, passei o resto do dia na varanda observando o movimento e recebendo benção dos padres, bispos, acerbispos, enfim, de todo o clero português e do Papa.

 

Minha programação noturna foi leve e perfeita para as condições em que eu me encontrava: Noite de prova de vinhos. O álcool subiu rapidinho e meu ficou corpo mais relaxado. Fui dormir logo porque na manhã seguinte tomaria o vôo para Madri.

 

[picturethis=http://www.mochileiros.com/upload/galeria/fotos/20101031011611.JPG 375 500 Legenda da Foto]Dia de visita do Papa Bento XVI à Lisboa.[/picturethis]

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  • 3 semanas depois...
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9º dia

Lisboa - Madri/Espanha

Vôo da Tap (2h15)

http://www.flytap.com

 

Madri

Albergue - Hostelone Centro (http://www.hostels.com/hostels/madrid/hostelone-centro/24690?source=hostelscomhostelnames2&gclid=CP261MGU_KQCFchA2godJFWohA)

6 noites: 174 euros (quarto misto com 2 camas)

Sem café da manhã

 

Ao contrário do dia anterior, a minha partida para a Espanha foi bem tranquila. Peguei um taxi bem cedinho para o aeroporto (cerca de 11 pesos) e tomei um chá de cadeira por mais de mais de uma hora, pois Portugal ainda sofria as consequências das cinzas do vulcão Eyjafjallajokull (se alguém souber pronunciar isso me ensine, plis) terem fechado vários aeroportos pela Europa.

 

Contudo, o vôo foi tranquilo e quando cheguei ao aeroporto de Madri, a fiscalização não me parou sequer para perguntar as horas (rs).

 

Bem, para chegar ao meu hostel (HostelOne Centro), tive que tomar duas linhas de metrô, o que levou cerca de 40 minutos. Primeiro foi a linha rosa 8, direção Nuevos Ministerios, descendo na ultima estação, daí pequei o trem Renfe Cercanías (commuter train) na plataforma 8 e desci na 1ª parada, Sol. Eu saí na Praça Puerta del Sol e o tempo estava nublado e frio. Eu me dirigi a rua Carmen, que de acordo com o meu mapa estaria ao lado direito da saída do metrô ( logo a minha frente havia um outdoor em neon escrito 'Tio Pepe') . Entrei na rua Carmen e caminhei cerca de 4 blocos, onde estaria a entrada do hostel.

 

Algo que gostei de cara foi o fato de haver vários cafés e restaurantes na rua, além de um mercado gigante (El Corte Inglés) um quarteirão à frente.

 

Mais uma vez penei para achar a porta de entrada, vi as tais lojas de bolsas e de sapatos descritas nas indicações do hostel, mas nem sinal da grande porta marrom nº16. Bom, na realidade, havia um grupo de músicos mambembes "atuando" exatamente em frente ao endereço que eu queria checar, depois que eles terminaram a apresentação fui até lá averiguar. Maravilha, era ali mesmo. Toquei o interfone e subi os três andares de escada (ô, sina!) e toquei a campainha. Quando fui recebida no hostel, a primeira sensação que tive foi a de um balde de água fria caindo sobre minha cabeça. Inicialmente, achei tudo uma bagunça, escuro e feio. Quando entrei no quarto, outro susto: eu mal podia me mexer, era um cubículo. Sentei na cama e fiquei avaliando se não era a ocasião de procurar um hotel.

 

Guardei as coisas, respirei fundo e dei uma volta pelo hostel. Observando melhor, a sala de estar era pequena, mas acolhedora e a cozinha excelente: clara, espaçosa, completa e limpíssima; internet grátis e rápida com seis computadores à disposição dos hóspedes, e o melhor: bons chuveiros e banheiros muito limpos. Como os viajantes que estavam por ali se pareciam muito com os que conheci nos albergues em que estive antes, relaxei e fiquei. Mas a pergunta que não quer calar: porque o meu quarto (misto) era tão apertadinho?!?

 

Desci para dar uma volta no bairro e "almojantar", pois eram quase cinco da tarde. Fui numa rede de lanchonetes local e quando peguei o cardápio, vi que havia três modalidades de preços: balcão, mesa e varanda (mais caro). Achei uma palhaçada porque em cima desse valor ainda rola a "propina". O valor do meu prato de salada deu uma subida de três euros, se comparado aos preços de Portugal. Dei uma volta pelas ruas e estavam todas enfeitadas de azul e branco, pois o Atlético de Madri estava na final da UEFA, cujo jogo seria no dia seguinte.

 

Quando deu umas 7 da noite, começou uma ventania fortíssima e gelada. Corri para o mercado para comprar algumas coisinhas e um excelente vinho de 3 euros (na Europa você pode comprar bons vinhos nessa faixa de preço com bastante tranquilidade, agora, experimente fazer o mesmo no Brasil com um vinho de 10 reais?).

 

O mesmo grupo de pessoas que conheci ao chegar no hostel estava na cozinha. Então, separei os copos e abri a garrafa de vinho ali mesmo. Depois dessa, abrimos outra e entramos noite adentro compartilhando histórias e petiscos...

 

Obs: Só começou a anoitecer depois das 10h da noite.

 

[picturethis=http://www.mochileiros.com/upload/galeria/fotos/20101102205543.JPG 500 375 Legenda da Foto]Primeira impressão que tive de Madri ao sair da estação de metrô.[/picturethis]

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10º dia

Madri

 

Passeios:

Andar a pé pelas ruas de Madri; Obrigatório

Museu do Prado, http://www.museodelprado.es/ - 8 euros ; Obrigatório

Comemoração nas ruas da vitória do Atlético de Madri na UEFA; Inesquecível

Museu del Jamón; Obrigatório

Balada Madrileña. Obrigatório

 

Acordei, preparei e tomei o meu café da manhã e fui "bater perna". Para não perder o hábito confisquei uma sombrinha na recepção, porque o dia estava uma droga.

 

A vantagem de me hospedar nos arredores da praça Puerta del Sol é que ali é perto de tudo! A Praça, além de linda, é um "marco zero" para chegar aos principais pontos da cidade. A maioria dos museus que eu quis conhecer pude ir caminhando, além do parque do Bom Retiro. Adorei!

 

Até chegar ao museu do Prado fiz um passeio muito bonito pela Carrera de San Jeronimo, que dá acesso, inclusive, ao Parlamento. Além de admirar as fachadas dos edifícios, eu tinha que ficar olhando para o alto, pois frequentemente haviam grandes esculturas em suas cúpulas. Os boulevards super floridos e as praças de Madri também são uma atração à parte.

 

Cheguei ao Museu do Prado e encarei uma fila razoável. Depois de 40 minutos de espera, entrei. O Museu é simplesmente fantástico, tanto no que diz respeito à sua arquitetura quanto às exposições temporárias e às coleções de obras permanentes. Quando eu vi "As Três Graças" de Rubens, as obras de Goya e de El Bosco (Bosch) e "As Meninas" de Velasquez, meu coração quis saltar pela boca. Passei o dia inteiro lá e saí em estado de graça...

 

Atrás do museu fica a paróquia de São Jerônimo, achei sua vista super interessante, mas o que mais me chamou a atenção foi o grande retábulo dourado atrás do altar. Incrível!

 

No fim do dia, quando andava em direção ao hostel vi uma multidão na Plaza de Neptuno, que corta o Paseo del Prado. Tinha um palco gigantesco montado com faixas azuis e brancas e observando mais atentamente, ali todo mundo vestia azul e branco... O fato é que o Atlético de Madri havia ganhado a Copa da UEFA e a cidade estava em festa. Tirei fotos e dei uma pausa no Starbucks para comer. Quando voltei, a rua estava praticamente intransitável! Entrei no clima da festa e só quando escureceu rumei para o hostel. Foi muuuuuito bom!

 

Já no albergue, ao passar pela cozinha, encontrei a turma que conheci na noite anterior tomando vinho e cozinhando, peguei meu copo e me "integrei". Duas pessoas ainda iriam ao famoso Museo del Jamón, não hesitei e fui também. Lá eu comi um prato com presunto serrano e fatias de melão, uma mistura estranha, mas deliciosa....

 

Começou a ficar gelado e a garoar, mas ninguém queria voltar ao hostel. Então, passamos a noite conhecendo pubs e boites. Não lembro por quais bairros passamos, pois andamos tanto que eu já nem sabia mais como voltar ao hostel sozinha... rs

 

[picturethis=http://www.mochileiros.com/upload/galeria/fotos/20101105232710.JPG 375 500 Legenda da Foto]La estatua del oso y del madroño, na Praça Puerta del Sol, entre as ruas de Alcalá e Carrera de San Jerónimo, em pleno centro histórico da capital.[/picturethis]

 

[picturethis=http://www.mochileiros.com/upload/galeria/fotos/20101105233446.JPG 375 500 Legenda da Foto]Coisas que vi pelo caminho.[/picturethis]

 

[picturethis=http://www.mochileiros.com/upload/galeria/fotos/20101105233709.JPG 500 375 Legenda da Foto]Museo del Prado.[/picturethis]

 

[picturethis=http://www.mochileiros.com/upload/galeria/fotos/20101105234443.JPG 375 500 Legenda da Foto]Goya.[/picturethis]

 

[picturethis=http://www.mochileiros.com/upload/galeria/fotos/20101105235240.JPG 375 500 Legenda da Foto]Paroquia San Jerónimo el Real. [/picturethis]

 

[picturethis=http://www.mochileiros.com/upload/galeria/fotos/20101105235934.JPG 375 500 Legenda da Foto]Interior da Paróquia.[/picturethis]

 

[picturethis=http://www.mochileiros.com/upload/galeria/fotos/20101106000124.JPG 500 375 Legenda da Foto]Muvuca na praça.[/picturethis]

 

[picturethis=http://www.mochileiros.com/upload/galeria/fotos/20101106000621.JPG 500 375 Legenda da Foto]Pose para a foto...[/picturethis]

 

[picturethis=http://www.mochileiros.com/upload/galeria/fotos/20101106000819.JPG 500 375 Legenda da Foto]Preciso comentar?[/picturethis]

 

[picturethis=http://www.mochileiros.com/upload/galeria/fotos/20101106001123.JPG 500 375 Legenda da Foto]mais gente chegando...[/picturethis]

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Oi, Danielle!

 

Estou acompanhando atentamente o teu relato, já que pretendo ir para Portugal e Espanha em 2011. Já está na hora de fazer as minhas reservas, considerando que vou em julho :wink:

Sei que vai ser complicado, mas vou acompanhando uma amiga que é professora e só pode sair em férias nesse mês.

A tua narrativa está ótima e os links e fotos, idem. Parabéns!

 

Você mora em Brasília? Eu morei aí dois anos e ainda vou bastante a trabalho.

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Olá Anne e Cath,

 

Na realidade, cada vez que releio o meu relato sinto arrepios com as atrocidades que tenho cometido à gramática ao longo dos textos. Mas eu juro que quando terminar farei aquela garibada. rs

 

Anne, eu fiz minhas reservas 6 meses antes também, saiu bem mais em conta. Se vcs reservarem os hosteis/hoteis com pelo menos 3 meses de antecedência, também será tranquilo... Em Portugal e em Madri, tina bastante turista, mas não a ponto de incomodar. Agora, em Barcelona, minha nossa... Muuuita gente! Eu moro em BsB sim, você trabalha aonde quando está aqui?

 

Cath, montar esse relato também me transporta para os dias em que eu estava no velho mundo. Portugal foi uma maravilhosa descoberta. Volta e meia eu me flagro cantarolando fados totalmente nostálgica.

 

Beijos!!!!!

 

Dani.

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Olá,

Estou adorando seus relatos de viagem! Tenho certeza de que me ajudará muito, visto que no ano que vem, e coincidentemente em maio, irei com meu marido para Portugal, Espanha e França!!

Vc sabe se aquela promoção da TAM era temporária? Porque estou olhando para comprar as passagens já no mês que vem e estava pensando em comprar os trecho Lisboa- Madri, Madri-Barcelona e Barcelona- Paris pela easyjet!! No seu caso a promoção compensou mais??

Em relação às passagens de trem é melhor já comprar com antecedência também?

Aguardo o restante dos relatos...

 

Abraço.

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Olá Marseilly,

 

Desculpe a demora em responder a sua mensagem, eu passei a semana viajando a trabalho e só hj voltei para casa(ufa...). Acho que a promoção era temporária sim, mas quando estiver perto do período em que vc deseja comprar os tickets, vale a pena dar uma investigada nos sites de vendas de passagens como cheaptickets, submarino viagens, etc e o da própria TAP e também visitar uma boa agência de viagens para simular uma compra de todos os trechos que deseja fazer de avião. Eu mesma só soube dessa promoção porque o agente de viagens me avisou. A promoção compensou muito pq o valor da passagem incluindo lisboa-madri e conexão Paris-Lisboa saiu mais barato do que se eu fizesse apenas Brasilia-Lisboa-Brasilia. Diminuiu cerca de 200 reais do valor inicial.

 

Eu recomendo o trecho Madri-Barcelona de trem, é uma viagem que dura cerca de 4 horas no trem de alta velocidade e a paisagem é simplesmente incrível. Barcelona-Paris por meio da EasyJet vale à pena se vc estiver com grana e tempo curtos, pois ouvi dizer que a viagem de trem até Paris é magnifica, mas caaaaaaaaaara... Comprar tickets (translados internos) com muita antecedencia pode engessar um pouco a viagem, mas certamente é uma boa economia para o bolso. O bilhete que comprei da easyjet em janeiro (apenas depois que decidi quando iria para a França) praticamente dobrou de preço quando comparei dias antes de embarcar. A Renfe (Espanha) e a CP (Comboios Portugueses) dão bons descontos se você comprar com pelo menos 1 mes de antecedência (acho que a Renfe dá até 40% ou 60% de desconto se vc comprar 2 meses antes).

 

Abraços

 

Dani.

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