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Em breve, gostaria de viajar pela América Latina, começando pela Argentina (pois moro em Foz do Iguaçu), mas uma questão me deixa insegura: tenho epilepsia e tomo alguns medicamentos que não sei se vou conseguir em outros países.

Alguém já teve experiência parecida?

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54 minutos atrás, thelaurabruna disse:

Em breve, gostaria de viajar pela América Latina, começando pela Argentina (pois moro em Foz do Iguaçu), mas uma questão me deixa insegura: tenho epilepsia e tomo alguns medicamentos que não sei se vou conseguir em outros países.

Alguém já teve experiência parecida?

Olá Laura Bruna, 

Seja muito bem-vinda ao nosso mundo, dos loucos viajantes. 

A situação que você apresenta é um tanto que 'complexa', principalmente pelo fato das regras de transporte de medicamentos, que por sinal exigem MUITA atenção, e também diante a possibilidade de você precisar adquirir com urgência os 'psicofármacos' no exterior.

Vamos aos pontos de atenção: 

> Você precisa levar com você o psicofármaco de uso contínuo, porque para adquirir no exterior terá que fazer uma consulta médica no local que estiver. Sua receita brasileira não vai valer no exterior. E para transportar o medicamento para o exterior, terá que ter muita atenção e seguir as regras das companhias aéreas para não ter problemas sérios, principalmente com medicamentos psicofármacos de uso contínuo. 

Tenha com você uma prescrição médica, registrada em seu nome, constando o medicamento que está levando, se possível, leve também a nota fiscal dos medicamentos adquiridos. Como sua viagem será aqui pela América do Sul, não precisará levar também uma versão em inglês da receita médica, obrigatória se você for para qualquer outro lugar do mundo, observando também as normas sanitárias de cada localidade que for passar. Só para se ter uma ideia da complexidade desse tipo de transporte, os Estados Unidos proíbem até mesmo a dipirona sódica. Imagine então medicamentos mais complexos. 

Volto a ressaltar: a prescrição médica brasileira NÃO tem validade no exterior. Para comprar medicamento controlado fora do Brasil, você teria de passar por uma consulta em um hospital local e solicitar uma receita do país que estiver visitando. Um ponto fundamental nesse caso: consultas não emergenciais no exterior podem ter custo muito alto e não são cobertas por seguro viagem. Por isso, leve a quantidade adequada dos seus medicamentos para não precisar passar por essa consulta e ter esse gasto elevado. 

Atenção também ao transportar o seu medicamento no voo. Leve sempre na sua bagagem de mão, dentro da embalagem original (inclusive dentro do blister), para facilitar a comprovação do conteúdo por parte dos agentes de imigração. E levando com você no avião, em caso de extravio de bagagem de porão você terá o medicamento com você. 

Ahhhhhhh, eu estava me esquecendo. Você não disse se estará sozinha durante a viagem ou acompanhada. Se caso a segunda opção for verdadeira, informe sua condição para quem estiver te acompanhando. Deixe-a orientada e informada de tudo, principalmente quanto ao uso do medicamento. No caso da primeira opção, sugiro que você use um bracelete discreto contendo informações sobre sua necessidade ou uma espécie de 'carteirinha' que possa ajudar com essas informações em caso de crise. 
 

Amiga, você não está sozinha. A epilepsia atinge cerca de 1% da população mundial e não é motivo para deixar de viajar. 
No mais, desejo a você muita sorte.  😉 

 

Editado por Luka Izzo
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1 hora atrás, thelaurabruna disse:

Em breve, gostaria de viajar pela América Latina, começando pela Argentina (pois moro em Foz do Iguaçu), mas uma questão me deixa insegura: tenho epilepsia e tomo alguns medicamentos que não sei se vou conseguir em outros países.

Alguém já teve experiência parecida?

Oiê!

Eu não tenho exatamente o mesmo problema que vc, mas sou diabética tipo 1 e uso bomba de infusão, o que não é muito comum aqui na América do sul, apesar de eu já usar desde 2011.

Eu já tive alguns perrengues em alguns países, incluindo particularmente Uruguai e Portugal, onde consegui ser "ajudada", a despeito da peculiaridade do meu tratamento.

Como não temos a mesma "doença" não posso te auxiliar na prática, e sim de forma teórica - e serve pra qualquer situação:

- leve todo o medicamento que vc precisar com vc, inclusive duplicado se for o caso, na mala de mão e despachada se for de avião;

- pra isso, e pra não ter problemas, peça pro seu médico emitir um laudo sobre a sua saúde (qual a doença que tem) e quais medicamentos usa - EM INLGLES ou espanhol;

- procure no facebook (eu já nem tenho, mas vale pra essas ocasiões) grupos sobre o seu problema no país de origem... quem me salvou no Uruguay foi o grupo "diabeticos no uruguay".

- na impossibilidade de levar todo seu medicamento para o período (caso de mochilões longos), preocupe-se em: ver se a venda do seu medicamento ocorre em farmácias comuns e se precisa de receita (não é o caso dos meus por exemplo, só vendidos pelo fabricante). Se não vende e precisa de receita, ver como conseguir. Se vende, ter o laudo do seu médio e receita dos medicamentos que usa em inglês/espanhol, pra que, se necessário, um médico do país se pautar no laudo do seu médico.

Tomara que dê tudo certo pra vc! Que seus perrengues não te limitem! :D

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18 horas atrás, Luka Izzo disse:

Olá Laura Bruna, 

Seja muito bem-vinda ao nosso mundo, dos loucos viajantes. 

A situação que você apresenta é um tanto que 'complexa', principalmente pelo fato das regras de transporte de medicamentos, que por sinal exigem MUITA atenção, e também diante a possibilidade de você precisar adquirir com urgência os 'psicofármacos' no exterior.

Vamos aos pontos de atenção: 

> Você precisa levar com você o psicofármaco de uso contínuo, porque para adquirir no exterior terá que fazer uma consulta médica no local que estiver. Sua receita brasileira não vai valer no exterior. E para transportar o medicamento para o exterior, terá que ter muita atenção e seguir as regras das companhias aéreas para não ter problemas sérios, principalmente com medicamentos psicofármacos de uso contínuo. 

Tenha com você uma prescrição médica, registrada em seu nome, constando o medicamento que está levando, se possível, leve também a nota fiscal dos medicamentos adquiridos. Como sua viagem será aqui pela América do Sul, não precisará levar também uma versão em inglês da receita médica, obrigatória se você for para qualquer outro lugar do mundo, observando também as normas sanitárias de cada localidade que for passar. Só para se ter uma ideia da complexidade desse tipo de transporte, os Estados Unidos proíbem até mesmo a dipirona sódica. Imagine então medicamentos mais complexos. 

Volto a ressaltar: a prescrição médica brasileira NÃO tem validade no exterior. Para comprar medicamento controlado fora do Brasil, você teria de passar por uma consulta em um hospital local e solicitar uma receita do país que estiver visitando. Um ponto fundamental nesse caso: consultas não emergenciais no exterior podem ter custo muito alto e não são cobertas por seguro viagem. Por isso, leve a quantidade adequada dos seus medicamentos para não precisar passar por essa consulta e ter esse gasto elevado. 

Atenção também ao transportar o seu medicamento no voo. Leve sempre na sua bagagem de mão, dentro da embalagem original (inclusive dentro do blister), para facilitar a comprovação do conteúdo por parte dos agentes de imigração. E levando com você no avião, em caso de extravio de bagagem de porão você terá o medicamento com você. 

Ahhhhhhh, eu estava me esquecendo. Você não disse se estará sozinha durante a viagem ou acompanhada. Se caso a segunda opção for verdadeira, informe sua condição para quem estiver te acompanhando. Deixe-a orientada e informada de tudo, principalmente quanto ao uso do medicamento. No caso da primeira opção, sugiro que você use um bracelete discreto contendo informações sobre sua necessidade ou uma espécie de 'carteirinha' que possa ajudar com essas informações em caso de crise. 
 

Amiga, você não está sozinha. A epilepsia atinge cerca de 1% da população mundial e não é motivo para deixar de viajar. 
No mais, desejo a você muita sorte.  😉 

 

Olá Luka, suas informações foram de fundamental importância. Agradecida pelo acolhimento! 🌻

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17 horas atrás, Juliana Champi disse:

Oiê!

Eu não tenho exatamente o mesmo problema que vc, mas sou diabética tipo 1 e uso bomba de infusão, o que não é muito comum aqui na América do sul, apesar de eu já usar desde 2011.

Eu já tive alguns perrengues em alguns países, incluindo particularmente Uruguai e Portugal, onde consegui ser "ajudada", a despeito da peculiaridade do meu tratamento.

Como não temos a mesma "doença" não posso te auxiliar na prática, e sim de forma teórica - e serve pra qualquer situação:

- leve todo o medicamento que vc precisar com vc, inclusive duplicado se for o caso, na mala de mão e despachada se for de avião;

- pra isso, e pra não ter problemas, peça pro seu médico emitir um laudo sobre a sua saúde (qual a doença que tem) e quais medicamentos usa - EM INLGLES ou espanhol;

- procure no facebook (eu já nem tenho, mas vale pra essas ocasiões) grupos sobre o seu problema no país de origem... quem me salvou no Uruguay foi o grupo "diabeticos no uruguay".

- na impossibilidade de levar todo seu medicamento para o período (caso de mochilões longos), preocupe-se em: ver se a venda do seu medicamento ocorre em farmácias comuns e se precisa de receita (não é o caso dos meus por exemplo, só vendidos pelo fabricante). Se não vende e precisa de receita, ver como conseguir. Se vende, ter o laudo do seu médio e receita dos medicamentos que usa em inglês/espanhol, pra que, se necessário, um médico do país se pautar no laudo do seu médico.

Tomara que dê tudo certo pra vc! Que seus perrengues não te limitem! :D

Valeu Juliana! Em especial sobre os grupos no Facebook, vou ter que entrar em contato com cada grupo/país pra ver como funciona o acesso às consultas lá, porque os meus medicamentos precisam de receita..

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  • 2 semanas depois...
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Sempre levei tudo como roupa e nunca falaram nada,apenas 1 vez quando voltava na fronteira de Corumbá, um fiscal da receitaapreendeu dizendo que era contrabando, pois eram de 8 tipos diferentes. Mostrei a ele quem eu era,disse para falar com o chefe.Que fiz?No outro dia entrei com um processo na justiça federal, em face da receita. O juiz deu uma liminar, sustou a apreensão dele e ganhei o mérito também.Porém, são remédios para circulação,não tarja preta. 

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