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1º/05/2009 - Expedição Mochileiros ao Pico Paraná


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  • Membros de Honra

Expedição Mochileiros ao Pico Paraná

 

Feriado de 1º de maio chegando, nos estado de São Paulo, Rio de Janeiro e Paraná pessoas começam a se movimentar por um bom programa no dia do trabalhador.

 

Alguém lança a idéia no fórum, “Vamos ao Pico Paraná”. Troca de e-mail para cá e para lá e a “expedição” estava montada. Vindo do Rio de Janeiro Haole, de São Paulo Marcosplf e Katish(que na verdade é de Santa Catarina) e do Paraná DaniloDassi e seu amigo Derso. Todos prestes a passar poucas e boas durante o feriado.

 

Começa a Expedição!

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Na madrugado do 1º de maio acordei com o telefonema do Haole dizendo que estava chegando em 40 minutos no Terminal Rodoviário do Tietê, era um pouco antes das 4 da manhã. Tomei meu banho e me troquei esperando a Katish em minha casa que vinha de Interlagos, ela chegando fomos buscar o Haole no Tietê e caímos na BR rumo a Fazenda Pico Paraná.

 

Pegamos um pouco de transito na Regis por conta de alguns acidentes e chegamos na fazenda por volta das 10:30 h, quase juntos com Danilo e o Derso que vieram de Maringá.

 

O tempo estava nublado e um pouco frio, iniciamos a subida por volta das 11 horas, ainda sem rumo definido, pois a Serra estava muito cheia e o clima não era favorável. Após a subida do Getúlio e encontrar muitas pessoas subindo em direção ao Caratuva optamos em seguir em direção ao Pico Paraná, que dispões de mais pontos de acampamento que os outros picos da região.

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A trilha estava o caos, lama, chuva, mata fechada. Por vezes nos lembrávamos do cenário do filme Rambo I ou Predador. Mas mesmo diante da dificuldade da trilha íamos nos divertindo com os diferentes sotaques do nosso grupo, cada um contando suas histórias, expondo seus trejeitos e expressões.

 

Caminhávamos num ritmo constante, porém lento devido às péssimas condições da trilha. Nos deparamos com várias pessoas no sentido contrário que desistiram de continuar devido ao caos. As notícias de quem retornava não eram muito animadoras, porém somos brasileiros (e de várias partes do nosso querido país) e não desistimos nunca, continuávamos em frente.

Começou a escurecer e ainda não tínhamos atingido o acampamento A1, caminhamos por mais de uma hora no escuro e após 6 horas e trinta minutos chegávamos ao primeiro acampamento, que estava lotado, com muito custo achamos um espaço que caberia nossas três barracas.

 

Levantamos acampamento ainda debaixo de chuva, todos molhados, com frio e fome. A chuva não dava sinais de trégua e quem se arriscou a cozinhar o fez no avanço das barracas, por volta das 20 horas eu já estava dormindo, ou ao menos tentando. O único espaço que conseguimos armar a barraca era no barranco! Eu caía em direção à parede da barraca e a Katish caía em cima de mim e chovia! Chovia demais! Na outra barraca, no mesmo barranco, o Danilo ia contra a parede, esmagado pelo Derso! E o Haole dormia tranqüilamente após um super jantar preparado no avanço, pois sua barraca estava armada em um único platozinho existente.

 

Acordamos debaixo de chuva, nossa idéia era atacar o cume do Pico Paraná, porém optamos por ficar o dia acampados esperando que o tempo abrisse. Esperamos em vão! Passamos o dia todo no A1 conversando (e que galera boa de papo) e bebendo um bom capuccino, acho que ao todo foi uns 4 litros da bebida....

 

Durante o dia víamos alguns trekkers que passavam em direção ao cume, e a maioria voltava desistindo, diziam que as escadas pareciam uma cascata. Passaram por nós algumas figurinhas, como um grupo que acampou no A2 e que levara um caixa de cerveja para cada, mais vodka, conhaque e outras coisas! Fiquei imaginando como não caíram das escadas ou explodiram quando fumaram um cigarro, me lembrei na hora do ditado “Deus protege os bêbados e as criancinhas!”.

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No final do dia eu e o Danilo ainda fomos até o A2 com a desculpa de buscar água na bica atrás da casa de pedra, a trilha estava ruim de mais, as escadas apesar de suprimidos alguns grampos não foram de grandes dificuldades.

 

Dormimos na esperança de um domingo ensolarado, pois havia estrelas no céu.

 

Ledo engano o domingo estava frio, chuvoso, nublado e não se via nenhum dos Picos da região. Porém não queríamos perder a viagem e decidimos atacar o cume, saímos às 9:30 h do A1 eu, Haole, Danilo e Derso, a Katish optou por ficar no acampamento, com as meninas que estavam na barraca ao lado e estavam esperando os amigos que também foram ao cume.

 

A trilha estava molhada, passamos sem grandes dificuldades pelos grampos antes do A2. Após o A2 a trilha estava bem difícil, quanto mais alto subíamos mais difícil ficava, neste trecho não foram retirados grampos, ou os que foram não atrapalham a subida, mas como estava chovendo, sem visibilidade alguma e com muita lama na trilha, tínhamos que andar com atenção redobrada, passando os grampos com cuidado.

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Atingimos o cume 2 horas após termos saído do A1, não se via nada do cume, o vento soprava com força e meu termômetro marcava 11ºC. Assinamos o livro e iniciamos a descida, também com grande dificuldade, pegamos um pouco de “transito” depois do A2 e chegamos de volta no A1 4 horas e meia depois de iniciarmos a subida.

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A katish tinha iniciado a descida com as meninas do outro grupo, botamos o acampamento para baixo e conseguimos sair de volta para a fazenda as 15:30, o tempo começava a abrir e conseguimos por um bom ritmo na volta, fazendo o trecho em 3 horas e meia, sendo que pegamos um pouco de sol ao contornar o Caratuva, após 3 dias de chuva me deixou muito feliz tomar um pouco de sol na cara. Quando atingimos a bifurcação da trilha entre o Caratuva e Pico Paraná já estava escuro e descemos até a fazenda sob as luzes de nossas lanternas.

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Tomamos nosso banho e rumamos a Curitiba onde comemoramos o “sucesso” de nossa empreitada em um rodízio de pizza, onde ficamos quase até meia noite, conversando rindo e brindando (com refrigerante pois tínhamos um longo caminho pela frente..rs.) as novas amizades e ao perrengue De lá os paranaenses tomaram seu rumo a Maringá e nos, paulistas e carioca, fomos em direção a São Paulo. Deixei o Haole na rodoviária era quase 6 da manha, a Katish tomou seu rumo e eu cai na cama como um bebê.

 

Se não foi uma viagem com um belo visual por conta do clima, com certeza valeu por juntar um grupo muito bom, não houve um atrito sequer, todos riram, se divertiram e já estamos marcando uma nova trip!

 

Galerinha nota 10! Todos sem exceção, sejam paulistas, cariocas, paranaenses ou catarinenses estão de parabéns, fomos unidos pelo espírito de aventura e como grupo conseguimos atingir nosso objetivo, provando que para se divertir não importa idade, sexo ou onde cada um mora, basta estar disposto a sentir a natureza e conhecer pessoas!

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  • Membros de Honra

É engraçado ver a galera do interior do PR, SP e RJ fazendo expedições pro "meu quintal de casa", rodando váááários km pra ir prum lugar que eu frequentava bastante, e com certa facilidade (pela distância de Ctba).

Realmente, a serra do Ibitiraquire é muito bonita, pena que o tempo não ajudou. Certa vez fomos pra durmir no pico, mas chegamos no A1 pregados, armamos a barraca (só tinha nós), e de repente chega um bando de escoteiros invadindo o A1. Devia ter mais de 50!!!

Olhamos um p/ a cara do outro e decidimos na hora desarmar o acamp. e subir o Itapiroca. Lá ficamos tranquilos, de cara pro PP. Fica a dica, se o A1 estiver cheio, parte pro A2, ou volta pro Itapiroca, fica pertinho, 1/2 hora de caminhada do A1.

Pra não ficar sem um "causo", a noite os escoteiros começaram a emitir SOS com uma puta lanterna (vimos de cima do Itapiroca) e no dia seguinte, bem cedinho ouvimos um som bem alto de avião, saímos da barraca e um helicóptero passou rassante no Itapiroca, deu uma volta e pousou a 50 metros da nossa barraca!!! Era o resgate da PMPR, pois um jato comercial copiou o SOS e acionou o resgate.

Batemos papo com os bombeiros, tomamos do chimarrão do piloto, tiramos foto e contamos que o SOS foi enviado pelos escoteiros... eles levantaram voo, foram a até o PP, sobrevoaram e foram embora.

Agora o pior, estávamos em três, eu e um colega acordamos e presenciamos a história, o nosso companheiro não acordou nem quando o helicóptero levamtou voo a 50 metros!!! Cara, é muito barulho!!! Tivemos que acordá-lo e mostrar o danado sobrevoando o PP, senão ele só ia ver o helicóptero nas fotos.

Vou ver se consigo scanear a foto e posto aqui...

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  • Membros de Honra

Pipino demorou, só se juntar a gente, sempre que vou pra lá eu posto algo aqui, mas só vai se vc trocar de apelido, pois acampar com Pipino de Ponta Grossa é complicado! ::lol4::::hahaha::

 

Jorge to esperando o Haole Baixar as fotos, o bicho saiu daqui de sampa pro rio era 6 horas da manhã, deve ta durmindo ainda...rs. Tava tanta chuva que eu fiquei com medo de tirar minha cam do estanque, tava tão fechado o tempo que não se via nenhum dos picos do A1 ::ahhhh::

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  • Membros de Honra

Booooooooa Marcão, relato "maravilindo"!!! HAUihAuoAHoIHUAoiuahua

Só faltou os detalhes como os "sapos" que rodeavam as barracas, as inúmeras idas ao "escritório", o grito do vizinho "Porra, to tentando dormir faz 5 horas", "as paradax malucax e xinistrax" do Haole, as mil e uma "faces" do Renato Mar / Beira Russo/ Beira Mar/ Dangerous/ Gordo.... putz, se for escrever tudo da um livro!!!

 

Fora as dicas do nosso querido editor Haole, sempre mostrando novas formas de arrumar as bagagens, ajustes e puxões de orelha quando rolava alguma prezepada.

 

Não vejo a hora de curtir outras trip com esse bando de malucos, mestre cucas, exploradores, curiosos e acima de tudo companheiros de aventuras! Vem nimim Toddynho!!!!!

AhiuOAhuOIAhuAHiouahiuauAHa

 

 

Ps: Se alguem "perdeu" algo na trilha, sugiro olhar nas coisas do Haole! HAuiohAOUhAOUhAHuhAOUhAUhauauha :lol: :lol: :lol:

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  • Membros de Honra

Otávio ia te responder que tinha escoteiros ai de ctba acampando do nosso lado..rs.. O pessoal muito gente boa! Ali tem mtos escoteiros mesmo.

 

A gente chegou com o A1 cheio pensamos em ir para o A2 (que descobrimos que tbm estava cheio) mas ja tinha anoitecido e estava chovendo e acampamos num gramadinho no barranco mesmo. Pior que tinha um pessoal sem noção que fez um cama com as caratuvas, destruindo a vegetação por ali, e ainda por cima deixaram duas lonas no local, e na descida encontrou o grupo do seu colega de trabalho dizendo que tinha feito e deixado as lonas e que eles poderiam usá-las.

 

Agora td que eu queria era um helicoptero de resgate no sabado diante daquela chuva toda hahaha ::lol4::

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  • Membros de Honra
Acabo de descobrir que um colega de trabalho (que é escoteiro 8) ) conheceu vocês no A1.

As meninas que desceram com sua colega é da turma deles, estavam no pico quando vocês subiram... eita mundo pequeno sem porteira!!!

E sabe o que é "pior" Otávio? Depois de trocar algumas idéias descobrimos que já haviamos nos encontrado em 2008, na Ilha do Mel. O pessoal estava realizando um encontro de escoteiros e nós estavamos desfrutando daquela ilha maravilhosa!

 

Começamos e rir e lembrar das trapalhadas que aconteceram em 2008 e criar novas em 2009!

 

Tem coisas, que só as viagens fazem com você! :mrgreen:

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  • Membros de Honra
Booooooooa Marcão, relato "maravilindo"!!! HAUihAuoAHoIHUAoiuahua

Só faltou os detalhes como os "sapos" que rodeavam as barracas, as inúmeras idas ao "escritório", o grito do vizinho "Porra, to tentando dormir faz 5 horas", "as paradax malucax e xinistrax" do Haole, as mil e uma "faces" do Renato Mar / Beira Russo/ Beira Mar/ Dangerous/ Gordo.... putz, se for escrever tudo da um livro!!!

 

Fora as dicas do nosso querido editor Haole, sempre mostrando novas formas de arrumar as bagagens, ajustes e puxões de orelha quando rolava alguma prezepada.

 

Não vejo a hora de curtir outras trip com esse bando de malucos, mestre cucas, exploradores, curiosos e acima de tudo companheiros de aventuras! Vem nimim Toddynho!!!!!

AhiuOAhuOIAhuAHiouahiuauAHa

 

 

Ps: Se alguem "perdeu" algo na trilha, sugiro olhar nas coisas do Haole! HAuiohAOUhAOUhAHuhAOUhAUhauauha :lol: :lol: :lol:

 

Po danilo tem coisa que a gente omite no relato pra todo mundo pensar que a gente é civilizado ::lol4:: pode ver que eu num cai nenhuma vez no relato, mas a trilha foram várias ::lol4::

 

Realmente o haole deu uma boa ajuda com ajustes e dicas, um cara muito atencioso e totalmente pró-grupo, tomei varias broncas dele do tipo "Pô Marcoxxx pisa com calma, num sai andando na trilha que nem um monxxxtro que tu vai cairrr maixxx uma vexxxx!" ::lol4::

 

De fato não so o haole mas todos nós recolhemos bastante lixo, como cscas de bananas, mexiricas, plasticos etc.. que o povo ia deixando pra trás. uma pena....

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