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Região dos lagos Argentina e Chile + Isla Chiloé de Duster com barraca de teto.


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1 hora atrás, JanaCometti disse:

Amei o Bosque Tallado!! Trilhazinha puxada né?! Nós seguimos subindo um pouco mais e fomos até o Refugio, tomamos um té e comemos os lanches que levamos, vista lindíssima lá de cima. Fiquei enlouquecida com o visual do Cerro Piltri, ele no por do sol é coisa linda demais!!

PAra mim foi bem punk pois foi depois do almoço com a pança cheia de uma bela milanesa com papas fritas e uma cervejinha de 500 ml. kkkkk

Nós não fomos além do bosque.

Editado por Marcelo Manente
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17º dia - 11/01/24 - El Bolson e cânion do Rio Azul - 50 km.

Como bebemos bastante na noite anterior dormimos bastante tbm. Planejamos nesse dia ir no Cajon del rio Azul, um cânion com o rio mais transparente que eu já ví na minha vida e também o mais frio como vim a saber depois.

Tomamos café e saimos tarde. Chagamos ao início da trilha as 10:30 h mais ou menos, só que, como não fizemos o cadastro para a trilha pela internet, tivemos que esperar uma bela fila até sermos atendidos e preenchermos uma ficha na entrada da mesmo. Para agilizar então deve-se fazer o registro no seguinte site e na entrada avisar os guarda parques: https://anprale.com/registro/ . Começamos a trilha só as 11 h finalmente.

O começo da trilha é mais tranquilo com uma boa descida até se encontrar o vale onde existe a confluência do rio Blanco com o Azul.

Um apontamento: a trilha não é propriamente uma "trilha" de verdade pois de vez em quando passavam ATVs e até caminhonetes 4x4 dos bares, campings e refúgios do caminho que estavam levando mantimentos para esses lugares. Ou seja, era uma estrada, bem ruim, que só 4x4, ATVs, pessoas e cavalos passavam.

Depois de se passar a passarela do rio Blanco era necessário passar a passarela do rio Azul, aí se formava uma bela fila pois, não sei porque, as pessoas só passavam uma a uma na ponte. E não havia nenhuma placa dizendo que deveria ser assim. Perdemos uns bons 20 minutos para atravessar. Daí em diante começaram as torturantes, longas e bem inclinadas subidas da trilha. Cada subidão era um sofrimento.

No terço final da trilha eu já tinha secado um dos 2 litros de água que tinha levado. Então vi um pequeno córrego descendo da montanha com uma água cristalina e gelada. Olhei e pensei, “por que não?” Peguei o cantil que já estava seco e enchi no pequeno córrego e fui tomando tudo até o cânion. Mal sabia eu que iria me arrepender disso no dia seguinte.

Continuando a trilha os desníveis foram de até 650 m, então imagina como a gente chegou na última passarela. Eu aguentaria voltar a pé, o André parecia estar de boa, mas a Neusa estava muito cansada. Na última passarela tem o cânion propriamente dito, mas meus amigos não queriam avançar mais um pouco até uns mirantes que havia lá. Mesmo assim eu acho que valeu a pena a trilha pois o lugar é muito belo. Chegamos por volta das 15 h.

O local do cânion parecia uma praia tamanha a quantidade de jovens de até seus 30 e poucos anos por ali. Muitas garotas de biquini e rapazes pulando naquela água linda e azul. Eu tinha planejado entrar naquela água. Não podia voltar sem entrar. Troquei o calção me protegendo com a toalha e fui entrar. Os primeiros passos na água já me deram a dica, meus pés doíam de tanto frio. Molhei os pulsos e a nuca, tomei coragem e me joguei na água... Parecia que eu tinha entrado num cubo de gelo, kkkkk. Na hora foi como se eu tivesse caído de costas no chão e ficasse sem folego. Os músculos pareciam que não queriam obedecer. Com muito custo nadei mais uns metros e voltei para a margem. Aí pedi que o André tirasse uma foto no meio de um belo cardume de trutas que estava logo ao lado das pessoas. Sai correndo e fui me secar pois apesar do dia estar quente eu estava tremendo.

Um lindo local que ainda pretendo voltar com mais tempo para explorar melhor. Na hora de voltar o André e a Neusa resolveram que iriam voltar a cavalo. Como eu não queria voltar sozinho resolvi acompanhá-los. O preço foi bem caro, mais caro que algumas das hospedagens que pagamos, 25000 pesos, o que dá mais ou menos (na conversão do dia) R$ 115,00.

Como eu falei para os guias que já tinha andado a cavalo me deram um animal meio tinhoso que depois de eu montar tentou morder meu pé 3 vezes e quase me derrubou de propósito mais 2 vezes.

Começamos nossa pequena comitiva em torno das 16:30h com 4 cavalos e mais alguns que eram levados pelos guias. Na metade do caminho esses cavalos extras levaram mais um casal que estava extenuado demais para voltar. Foi bem interessante fazer essa cavalgada. O meu cavalo era realmente indócil e as vezes queria empacar, dai eu tinha que pegar as rédeas e bater no lado da barriga para ele voltar a se movimentar. Algumas vezes quando eu fazia isso o tinhoso fazia que iria empinar e me derrubar.

O legal foi que a passagem do rio Blanco tinha de ser feita por dentro dele. Foi ai que eu quase cai de novo pois os cavalos chegam na beira do rio e claro que estão estenuados de tanto sobe e desce. Ao chegar ao rio ninguém me avisou que eles iriam tomar água e assim quando o meu colocou as patas no rio imediatamente baixou a cabeça e como eu estava segurando forte as rédeas quase fui lançado dentro do rio. kkkkk.

Foi bem assustador depois passar com o cavalo por dentro do rio pois esse tinhas uns 50 a 60 cm de fundura e os cavalos pareciam a toda hora que iriam tropeçar e cair. Contudo, entre mortos e feridos salvaram-se todos, hehehe.

Chegamos ao estacionamento mais ou menos as 18 h. Eu, não sei por que estava com uma bela dor de cabeça, mas o André tinha uma dipirona pra me ajudar. Mal sabia que era um aviso do corpo de que algo não estava bem.

Pegamos o carro e seguimos para o centro da cidade a tempo de passear e conhecer a famosa feira de artesanatos que ocorre nas terças, quintas feiras, sábados e domingos na cidade (era quinta feira). Demos uma bela volta pois eu estava à procura de um imã de geladeira, infelizmente os que tinham na feira eram bem feios. Mas acabei comprando uma camiseta de recuerdo.

No caminho de volta a cabana compramos uma carne para fazer à noite. Fizemos um belo jantar com direito a picanha, ou tapa de cuadril como eles chamam por lá. Bebemos umas cervejas e ainda tomamo um vinho. Eu estava me sentindo meio estranho, mas não tinha ideia do que iria acontecer.

Fomos dormir e lá pelas 3 da manhã acordei com muito enjoo...

Mas isso é história para o relato do dia 18, o pior da minha viagem.

Editado por Marcelo Manente
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18º dia - 11/01/24 - El Bolson a Esquel - 165 km.

O dia que começou de madrugada.

Como falei no último relato eu acordei as 3 da manhã meio enjoado por isso levantei rápido e corri para o banheiro. Lá botei pra fora toda a janta e as bebidas da noite anterior. Foi tão forte que minha garganta doia. Depois do enjoo acalmar voltei para a cama, mas não conseguia dormir. Comecei a sentir dores por todo o corpo. Tomei dipirona 750 e mesmo assim a dor não sumia, só diminuia. Finalmente consegui dormir mais um pouco até as 7 da manhã quando o André desceu para ir ao banheiro.

Bem nessa hora me deu enjoo outra vez e tive de correr para fora da cabaña para vomitar mais um pouco, desta vez apenas suco gástrico saiu.

Tomei um Floratil que eu tinha levado para esses casos. Porém, como era dia de ir embora, fui arrumando minhas coisas no carro com aquelas dores pelo corpo todo me castigando. Quase falei para ficarmos lá por mais um dia.

Fomos ainda ao centro da cidade comprar um remédio contra enjoo e para eu sacar mais dinheiro do WU. Só dava pra sacar no correio Argentino depois das 10 h da manhã e somente o máximo de 180 mil pesos.

Finalmente acabamos saindo para a estrada pois a pernada era curta, só 165 km. Para mim foram longos e torturantes quilômetros sentado sozinho naquele carro. Ainda bem que a infecção intestinal ainda não tinha me dado dores de barriga pois na estrada seria péssimo.

Chegamos em Esquel e na entrada da cidade tinha um posto onde paramos para abastecer. Ali começamos a pesquisar sobre hospedagens quando vimos no outro lado da rua um camping que dizia ter quartos e cabañas para alugar. Dei graças a Deus quando fomos lá. Achamos o preço bom para a cabaña com 1 cama de casal e um sofa cama de solteiro.

Entrei na cabaña e desabei no sofa cama, fiquei deitado o dia todo.

A Neusa e o André resolveram sair para conhecer um museu do povo lituano que tinha se estabelecido por lá anos atrás.

Enquanto eles estavam fora fui ao banheiro apenas uma vez para o número 2 e não tive mais enjoos. 

E eu acredito que esse perrengue todo se sucedeu porque eu tomei aquela água do corrego do lado da estrada. Mas não tem como saber pois a Neusa teve os mesmos sintomas na madrugada que se seguiu. Só o André não passou mal.

 

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19º dia - 13/01/24 - Esquel a parque los Alerces - 155 km.

Amanheci muito melhor que o dia anterior, na verdade nem parecia que eu estivera doente. O tempo estava instável e com muiiiiiito vento. Tanto que fazia barulho nas telhas da cabaña. Tomamos nosso café da manhã e saimos meio tarde.

Chegamos na entrada do parque e tinha uma placa dizendo que todas as trilhas estavam fechadas por causa dos ventos que poderiam fazer cair árvores e galhos nos trilheiros. Uma baita decepção. O guarda parques falou que só dava pra andar pela estrada, e ver uma cascata que ficava na beira da estrada.

Já que estavamos ali resolvemos entrar. O parque parece ser muito bonito, mas num dia de tempo fechado ficamos só rodando da portaria do meio até a portaria norte do parque. Decepcionante,

Tirei poucas fotos nesse dia.

Voltamos para Esquel e fomos almoçar as 15 h mais ou menos. Achamos um resto bar aberto e comemos por lá mesmo.

Voltamos ao camping e jantamos tarde.

Dia seguinte teriamos 600  e poucos km até Trelew.

Editado por Marcelo Manente
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20º dia - 14/01/24 - Esquel a Trelew - 605 km.

O dia começou de madrugada de novo, infelizmente a esposa do André acordou de madrugada enjoada também e desceu correndo para o banheiro. Colocou a comida fora e acabou indo e voltando para o banheiro mais algumas vezes durante a noite.

Pela manhã fizemos café e colocamos todas as tralhas nos carros para fazer um deslocamento de 605 km de oeste para leste da Argentina. O vento continuava forte e para nossa alegria ele estava ventando justamente de oeste para leste.

Assim, com os carros cheios e tanques abastecidos colocamos o pé na estrada. Nesse dia  fiz a mehor média de consumo com a Duster 2.0. Fez 13 km/l. O vento só empurrava e nós iamos. A Compass do André tbm fez uma otima média no diesel, 15 km/l.

No caminho ainda tivemos de parar mais uma vez pois a Neusa ainda estava ruim.

Neste caminho haviam umas motanhas muito bonitas nos lados do asfalto chamadas de Los Altares. Eram como mesetas com grandes paredões e o topo plano.

A estrada alternou trechos excelentes com alguns nem tanto.

Chegamos em Trelew e fomos direto ver um hotel que vimos pelo Google maps, o hotel Chelsun. Preço bom, bons quartos e razoável café da manhã.

Como o sol se poe mais tarde, eu e o André fomos bater perna e comer alguma coisa pois na estrada não achamos bons lugares para comer.

Como sempre fomos dormir tarde. No dia seguite iríamos para a pinguineira Punta Tombo.

Editado por Marcelo Manente
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