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SERRA DA MANTIQUEIRA - Santo Antonio do Pinhal, Campos do Jordão, São Bento do Sapucaí (+ Sul de Minas) - Julho/23


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Oi pessoal!

Depois de muito tempo sem escrever meus relatos, venho falar sobre uma viagem de fim de semana que fiz neste mês de julho. Como não vi relatos da região da Serra da Mantiqueira/Sul de MG pós-pandemia, vou compartilhar um pouco da minha viagem e trazer algumas informações atualizadas desta que, pra mim, é uma das áreas mais lindas do Brasil. 

Fizemos esta viagem de carro para ter uma maior autonomia ao circular pelas cidades da Mantiqueira Paulista e Sul de MG. É uma região com estradas belíssimas, sinuosas e com paisagens bucólicas, cheias de araucárias e de natureza pouco explorada. Eu gosto muito da Serra da Mantiqueira e vale ser visitada várias vezes, seja para turistar ou para se desconectar da cidade grande. Eu já fui várias vezes para a região da Mantiqueira, mas nunca após o período de pandemia, e muita coisa mudou por lá. (Sobretudo, em Campos do Jordão. Cada vez mais gourmetizada).

Alugamos um Airbnb na zona rural de Santo Antonio do Pinhal, às margens da SP-50, a pouco mais de 20 minutos do centro da cidade. Era na verdade um chalé muito agradável com vista para as montanhas da Mantiqueira, de fácil acesso e bem equipado com utensílios básicos. Optei pelo Airbnb por ser mais barato e por querer algo na zona rural mesmo. Os preços de hoteis em Campos de Jordão costumam ser absurdos. Anexo abaixo algumas fotos do chalé e sua vista:

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Na sexta (29/06), saímos de Santos ao meio-dia rumo à Serra da Mantiqueira. O check-in começava a partir das 14hrs, então daria tempo de chegar ao chalé em um horário bom. Na ida, pegamos a Dutra e entrei em Taubaté na SP-123 (é o caminho mais tradicional para subir a serra). Logo após a entrada do trevo de Santo Antonio do Pinhal (SP-046), temos do lado direito a estação ferroviária Eugênio Lefevre. Até alguns anos atrás, havia um trem turístico que parava por ali, mas creio que está inoperante. A estação foi toda reformada e hoje abriga uma lanchonete que vende o tradicional bolinho de bacalhau (R$14), além de várias iguarias regionais, como queijos, doce de leite, goiabada e doces em geral. É uma parada no meio da viagem que vale a pena. Comi um bolinho + suco de uva natural (total = R$24). No local, caminhando para a esquerda, existe o Mirante de Nossa Senhora Auxiliadora, de onde se avista o Vale do Paraiba e a Serra da Mantiqueira.

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Após a parada, fomos em direção ao chalé e chegamos por volta das 16hrs. A anfitriã nos recebeu muito bem e nos deixou a vontade no local. O chalé era uma espécie de bangalô, com um deck e a parte superior com janelas de vidro, sem cortinas. Lindissímos! A noite era possível observar um show de estrelas no céu. Pagamos cerca de R$600,00, para 3 diárias e 3 pessoas (valor bom). Como já mencionei, as estradas da região são bem sinuosas e, a noite, há pouca iluminação. Devido a isso, optamos por ficar no chalé após a chegada e fizemos um fondue para jantar, afinal, estava um frio apreciável (cerca de 8ºC).

No dia seguinte (30/06), acordamos cedo, tomamos café e pegamos o carro em direção a Campos do Jordão. Fomos para a cidade pela SP-050, ao contrário do usual que é pela SP-123. É uma rota muito menos movimentada, mas muito mais bonita! Chegamos a Campos do Jordão por volta das 09hrs e encontramos um bom lugar para estacionar o carro na Vila Capivari. Sempre digo que é bom chegar cedo em Campos, pois a cidade recebe muitas excursões/visitantes e lota rapidamente, ainda mais neste período de inverno. A última vez que eu havia estado em Campos foi em 2016, e a cidade mudou muito em pouco mais de 7 anos. Está melhor estruturada, e mais cara também. Na região da Vila Capivari foi construído um parque que abriga restaurantes, roda-gigante, arvorismo, tirolesa, entre outras atrações. O teleférico foi reformado e agora há bondinhos fechados também. Enfim, Campos mudou muito, e achei que perdeu um pouco do charme que tinha há 20 anos. Tudo parece artificial e feito pra vender (e realmente é!). 

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Demos uma volta pela Vila Capivari, fomos na feira de artesanato e por volta do meio-dia paramos para almoçar. É preciso garimpar onde almoçar e o que almoçar em Campos do Jordão, pois tem comida para todos os gostos. Escolhemos um restaurante chamado Kilo Certo, que fica próximo ao Parque Capivari. O restaurante oferecia comida caseira a vontade por R$ 45,00. Bom custo-benefício, pois a comida era gostosa. 

Depois, pegamos o carro e fomos em direção ao Mirante do Alto do Lajeado. Neste ponto, está o ponto culminante ferroviário do Brasil (1.743m), e eu como geógrafo e adorador de uma placa, parei para registrar rs. Este ponto fica na estrada de acesso à Fazendinha Toriba, e nesta mesma estrada está localizado o mirante. Foi a melhor vista panorâmica da viagem! Toda a imponência da Serra da Mantiqueira vista de cima. Incrível!

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A estradinha dá acesso direto à SP-123, e de lá fomos para Santo Antonio do Pinhal. A cidade é pequena, com uma praça principal onde há uma feirinha. Não há muito o que ver no centrinho em si, mas é interessante de conhecer. A graça de Santo Antonio do Pinhal está justamente na simplicidade. Há alguns restaurantes por lá para todos os gostos, desde churrascarias à gastronomia local. Santo Antonio é uma opção menos onerosa em relação à Campos do Jordão, e vale a pena se hospedar nela se estiver viajando de carro, visto que a distância entre ambas é pequena (13km).

Ao entardecer voltamos para o chalé e cozinhamos algo para a jantar.

No domingo (01/07), podíamos fazer o check-out do chalé até o meio-dia. Optamos por sair mais cedo e ir conhecer as vizinhas São Bento do Sapucaí e Sapucaí-Mirim. As duas cidades ficavam a cerca de 20km do chalé e, por curiosidade, Sapucaí-Mirim esta em território mineiro, enquanto São Bento em território paulista. O engraçado é que pra chegar em São Bento, é necessário sair de SP, passar por MG, e depois voltar para SP. Sapucaí-Mirim é um enclave, sendo um dos poucos casos assim no Brasil (e no mundo).

Primeiro fomos a São Bento do Sapucaí, através da SP-042. Já estou sendo redundante, mas mais uma vez afirmo sobre a beleza das estradas da região. As paisagens são incríveis! A cidade é ponto de partida para as expedições da Pedra do Baú (dá para ve-la ao fundo na imagem abaixo), um dos pontos mais famosos da Mantiqueira. A subida na montanha é permitida, desde que haja agendamento prévio. A Pedra da Baú é vista de toda a cidade e é um símbolo do município, estando presente até nos poucos souvernirs que vimos. Passamos pela Igreja Matriz de São Bento e estacionamos em frente ao Mercado Municipal da cidade. Lá compramos algumas lembrancinhas e fomos andando até a Igreja Nossa Senhora do Rosário. A cidade ainda está despertando para o turismo, nos próximos anos deve aparecer com um potencial.

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Saindo de São Bento do Sapucaí, passamos na vizinha Sapucaí-Mirim para almoçar. Procurei alguns restaurantes no Google e encontrei o ótimo restaurante Panela Mineira. Comida mineira, saborosa, de excelente qualidade, a vontade por R$ 46,00. Recomendo, o bolinho de truta deles é maravilhoso. Demos uma volta pelo centrinho de Sapucaí-Mirim e pegamos a estrada para vir embora. Passamos no Império do Queijo na beira da SP-042, saindo de Sapucaí-Mirim. Queijos artesanais e outros produtos a preços bons. Comprei dois queijos frescal a R$ 18 cada. (Nos mercados da cidade grande estão quase 30!).

O retorno a Santos, ao invés de pegar a SP-123, fomos pela SP-050 até São José dos Campos,. É um caminho muuuuito mais longo! Não estávamos com pressa, mas é uma pista muito mais sinuosa e leva mais tempo por passar dentro de São José no final. No meio da SP-050 tem uma pequena cidade chamada Monteiro Lobato, cuja maior atração turística é o Sitio do Picapau Amarelo. Não paramos, mas é uma opção para quem tem curiosidade.

Enfim, para quem deseja fazer viagens curtas aqui no Sudeste, recomendo fortemente a Serra da Mantiqueira. Ela é muito mais do que Campos do Jordão! Há locais belíssimos para explorar e visitar. 

 

Editado por luizh91
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Luiz sempre nos brindando com ótimo relato.

Vc informou que para subir a pedra do baú tem que agendar antecipadamente, é isso mesmo? Estava programando retornar lá em setembro.

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23 minutos atrás, casal100 disse:

Luiz sempre nos brindando com ótimo relato.

Vc informou que para subir a pedra do baú tem que agendar antecipadamente, é isso mesmo? Estava programando retornar lá em setembro.

Oi casal, obrigado!

Eu não sabia sobre essa questão de agendar tambem. Segundo os moradores locais, esse agendamento começou durante a pandemia para controle de acesso e continua. Agora é necessário pagar uma taxa de entrada e agendar a subida via ferrata na Pedra do Baú.

Aqui tem mais infos: https://saobentotur.com.br/mona-pedra-do-bau/

 

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48 minutos atrás, D FABIANO disse:

@luizh91 Também não fui a Campos após 2019 e fiquei em duvida sobre otrem turistico.Não existe mais?

Oi Fabiano. Ele ainda existe, mas circula apenas na área urbana de Campos, saindo da última estação (Emílio Ribas/Vila Capivari) ou Abernéssia. O trem que subia a serra desde Pindamonhangaba está inoperante desde a pandemia.

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Em 12/07/2023 em 09:00, casal100 disse:

Luiz sempre nos brindando com ótimo relato.

Vc informou que para subir a pedra do baú tem que agendar antecipadamente, é isso mesmo? Estava programando retornar lá em setembro.

Eu amo essa região mas pra mim a cereja do bolo é justamente São Bento do Sapucaí. A cidade tem cachoeiras, mirantes, trilhas, olivícola, vinícolas, cervejaria. 

Por lá fui até o Bauzinho, que não precisa agendamento e fiz a trilha Ana Chata, que é justamente a pedra em frente a Pedra do Baú. 

Me inspirei no seu e vou fazer um roteiro com a dobradinha São Bento do Sapucaí e a mineira Gonçalves, bem pertinho dali.

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10 minutos atrás, JanaCometti disse:

Eu amo essa região mas pra mim a cereja do bolo é justamente São Bento do Sapucaí. A cidade tem cachoeiras, mirantes, trilhas, olivícola, vinícolas, cervejaria. 

Por lá fui até o Bauzinho, que não precisa agendamento e fiz a trilha Ana Chata, que é justamente a pedra em frente a Pedra do Baú. 

Me inspirei no seu e vou fazer um roteiro com a dobradinha São Bento do Sapucaí e a mineira Gonçalves, bem pertinho dali.

Eu também amo essa região! Sempre que vou pros lados da Mantiqueira, descubro algo novo.

Ainda não fui para Gonçalves, mesmo sendo tão perto das citadas. Pretendo voltar para ir nela também. Essa região tem um charme especial por estar entre MG e SP, tudo é bom, desde a comida até as paisagens rs

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Em 13/07/2023 em 22:49, JanaCometti disse:

Eu amo essa região mas pra mim a cereja do bolo é justamente São Bento do Sapucaí. A cidade tem cachoeiras, mirantes, trilhas, olivícola, vinícolas, cervejaria. 

Por lá fui até o Bauzinho, que não precisa agendamento e fiz a trilha Ana Chata, que é justamente a pedra em frente a Pedra do Baú. 

Me inspirei no seu e vou fazer um roteiro com a dobradinha São Bento do Sapucaí e a mineira Gonçalves, bem pertinho dali.

A serra da mantiqueira na minha opinião é a região de montanha  mais bonita do Brasil....

Fiz à pé quase toda ela, viagens fantásticas, cada pico mais bonito que outro, isso tudo aliado a culinária.....

Editado por casal100
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